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Política Nacional de Medicamentos A Política Nacional de Medicamentos (PNM), como parte essencial da Política Nacional de Saúde, constitui um dos elementos fundamentais para a efetiva implementação de ações capazes de promover a melhoria das condições da assistência à saúde da população. A Lei n.º 8.080/90, em seu artigo 6.º, estabelece como campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) a “formulação da política de medicamentos (...) de interesse para a saúde (...)”. O seu propósito principal é o de garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais, e tem o dever desafiador de assegurar o acesso aos medicamentos à população, resguardando os princípios de equidade e justiça social, garantindo a disponibilidade de produtos seguros, eficazes e de qualidade e promovendo o uso racional por parte dos profissionais de saúde e usuários. PNM possui como diretrizes básicas: A adoção da relação de medicamentos essenciais; A regulamentação sanitária de medicamentos; A reorientação da assistência farmacêutica; A promoção do uso racional de medicamentos; O desenvolvimento científico e tecnológico; A promoção da produção de medicamentos; A garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos; O desenvolvimento e capacitação de recursos humanos. A promoção do uso racional de medicamentos envolve as etapas de produção comercialização, prescrição e a utilização de medicamentos genéricos, através de ações. Ela também propicia o acesso às informações que dizem respeito às repercussões sociais e econômicas do receituário médico, enfatizando a educação dos usuários no tocante aos riscos da automedicação, da interrupção ou da troca da medicação prescrita. Além disso, esta promoção possibilita a adequação dos currículos dos cursos de formação dos profissionais de saúde e a nova regulamentação da propaganda dos produtos farmacêuticos para os médicos, para o comércio de produtos farmacêuticos e para a população leiga. Essa nova legislação entrou em vigor em junho de 2009, seguindo as exigências da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 96, publicada pela Anvisa em dezembro de 2008. A PNM, aqui expressa tem como base os princípios e diretrizes do SUS e exigirá, para a sua implementação, a definição ou redefinição de planos, programas e atividades específicas nas esferas federal, estadual e municipal. Esta Política concretiza metas do Plano de Governo, integra os esforços voltados à consolidação do SUS, contribui para o desenvolvimento social do País e orienta a execução das ações e metas prioritárias fixadas pelo Ministério da Saúde.O sistema de saúde brasileiro, que engloba estabelecimentos públicos e o setor privado de prestação de serviços, inclui desde unidades de atenção básica até centros hospitalares de alta complexidade. A importância e o volume dos serviços prestados pelo setor público de saúde no Brasil composto pelos serviços estatais e privados conveniados ou contratados pelo SUS. É indiscutível, portanto, a importância dos serviços de saúde, os quais constituem, ao lado de uma série de outros, fator de extrema importância para a qualidade de vida da população. O desenvolvimento científico-tecnológico permite o desenvolvimento da produção de fármacos, de modo especial para aqueles presentes na RENAME,facilitando o acesso. A promoção da produção de medicamentos dá ênfase àimportância dos laboratórios oficiais brasileiros em relação à produção estratégica dos medicamentos essenciais. Ela também atua no sentido de monitorar os preços dos medicamentos no mercado brasileiro e de eliminar sua dependência do processo produtivo, através da modernização dos sistemas de produção, promovendo o aumento da eficiência. (RENAME) Relação Nacional de Medicamentos Essenciais define a lista de medicamentos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para atender as necessidades de saúde prioritárias da população brasileira. A garantia da segurança, da eficácia e da qualidade dos medicamentos é feita por meio do cumprimento da regulamentação sanitária, estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), enquanto que o desenvolvimento e a capacitação de recursos humanos propiciam a articulação intersetorial e, consequentemente, a operacionalização da PNM. A reorientação da assistência farmacêutica não pode ser restrita ao ato de adquirir e de distribuir os medicamentos, como já explicitado, mas deve garantir também a atenção farmacêutica, habilitação específica do profissional farmacêutico, como acompanhamento dose pacientes durante o uso dos medicamentos prescritos. Ao realizar a identificação, a correção, a prevenção ou a redução dos possíveis agravos ocorridos devido à má utilização dos medicamentos, o farmacêutico pode estabelecer um vínculo maior com os usuários do sistema. Isso possibilita o resgate do papel do farmacêutico como profissional do medicamento a serviço da coletividade e não a favor do mercado. É dentro do contexto da PNM que se definem as prioridades e responsabilidades da assistência farmacêutica, entendida como um conjunto de ações interligadas relacionadas ao medicamento, compreendendo desde o seu processo de seleção até sua prescrição e dispensação. IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO NA PNM A assistência farmacêutica, prioriza garantir a aquisição e a distribuição de forma descentralizada pelos municípios e sob a coordenação dos estados, de medicamentos necessários à atenção básica à saúde de suas populações. Compreende-se por assistência farmacêutica o conjunto de ações e serviços com vistas a assegurar a assistência terapêutica integral, a promoção e a recuperação da saúde, nos estabelecimentos públicos e privados que desempenham atividades de pesquisa, manipulação, produção, conservação, distribuição, garantia e controle de qualidade, vigilância sanitária e epidemiológica de medicamentos e produtos farmacêuticos. O farmacêutico ou atendente de farmácia é o último contato do paciente ou usuário de medicamentos com o serviço até o próximo retorno. A dispensação é o ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. O desempenho desta função é uma atribuição do farmacêutico, já que este profissional é formado teoricamente com aptidões de fornecer informação aos doentes sobre a utilização correta de medicamentos para o uso racional e aconselhamento aos doentes sobre o uso de medicamentos não prescritos de venda livre (auto-medicação). Neste contexto, é essencial que a classe farmacêutica reflita sobre suas atribuições, suas aptidões, estabeleça consensos e tome decisões que possam trazer melhorias como a inclusão do farmacêutico nos serviços públicos. Medidas neste sentido, poderão trazer progressos na utilização de medicamentos, efetivando ações que tenham resultados concretos na qualidade de vida da população, garantindo integralidade da assistência farmacêutica. HIV/AIDS HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitosT CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. AIDS A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ocorre em estágios mais avançados da infecção pelo vírus HIV. O HIV ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era uma sentença de morte. Atualmente, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Para isso, é preciso seguir recomendações médicas e tomar os medicamentos indicados corretamente. Recomenda as pessoas com vida sexual ativa que façam o teste anti-HIV. O diagnóstico precoce é extremamente importante para garantir a qualidade de vida dos portadores do HIV/Aids. TRATAMENTO Os primeiros medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980. Eles agem inibindo a multiplicação do HIV no organismo e, consequentemente, evitam o enfraquecimento do sistema imunológico. O desenvolvimento e a evolução dos antirretrovirais para tratar o HIV transformaram o que antes era uma infecção quase sempre fatal em uma condição crônica controlável, apesar de ainda não haver cura. Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) todos os medicamentos antirretrovirais e, desde 2013, o SUS garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente da carga viral. Atualmente, existem 21 medicamentos, em 37 apresentações farmacêuticas, conforme relação abaixo: Item Descrição Unidade de fornecimento 1 Abacavir (ABC) 300mg Comprimido revestido 2 Abacavir (ABC) Solução oral Frasco 3 Atazanavir (ATV) 200mg Cápsula gelatinosa dura 4 Atazanavir (ATV) 300mg Cápsula gelatinosa dura 5 Darunavir (DRV) 75mg Comprimido revestido 6 Darunavir (DRV) 150mg Comprimido revestido 7 Darunavir (DRV) 600mg Comprimido revestido 8 Dolutegravir (DTG) 50mg Comprimido revestido 9 Efavirenz (EFZ) 200mg Cápsula gelatinosa dura 10 Efavirenz (EFZ) 600mg Comprimido revestido 11 Efavirenz (EFZ) Solução Oral Frasco 12 Enfuvirtida (T20) Frasco-ampola 13 Etravirina (ETR) 100mg Comprimido revestido 14 Etravirina (ETR) 200mg Comprimido revestido 15 Fosamprenavir (FPV) Suspensão Oral Frasco 16 Lamivudina (3TC) 150mg Comprimido revestido 17 Lamivudina 150mg+Zidovudina300mg (AZT+3TC) Comprimido revestido 18 Lamivudina (3TC) Solução Oral Frasco 19 Lopinavir 100mg + Ritonavir 25mg (LPV/r) Comprimido revestido 20 Lopinavir (LPV/r) Solução Oral Frasco 21 Lopinavir/ritonavir (LPV/r) 200mg + 50mg Comprimido revestido 22 Maraviroque (MVQ) 150mg Comprimido revestido 23 Nevirapina (NVP) 200mg Comprimido simples 24 Nevirapina (NVP) Suspensão oral Frasco 25 Raltegravir (RAL) 100mg Comprimido mastigável 26 Raltegravir (RAL) 400mg Comprimido revestido 27 Ritonavir (RTV) 100mg Comprimido revestido 28 Ritonavir (RTV) Solução Oral Frasco 29 Tenofovir (TDF) 300mg Comprimido revestido 30 Tenofovir (TDF) 300mg + Entricitabina 200mg Comprimido revestido 31 Tenofovir 300mg+Lamivudina 300mg Comprimido revestido 32 Tenofovir 300mg+Lamivudina 300mg+Efavirenz 600mg Comprimido revestido 33 Tipranavir (TPV) Solução Oral Frasco 34 Tipranavir (TPV) 250mg Cápsula Gelatinosa Mole 35 Zidovudina (AZT) 100mg Cápsula gelatinosa dura 36 Zidovudina (AZT) Solução Injetável Frasco-ampola 37 Zidovudina (AZT) Xarope Frasco Fonte: DIAHV/SVS/MS HEPATITES VIRAIS B e C Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de algumas medicações, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus, B e C. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras do vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite. As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes para as políticas públicas no setor. TRATAMENTO Para garantir o tratamento de pessoas vivendo com hepatites virais, o Ministério da Saúde centralizou a compra de alguns medicamentos indicados. São eles: Item Descrição Unidade de fornecimento 01 Alfapeguinterferona 2a (PEG) 180mcg Seringa preenchida 02 Entecavir (ETV) 0,5mg Comprimido revestido 03 Daclatasvir 30mg Comprimido revestido 04 Daclatasvir 60mg Comprimido revestido 05 Lamivudina (3TC) 150mg Comprimido revestido 06 Lamivudina (3TC) solução oral Frasco 07 Ribavirina (RBV) 250mg Cápsula 08 Simeprevir 150mg Cápsula 09 Sofosbuvir 400mg Comprimido revestido 10 Tenofovir (TDF) 300mg Comprimido revestido Fonte: DIAHV/SVS/MS A aquisição e distribuição dos medicamentos para as hepatites virais B e C são definidas pela Portaria nº 1.554, de 30 de julho de 2013 (que revoga a Portaria nº 2.981/2009).Esses medicamentos seguem as regras do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica/DAF/SCTIE/MS, no âmbito das estratégias de acesso a medicamentos de alto custo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NOS CASOS VIRAIS O farmacêutico desempenha um papel chave no programa de adesão ao tratamento. Fatores que influenciam, como a toxicidade previsível, o esquema terapêutico, os intervalos entre doses e preferências em relação ao esquema de medicamentos devem ser discutidos em detalhes, em sessões individuais de cada usuário com o farmacêutico. Os resultados desses atendimentos http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pt-gm-ms-1554-2013-alterada-1996-2013.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt2981_26_11_2009_rep.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt2981_26_11_2009_rep.html http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=11635&Itemid=702 http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=11635&Itemid=702 podem ser relatados à equipe médica e utilizados para criar ou revisar um esquema de terapia antirretroviral individualizado. O farmacêutico poderá fornecer subsídios à equipe e prever possíveis efeitos adversos e interações medicamentosas. A equipe da farmácia poderá complementar uma intervenção educativa e oferecer ao individuo ferramentas de adesão, tais como caixas para comprimidos com divisórias internas (pill box), cartões individualizados com o esquema de doses, cronogramas das doses diárias ou sistemas de lembretes, além de informações sobre a doença. Deve-se também estar disponível para esclarecer dúvidas que possam ocorrer ao usuário. A equipe da farmácia poderá trabalhar em consultas educativas emadesão, nas quais terá a oportunidade de perceber e rever a capacidade dos usuários para entender os conceitos-chave relacionados ao tratamento do HIV, HBV e HCV e à adesão, e de mostrar-lhes como devem seguir seu tratamento. Nessas consultas, a capacidade de entender o esquema, tomar e tolerar os medicamentos e a resposta virológica do indivíduo podem ser monitoradas. Os farmacêuticos são fonte valiosa de informação sobre a adesão. Eles podem fornecer informação educativa aos usuários sobre seus medicamentos, como também informar a equipe de assistência à saúde sobre falhas na reposição ou problemas no consumo do medicamento, além de promover a relação do usuário com a sua condição e tratamento e o cuidado quando a presença de outras doenças. ARBOVIROSES As infecções por arbovírus podem resultar em um amplo espectro de síndromes clínicas, desde doença febril branda até febres hemorrágicas e formas neuroinvasivas. Entretanto, a maior parte das infecções humanas por arbovírus são assintomáticas ou oligossintomáticas.As arboviroses, em geral, são mantidas em ambiente silvestre, podendo ocorrer também em ambientes urbanos. Os arbovírus são vírus transmitidos pela picada de artrópodes hematófagos, como o Aedes aegypti. Dengue: doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico, pois a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, enquanto uma pequena parte evolui para gravidade. É a mais importante arbovirose que afeta o homem, constituindo-se em sério problema de saúde pública no mundo. Ocorre e é disseminada especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti e do Aedes albopictus. Febre de Chikungunya: doença produzida pelo vírus chikungunya, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, que cursa com enfermidade febril aguda, subaguda ou crônica. A enfermidade aguda se caracteriza, principalmente, por início súbito de febre alta, cefaleia, mialgias e dor articular intensa, afetando todos os grupos etários e ambos os sexos. Em uma pequena porcentagem dos casos a artralgia se torna crônica, podendo persistir por anos. As formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito. A febre de chikungunya é uma enfermidade endêmica nos países do Sudeste da Ásia, África e Oceania. Emergiu na região das Américas no final de 2013. O nome chikungunya deriva de uma palavra do idioma makonde, falado no sudeste da Tanzânia, que significa “curvar-se ou tornar-se contorcido”, descrevendo a postura adotada pelos pacientes devido à artralgia intensa. Febre pelo vírus Zika: doença que foi detectada no país no ano de 2015, e a partir deste evento, tem se disseminado no país cursando de forma inédita segundo a literatura científica. Tendo encontrado ambiente favorável à sua disseminação, que é a presença do vetor Aedes em todo o país, em população sem imunidade à doença, vem causando enorme impacto à saúde de nossa população. É uma doença viral aguda, transmitida principalmente, pelos mosquitos Ae. Aegypti e Ae. albopictus, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Os casos costumam apresentar evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias. Todavia, observa-se a ocorrência de óbitos pelo agravo, aumento dos casos de microcefalia e de manifestações neurológicas associadas à ocorrência da doença. Febre amarela: doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, cujo agente etiológico é um arbovírus protótipo do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae, transmitido por artrópodes, e que possui dois ciclos epidemiológicos de transmissão distintos: silvestre e urbano. Do ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico, a doença é a mesma. Reveste-se da maior importância epidemiológica, por sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas.A vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença. TRATAMENTO Não existe tratamento específico para a dengue, zika e chikungunya. O tratamento consiste no alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos, manutenção da atividade sanguínea e repouso. A febre e as dores musculares e articulares poderão ser tratadas com antitérmico, porém, o farmacêutico deve encaminhar os pacientes que relatarem os sinais e sintomas descritos ao serviço de saúde mais próximo. Além disso, deve orientá-los a não ingerir medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não esteroidais (Aines), pois podem provocar hemorragia, e não ingerir outros medicamentos antes de consultar o médico, pois podem mascarar os sintomas que caracterizam outras doenças. Entendemos o farmacêutico como um profissional de saúde chave para a educação e orientação da população, prestando informações confiáveis em relação à doença transmissão, sinais e sintomas, diagnóstico e necessidade de notificação compulsória, evolução clínica e possíveis complicações relacionadas.
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