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Calcificação Patológica

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FISIOPATOLOGIA 14.02.2020 AULA 6 
 
Calcificação Patológica 
Consistem na deposição de sais de cálcio em locais normalmente não calcificados. Tanto no tecido 
ósseo quanto em focos de calcificação patológica, forma-se hidroxiapatita. A diferença básica é que, no 
tecido ósseo mineralizado, a calcificação se dá sobre o colágeno, formando a matriz osteoide. Em 
calcificação patológica, os depósitos minerais ocorrem sobre outros substratos celulares e 
extracelulares. As calcificações patológicas ocorrem em 
concomitância com vários processos gerais, como as necroses e 
degenerações e podem estar presentes em virtualmente qualquer 
lesão crônica. 
Cerca de 90% do cálcio está localizado no esqueleto e nos 
dentes, em forma de hidroxiapatita. A precipitação de sais de 
fosfato de cálcio é facilitada em meio alcalino. 
 A absorção de cálcio se dá no duodeno por transporte ativo 
dependente de proteínas, e é inibida na deficiência de vitamina D, 
na uremia, e no excesso de ácidos graxos. A manutenção desses 
níveis adequados de cálcio é parte importante no tratamento de 
diversas enfermidades. No plasma, o cálcio está presente sob a 
forma de íons livres – importante na regulação da coagulabilidade 
sanguínea e da irritabilidade neuromuscular (a hipocalcemia 
causa tetania); ligados a proteínas e em complexos difusíveis. 
Quando sais (fosfato, carbono e citratos) de cálcio (e também 
de ferro, magnésio e outros) são depositados em tecidos frouxos 
não osteóides, em órgãos parenquimatosos, na parede dos vasos, 
e em pleuras ou meninges, enrijecendo-os, dá-se o nome de 
calcificação ou mineralizações – patológicas ou heterotópicas. 
O cálcio, apesar de essencial, é um elemento tóxico para as células. Seu acúmulo no meio 
extracelular da mitocôndria pode resultar em aumento na concentração de cálcio intracelular. Como as 
mitocôndrias apresentam concentração de cálcio maior que a do meio intracelular, tendem a acumular 
ainda mais cálcio quando este está aumentando no interior da célula. A calcificação de mitocôndrias 
resulta em perda de função; quando muitas mitocôndrias em uma célula se calcificam, a célula morre. 
A deposição patológica de minerais e sais de cálcio pode ocorrer nos tecidos em duas formas: 
 Calcificação Distrófica 
Resulta de modificação local nos tecidos e não depende dos níveis plasmáticos de cálcio e 
fosfato. Ocorre de maneira mais localizada nos tecidos conjuntivo fibrosos hialinizados em 
lenta e prolongada degeneração, como na parede de vasos esclerosados, em tendões, em 
válvulas cardíacas, e em alguns tumores. Ocorre também nas áreas de necroses antigas e 
não absorvidas, como na necrose caseosa na tuberculose, nos infartos (necrose isquêmica) 
antigos, ao redor de parasitas e larvas mortas, na necrose enzimática das gorduras da 
pancreatite e em trombos venosos crônicos (flebólitos). 
Em tecidos necróticos, a deposição de cálcio ocorre de maneira gradativa, iniciando-se por 
pequenos grânulos basófilos periféricos, que, às vezes, apresentam aspectos em alvo 
(calcosferitas), resultantes da deposição concêntrica de cristais de hidroxiapatita. À medida 
que mais cálcio se deposita, os grânulos coalescem e formam faixas que se estendem 
gradativamente ao centro da lesão. 
 
FISIOPATOLOGIA 14.02.2020 AULA 6 
 
 
 
 
 
Os mecanismos que explicam a formação de deposito de cálcio incluem: (1) exposição de núcleos 
primários; (2) aumento local na concentração de fosfato e/ou cálcio; (3) remoção de inibidores de 
calcificação. Uma vez que o cálcio pode ligar-se a essas moléculas; ao cálcio, ligam-se, sobretudo, 
fosfato, formando cristais inicialmente apoiados sobre elementos da própria membrana celular. Em 
tecidos necróticos e em placas ateromatosas, fosfolipideos são abundantes, por vezes formando 
microvesículas; estas podem fornecer um paralelo entre a calcificação distrófica e a calcificação 
fisiológica, em que o processo iniciador ocorre em vesículas de matriz, presentes em cartilagens de 
placas de crescimento ósseo. 
 Calcificação Metastática 
Onde a hipercalcemia resulta na precipitação dos sais em 
tecidos normais. Decorre da absorção abundante de 
cálcio no tubo gastrointestinal por intoxicação com 
vitamina D, da mobilização excessiva de cálcio dos ossos, 
consequência de imobilização prolongada, de osteólite e 
do hiperparatireoidismo primário ou segundaria. 
A principal causa de hipercalcemia é a hipersecreção de 
paratormônio ou de moléculas semelhantes. O 
paratormônio eleva a calcemia porque estimula a 
atividade osteoclástica e a reabsorção óssea. 
Obstrução de um vaso, degeneração fibrinoide, causando uma necrose 
fibrinoide resultando em uma calcificação 
Roxo – matriz óssea 
Necrose gordurosa – gerada por lipases pancreáticas. Adenocarcinoma do ovário 
FISIOPATOLOGIA 14.02.2020 AULA 6 
 
A insuficiência renal crônica provoca retenção de fosfato o 
que determinará maior secreção de paratormônio no 
sentido de se equilibrar a relação cálcio-fósforo no sangue. 
Assim, a hiperfosfatemia induz a elevação do cálcio e 
fosfato no plasma, permitindo a sua precipitação nos 
tecidos. 
Os depósitos de cálcio metastáticos podem formar-se em 
qualquer local, mas especialmente em pulmões, rins 
artérias sistêmicas, veias pulmonares e córnea. Esses órgãos 
têm em comum o fato de secretarem ácidos, criando um 
compartimento interno alcalino. 
A precipitação de cálcio inicia-se na mitocôndria. Quando 
há morte celular, as células acabam envolvidas pela calcificação. A deposição de sais de 
cálcio também ocorre no compartimento extracelular, sendo as membranas basais dos 
pulmões e dos rins sítios particularmente suscetíveis. 
Características macroscópicas: órgão presenta-se muito endurecido e calcário e rangem ao 
corte da faca. O pulmão adquire aspecto de fina esponja de banho. Nos rins, a deposição de 
cálcio nos túbulos produz nefrocalcinose (múltiplos focos de deposito de cálcio nos 
túbulos). 
 
 
 
 
 Cálculos 
Usado para designar massas sólidas, esféricas, ovais ou facetas, compactas, de consistência 
argilosa a pétrea, que se formam no interior de órgãos ocos (bexiga, vesícula biliar), 
cavidades naturais do organismo (peritoneal, vaginal dos testículos), condutos naturais 
(ureter, colédoco ou ducto pancreático) e mesmo no interior de vasos. 
Este material se deposita por precipitações sucessivas de sais inorgânicos ao redor de um 
núcleo orgânico, formado por agregados de células descamadas, grumos bacterianos, 
massas de fibrina ou de mucosa, corpos estranhos e outros. 
Exemplos mais frequentes são os biliares (colelitíase e colélitoc), os urinários (urolitíase e 
urólitos), os bronquiais (bronquiolitíase e bronquiólitos) e os vasculares – formados a partir 
de trombos (flebólitos e arteriolitos). 
Radippacidade irregular 
em torno do fêmur 
No pulmão tem chance de precipitar, pois há uma grande 
quantidade de gás carbônicos, gerando um ambiente 
alcalino facilitando sua atração com o Ca, deixando o pH 
reduzido. Ocorre nos tecidos periféricos das veias. 
Acúmulo de material 
basofilico, quebradiço, 
correspondendo a 
depósitos de cálcio no 
tecido frouxo.

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