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Paper educação em espaços não escolares

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6
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NOS ESPAÇOS NÃO ESCOLARES: MEMORIAL DO RS
Juliana Lopes da Silva¹
Colega 2 xxxxxxx
Alexandra Rodrigues de Souza Alves ²
RESUMO
A educação se dá em diversos espaços, compreende-se a importância de estudar a educação em espaços não escolares. Para tanto, fez-se uma pesquisa bibliográfica a respeito de museus e a relação com a prática educativa. Como culminância fez-se uma visita ao Memorial do Rio Grande do Sul em Porto Alegre/RS como espaço não escolar voltado a educação patrimonial. Compreende-se a relevância desses espaços como fontes históricas e culturais, sendo guardiães de memória, educação e identidade.
Palavras-chave: Educação Patrimonial. Espaços Não Escolares. Museu. 
1 INTRODUÇÃO
A Educação Patrimonial utiliza-se de processos educativos formais e não formais que têm como foco o Patrimônio Cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio-histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação. Considera-se ainda que, os processos educativos devem primar pela construção coletiva e democrática do conhecimento, por meio do diálogo permanente entre os agentes culturais e sociais e pela participação efetiva das comunidades detentoras e produtoras das referências culturais, onde convivem diversas noções de Patrimônio Cultural (IPHAN, 2018).
Mas se não é só na escola que se dá a educação patrimonial, tampouco seu único público é o estudantil. Desta feita, para desenvolvimento deste trabalho, o local escolhido é o Memorial do Rio Grande do Sul, localizado em Porto Alegre/RS.
No desenvolvimento deste trabalho foi feita uma pesquisa bibligráfica a respeito do tema, com análise em obras, artigos, leis e outros documentos, bem como visita ao local, com registro fotográfico das percepções colhidas.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Dentre as muitas peculiaridades que diferenciam um museu Histórico das demais tipologias de museus estão as suas características como Instituição, já que o museu histórico volta-se não somente para a figura dos objetos, mas para a história que se encontra nestes objetos como fonte de conhecimento e saber. Ainda no que se refere ao museu Histórico no Brasil se percebe museus que estão instalados em prédios que por sua imponência e caráter de monumentos vem celebrar e evocar a figura de personagens que fizeram parte da História. 
Dentre as muitas peculiaridades que diferenciam um museu Histórico das demais tipologias de museus estão as suas características como Instituição, já que o museu histórico volta-se não somente para a figura dos objetos, mas para a história que se encontra nestes objetos como fonte de conhecimento e saber. Ainda no que se refere ao museu Histórico no Brasil se percebe museus que estão instalados em prédios que por sua imponência e caráter de monumentos vem celebrar e evocar a figura de personagens que fizeram parte da História (ALMEIDA, 1997) . 
Assim, o próprio prédio continua a exercer as funções de memorial. A alegoria prevista inicialmente na sua própria arquitetura (hierarquia dos espaços, previsão de nichos para esculturas, molduras para quadros, etc.). (MENESES, 1992, p. 5).
Os objetos do acervo lá exposto trazem significados, também relacionadas com essas figuras. Contudo penso que se abre um novo tempo, em que o museu não será mais um local de evocar e celebrar o passado e sim de organizá-lo para que a sociedade possa entendê-lo e aceitar as mudanças que estão ocorrendo e que o sujeito está num constante processo de transformação.
Também é preciso ver, em todos os objetos, de todos os acervos, o que eles representam [...] por isso mesmo, todo artefato é, na sua significação mais profunda, produto e vetor de relações sociais e traz presente na sua própria materialidade traços mais ou menos explícitos, que permitem ler aspectos de divisão técnica e social do trabalho numa sociedade. (MENESES, 1992, p.9).
A Educação Patrimonial aparece como processo de reflexão com objetivos de alcançar ações que possam intermediar e possibilitar o conhecimento social e cultural de uma sociedade que não é estanque e sim sujeita as modificações ocorridas ao longo dos tempos.
E, por isso, o museu deve voltar-se precisamente enquanto museu histórico, para si próprio, inicialmente, para preencher as formas de constituição da memória de grupos sociais e seu funcionamento. Trata-se também de procurar apreender historicamente sua função como “instituição-memória”. (MENESES, 1992, p.10).
“Por isso é que, tão frequentemente, tais museus giram em torno de objetos relacionados biográfica e tematicamente a fatos e figuras excepcionais do passado.” (MENESES, 1992, p.7).
Neste sentido é fundamental que o programa de Educação Patrimonial venha se envolver ao processo educativo nas escolas, buscando estimular os estudantes em suas capacidades intelectuais e reflexivas, despertando o interesse e a curiosidade sobre o passado, entender o presente e planejar o futuro. Nesta perspectiva também se faz necessário que o professor busque uma metodologia que vise uma maior valorização por parte de seus alunos em relação aos museus, desfazendo-se o velho conceito de que este é um local onde se deposita coisas velhas. 
Identidade e memória são assim ingredientes fundamentais da interação social, presentes em quase todos os seus domínios – e, por isso, não poderiam em hipótese alguma estar ausentes dos museus que pretendam dar conta dos aspectos fundamentais de uma sociedade viva, no presente ou no passado. (MENESES, 2000, p. 94).
“Assim, educação significa reflexão constante, pensamento crítico, criativo e ação transformadora do sujeito e do mundo; atividade social e cultural, histórico-socialmente condicionada.” (SANTOS, 2002, p. 308).
2.2 MEMORIAL DO RIO GRANDO DO SUL 
O espaço foi criado através de um convênio entre o governo federal e o governo estadual, em setembro de 1996, como um centro histórico voltado para a preservação da cultura gaúcha. Após um processo de restauração, o prédio preservando suas características originais, foi adequado para a instalação do Memorial. O espaço conta com uma área de 3.600m², recebendo infra-estrutura necessária, para o Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul e às Salas do Tesouro.
Assim surgiu o centro de informação e divulgação da história do Estado, onde estão reunidos objetos, mapas, gravuras, fotos, livros, imagens iconográficas e depoimentos importantes sobre os principais fatos ocorridos no Rio Grande do Sul. O acervo está exposto através de uma concepção museográfica moderna aliada a novas tecnologias, permitindo, assim, a integração com o público e o fácil entendimento dos conteúdos.
Conforme refere Possamai (2015), o movimento de valorização do patrimônio em diversos países, menciona um amplo consenso em torno da conservação do patrimônio, das políticas lideradas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Desse modo, é corrente em diversos países a aprovação de legislação e políticas públicas no sentido de preservar os vestígios pretéritos dos povos, consubstanciados na forma de sítios históricos, museus, memoriais, arquivos. 
Se a noção histórica de patrimônio adotada em inúmeros documentos produzidos pelos estados nacionais privilegiou, prioritariamente, seus aspectos materiais, a noção de patrimônio no século XXI estende-se às particularidades das culturas orientais e africanas com a adoção de políticas que contemplam os patrimônios intangíveis, calcados na tradição oral (POSSAMAI, 2015).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Na realização deste estudo fez-se uma pesquisa de campo. Sobre a pesquisa de campo, Gil (2010, p.57) refere que se trata do “aprofundamento das questões propostas do que a distribuição das características da população segundo determinadas variáveis.” (GIL; 2010, p. 57).
O embasamento se deu por pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa. A pesquisa bibliográfica é toda bibliografia tornada pública, tais como: jornais, revistas, livros, ou até mesmogravações em fita magnética (MARCONI; LAKATOS, 2011, p.57).  
Segundo Malhotra et al (2005) o objetivo da pesquisa qualitativa é a obtenção da compreensão qualitativa do problema. A mostra é tomada por um número pequeno de casos. A coleta dos dados não é estruturada e sua análise não é estatística.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
No que diz respeito ao Memorial do Rio Grande do Sul, como patrimônio cultural edificado, tangível, é um lugar de memória coletiva onde pode-se refletir sobre a identidade cultural, social, regional.
A memória é um elemento essencial do que se costuma chamar identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades de hoje, na febre e na angústia. Mas a memória coletiva é não somente uma conquista, é também um instrumento e um objeto de poder. São as sociedades cuja memória social é sobretudo oral ou que estão em vias de constituir uma memória coletiva escrita que melhor permitem compreender esta luta pela dominação da recordação e da tradição, esta manifestação da memória. (LE GOFF, 2003).
FIGURA 1 – ALUNA VISITANDO O MEMORIAL
Fonte: Autora, 2018.
FIGURA 2 – VISTA FRONTAL
Fonte: Autora, 2018.
Ao visitar este espaço pode-se perceber a relação de educação e cultura, as instalações, as obras e toda estrutura que contém foi importante para também relacionar o conhecimento teórico com o visual e experiencial.
5 CONCLUSÕES
Conclui-se que o maior desafio neste estudo refere-se à necessidade de a Escola se configurar não apenas como um espaço de ensino mas também de se relacionar com os demais espaços para aquisição de conhecimento. É muito mais rico para o aluno poder ir a espaços e fazer conexões dentro dos mesmos com o conhecimento construído em sala de aula.
Compreende-se a importância desses espaços como guardiães da cultura, da história e da identidade de um povo. Para tanto, deve-se assegurar que os governos invistam cada vez mais nesses espaços e oportunizar cada vez mais o acesso de todos a esses locais de forma, a estreitar os laços do presente, do passado e do futuro.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. M. Sociedades de multimídias: dimensões comunicacionais de cultura museológica. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, n. 7, p. 99-107, 1997. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/revmae/article/viewFile/109299/107797>. Acesso em: 6 jun 2018.
BRASIL. IPHAN. Educação Patrimonial. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/343> Acesso em: 7 jun. 2018.
Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/8757274/Historia-e-Memoria-Jacques-Le-Goff> Acesso em: 5 mai. 2018.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6 ed. São Paulo: Atlas 2010.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. 5.ed. Campinas: UNICAMP, 2003, p. 476. 
MALHOTRA et al,. Introdução a Pesquisa de Marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. Educação e museu: sedução, riscos e ilusões. IN: Ciencia Ler. Porto Alegre, n. 27, p.91-101, jan/jun 2000.
POSSAMAI, Z. R. Exposição, Coleção, Museu Escolar: ideias preliminares de um museu imaginado. In: Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 58, p. 103-119, out./dez. 2015.
SANTOS, Maria Célia T. Moura. Museu e educação: conceitos e métodos. In: Curso de Especialização em Museologia, USP, 2002.
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (HID 0483/4) – Prática do Módulo IV - 18/05/2018

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