aplicando talas de madeira ou fa<;:acalhas de ca- no plastico cortado ao meio, acol- choando-as com algodao e pren- dendo-as firmemente com espa- radrapo, fitas adesivas ou atadu- ra de crepe. N13.oaplique analge- sica; se a dor cessar, 0 cavalo po- de querer se locomover espon- taneamente e agravar 0 quadro da fratura. Ouando a fratura localiza-se em ossos distais dos membros- abaixo do o. metacarpico e do o. metatarsico - e decorrido 0 perio- do de 48 a 72 horas, em que ocorre aumento de volume na re- gi13.oafetada, pode-se optar pel a imobiliza<;:13.odas fraturas simples, com ataduras de "gesso sinteti- co" (fibra de vidro) ou resinas es- peciais. Esta imobiliza<;:13.odevera ser mantida ate a repara<;:13.odo osso, controlada radiografica- mente, pois permite que 0 mem- bro seja radiografado sem qual- quer interferencia na qualidade da imagem a ser obtida. Apos ° atendimento emer- gencial ou decorrente de uma nova avalia<;:13.o,ate no maximo 5 a 7 dias do acidente que resul- tou na fratura, pode-se optar pelo tratamento cirurgico com redu<;:13.odo foco com pinos, ca- Ihas, parafusos, placas ou cer- c1agem ortopedica. Produzida por a<;:13.otraumati- ca, consequente a quedas violen- tas; apresenta-se, geralmente, em espiral, devido ao mecanisme de tor<;:ao que atua sabre 0 osso. as sintomas caraderisticos sac de impotencia funcional do membro, aumento de volume de- vido ao derrame sangurneo e ao edema, e aumento de tempera- tura local. as sinais objetivos, alem da, impotencia funcional, sac que ao se observar 0 membro fratura- do, temos a impressao de que e mais longo do que 0 normal, de- vido ao "abaixamento" do cotove- 10, e quando se forc;:a0 cavalo a caminhar, este 0 faz arrastando a pinc;:aao solo, raramente con- seguindo apoiar 0 casco. o diagnostico e realizado pe- las caracterfsticas c1fnicase pelo aparecimento brusco dos sinais. Pode-se ouvir crepitac;:aoprodu- zida pelos fragmentos osseos quando se manipula 0 membro, porem esta manobra e extrema- mente dolorosa e deve ser evita- da. Os Raios-X podem, ser exce- lente recurso para a avaliac;:ao do tipo de fratura e da regiao atingida, facilitando a escolha do tratamento e a elaborac;:ao do prognostico. Deve-se fazer 0 diagnostico diferencial com a paralisia do nervo radial atraves da prova do recuo e avan<;:o, muito embora na paralisia nao se observem as alterac;:oes 10- cais que ocorrem nas fraturas. Figura 5.41 Fratura do umero. No cavalo adulto, quando a fratura e composta, atingindo as regioes proximal e distal do osso, o tratamento direto sobre 0 foco se torna inviavel,e na dependen- cia da gravidade do quadro radio- logico, frequentemente opta-se pelo sacriffcio do animal.As fratu- ras mais simples podem ser tra- tadas por expectativas; repouso absoluto com 0 animal em apa- relhos de suspensao, esperando- se uma consolidac;:ao em longo prazo.Em potros, pode-se intervir cirurgicamente, quando a fratura nao atingir regioes articulares, utilizando-se tecnicas de fixac;:ao com pinos, parafusos e placas ortopedicas. Mantenha 0 potro suspenso e aplique liga de des- canso no membro contra-lateral. Nas fraturas distais do ume- ro, quando ha 0 compromisso da articula<;:ao umero-radio-ulnar, ocasionalmente pode haver an- quilose como sequela, impossi- bilitando 0 animal de estender funcionalmente 0 membro. As fraturas do olecrano saD relativamente frequentes em po- tros devido a traumas diretos so- bre a regiao, por coices ou cho- ques contra estruturas solidas, principal mente paredes, palan- ques e tabuas de cercas. Na dependencia das caracte- rfsticas da ac;:aotraumatica (inten- sidade),0 olecrano pode apresen- tar desde fraturas simples, na sua extremidade livre ou vertice, ate junto a regiao articular,aumentan- do a gravidade das repercussoes osseas do processo. Por ser um osso que faz "par- te" do radio, e se prestar princi- pal mente para a inserc;:ao de musculos extensores do "coto- velo", 0 olecrano adquire signifi- Figura 5.42 Anquilose umero-radioulnar. cado clinico importante ao ser traumatizado. C1inicamente 0 animal apre- senta impotencia funcional mo- Figura 5.43 Fratura do olecrano. Figura 5.44 Reduy8.o de fratura do olecrano com placa e parafusos. tora aguda, com extrema dificul- dade em executar ambas as fa- ses do passo. Observa-se um grande aumento de volume e da temperatura local. Os movimen- tos, mesmo passivos, de flexao e extensao saG diflceis de serem realizados devido a obstaculo na mecanica articular e a dor, po- dendo-se durante as manobras de movimenta<;:ao,ouvir-se ruidos de crepita<;:aodevido aos frag- mentos osseos. o diagnostico baseia-se nas manifesta<;:6es clinicas do pro- cesso e confirma<;:aoradiografi- ca. E necessario que se proceda ao diagnostico diferencial com a fratura distal do umero e com a luxa<;:aoumero-radioulnar. o tratamento podera ser con- servador em potros com fraturas simples sem envolvimento arti- cular, com repouso de no minima 45 dias. Ouando ha afastamento de fragmentos, ou a fratura for cominutiva, apenas a terapeutica cirurgica, atraves da redu<;:ao com pinos, parafusos ou placas, possibilitara a recupera<;:aoloco- motora plena do animal. Podem ser causadas por que- das, coices ou fixa<;:aobrusca do membro em buracos e "mata-bur- ros".0 seu diagnostico e bastan- te simples devido ao aparecimen- to brusco e ao evidente desvio do eixo osseo no foco da fratura o animal apresenta grande dificuldade locomotora e, as ve- zes, mesmo com 0 membro fra- Figura 5.45 Fratura distal do radio e ulna. turado ele consegue apoia-Io para a mudan<;:ado passo. Ge- ralmente, as fraturas do radio e ulna saG expostas e compostas com mais de um fragmento, 0 que de certa forma agrava 0 qua- dro e muitas vezes inviabiliza 0 tratamento, sendo necessaria a eutanasia. Em potros, eventual mente, se torna possivel a redu<;:aocirurgi- ca com utiliza<;:aode pinos e pla- cas ortopedicas associadas ao aparelho de suspensao e mule- ta de Thomas modificada. 0 pos-operat6rio e trabalhoso, exi- gindo muita aten<;:aoe dedica- <;:aopara com 0 animal. Sao muito frequentes no ca- valo de corrida, da ra<;:aPuro Sangue Ingles, principalmente no membra anterior esquerdo, de- vida ao trauma da hiperextensao do membra junto a face anterior dos ossos carpicos. as ossos mais atingidos sao: a carpico radial, carpico interme- dio, terceiro carpico e a carpi co acess6rio, apresentando geral- mente fissuras au pequenas fra- turas, cujo fragmento pode ficar livre no Ifquido sinovial, produ- zinda graves les6es nas cartila- gens articulares. as sintomas sao comuns aos processos de artrite au de artrosinovite que acomete esta articula<;:ao,porem a dor e mais intensa, assim como a c1audica- Figura 5.46 Fratura do o. carpico acess6rio. Figura 5.47 Fratura de base do o. carpi co acess6rio - Raios-X. Figura 5.48 Anquilose da articulaQElocarpica. <;:ao.as Raios-X e a unico meio segura para a diagn6stico. a tratamento sempre deve- ra ser cirurgico, com a retirada do fragmento pela artrotomia au artroscopia, se for muito pe- queno, au a osteosfntese atra- ves de parafusos ortopedicos. a repouso e importante e a re- Figura 5.49 Fratura do 4° o. carpico. Figura5.50 Osteosintese com parafuso do 4 o. carpico - Raios-X. tomo ao trabalho deve ser len- to e progressivo. As fraturas do osso carpi co aces so rio, notadamente as de sua base, em sua fase de resolu<;:13.o, qualquer que tenha side 0 meto- do de tratamento utilizado para a redu<;:13.o,poder13.o desericadear como sequela, a sfndrome do ca- nal carpico. Esta situa<;:13.ofaz com que 0 cavalo mantenha uma c1au- dica<;:13.oresidual, que limita a sua 10como<;:13.oe que sera abordada em detalhes no capitulo 6. 5.16. Fratura dos ossos metacarpicos