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Enfermidades dos Cavalos - Armen Thomassian-ilovepdf-compressed.pdf

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mantem ou
podera ate sofrer hipertrofia.
Figura 5.10 Etiopatogenia da osteocondrite e do
cisto osseo subcondral.
Representac;:ao esquematica da evolU<;:aoda osteocondrose em
osteocondrite dissecante e cisto 6sseo subcondral (face articular
distal do umero - vista anterior). 1. epffise em fase de ossificac;:ao;
2. cartilagem epifisaria (articular); 3. infcio de alterat;:ao no processo
de ossificat;:ao endocondral; 4. formac;:aodo "flap" cartilaginoso ou
libera<;:ao de fragmento na osteocondrite dissecante - O.e.D.);
5. lesao cfstica subcondral.
2° estagio - ocorre necrose dos
pianos basais da cartilagem
espessada, e subsequente
estresse ffsico, aumento da
pressao e tensao da articu-
la<;ao,proporcionando forma-
<;ao e progressao das ero-
s6es e fissuras da cartilagem.
As eros6es podem se esten-
der dos pianos mais profundos
para a superffcie da cartilagem.
A lesao dissecante faz com que
haja agravamento dos sinais c1f-
nicos de sinovite e dor, permitin-
do, nesta fase de evolu<;ao,que
se denomine 0 processo como
osteocondrite dissecante.
Ao se iniciar a fase necrosan-
te ou dissecante, 0 processo po-
de se apresentar sob a forma de
cistos subcondrais denominados
de lesao cfstica 6ssea, que se
manifesta em cavalos adultos.
A etiopatogenia pode produ-
zir basicamente duas situa<;6es
principais quanto a localiza<;ao
das les6es:
1. Central, geralmente c1stica.
2. Periferica, que pode ser cfs-
tica, erosiva ou dissecante.
Clinicamente 0 animal jovem
apresenta quadro de c1audica<;ao
que pode evoluir ate 0 grau maxi-
mo ou leva-Io ao decubito; au-
mento de volume das articula-
<;6es comprometidas; sensibili-
dade e aumento da temperatura
local; sinais c1assicosde sinovite.
o diagn6stico baseia-se nas
variaveis etiol6gicas predispo-
nentes e nos sinais c1fnicos.
o exame radiografico podera
confirmar a suspeita revelando:
1. Les6es erosivas e ou disse-
cantes cartilaginosas que
podem se assemelhar a
osteoartrite degenerativa.
2. Lesao c1stica 6ssea (geral-
mente em adultos)
o tratamento tem por base
a corre<;ao imediata das varia-
veis predisponentes e desenca-
deantes, principal mente restrin-
gindo-se a alimenta<;ao concen-
trada ou retirando-a total men-
te, sendo prudente a realiza<;ao
de analise da mesma para se
Figura 5.12
Articulac;:ao tarsica de
potro com osteocondrite.
evidenciar possfveis desequilf-
brios minerais. Alem da corre-
<;:aoda alimenta<;:ao,0 tratamen-
to conservador exige repouso
prolongado (4 a 6 meses) e te-
rape utica especffica ao proces-
so que acomete as articula<;:6es.
o uso de drogas antiinflamat6-
rios nao hormonais, como fenil-
butazona ou flunixim meglu-
mine, proporciona resultados
satisfat6rios, embora, quase
sempre parciais, exigindo mui-
tas vezes, tratamento cirurgico
adequado. Drogas a base de gli-
cosaminoglicanas e acido hia-
lur6nico auxiliam a repara<;:ao
das les6es das cartilagens.
Em casos de comprometi-
mento apenas de uma ou duas
articula<;:6es,desde que a afec-
<;:aonao tenha evolufdo para
Doen<;:aArticular Degenerativa,
pode-se realizar artrotomia ou ci-
rurgia artrosc6pica para a remo-
<;:aode "flaps" ou corpos osteo-
condrais livres, seguindo-se de
curetagem do osso subcondral e
ate a realiza<;:aode enxerto de
fragmento de osso esponjoso.
o progn6stico e reservado,
sendo que 0 retorno as atividades
ffsicas deve ser lento e gradual.
5.5. Deformidade angular
dos membros dos potros.
A deformidade angular dos
membros ocorre no homem e nos
animais domesticos, traduzindo
uma forma de defeito no esque-
leto.Comumente 0 processo aco-
mete os membros anteriores dos
animais e, menos frequentemen-
te, os posteriores.
A deforma<;:aopode ser con-
genita ou adquirida, unilateral ou
bilateral.
Em equinos jovens 0 cresci-
mento longitudinal dos ossos
longos esta relacionado com a
atividade da cartilagem de con-
juga<;:ao existente entre a me-
tafise e a epffise 6ssea. Estas
areas de crescimento fisario re-
cebem a a<;:aode linhas de for<;:a
que em condi<;:6esnormais san
simetricamente aplicadas, rece-
bendo cada area a mesma car-
ga de pressao. Esta condi<;:ao
proporciona um crescimento 6s-
seo normal e estavel.
A atividade da cartilagem de
conjuga<;:ao em ossos longos
pode ser afetada por altera<;:6es
produzidas por for<;:ascom pres-
sivas desequilibradas, como:
1. 0 aumento da compressao
causa inibiyao da atividade
da placa fisaria.
2. A diminuiyao da compressao
resulta em estimulayao da
atividade da placa fisaria.
Assim sendo, 0 aumento ou
a sobrecarga de peso em um dos
lados da Iinha fisaria iria retardar
a velocidade de crescimento na-
quele lado. Ao passo que a redu-
<;:aoda for<;:acompressiva sobre
a placa iria acelerar e facilitar 0
crescimento naquela area.
Histologicamente, a explica-
<;:aomecanica de sobrecarga
esta baseada na redu<;:aodo su-
primento sangufneo, resultando
em atraso na produ<;:aode con-
dr6citos sobre a face epifisaria
da cartilagem de conjuga<;:aoe
consequente retardo na forma-
<;:ao6ssea na face metafisaria.
Sao mais comumente afeta-
dos animais de crescimento ra-
pido, musculosos, pesados, obe-
sos ou excessivamente ativos.
As deformidades angulares
ocorrem comunente devido a:
1. Mal posicionamento la<;aoda regiao distal do membro 1. Tra<;ar0 contorno da
intra-uterino do feto. esta fora da linhade aprumo ante- imagem radiografica em
2. Desequillbrio da atividade rior (proje<;aomedial da articula- papel transparente.
muscular. <;ao) recebe a denomina<;ao de 2. Riscar linhas medianas e
3. Contratura de tend6es. valgus acompanhada da regiao paralelas ao eixo longitudinal
4. Problemas articulares e afetada (p.ex.: valgus carpico, dos ossos longos envolvidos.
de crescimento. valgus tarsico). Porem, quando a 3. o ponto de intersec<;ao
5. Conforma<;ao dos cascos angula<;aodistal do membro esta obtido pelas duas retas
(anormais). desviada para dentro da linha de demonstra 0 local e 0
6. Flacidez articular. aprumo anterior (proje<;aolateral angulo do desvio. :>
7. Deformidade precoce e da articula<;ao),a deformidade e A gravidade do processo pode s:J
defeito de ossifica<;ao. denominada varus. ser estabelecida de acordo com ;:
Claudica<;ao do membra o diagn6stico definitivo e es- o grau da angula<;aoobtida: Gl8.
contralateral. tabelecido radiograficamente, po-
·
de 0 a 2 graus - desvio en0
en
9. Traumas. dendo-se constatar desvios an- discreto. en2-
10. Agenesias osseas. gulares que variam de grau con-
·
de 2 a 4 graus - desvio ...0
11. Hipotireoidismo. forme a gravidade do processo. moderado.
.•..
0
12. Deficiencias nutricionais Visto que a deformidade an-
·
de 4 a 8 graus - desvio E0
u
relacionadas ao equillbrio gular advem de desvios num pla- grave. 0
..J
de Ca:P, vitamina 0 e no medial-lateral, a posi<;ao
·
mais que 8 graus - des- 0
~
vitamina A. radiografica e no sentido antero- VIO severo ou grave. Q)...
13. Superalimenta<;ao. posterior. Ouando a intersec<;ao das coa.
C1inicamente a afec<;aoe ca- A medida da deformidade duas linhas esta sobre a fise, a
~
0
raderizada por desvio medial ou angular e obtida atraves de um deformidade angular e geral-
"0
en
Q)
lateral, principalmente das articu- exame geometrico do membro mente considerada devido a '0C>
la<;6escarpicas e tarsicas. Ouan- envolvido (tra<;ado do ponto "pi- crescimento anormal da metafi- ()Q)
'+-
do a deformidade na qual a angu- vo"), que consiste em: se e, portanto, sujeita a corre<;ao «
Figura 5.14
Valgus carpico bilateral.
Figura 5.15
Valgus carpico unilateral.
Figura 5.16
Varus tarsico.
cirLirgica. Entretanto, um angulo
de intersec<;:aosobre a articula-
<;:aoou distal a ela indica anor-
malidades dos ossos ou flacidez
de ligamentos.
Desvios de ate 2 graus, em
algumas ra<;:as,podem ser tole-
rados e considerados "normais",
como no
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