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Enfermidades dos Cavalos - Armen Thomassian-ilovepdf-compressed.pdf
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piquete. Aplique drogas antiinflamat6rias como fenilbuta- zona na dose de 4,4 mg/kg pela via intravenosa durante 3 a 5 dias, associada a miorrelaxantes como 0 flunitrazepan, na dose de 0,5 a 7,0 mg para cada 100 kg, para alivio da dor muscular. A vi- tamina B deve ser usada na dose de 0,5 a 1,0 9 a cada 2 dias pela via intramuscular, assim como vi- tamina E e selenio para melhorar os processos metab61icos das celulas musculares. Eventualmente,quando 0 qua- dro de acidemia se instalar, apli- que, pela via intravenosa, diluida em soluqao eletrolitica, cerca de 1 a 3 9 de bicarbonato de s6dio para cada litro de solu<;:aoinfun- dida acompanhando-se c1inica- mente, e, laboratorial mente pela hemogasometria,o equillbrio aci- do-base do animal. Concomitantemente ao trata- mento medicamentoso, pode-se adotar um programa de fisiote- rapia atraves de nata<;:aoem raia especial, que ira proporcionar uma rapida recupera<;:aodo me- tabolismo das celulas do muscu- 10, ativando a circula<;:aoe rela- xando as miofibras. Aten<;:ao especial deve ser dada a alimenta<;:ao,evitando-se excesso de graos ou de carboi- dratos. Animais predispostos de- vem ter 0 arra<;:oamentoreduzido a metade, 24 horas antes do tra- balho, adicionada com cerca de 20 9 de bicarbonato de s6dio. Nunca ultrapasse a capaci- dade f1sica do cavalo, levando-o a fadiga e prepare-o adequada- mente ao trabalho atraves da muscula<;:aoprogressiva. 3.3. Miopatia pos-decubito e pos-anestesia. A miopatia p6s-decubito ou p6s-anestesia nos cavalos e uma afec<;:ao desencadeada ap6s periodos longos de decu- bito por contensao ou sob anes- tesia geral, decorrente da hip6- xia nas celulas em grandes gru- pos musculares e, ocasional- mente, pode estar acompanha- da de compressao de nervos. Na maioria das ocorrencias, os musculos que podem estar comprometidos quando 0 de- cubito for lateral, acometendo 0 masseter, 0 triceps braquial, 0 quadriceps femoral, e os exten- sores dos membros posteriores. Ja no decubito dorsal os mus- culos que mais estao expostos ao comprometimento sao 0 longuissimo dorsal, lIiocostal, gluteo medio e vasto lateral. o processo se inicia devido a compressao e 0 comprometi- mento da rede circulat6ria que irriga os corpos musculares que, em situa<;:6esde anestesia geral, pode ser ag~avado pela vasodi- lata<;:aoe redu<;:aodo debito car- diaco, e, consequentemente, da pressao sanguinea, desencadea- da pela utiliza<;:aode drogas tran- quilizantes e do anestesico. A miopatia p6s-anestesica e mais frequente em procedi- mentos com dura<;:aode mais de duas horas e meia, com 0 equino posicionado em decu- bito dorsal sobre superficies duras e com manuten<;:ao de plano anestesico profundo para um relaxamento muscular sa- tisfat6rio. Clinicamente os musculos comprometidos se apresentam semelhantes ao observado nas miopatias de esfor<;:o;firmes, ede- maciados, dolorosos e,ocasional- mente, pode-se observar su- dorese localizada. Na dependen- cia do grupo muscular compro- metido, 0 cavalo podera adotar posturas anormais, como ocorre na miosite do m. triceps braquial onde se pode notar 0 rebaixa- mento da escapula e da articula- <;:aoumero-radioulnar (cotovelo III cardo),cuja aparencia c1rnicae si-milar ada paralisiado nervo radial. o diagn6stico e realizado com base nos sinais c1rnicosde posturas anormais e de impossi- bilidade de apoio do membro an- terior correspondente ao lado do decubito, ou de relutancia a mar- cha e discreta xifose, nos casos em que 0 decubito foi dorsal. La- boratorialmente pode-se detec- tar principal mente a eleva<;6es dos nrveis sericos de CK eAST. o tratamento pode ser reali- zado com a institui<;aode miore- laxante e de antiinflamat6rio nao esteroidal.Na dependencia da ex- tensao e da gravidade das alte- ra<;6esmusculares, inicie fluido- terapia com 0 intuito de se man- ter a perfusao renal e, nos casos mais graves, ha possibilidade de ocorrencia de mioglobinuria. Co- mo adjuvante ao tratamento ins- titurdo pode-se realizar sec<;6es de massagens nos grupos mus- culares comprometido e admi- nistra<;aode vitamina E e selenio por via sistemica. Preventivamente, deve-se evitar posi<;6es desconfortaveis quando 0 animal estiver em de- cubito, e proporcionar que a su- perfrcie de contato com 0 corpo nao seja dura, quer seja durante a conten<;ao, ou mesmo no pe- rrodo de recupera<;aoanestesica. Nas anestesias gerais deve-se evitar a hipotensao por longo tem- po,0 que ira proporcionar uma re- cupera<;aomais rapida e segura. o acolchoamento adequado da mesa de cirurgia ou a forra<;ao com palhaou maravalha,do pisoou solo,nas conten<;6esem decubito com 0 animal tranquilizado,evitam o desencadeamento da miosite. Experimentos cientrficos re- centes tem demonstrado que a utiliza<;ao de vitamina E e se- lenio, pelo menos quarenta e oito horas antes dos procedi- mentos de conten<;ao no solo sob tranquiliza<;ao ou de cirur- gias sob anestesia geral, tem controlado substancialmente as consequencias da hip6xia da celula muscular, controlando a libera<;ao de radicais livres. E consequente ao processo degenerativo que afeta as mus- culos semitendrneo, semimem- branoso e brceps femoral, trau- Figura 3.2 Miopatia ossificante - vista lateral. matizados por traumas diretos ou indiretos. 0 trauma pode romper feixes musculares du- rante as paradas bruscas no galope, em provas de adestra- mento ou em rodeios com re- banho bovino. As les6es normalmente saG unilaterais, podendo excepcional- mente' atingir os dois membros, na dependencia da intensidade da ac;:aotraumatica ou do posicio- namento dos membros posterio- res durante 0 ato de "frear" (es- barro) em provas de redeas. As alterac;:6esdegenerativas das celulas musculares produ- zem processo de fibrose que, em seu estagio final, se ossifica por metaplasia do fibroblasto em condroblasto ou mesmo em osteoblasto. Figura 3.3 Miopatia ossificante - vista caudolateral. A evoluc;:aoda miopatia e, ate a fase de ossificac;:ao da lesao, acompanhada por formac;:aode aderencias entre os musculos semitendineo, semimembranoso e 0 biceps femoral. Clinicamente, observa-se proeminencia do grupo muscu- lar envolvido, e, em se tratando de musculos predominante- mente flexores, a consequencia imediata das aderencias refle- te-se na primeira fase do pas- so, ocorrendo diminuic;:aoda dis- tan cia de apoio, em relac;:aoao membro contralateral, em virtu- de de limitac;:aocontratil do gru- po muscular, 0 que faz alongar a segunda fase do passo. A palpac;:aodo grupo muscu- lar atingido revela presenc;:ade marcante sulco entre 0 m. semi- tendineo e a m. semimembra- noso, cuja consistencia e dura, devida a fibrose, ou ate petrea em raz13.Oda ossificac;:13.o. o tratamento definitivo para o problema e 0 cirurgico, onde o cirurgi13.ofara a liberac;:13.odas aderencias formadas entre os grupos musculares envolvidos, ou ate mesmo a ressecc;:13.ode um fragmento da porc;:aomus- culotendinea do m. semiten- dineo. A recuperac;:aopara 0 tra- balho devera ocorrer ao redor do 45° dia de p6s-operat6rio. Neste intervalo, e ap6s 0 7° dia de p6s-operat6rio, a implanta- C;:13.ode exerdcios fisioterapicos como, caminhar ao passo du- rante 30 a 45 minutos, 2 vezes ao dia, iraQ impedir a formac;:13.o de aderencias p6s-operat6rias entre os musculos. 3.5. Doen~a do musculo branco Muito embora nao seja fre- quente em equinos, esta afecc;:ao merece ser observada devida a semelhanc;:aetiopatogenica com as demais enfermidades dos musculos. E reconhecidal11enteuma ma- nifestac;:ao da deficiencia nutri- cional de vitamina E e selenio, acometendo potros desde 0 nas- cimento ate 0 72° mes de idade. Alem da deficiencia primaria ou secundaria da vitamina Ee de baixos niveis de selenio, conside- rados primordiais ao metabolismo