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Enfermidades dos Cavalos - Armen Thomassian-ilovepdf-compressed.pdf
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das conjuntivas e au- mento da frequencia cardraca e respiratoria. o repouso para os animais levemente afetados pode rever- ter a situa<;ao,assim como con- duzi-Ios pela redea, em ritmo de passo durante 30 a 40 minutos, pode aliviar os sintomas. o tratamento e semelhante ao da azoturia,devendo a preven- <;aoser feita, em animais predis- postos, reduzindo-se a adminis- tra<;ao de ra<;6es pela metade, 24 horas antes da corrida ou pro- va. Inje<;6es preventivas de vita- mina E e selenio, mais a admi- nistra<;ao de bicarbonato de s6- dio na alimenta<;aodevem ser in- dicadas,constituindo medida mui- to benefica em animais que apre- sentam a srndrome com relativa frequencia. 3.8. Paralisia hipercalemica peri6dica (HVPP). Descrita ha poucos anos, a paralisia hipercalemica peri6dica ("HYPP") acomete certas linha- gens de cavalos da ra<;aQuarto de Milha, descendentes do gara- nhao "Impressive",desencadean- do epis6dios intermitentes de con- tra<;6es musculares tonico-c1o- nicas (tremores e fascicula<;6es), seguida de fraqueza generalizada, semelhante ao quadro c1rnicoem humanos com paralisia hiperca- lemica peri6dica. Acredita-se que no cavalo,as- sim como no homem, 0 processo seja hereditario com genes domi- nante autossomico, decorrente de muta<;aoem genes que atua- riam nos mecanismos de trans- porte de agua e rons entre os meios intra e extracelular, interfe- rindo dessa maneira, decisiva- mente no potencial de membrana em repouso e no potenciallimiar, significando que a fibra muscular estara mais ou menos excitavel. Os animais homozigotos, em- bora raros - menos de 09% dos casos - seriam mais predispos- tos a manifestarem a afec<;aodo que os heterozigotos. Os sinais c1rnicosda paralisia hipercalemica peri6dica variam em intensidades diferentes nos cavalos. As crises saG imprevisr- veis, e condi<;6es como massa muscular pronunciada, estresse e treinamento, saDsitua<;6esmui- to importantes durante a avalia- <;aodo quadro. Entretanto, as cri- ses podem se manifestar inde- pendentemente de qualquer das condi<;6es acima referidas, sem que aparentemente haja umajus- tificativa aparente para tal. A enfermidade e caracteriza- da por epis6dios intermitentes de tremores musculares, generaliza- dos ou localizados em certos grupos de musculos, seguida de debilidade e aspecto tremulo. As crises podem durar perrodos de poucos minutos a varias horas, levando 0 animal ao colapso. A morte pode ocorrer por parada cardraca ou falencia respirat6ria. Eventualmente, os episodios de crises podem ser acompanhados por respira<;ao ruidosa devido a comprometimento da muscula- tura da faringe e da laringe. Os animais afetados permanecem completamente conscientes du- rante a crise, e devido a fraqueza que se instala, podem adotar ati- tude de "cao sentado". Outros si- nais c1rnicoscomo prolapso, com movimentosde tremores da mem- brana nictitante (terceira palpe- bra), atitude ansiosa ou nervosa, conjuntivas e mucosas conges- tas e fezes amolecidas podem ser observados em alguns casos. A recupera<;ao da "fraqueza" muscular e a deambula<;ao po- dera ocorrer de forma esponta- nea e progressiva. o diagn6stico da "HYPP" e estabelecido pelo padrao c1rnico da manifesta<;ao da afec<;ao,ex- c1urdasoutras causas de altera- <;6eseletrolrticas, como falencia renal cronica, utiliza<;ao de dro- gas excitantes ou relaxantes de musculatura e principalmente a rabdomi61ise difusa. Exames laboratoriais poderao ser realizados para consubstan- ciarem 0 diagn6stico c1inico.Du- rante os epis6dios de paralisia hipercalemica peri6dica, os niveis de potassio serico, que em um animal normal, ou fora de crise, situam-se entre 3 a 5 mEq./L, podera atingir picos de 7 a 9 mEq./L, e regredirem rapidamen- te a niveisnormais, logo apos ces- sarem as manifesta<;6es do epi- sodio. Podera tambem, haver he- moconcentra<;ao e eleva<;ao da proterna total com manuten<;ao do equillbrio acido-base dentro dos parametros de normalidade. Muito embora a eletromiografia nao seja um teste espedfico, ela podera servir para estimar-se 0 potencial de membrana da celu- la muscular. A identificac;:ao de animais predispostos ao "HYPP", ou a confirmac;:ao da suspeita, pode ser efetuada com 0 teste do po- tassio e 0 teste sanguineo de DNA. 0 teste do potassio con- siste na administrac;:ao de 0,08 a 0,1 3 9 Ikg, de c1oreto de po- tassio diluido em 3 litros de agua, via sonda nasogastrica. Este teste frequentemente pro- voca a crise em 1 a 4 horas, nos animais susceptlveis. 0 teste sanguineo de DNA, realizado em laboratorios especializados para tal, detecta a presenc;:aou ausencia de mutac;:6es geneti- cas espedficas, que regulam 0 funcionamento dos canais de sodio, permitindo com elevado grau de confiabilidade, a identi- ficac;:ao dos animais positivos (heterozigotos e homozigotos) e negativos. Atenc;:ao especial deve ser dada ao diagnostico diferencial com apoplexia, tying-up e colica; ocasionalmente a paralisia hiper- calemica pode ser confundida com estas afecc;:6es. o tratamento nos picqs de crise consiste de administrac;:ao lenta de gluconato de calcio a 20% na dose de 0,2 a 0,4 mil kg, diluido em glicose a 5%. Co- mo complementac;:ao ou alter- nativas terapeuticas, podera ser utilizada infusao intravenosa rapida de 1 a 2 mEq/L de bi- carbonato de sodio ou 4,4 a 6,6 ml/kg glicose a 5%, quando esta nao tiver sido utilizada. A utilizac;:aode fluidos eletroliticos exige que estes estejam livres de potassio, pois 0 potassio po- dera causar agravamento do quadro c1inico. aplicac;:aode in- sulina e de salbutamol, auxilia a reversao dos sintomas. A manutenc;:aoda terapia po- de ser feita com sucesso, utili- zando-se acetazolamida na dose de 2 a 4 mg/kg, a cada 6 a 12 horas, 0 que eleva a excrec;:aore- nal de potassio e altera 0 meta- bolismo da glicose. Preventivamente, 0 controle da paralisia hipercalemica pe- riodica, devera ser realizado im- pedindo-se que animais suscep- t1veis se reproduzam. Alimentos ricos em potassio, como alfafa, devem ser reduzidos ou mesmo retirados da dieta do cavalo, e os exerdcios frsicos realizados mo- deradamente. A manutenc;:aoda administrac;:ao de 2 mg/kg, de acetazolamida, por via oral, 2 ve- zes ao dia,controlara os niveisse- ricos de potassio, possibilitando ao cavalo um manejo frsico e ali- mentar praticamente normal. 04 Aparelho Locomotor dinamica da locomo~ao, aprumos, exame clinico das claudica~oes e medicina esportiva eqlHna Dentre os sistemas e apare- Ihos que formam a estrutura cor- p6rea dos equinos, sem duvida nenhuma 0 aparelho locomotor e um dos que se revestem de grande importancia por constituir o sistema de sustentac;:ao e da dinamica locomotora. Como sabemos, sem patas nao ha cavalos, e em razao des- ta certeza e que, no decorrer dos anos, os membros dos equinos receberam especial atenc;:aona selec;:aoe evoluc;:aode cavalos bem-estruturados. Para que possamos com- preender e melhor avaliarmos as alterac;:oespatol6gicas dos mem- bros dos equinos, bem como de suas inter-relac;:oescom as qua- lidades e caracterfsticas do apa- relho de sustentac;:aoe locomo- c;:ao,e de extrema valia um co- nhecimento anatomico basico para a abordagem das enfermi- dades. Anatomica e funcional- mente, os membros dos equinos formam um conjunto perfeita- mente harmonico com participa- c;:aoativa de cada componente. o esqueleto e 0 arcabouc;:o de todo 0 corpo do cavalo e e 0 ali- cerce para 0 sistema de alavan- ca que as articulac;:oesexercem. Os musculos atuam como trans- missores da cinetica do movi- mento aos tendoes, possibilitan- do a movimentac;:aode todas as estruturas que formam e man- tem a estabilidade da articulac;:ao. Sob 0 comando do Sistema Nervoso Central, 0 complexo es- trutural e funcional dinamico do cavalo, constitufdo pelos muscu-