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Desenvolvimento Psicossocial na Adolescência
A busca da identidade
A busca da identidade – que Erikson definiu como uma concepção coerente do self, constituída de metas, valores e crenças com os quais a pessoa está solidamente comprometida – entra em foco durante os anos da adolescência. O desenvolvimento cognitivo dos adolescentes lhes possibilita construir uma “teoria do self”. Há um esforço de um adolescente para compreender o self e isso não é “uma espécie de enfermidade do amadurecimento”. Ele faz parte de um processo saudável e vital fundamentado nas realizações das etapas anteriores – na confiança, autonomia, iniciativa e produtividade – e lança os alicerces para lidar com os desafios da idade adulta. Entretanto, uma crise de identidade raramente é totalmente resolvida na adolescência; questões relativas à identidade surgem repetidamente durante toda a vida adulta.
ERIKSON: IDENTIDADE VERSUS CONFUSÃO DE IDENTIDADE
A principal tarefa da adolescência, dizia Erikson (1968), é confrontar a crise de identidade versus confusão de identidade, ou confusão de identidade versus confusão de papel, de modo a tornar-se um adulto singular com uma percepção coerente do self e com um papel valorizado na sociedade. 
O conceito da crise de identidade baseou-se em parte na experiência pessoal de Erikson. Criado na Alemanha como o filho bastardo de uma mulher judia dinamarquesa que havia se separado do seu primeiro marido, Erikson jamais conheceu o pai biológico. Embora tenha sido adotado aos 9 anos de idade pelo segundo marido de sua mãe, um pediatra judeu alemão, ele se sentia confuso a respeito de quem era. Debateu-se durante algum tempo antes de encontrar sua vocação. Quando viajou para os Estados Unidos, precisou redefinir sua identidade como imigrante.
A identidade, segundo Erikson, forma-se quando os jovens resolvem três questões importantes: a escolha de uma ocupação, a adoção de valores sob os quais viver e o desenvolvimento de uma identidade sexual satisfatória.
Durante a terceira infância, as crianças adquirem as habilidades necessárias para obter sucesso em suas respectivas culturas. Quando adolescentes, elas precisam encontrar maneiras de usar essas habilidades. Quando os jovens têm problemas para fixar-se em uma identidade ocupacional – ou quando suas oportunidades são artificialmente limitadas –, eles correm risco de apresentar comportamento com consequências negativas sérias, tal como atividades criminosas.
De acordo com Erikson, a moratória psicossocial, um período de adiamento que a adolescência proporciona, permite que os jovens busquem compromissos aos quais possam ser fiéis. Os adolescentes que resolvem essa crise de identidade satisfatoriamente desenvolvem a virtude da fidelidade: lealdade constante, fé ou um sentimento de integração com uma pessoa amada ou com amigos e companheiros. Fidelidade também pode ser uma identificação com um conjunto de valores, uma ideologia, uma religião, um movimento político, uma busca criativa ou um grupo étnico.
A fidelidade é uma extensão da confiança. Na primeira infância, é importante que a confiança nos outros supere a desconfiança; na adolescência, torna-se importante que a própria pessoa seja confiável. Os adolescentes estendem sua confiança a mentores e aos entes queridos. 
Ao compartilhar pensamentos e sentimentos, o adolescente esclarece uma possível identidade ao vê-la refletida nos olhos do ser amado. Entretanto, essas intimidades do adolescente diferem da intimidade madura, que envolve maior compromisso, sacrifício e conciliação. Erikson via como o principal perigo desse estágio a confusão de identidade ou de papel que pode atrasar consideravelmente a maturidade psicológica. (Ele não resolveu sua crise de identidade até os 20 e poucos anos.) Algum grau de confusão de identidade é normal. De acordo com Erikson, ela é responsável pela natureza aparentemente caótica de grande parte do comportamento dos adolescentes e pela penosa autoconsciência deles. Grupos fechados e intolerância com as diferenças, ambos marcas registradas do cenário social adolescente, são defesas contra a confusão de identidade.
A teoria de Erikson descreve o desenvolvimento da identidade masculina como norma. De acordo com ele, um homem não é capaz de estabelecer uma intimidade real até ter adquirido uma identidade estável, enquanto as mulheres se definem através do casamento e da maternidade (algo que talvez fosse mais verdadeiro na época em que Erikson desenvolveu sua teoria do que na atualidade). Desse modo, as mulheres (ao contrário dos homens) desenvolvem a identidade por meio da intimidade, não antes dela. Conforme veremos, essa orientação masculina da teoria de Erikson foi alvo de críticas. Ainda assim, seu conceito de crise de identidade inspirou muitas outras teorias e pesquisas. Ele encontrou relações entre o estado de identidade e certas características como ansiedade, autoestima, raciocínio moral e padrões de comportamento. 
Desenvolvendo a teoria de Marcia, outros pesquisadores identificaram variáveis de personalidade e familiares adicionais relacionadas com o estado de identidade Eis um esboço mais detalhado dos jovens em cada estado de identidade:
• Realização de identidade (a crise que leva ao compromisso). Olivia resolveu sua crise de identidade.
Durante o período da crise, ela dedicou-se a pensar muito e lutou um pouco com aspectos emocionais referentes a questões importantes em sua vida. Fez escolhas e expressou um forte compromisso com elas. Seus pais encorajaram-na a tomar suas próprias decisões. Eles ouviram suas ideias e deram suas opiniões sem pressioná-la. Pesquisas realizadas em uma série de culturas revelaram que as pessoas desta categoria são mais maduras e mais competentes socialmente do que as pessoas das outras três.
• Execução (compromisso sem crise). Isabella assumiu compromissos, não como resultado da exploração de possíveis opções, mas aceitando os planos de outra pessoa para a sua vida. Ela está feliz e confiante, mas torna-se dogmática quando suas opiniões são questionadas. Tem estreitos laços familiares, é obediente e tende a seguir um líder poderoso, como sua mãe, que não aceita discordâncias.
• Moratória (crise sem ainda haver compromisso). Josh está em crise, lutando com as decisões. É jovial, comunicativo, autoconfiante e escrupuloso, mas também ansioso e medroso. Tem intimidade com a mãe, mas resiste à sua autoridade. Quer ter uma namorada, mas ainda não desenvolveu um relacionamento mais íntimo. É provável que eventualmente saia da crise com a capacidade de assumir compromissos e de construir sua identidade.
• Difusão de identidade (nenhum compromisso, nenhuma crise). Jayden não pensou seriamente em nenhuma opção e evitou compromissos. É inseguro em relação a si mesmo e tende a não cooperar. Seus pais não discutem seu futuro com ele; dizem que compete a ele decidir. Pessoas dessa categoria tendem a ser infelizes e frequentemente solitárias.
DIFERENÇAS DE GÊNERO NA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE
Muitas pesquisas apoiam a visão de Erikson de que, para as mulheres, a identidade e a intimidade se desenvolvem juntas. Em vez de verem esse padrão como uma contradição à norma masculina, alguns pesquisadores, entretanto, veem-no como algo que aponta para uma fragilidade na teoria de Erikson, a qual, afirmam, se baseia em conceitos ocidentais masculinos de individualidade, autonomia e competitividade.
De acordo com Carol Gilligan o senso de identidade feminino se desenvolve não tanto pela conquista de uma identidade individual, mas também por estabelecer relacionamentos. Garotas e mulheres, diz Gilligan, julgam-se a si mesmas quanto ao desempenho de suas responsabilidades e quanto à capacidade de cuidarem dos outros, bem como de si mesmas.
Alguns cientistas do desenvolvimento questionam quão diferentes de fato são os caminhos que homens e mulheres seguem rumo à identidade – especialmente hoje – e sugerem que diferenças individuais podem ser mais importantes do que diferenças de gênero. 
De fato, Marcia (1993) argumenta que uma tensão permanenteentre independência e vinculação está no cerne de todos os estágios psicossociais de Erikson, tanto para os homens quanto para as mulheres.
Na pesquisa sobre estado de identidade realizada por Marcia, poucas diferenças de gênero apareceram. Entretanto, o desenvolvimento da autoestima durante a adolescência parece sustentar o enfoque de Gilligan. A autoestima masculina tende a estar vinculada à luta pela realização individual, enquanto a autoestima feminina depende mais das vinculações com os outros.
Algumas evidências sugerem que as meninas adolescentes têm a autoestima mais baixa, em média, do que os meninos adolescentes, embora este achado tenha sido controverso. Vários estudos grandes recentes revelam que a autoestima diminui durante a adolescência, mais rapidamente para as meninas do que para os meninos, e então aumenta gradualmente até a idade adulta. Essas mudanças podem dever-se em parte à imagem corporal e a outras ansiedades associadas com a puberdade e com as transições para as últimas séries do ensino fundamental ou para o ensino médio. Como veremos, o padrão parece ser diferente entre grupos minoritários.
FATORES ÉTNICOS NA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE
Para muitos jovens de grupos minoritários, a raça ou a etnia é fundamental na formação da identidade.
Seguindo o modelo de Marcia, algumas pesquisas identificaram quatro estados de identidade étnica.
1. Difusa: Juanita fez pouca ou nenhuma exploração de sua etnia e não entende claramente as questões envolvidas.
2. Execução: Caleb fez pouca ou nenhuma exploração de sua etnia, mas tem sentimentos claros a respeito. Esses sentimentos podem ser positivos ou negativos, dependendo das atitudes que ele absorveu em casa.
3. Moratória: Emiko começou a explorar sua etnia, mas está confusa em relação ao que isso significa para ela.
4. Realizada: Diego explorou sua identidade e entende e aceita sua etnia.
Sexualidade
Ver-se como um ser sexual, reconhecer a própria orientação sexual, chegar a um acordo com as primeiras manifestações da sexualidade e formar uniões afetivas ou sexuais, tudo isto faz parte da aquisição da identidade sexual. A consciência da sexualidade é um aspecto importante da formação da identidade que afeta profundamente a autoimagem e os relacionamentos. Embora este processo seja impulsionado biologicamente, sua expressão é, em parte, definida culturalmente.
Durante o século XX, uma mudança importante nas atitudes e no comportamento sexual nos Estados Unidos e em outros países industrializados trouxe uma aceitação mais generalizada do sexo antes do casamento, da homossexualidade e de outras formas de atividade sexual anteriormente desaprovadas.
Com o acesso difundido à internet, o sexo casual com conhecidos virtuais que se conectam por meio das salas de bate-papo online ou de sites de encontro de solteiros tornou-se mais comum.
Telefones celulares, e-mail e mensagens instantâneas facilitam que adolescentes solitários arranjem esses contatos com pessoas anônimas, sem a supervisão dos adultos. Todas essas mudanças acarretaram uma maior preocupação em relação aos riscos da atividade sexual. Por outro lado, a epidemia de AIDS levou muitos jovens a abster-se de atividades sexuais fora dos relacionamentos estáveis ou a envolver-se em práticas sexuais mais seguras.
É na adolescência que a orientação sexual de uma pessoa geralmente se torna uma questão premente: se essa pessoa se tornará consistentemente atraída por pessoas do outro sexo (heterossexual), do mesmo sexo (homossexual) ou de ambos os sexos (bissexual).
A prevalência da orientação homossexual varia amplamente. Dependendo de se ela é medida por atração ou excitação sexual ou romântica (como na definição que acabamos de dar) ou por comportamento sexual ou identidade sexual, a taxa de homossexualidade na população dos EUA varia de 1 a 21%. Muitos jovens têm uma ou mais experiências homossexuais, mas experiências isoladas ou mesmo atrações ou fantasias ocasionais não determinam a orientação sexual. Em um levantamento nacional, 4,5% de meninos de 15 a 19 anos e 10,6% de meninas naquela faixa etária relataram ter tido algum dia contato sexual com o mesmo sexo, mas apenas 2,4% dos meninos e 7,7% das meninas relataram tê-lo feito no ano anterior. O estigma social pode influenciar esses relatos pessoais, subestimando a prevalência da homossexualidade ou da bissexualidade.
COMPORTAMENTO SEXUAL
De acordo com levantamentos nacionais, 42,5% de jovens de 15 a 19 anos que nunca casaram já tiveram relações sexuais e 77% dos jovens nos Estados Unidos já tiveram relações sexuais aos 20 anos. Esta proporção tem sido aproximadamente a mesma desde meados da década de 1960 e do advento da pílula anticoncepcional. Em média as meninas têm sua primeira relação sexual aos 17 anos, os meninos aos 16, e aproximadamente um quarto de meninos e meninas relatam ter tido relações sexuais aos 15 anos. 
Os adolescentes afro-americanos e latinos tendem a iniciar a atividade sexual mais cedo do que os jovens brancos. Embora os meninos adolescentes historicamente fossem propensos a ser mais experientes sexualmente do que as meninas, as tendências estão mudando. Em 2007, 48% de meninos do último ano do ensino médio e 57% das meninas daquela faixa etária relataram ser sexualmente ativos.
Condutas sexuais de risco Duas preocupações importantes relativas à atividade sexual na adolescência são os riscos de contrair infecções sexualmente transmissíveis (DST’s) e, para os heterossexuais o risco de gravidez. Os que correm mais risco são os jovens com iniciação sexual precoce, pois têm múltiplos parceiros, não fazem uso de contraceptivos regularmente e possuem informações inadequadas – ou errôneas – sobre sexo. Outros fatores de risco são viver em comunidades carentes, usar drogas, ter comportamento antissocial e associação com pares desviantes. O monitoramento dos pais pode ajudar a reduzir esses riscos
Brasil tem gravidez na adolescência acima da média latino-americana, diz OMS
A cada mil adolescentes brasileiras entre 15 e 19 anos, 68,4 ficaram grávidas e tiveram seus bebês, diz relatório da Organização Mundial da Saúde.
O Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos, diz relatório da Organização Mundial da Saúde. O índice brasileiro está acima da média latino-americana, estimada em 65,5. No mundo, a média é de 46 nascimentos a cada mil.
Em países como os Estados Unidos, o índice é de 22,3 nascimentos a cada 1 mil adolescentes de 15 a 19 anos. O relatório da OMS foi divulgado na em 2018 e as taxas se referem ao último período analisado - entre 2010 e 2015. Isso não apenas cria obstáculos para seu desenvolvimento psicossocial, como se associa a resultados deficientes na saúde e a um maior risco de morte materna. Além disso, seus filhos têm mais risco de ter uma saúde mais frágil e cair na pobreza.
Também o documento indica que, apesar de a fecundidade total na América Latina ter diminuído nos últimos 30 anos, o mesmo ritmo não foi observado nas gestações de adolescentes. A taxa total de fecundidade na América Latina e no Caribe caiu de 3,95 nascimentos por mulher no período de 1980-1985 para 2,15 nascimentos por mulher em 2010-2015.
Comparação entre países:
Taxa de nascimentos a cada mil adolescentes entre 15 e 19 anos
	Países
	2005-2010
	2010-2015
	Brasil
	70,9
	68,4
	Chile
	52,7
	49,3
	Argentina
	60,6
	64
	Estados Unidos
	39,7
	22,3
	México
	71,2
	66
	Canadá
	13,9
	11,3
	Venezuela
	82,6
	80,9
	Bolívia
	81,9
	72,6
Fonte: Organização Mundial da Saúde/Organização Pan-Americana de Saúde
Principal causa de morte
Segundo o relatório, a mortalidade materna é uma das principais causas da morte entre adolescentes e jovens de 15 a 24 anos na região das Américas. Ainda, globalmente, o risco de morte materna se duplica entre mães com menos de 15 anos em países de baixa e média renda.
Desfechos da gravidez na adolescência A gravidez na adolescência frequentemente tem desfechos negativos. Muitas das mães são pobres e têm pouca escolaridade, e algumas são usuárias de drogas. Muitasnão se alimentam adequadamente, não ganham peso suficiente e têm atendimento pré-natal inadequado ou nulo. Provavelmente seus bebês serão prematuros ou perigosamente pequenos, e terão um risco maior de outras complicações do parto: morte fetal, neonatal ou do lactente; problemas escolares e de saúde, abuso e negligência; e deficiências de desenvolvimento que podem prosseguir na adolescência. 
Prevenção da gravidez na adolescência As taxas de gravidez e de natalidade dos adolescentes nos Estados Unidos são muitas vezes mais altas do que em outros países industrializados onde os adolescentes iniciam a atividade sexual tão ou mais cedo. As taxas de natalidade dos adolescentes nos últimos anos foram quase cinco vezes mais altas nos Estados Unidos do que na Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha, Suécia e Suíça, e 12 vezes mais altas do que no Japão.
Por que as taxas nos EUA são tão altas? Alguns observadores apontam fatores como menos estigmas em relação à maternidade sem casamento, a glorificação do sexo pela mídia, a falta de uma mensagem clara de que sexo e paternidade são para adultos, a influência do abuso sexual infantil e a falta de comunicação dos pais com seus filhos. Comparações com a experiência europeia sugerem a importância de outros fatores: as meninas norte-americanas são mais propensas a ter múltiplos parceiros sexuais e são menos propensas a usar contraceptivos.
Países industrializados da Europa têm fornecido educação sexual abrangente e universal por um tempo muito maior do que nos Estados Unidos. Programas abrangentes encorajam os adolescentes a adiar a relação sexual, mas também visam melhorar o uso de contraceptivos entre adolescentes sexualmente ativos. Esses programas incluem educação sobre a sexualidade e a aquisição de habilidades para tomar decisões sexuais responsáveis e para comunicar-se com os parceiros
Eles fornecem informação sobre os riscos e as consequências da gravidez na adolescência, sobre métodos de controle da natalidade e sobre onde obter ajuda médica e contraceptiva.
Relacionamentos com a família, os pares e a sociedade adulta
A idade torna-se um poderoso agente de união na adolescência. Os adolescentes passam mais tempo com os amigos e menos com a família. Entretanto, a maioria dos valores fundamentais dos adolescentes permanece mais próxima dos valores de seus pais do que aquilo que geralmente é percebido. Mesmo quando os adolescentes se voltam aos amigos em busca de modelos de comportamento, companhia e intimidade, eles veem nos pais uma “base segura” a partir da qual podem experimentar sua liberdade. 
Os adolescentes mais seguros têm relações fortes e sustentáveis com pais que permanecem em sintonia com a maneira pela qual os jovens veem a si mesmos, que permitem e encorajam seus esforços para adquirir independência e constituem um porto seguro nos momentos de tensão emocional.
A REBELDIA ADOLESCENTE
A adolescência é vista como fase da rebeldia e envolve tumulto emocional, conflito com a família, alienação da sociedade adulta, comportamento impulsivo e rejeição dos valores adultos. 
A maioria dos jovens sente-se próxima e positiva em relação aos seus pais, compartilha opiniões idênticas sobre questões importantes e valoriza a aprovação deles(você concorda?)
Contrariamente à crença popular, adolescentes aparentemente bem ajustados não são bombas-relógio programadas para explodir mais tarde na vida. Em um estudo longitudinal de 34 anos envolvendo 67 meninos suburbanos com 14 anos de idade no início do estudo, a imensa maioria se adaptou bem às experiências de vida. 
Os poucos adolescentes profundamente problemáticos tendiam a vir de famílias perturbadas e, quando adultos, continuavam a ter uma vida familiar instável e a rejeitar as normas culturais. Aqueles criados em lares com uma atmosfera familiar positiva tendiam a atravessar a adolescência sem nenhum problema sério e, quando adultos, a ter casamentos sólidos e a levar uma vida bem ajustada
Ainda assim, a adolescência pode ser uma época difícil para os jovens e seus pais. Conflito familiar, depressão e comportamento de risco são mais comuns do que em outras fases da vida. E o conflito familiar, embora relativamente infrequente, tem um impacto significativo sobre o sofrimento emocional. As emoções negativas e as variações de humor são mais intensas no início da adolescência, talvez devido à tensão ligada à puberdade.
No final da adolescência, as emoções tendem a tornarem-se mais estáveis. Reconhecer que a adolescência pode ser um momento difícil pode ajudar pais e professores a tentar compreender os comportamentos de experimentação. Mas adultos que pressupõem que o tumulto adolescente é normal e necessário podem deixar de captar os sinais dos poucos jovens que necessitam de ajuda especial.
MUDANÇA NO USO DO TEMPO E MUDANÇA NOS RELACIONAMENTOS
Uma maneira de medir as alterações nos relacionamentos dos adolescentes com as pessoas importantes em suas vidas é observar como eles usam o tempo livre. A quantidade de tempo que os adolescentes passam com suas famílias diminui dramaticamente durante os anos da adolescência. Entretanto, esse afastamento não é uma rejeição à família, mas uma resposta às necessidades do desenvolvimento.
Aqueles que estão no início da adolescência frequentemente se trancam em seus quartos; parecem precisar ficar algum tempo sozinhos para se desvencilhar das exigências das relações sociais, para reconquistar a estabilidade emocional e refletir sobre questões de identidade.
OS ADOLESCENTES E OS PAIS
 	“A criança é o pai do homem”. Este padrão de desenvolvimento aplica-se também à adolescência. Os relacionamentos com os pais durante a adolescência – o grau de conflito e abertura de comunicação – são baseados largamente na intimidade emocional desenvolvida na infância; e os relacionamentos dos adolescentes com os pais, por sua vez, estabelecem a base para a qualidade do relacionamento com um(a) companheiro(a) na idade adulta.
Da mesma forma que os adolescentes sentem a tensão entre a dependência dos pais e a necessidade de se libertar, os pais querem os filhos sejam independentes; contudo, acham difícil deixá-los partir. Os pais têm que caminhar sobre a linha tênue entre dar suficiente independência aos adolescentes e protegê-los de falhas de julgamento decorrentes da imaturidade.
As tensões podem levar a conflito familiar e os estilos de parentalidade dos pais podem influenciar sua forma e desfecho. A monitoração eficaz depende de quanto os adolescentes deixam seus pais saberem sobre suas vidas, e essas revelações podem depender da atmosfera que os pais estabeleceram.
Além disso, como ocorre com as crianças menores, os relacionamentos dos adolescentes com os pais são afetados pela situação de vida deles – sua profissão e situação conjugal e socioeconômica.
A personalidade também é um fator importante. A amabilidade dos adolescentes e a extroversão dos pais predizem relacionamentos afetuosos.
Individuação e conflito familiar 
A individuação é uma luta do adolescente por autonomia e diferenciação, ou identidade pessoal. Um aspecto importante da individuação é a criação de fronteiras de controle entre ele e os pais, e este processo pode acarretar conflito familiar.
As discussões muito frequentemente dizem respeito ao controle sobre as questões pessoais cotidianas – tarefas diárias, dever de casa, roupas, dinheiro, horários, namoro e amizades – mais do que sobre questões de saúde e segurança ou certo e errado.
A intensidade emocional desses conflitos que fogem disso pode refletir o processo de individuação subjacente.
Especialmente para as meninas, as relações familiares podem afetar a saúde mental. Adolescentes que têm mais oportunidades para tomar decisões relatam autoestima mais alta do que aquelas que têm menos oportunidades. Além disso, interações familiares negativas estão relacionadas a depressão adolescente, enquanto a identificação familiar positiva está relacionada a menos depressão.
O apoio à autonomia por parte dos pais está associado com autorregulaçãoadaptativa de emoções negativas e envolvimento acadêmico. O nível de discórdia familiar parece depender largamente da atmosfera familiar. Conflitos diminuem durante o início e o meio da adolescência em famílias afetuosas e compreensivas, mas pioram em famílias hostis, coercitivas ou críticas.
Estilos de parentalidade e autoridade dos pais 
O estilo de parentalidade democrático continua a promover o desenvolvimento psicossocial saudável. Pais que demonstram decepção pelo mau comportamento dos adolescentes são mais eficazes em motivar comportamento responsável do que pais que punem severamente. O estilo de parentalidade excessivamente rigoroso e autoritário pode levar um adolescente a rejeitar a influência dos pais e a procurar apoio e aprovação dos pares a qualquer preço.
Pais democráticos:
· insistem em regras, 
· normas e 
· valores importantes, 
· mas estão dispostos a ouvir, explicar e negociar.
Eles exercem o controle apropriado sobre a conduta de um filho (controle comportamental), mas não sobre os sentimentos, as crenças e o senso de identidade dele (controle psicológico). 
O controle psicológico pode ser negativo se for exercido através de técnicas de manipulação emocional tais como: retirada do amor, pode prejudicar o desenvolvimento psicossocial e a saúde mental dos adolescentes. Causando até o aumento nos sentimentos de ressentimento em relação aos pais e diminuição na capacidade dos adolescentes de autorregular as emoções negativas. 
Pais que são psicologicamente controladores tendem a não responder à necessidade crescente de seus filhos por autonomia psicológica, o direito a seus próprios pensamentos e sentimentos. Em contrapartida, pais que são abertos a novas experiências são mais propensos a permitir maior liberdade a seus filhos adolescentes.
O estilo de parentalidade democrático parece promover a autoimagem do adolescente.
Monitoramento parental e autor revelação dos adolescentes 
A monitoração parental eficaz pode ajudar a prevenir problemas de comportamento dos adolescentes. 
Entretanto, a crescente autonomia dos jovens e o estreitamento das áreas de autoridade parental tem feito com que haja uma redefinição nos tipos de comportamento dos pais que, geralmente esperam que os adolescentes divulguem para eles tanto as questões de prudência, comportamento relacionado à saúde e à segurança (como fumar, beber e usar drogas), como questões morais (como mentir); como questões convencionais (como comportar-se mal ou falar palavrões); e questões multifacetadas, ou limítrofes (como assistir a um filme impróprio para a idade), que estão na fronteira entre questões pessoais e uma das outras categorias. 
Em pesquisa tanto os adolescentes como os pais consideravam as questões pessoais (como o adolescente gastar seu tempo e dinheiro) como menos sujeitas a revelação. Entretanto, para cada tipo de comportamento os pais estavam mais inclinados a esperar revelação do que os adolescentes estavam dispostos a revelar. 
Isso tende a diminuir ao final do ensino médio à medida que os pais modificaram suas expectativas para adequar-se à crescente maturidade dos adolescentes. Observou-se que os jovens estavam mais dispostos a divulgar qualquer informação sobre si mesmos quando os pais mantinham um clima familiar afetuoso e responsivo no qual os adolescentes eram encorajados a falar abertamente e quando os pais tinham expectativas claras sem serem abertamente controladores, ou seja, quando o estilo de parentalidade era democrático.(escutar sem julgar, mas orientando)
Os adolescentes, especialmente as meninas, tendem a ter relacionamentos mais íntimos e de apoio com suas mães do que com seus pais (POR QUE?) e as meninas confiam mais em suas mães. Além disso, a qualidade do relacionamento parece pesar mais na disposição das meninas em confiar em seus pais. Em outras palavras, a manutenção de segredos dos meninos depende menos da afetividade do relacionamento do que a das meninas.
Estrutura familiar e atmosfera familiar 
Os adolescentes, assim como as crianças pequenas, são sensíveis à atmosfera familiar. Em um estudo longitudinal com 451 adolescentes e seus pais, mudanças no sofrimento ou no conflito conjugal – para melhor ou para pior – prognosticaram mudanças correspondentes no ajustamento dos adolescentes.
Em outros estudos, meninos e meninas adolescentes cujos pais se divorciaram mais tarde apresentavam mais problemas escolares, psicológicos e comportamentais antes da separação do que colegas cujos pais não se divorciaram mais tarde. (relativo)
Adolescentes que vivem com seus pais casados tendem a ter significativamente menos problemas comportamentais do que aqueles em outras estruturas familiares (pais solteiros, coabitação ou família recomposta), de acordo com dados de um estudo longitudinal nacional importante. Porém é um fator importante: o envolvimento do pai. O envolvimento de alta qualidade de um pai não residente ajuda muito, mas não tanto quanto o envolvimento de um pai que vive na mesma casa.
Questões que podem gerar diferenciação:
· Adolescentes em famílias coabitantes, como as crianças pequenas, tendem a apresentar mais problemas comportamentais e emocionais do que adolescentes filhos de pais casados; 
· Quando um dos pais coabitantes não é um pai/mãe biológico, o desempenho escolar também sofre. 
· Para os adolescentes, ao contrário das crianças pequenas, esses efeitos são independentes dos recursos econômicos, do bem-estar conjugal ou da eficácia do estilo de parentalidade, sugerindo que a coabitação dos pais em si pode ser mais problemática para os adolescentes do que para as crianças pequenas.
Parece ficar evidente que o que importa é a qualidade da relação emocional.
Este achado sugere que os efeitos negativos de viver com um genitor solteiro podem ser neutralizados por fatores positivos.
Mães que trabalham e pressão econômica 
O impacto de uma mãe que trabalha fora de casa pode depender do fato de haver dois genitores ou apenas um em casa. Frequentemente, uma mãe solteira precisa trabalhar fora para garantir o sustento da casa; a forma seu trabalho afeta seus filhos adolescentes pode depender da quantidade de tempo e energia que ela reservará para eles, do quanto ela tem conhecimento da vida deles fora de casa e do tipo de exemplo que ela fornece. 
Um estudo salienta a importância do tipo de cuidado e supervisão que os adolescentes recebem depois da escola. Aqueles que ficam sozinhos depois da escola, fora de casa, tendem a envolver-se no uso de álcool e drogas e a ter má conduta na escola, especialmente se tiverem uma história anterior de comportamento problemático.
Entretanto, isso tem menor probabilidade de acontecer quando os pais monitoram as atividades dos seus filhos e os vizinhos estão ativamente envolvidos. Um problema importante em muitas famílias de pais solteiros é a falta de dinheiro. Os adolescentes ficam mais propensos a abandonar a escola e a experimentar declínios na autoestima e no autocontrole. Além disso, as dificuldades econômicas da família durante a adolescência podem afetar o bem-estar na idade adulta. O grau de risco depende de se os pais consideram sua situação estressante, se esse estresse interfere nos relacionamentos familiares e o quanto ele afeta as conquistas educacionais e ocupacionais dos filhos.
OS ADOLESCENTES E OS IRMÃOS
Na medida em que os adolescentes passam mais tempo com seus pares, eles têm menos tempo e menos necessidade da gratificação emocional que costumavam obter da ligação com os irmãos. Os adolescentes têm menos intimidade com seus irmãos do que com seus pais ou amigos, são menos influenciados por eles e tornam-se mesmo mais distantes durante a adolescência.
As mudanças no relacionamento com os irmãos podem muito bem preceder mudanças semelhantes no relacionamento entre os adolescentes e os pais: mais independência da parte da pessoa mais jovem e menos autoridade exercida pela pessoa mais velha. 
À medida que as crianças se aproximam do ensino médio, suas relações com os irmãos tornam-se progressivamente mais uniformes.
Os irmãosmais velhos exercem menos poder sobre os mais jovens, e os irmãos mais novos não mais precisam de tanta supervisão. À medida que as diferenças relativas de idade se reduzem, o mesmo ocorre com as diferenças de competência e independência.
As irmãs geralmente relatam mais intimidade do que os irmãos ou pares mistos. Os níveis de intimidade entre irmãos do mesmo sexo permaneceram estáveis. Irmãos de sexo distinto, em contrapartida, tornaram-se menos íntimos entre a terceira infância e o início da adolescência, mas mais íntimos na metade da adolescência, uma época em que a maioria dos jovens começa a interessar--se pelo sexo oposto. O conflito entre irmãos diminuiu a partir da metade da adolescência.
O estudo também revelou que as relações entre irmãos tendem a refletir tanto as relações entre pai e filho como o relacionamento conjugal dos pais. 
OS ADOLESCENTES E SEUS PARES(colegas)
Uma fonte importante de apoio emocional durante a complexa transição da adolescência, bem como uma fonte de pressão em favor de comportamentos que os pais podem desaprovar, é o grupo de pares.
O grupo de pares é uma fonte de afeto, acolhimento, compreensão e orientação moral; um lugar para experimentação; e um ambiente para conquistar autonomia e independência dos pais. É um lugar para formar relacionamentos íntimos que servem de ensaio para a intimidade adulta.
Na infância, a maior parte das interações com os pares são pessoais, embora agrupamentos maiores comecem a se formar na terceira infância. À medida que as crianças passam para a adolescência, o sistema social de pares torna-se mais elaborado e mais diverso. Embora os adolescentes continuem a ter amizades pessoais, as panelinhas – grupos estruturados de amigos que fazem as coisas juntos – tornam-se mais importantes. Um tipo de agrupamento maior, as turmas, que normalmente não existem antes da adolescência, baseiam-se não nas interações pessoais, mas na reputação, imagem ou identidade. 
A admissão como membro da turma é uma construção social, um conjunto de rótulos pelos quais os jovens dividem o mapa social baseados em vizinhança, etnia, nível socioeconômico ou outros fatores, por exemplo: os sarados, os populares, os cabeças ou nerds, ou os drogados. Os três níveis de agrupamento de pares podem existir simultaneamente, e alguns podem se sobrepor em termos de afiliação, a qual pode mudar ao longo do tempo. As afiliações a panelinhas e turmas tendem a tornarem-se mais frouxas no decorrer da adolescência.
A influência dos pares normalmente atinge seu pico aos 12 a 13 anos e diminui da metade ao final da adolescência. Aos 13 ou 14 anos, adolescentes populares podem envolver-se em comportamentos leves antissociais, tais como experimentar drogas ou entrar no cinema sem pagar, para demonstrar a seus amigos sua independência das regras parentais.
Em um estudo da influência dos pares na propensão ao risco, 306 adolescentes, jovens universitários e adultos jovens jogaram um videogame chamado “Chicken”. Em todas as faixas etárias, a propensão ao risco era mais alta na companhia dos pares do que sozinho; isso foi especialmente verdadeiro para participantes mais jovens. Entretanto, não é provável que o apego aos pares no início da adolescência prediga problemas reais a menos que esse apego seja tão forte que o jovem esteja disposto a violar as regras de obediência da família, a deixar de fazer sua lição de casa e a desenvolver seus próprios talentos a fim de obter aprovação dos pares e popularidade.
Amizades 
A intensidade e a importância das amizades e a quantidade de tempo passado com os amigos podem ser maiores na adolescência do que em qualquer outra fase da vida. As amizades tornam-se mais recíprocas, mais simétricas e mais estáveis. As que são menos satisfatórias tornam-se menos importantes ou são abandonadas.
A maior intimidade, lealdade e troca com os amigos marcam uma transição rumo a amizades típicas dos adultos. Os adolescentes começam a confiar mais nos amigos do que nos pais na busca de intimidade e apoio e trocam confidências mais intensamente do que os amigos mais jovens.
As amizades das garotas podem ser mais íntimas do que as dos rapazes, com frequente troca de confidências. A intimidade com amigos do mesmo sexo aumenta durante o início até a metade da adolescência, e depois normalmente diminui à medida que a intimidade com o sexo oposto aumenta.
A maior intimidade entre amigos adolescentes reflete o desenvolvimento cognitivo e emocional. Os adolescentes são agora mais capazes de expressar seus pensamentos e sentimentos particulares. 
Podem considerar mais prontamente o ponto de vista de outra pessoa e, desse modo, têm mais facilidade para entender os pensamentos e sentimentos de um amigo.
Um aumento na intimidade reflete a preocupação inicial que os adolescentes têm de conhecer a si mesmos.
Confidenciar a um amigo ajuda os jovens a explorar seus próprios sentimentos, a definir suas identidades e a validar sua autoestima.
A capacidade para intimidade está relacionada a ajustamento psicológico e competência social. Adolescentes que têm amizades íntimas, estáveis e solidárias geralmente têm uma opinião favorável a respeito de si mesmos, têm bom desempenho escolar, são sociáveis e provavelmente não são hostis, ansiosos ou deprimidos. 
Eles também tendem a ter estabelecido vínculos fortes com os pais. Um processo bidirecional parece estar em ação: bons relacionamentos promovem o ajustamento, que por sua vez, promove boas amizades. A comunicação pela internet tem tido efeitos tanto positivos como negativos sobre os 
Relacionamentos amorosos 
Os relacionamentos amorosos são uma parte central do mundo social dos adolescentes. Com o início da puberdade, a maioria dos meninos e meninas heterossexuais começa a pensar e a interagir mais com pessoas do sexo oposto.
Normalmente, eles passam dos grupos mistos ou de encontros grupais para relacionamentos amorosos pessoais que, ao contrário das amizades com o sexo oposto, eles descrevem como sendo uma paixão envolvente e um sentimento de compromisso.
Os relacionamentos amorosos tendem a tornarem-se mais intensos e mais íntimos no decorrer da adolescência. No início da adolescência os jovens pensam primeiramente em como um relacionamento afetivo pode afetar sua posição no grupo de amigos. Na metade da adolescência, a maioria dos jovens tem pelo menos um parceiro exclusivo que dura de diversos meses a cerca de um ano, e o efeito da escolha do parceiro sobre a posição entre os pares pode tornar-se menos importante. Aos 16 anos, os adolescentes interagem e pensam nos parceiros afetivos mais do que nos pais, amigos ou irmãos. Não antes do final da adolescência ou início da vida adulta, entretanto, é que os relacionamentos amorosos começam a atender a toda a gama de necessidades emocionais possíveis e então apenas em relacionamentos relativamente duradouros. 
Os relacionamentos com os pais e os pares podem afetar a qualidade do relacionamento amoroso. O próprio casamento ou relacionamento afetivo dos pais pode servir como modelo para seus filhos adolescentes.
O grupo de pares forma o contexto para a maioria dos relacionamentos amorosos e pode influenciar a escolha do parceiro e o modo como o relacionamento se desenvolve 
 Violência no namoro 
A violência no namoro é um problema significativo nos Estados Unidos. As três formas comuns de violência no namoro são: 
· Física – quando um dos parceiros é esbofeteado, sacudido, empurrado ou chutado;
· Emocional – quando um dos parceiros é ameaçado ou agredido verbalmente; 
· Sexual – quando um dos parceiros é forçado a praticar ato sexual contra sua vontade;
As estatísticas indicam que aproximadamente 10% dos estudantes foram vítimas de violência física durante o namoro, mas a taxa pode, na verdade, ser mais alta devido ao medo que eles têm de contar para os amigos ou para a família. As taxas de abuso emocional são ainda mais altas: aproximadamente 3 em cada 10 adolescentes relatam ser agredidos verbal ou psicologicamente. Ao todo, 1 em cada 4 adolescentes relata abuso verbal, físico,emocional ou sexual por um namorado a cada ano.
Além do dano físico causado por esse tipo de violência, os adolescentes que são vítimas de agressão no namoro são mais propensos a irem mal na escola e a envolver-se em comportamentos de risco como uso de drogas e de álcool. Esses estudantes também estão sujeitos a transtornos da alimentação, depressão e suicídio. Embora as taxas de vitimização em geral sejam semelhantes para meninos e meninas, os meninos relatam níveis ligeiramente mais altos de vitimização, mas as meninas são desproporcionalmente as vítimas em casos de violência grave.
Os fatores de risco que podem prognosticar esse tipo de violência incluem abuso de substância, conflito e/ou violência doméstica, pares antissociais e viver em bairros com altas taxas de criminalidade e uso de drogas. Os relacionamentos nocivos podem durar a vida inteira quando as vítimas carregam os padrões de violência para futuros relacionamentos.
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