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1 Martina Frazão – 3º Período ANTI-HISTAMÍNICOS HISTAMINA A histamina é um mensageiro químico responsáveis por várias respostas celulares (inflamação). A molécula de histamina é proveniente do aminoácido histidina. A síntese de histamina pode ser desencadeada por vários fatores: imunológicos ou não- imunológicos. Gastrina, acetilcolina e histamina aumentam a secreção ácida no estômago. (Função fisiológica) A histamina atua na neurotransmissão do SNC (É o mediador químico central). Tem em muita quantidade, pois é fácil produzir. Ampla distribuição na natureza: Vários tecidos: principalmente no pulmão, na pele e na mucosa intestinal (Locais onde tem muito mastócito). No corpo humano, ela é produzida em várias partes e armazenadas em basófilos e mastócitos. SNC Venenos, secreções Bactérias e leveduras Plantas A REAÇÃO ALÉRGICA É UM PROCESSO INFLAMATÓRIO, MAS NÃO É COM OS MEDIADORES INFLAMATÓRIOS CONVENCIONAIS (AC. ARACDÔNICO). LIBERAÇÃO DE HISTAMINA A liberação de histamina no organismo é decorrente do aminoácido histidina, que é produzido através de uma reação de descarboxilação desse aminoácido. Dessa forma, é muito fácil produzir histamina no corpo humano. CITOTÓXICA Traumatismo Agentes físicos: calor, frio, raios UV e X. Agentes químicos: venenos animais, álcalis, ácidos. Lesa os basófilos e mastócitos gerando a liberação de histamina. NÃO CITOTÓXICA Analgésicos opióides, BNMs, bradicinina, substancia P, contrastes radiológicos. Não lesa os mastócitos e os basófilos, mas vão na célula fazendo com que ocorra a estimulação da liberação dessa. Logo, por isso muitos pacientes têm que ter cuidado com contraste iodado, que pode estimular a liberação de histamina, gerando uma forte reação alérgica. IMUNOMEDIADA (PROCESSO ALÉRGICO) Primeiro contato com o antígeno: produção de anticorpos e células de memória. Segundo contato com o antígeno: degranulação dos mastócitos. As reações alérgicas só ocorrem apenas no segundo contato com o antígeno. Imunológico: ocorre quando o organismo entra em contato com uma determinada substância e produz IgE, que fica ligada aos basófilos, mastócitos e plasmócitos. Nesse sentido, na segunda exposição a esse mesmo antígeno ocorrerá desgranulação de mastócitos e/ou basófilos, ou seja, promoverá a liberação imunológica da histamina. 2 Martina Frazão – 3º Período REAÇÃO CRUZADA: OCORRE QUANDO TEM UMA REAÇÃO ALÉRGICA EM UMA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO AO ANTÍGENO. Observação: antialérgico não é sinônimo de anti- histamínico, pois glicocorticoides também são antialérgicos. RECEPTORES HISTAMINÉRGICOS A histamina tem ação especifica, por meio de receptores: H1, H2, H3 e H4. Os anti-histamínicos são antagonistas dos receptores. A histamina não atravessa a barreira hematoencefálica, mas alguns anti- histamínicos atravessam. H1 Músculo liso das vias aéreas vascular, endotélio, terminações nervosas, leucócitos, coração e SNC. Os antialérgicos agem principalmente nos receptores H1. Prurido e dor Vasodilatação (pré-capilar) Aumento da permeabilidade Broncoconstrição Aumento do peristaltismo Estimula o estado de vigília Inibe o centro da fome H2 Células gástricas parietais, músculo liso, endotélio, coração, leucócitos e SNC. A histamina promove a proteção gástrica. (Age na bomba de prótons da mucosa gástrica). Vasodilatação. H3 SNC, terminações nervosas autônomas, alguns endotélios, pré-sinápticos. Inibição da liberação de histamina. Responsável pelo feedback negativo. Redução do influxo de cálcio. H4 Medula óssea, leucócitos, SNC, pulmões. OBSERVAÇÃO: PACIENTE COM CRISE ALÉRGICA É UTILIZADO BLOQUEADORES H1. MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTI- HISTAMÍNICOS Os anti-histamínicos são agonistas inversos. Agonista inverso: tem maior afinidade pelos receptores na sua forma inativa promovendo o direcionando dos receptores ativos para seu estado inativo. Bloqueio competitivo reversível dos receptores histaminérgicos H1. Os antialérgicos são geralmente bloqueadores de receptores H1. Já os bloqueadores H2 são usados em pacientes com gastrite, úlceras para diminuir a secreção ácida gástrica. Existe anti-histamínicos que agem somente em H1 ou somente em H2, mas não existe um anti- histamínico que não atua em ambos ao mesmo tempo, ou seja, uma ação inibitória de ambos. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTI-HISTAMÍNICOS ANTI-H1 PRIMEIRA GERAÇÃO Menor especificidade. Maior lipossolubilidade (atravessam com mais facilidade a barreira BHE). 3 Martina Frazão – 3º Período Foram os primeiros a serem produzidos. Podem ter propriedades anticolinérgicas (impede a ação da acetilcolina). Possuem maior capacidade de se ligar a outros receptores. Tem maior capacidade de causar sono e fome, por causa do bloqueio de receptores histaminérgicos no SNC. A maioria desses fármacos são utilizados de 6/6h. SEGUNDA GERAÇÃO Maior especificidade (maior efeito, apenas no receptor H1). Menor capacidade de atravessar BHE. Maior duração do efeito. Mais novos. A maioria dos fármacos são utilizados de 12/12h, ou seja, maior podologia. BLOQUEADORES DE RECEPTORES H1 FARMACOCINÉTICA Boa absorção; Boa distribuição; Meia vida maior na segunda geração; Bi transformação hepática discreta; Excreção: urina, bile, fezes. USOS TERAPÊUTICOS DOS BLOQUEADORES DE RECEPTORES H1 Estados alérgicos Antipruriginoso Rinite, conjuntive Cinetose e náusea (dimenidrinato) Sedação (difenidramina) Estimulantes do apetite (buclizina) Redução do tremor na doença de Parkinson Tratamento de cefaleias de causa desconhecida EFEITOS ADVERSOS SNC Depressão (sonolência, letargia e baixa da coordenação motora e do rendimento cognitivo). Altas doses: alucinações, excitação e distúrbios motores, como tremores e convulsões. Aumento do apetite. CARDIOTOXICIDADE Prolongamento do intervalo QT (arritimia ventriculares) HIPERSENSIBILIDADE Alergias ao anti-histamínicos são utilizados glicocorticoides. ANTIADRENÉRGICOS Bloqueio alfa 1 ANTICOLINÉRGICOS Taquicardia, midríase, xerostomia e retenção urinária. 4 Martina Frazão – 3º Período INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Depressores do SNC; Anticolinérgicos.
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