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Montes Claros/MG - Julho/2015
Maria de Lourdes Guimarães de Carvalho
Rosana Cássia Rodrigues Andrade
Vânia Maria Siqueira Alves
Projeto de 
Estágio Curricular 
Supervisionado 5º, 
6º, 7º e 8º Períodos
2015
Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
EDITORA UNIMONTES
Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro, s/n - Vila Mauricéia - Montes Claros (MG) - Caixa Postal: 126 - CEP: 39.401-089
Correio eletrônico: editora@unimontes.br - Telefone: (38) 3229-8214
Catalogação: Biblioteca Central Professor Antônio Jorge - Unimontes
Ficha Catalográfica:
Copyright ©: Universidade Estadual de Montes Claros
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
REITOR
João dos Reis Canela
VICE-REITORA
Antônio Alvimar Souza 
DIRETOR DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÕES
Jânio Marques Dias
EDITORA UNIMONTES
Conselho Consultivo
Adelica Aparecida Xavier
Alfredo Maurício Batista de Paula
Antônio Dimas Cardoso
Carlos Renato Theóphilo,
Casimiro Marques Balsa
Elton Dias Xavier
José Geraldo de Freitas Drumond
Laurindo Mékie Pereira
Otávio Soares Dulci
Marcos Esdras Leite
Marcos Flávio Silveira Vasconcelos Dângelo
Regina de Cássia Ferreira Ribeiro
CONSELHO EDITORIAL
Ângela Cristina Borges
Arlete Ribeiro Nepomuceno
Betânia Maria Araújo Passos
Carmen Alberta Katayama de Gasperazzo
César Henrique de Queiroz Porto
Cláudia Regina Santos de Almeida
Fernando Guilherme Veloso Queiroz
Luciana Mendes Oliveira
Maria Ângela Lopes Dumont Macedo
Maria Aparecida Pereira Queiroz
Maria Nadurce da Silva
Mariléia de Souza
Priscila Caires Santana Afonso
Zilmar Santos Cardoso
REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Carla Roselma Athayde Moraes
Waneuza Soares Eulálio
REVISÃO TÉCNICA
Gisléia de Cássia Oliveira
Káthia Silva Gomes
Viviane Margareth Chaves Pereira Reis
DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Andréia Santos Dias
Camilla Maria Silva Rodrigues
Sanzio Mendonça Henriques
Wendell Brito Mineiro
CONTROLE DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
Camila Pereira Guimarães
Joeli Teixeira Antunes
Magda Lima de Oliveira
Zilmar Santos Cardoso
Diretora do Centro de Ciências Biológicas da Saúde - CCBS/
Unimontes
Maria das Mercês Borem Correa Machado
Diretora do Centro de Ciências Humanas - CCH/Unimontes
Mariléia de Souza
Diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA/Unimontes
Paulo Cesar Mendes Barbosa
Chefe do Departamento de Comunicação e Letras/Unimontes
Maria Generosa Ferreira Souto
Chefe do Departamento de Educação/Unimontes
Maria Cristina Freire Barbosa
Chefe do Departamento de Educação Física/Unimontes
Rogério Othon Teixeira Alves
Chefe do Departamento de Filosofi a/Unimontes
Alex Fabiano Correia Jardim
Chefe do Departamento de Geociências/Unimontes
Anete Marília Pereira
Chefe do Departamento de História/Unimontes
Claudia de Jesus Maia
Chefe do Departamento de Estágios e Práticas Escolares
Cléa Márcia Pereira Câmara
Chefe do Departamento de Métodos e Técnicas Educacionais
Káthia Silva Gomes
Chefe do Departamento de Política e Ciências Sociais/Unimontes
Carlos Caixeta de Queiroz
Ministro da Educação
Renato Janine Ribeiro
Presidente Geral da CAPES
Jorge Almeida Guimarães
Diretor de Educação a Distância da CAPES
Jean Marc Georges Mutzig
Governador do Estado de Minas Gerais
Fernando Damata Pimentel 
Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Vicente Gamarano
Reitor da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
João dos Reis Canela
Vice-Reitor da Universidade Estadual de Montes Claros - 
Unimontes
Antônio Alvimar Souza 
Pró-Reitor de Ensino/Unimontes
João Felício Rodrigues Neto
Diretor do Centro de Educação a Distância/Unimontes
Fernando Guilherme Veloso Queiroz
Coordenadora da UAB/Unimontes
Maria Ângela Lopes Dumont Macedo
Coordenadora Adjunta da UAB/Unimontes
Betânia Maria Araújo Passos
Autoras
Maria de Lourdes Guimarães de Carvalho
Doutora do Programa de Pós-Graduação em Letras da Pontifícia Universidade 
Católica de Minas Gerais (Convênio DINTER - PUC Minas/Unimontes - FAPEMIG), 
área de Linguística e Língua Portuguesa. Pós-graduada lato sensu em Língua 
Portuguesa - Redação pela (UFMG) e em Pedagogia pela Universidade Estadual de 
Montes Claros - Unimontes. Mestre em Letras: Estudos Linguísticos pela Universidade 
Federal de Minas Gerais - UFMG. Dissertação: A Concordância como Elemento de 
Coesão textual, defendida em 1999. Pós-Graduada em Mídias na Educação Eproinfo/
Unimontes. Graduada em Letras - Português e em Pedagogia. Professora efetiva do 
Departamento de Letras da Unimontes. Professora Conteudista e Formadora do Curso 
de Letras Português da Universidade Aberta do Brasil UAB.
Rosana Cássia Rodrigues Andrade
Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes. 
Pós-graduada em Supervisão Pedagógica PUC/BH. Mestre em Educação: Formação 
de Professores pela Universidade de Uberaba-UNIUBE. Dissertação: Prática de estágio 
supervisionado: um estudo das produções científicas no período de 2003 a 2008. 
Pós-Graduação em Educação a Distância/CEAD/Unimontes. Doutoranda do Programa 
de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São 
Paulo (Convênio DINTER - PUC/SP/Unimontes - FAPEMIG). Atualmente é efetiva da 
Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes, professora assistente do Centro 
de Ciências Humanas, Unimontes, e especialista em educação básica na E. E. Professor 
Esteves Rodrigues. Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente na 
formação de professores e estágio curricular supervisionado. 
Vânia Maria Siqueira Alves
Graduada em História pela Fundação Norte-Mineira de Ensino Superior - FUNM 
(hoje Unimontes); Pós Graduação lato sensu em História Contemporânea pela 
Fundação Educacional de Patrocínio, em História do Brasil pela Universidade Estadual 
de Montes Claros - Unimontes, Supervisão e Inspeção Escolar, pelas Faculdades 
Integradas do Norte de Minas, FUNORTE. Mestre em História Social pela Universidade 
Severino Sombra - USS; Doutoranda em Museologia e Patrimônio pela Universidade 
Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO e Museu de Astronomia e Ciências Afins, 
MAST/MTC. Professora da Educação Básica, Secretaria de Estado da Educação, SEE/
MG e do ensino superior: Faculdades Integradas do Norte de Minas - FUNORTE e 
Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes.
Sumário
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
1 O Estágio Curricular Supervisionado e a Formação Inicial em Ensino de História. . . . .11
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
1.2 Estágio Curricular Supervisionado em Cursos de Licenciatura: Aspectos Legais . . .12
1.3 Estágio Curricular Supervisionado no Projeto Político do Curso de Licenciatura em 
História - Modalidade a distância - Unimontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
2 Projeto de Intervenção ou Projeto de Trabalho e o Estágio Curricular Supervisionado . . .22
2.1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2 Conceito de Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.3 “Projetos de Trabalho” em Ação na Escola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3 Roteiro Básico para Elaboração de Projeto de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26
3.2 Como Elaborar um Projeto de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26
3.3 Dados de Identificação do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27
4 Manual de Estágio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.1 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.2 Objetivos do Estágio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.3 Campo de Estágio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35
4.4 Entrega da Carta de Apresentação e Cadastro do Campo de Estágio . . . . . . . . . . . . . .35
4.5 Termo de Compromisso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.6 O Desenvolvimento do Estágio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37
4.7 Relatório Final de Estágio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43
4.8 Orientações para o Estagiário: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43
4.9 Avaliação do Estágio e dos Estagiários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.10 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47
Apêndices . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49
Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59
9
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a)
A formação docente, especialmente para atuar na Educação Básica, vem gerando, a partir 
dos anos 1980, inúmeras inquietações, discussões, estudos e pesquisas no Brasil. Nesse contex-
to, a emergência de temas como estágio curricular supervisionado, educação inclusiva e para 
as relações étnico-raciais e culturais tem se destacado. Aqui, focaremos na temática do estágio 
curricular, cujas discussões e estudos têm impactado nas orientações e diretrizes dos cursos de 
formação de professores, visando a modificações na forma como vinham, até então, sendo de-
senvolvidos. 
O Projeto Estágio Curricular Supervisionado auxiliará na realização do Estágio Curricular Su-
pervisionado nos VI, VII e VIII períodos.
 São objetivos deste projeto:
Objetivo Geral
•	 Proporcionar ao estagiário a vivência de situações reais: (observação/participação/pesquisa/
intervenção, regência), nas quais ele possa aplicar o conhecimento desenvolvido nas dife-
rentes disciplinas do curso de História, buscando a unidade teoria e prática na sala de aula, 
anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino Médio, reconhecendo o seu papel 
como educador e agente de transformação social.
Objetivos específicos
•	 Refletir sobre o exercício da sala de aula, o processo ensino-aprendizagem e espaços de me-
diação entre o projeto político pedagógico, Projeto de Intervenção Pedagógica - PIP, Regi-
mento disciplinar e a sala de aula;
•	 Exercitar o domínio dos procedimentos de ensino e da produção historiográfica e didática;
•	 Obter informações sobre o trabalho pedagógico desenvolvido nas escolas dos anos finais 
do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino Médio;
•	 Vivenciar situações de trabalho que propiciem troca afetiva e cognitiva na escola;
•	 Exercitar a prática de princípios éticos e preceitos morais inerentes ao perfil necessário do 
profissional em educação;
•	 Conhecer e avaliar o processo de ensino de História nas escolas dos anos finais do Ensino 
Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino Médio;
•	 Observar, realizar monitoria, elaborar e executar Projeto de Trabalho e ministrar aulas de His-
tória nas escolas dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino Médio;
•	 Elaborar relatório sobre as atividades desenvolvidas;
•	 Participar dos seminários de estágio.
Para cumprimento dos objetivos propostos, este projeto módulo foi dividido em 2 (duas) 
partes. A primeira parte apresenta o Estágio Curricular Supervisionado e aspectos legais, bem 
como a proposta de estágio da UAB/Unimontes. Também oferece suporte para a elaboração dos 
projetos de trabalho a serem realizados durante o estágio.
A segunda parte apresenta o Manual de Estágio, objetivando informá-lo sobre os procedi-
mentos necessários para o desenvolvimento das atividades e ações que envolvem tal prática pe-
dagógica, de acordo com a legislação vigente. Traz ainda os apêndices com formulários padro-
nizados e de apoio para comprovação e orientação durante a realização do estágio. O Estágio 
Curricular Supervisionado propõe um diálogo entre a teoria e prática e apresenta-se como inves-
tigação, pesquisa e intervenção na realidade escolar. 
Bom Trabalho!
As autoras
11
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
1 O Estágio Curricular 
Supervisionado e a Formação 
Inicial em Ensino de História
1.1 Introdução
As transformações atuais relacionadas à globalização da economia, expansão das tecno-
logias de informação e da comunicação, diversidade social e cultural afetaram sobremaneira 
as concepções educacionais em seus diversos aspectos: o que de deve ser aprendido, como se 
aprende, como se utiliza o conhecimento aprendido e o papel da educação no exercício da cida-
dania.
Reformas educacionais, propostas curriculares, inovações pedagógicas fervilharam no final 
do século XX e início do XXI buscando adequar a educação aos novos tempos. Os quatro prin-
cípios propostos pela Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI (UNESCO) - 
aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser - foram incorporados no 
Brasil à Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira - Lei 9.394/96, aos Parâmetros Curriculares 
Nacionais e a outros referenciais curriculares, buscando superar a formação escolar centrada na 
transmissão de conhecimentos. 
Busca-se, hoje, no cenário educacional, dar ao estudante em todos os níveis de formação 
uma visão mais global da realidade, relacionando o estudo a situações do cotidiano, preparan-
do-o para o exercício da cidadania e para o desenvolvimento de competências. A necessidade 
da investigação educativa, a atitude de pesquisa e articulação teoria-prática tem sido bastante 
enfatizada no contexto da educação contemporânea. O estágio curricular supervisionado insere-
se nesse contexto como se pode observar na figura a seguir.
◄ Figura 1: Infográfico 
referente ao que 
um estágio pode 
proporcionar para o 
aluno (adaptado).
Fonte: Disponível em 
<http://www.uespi.
br/site/wp-content/
uploads/2013/04/Infogr%-
C3%A1fico-Oeiras.jpg>. 
Acesso em 30 mai. 2015.
UNIMONTES
12
UAB/Unimontes - 5º Período
1.2 Estágio Curricular 
Supervisionado em Cursos de 
Licenciatura: Aspectos Legais 
Conforme Art. 62, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9.394/96, a forma-
ção de profissionais da educação para atuar na Educação Básica far-se-á em nível superior, em 
curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades, faculdades e centros universitários. 
Para o exercício do magistério na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, admi-
te a formação em nível médio, na modalidade normal. 
“A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática de ensino de, no mí-
nimo, 300 (trezentas) horas” (Art. 65 - LDB 9.394/96). Dessa forma, o Estágio Curricular Supervi-
sionado é parte integrante obrigatória nos cursos de formação de professores. Conforme Art. 82 
da Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional - LDB 9.394/96, “os sistemas de ensino estabe-
lecerão as normas para realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no Ensino 
Médio ou superior em sua jurisdição”.
A realização de estágio de estudantes conta com legislação específica - Lei de estágio n.° 
11.788, de 25 de setembro de 2008 - e normatizações estabelecidas pelos sistemas de ensino sob 
sua jurisdição. 
A Lei de estágio n.° 11.788, de 25 de setembro de 2008, dispõe sobre o estágio de Estudan-
tes, e alterou a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo De-
creto-Lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943, e a LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revogou as 
Leis nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do 
art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida Provisória no 2.164-41, 
de 24 de agosto de 2001.
Essa lei define, classifica e estabelece as relações de estágio, bem como as obrigações da ins-
tituição de ensino, parte concedente e estagiário. O estágio é definido como ato educativo esco-
lar supervisionado, visando ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional 
e à contextualização curricular. Objetiva o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e o 
para o trabalho.
Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambien-
te de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos 
que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação supe-
rior, de educação profissional, de Ensino Médio, da educação especial e dos anos 
finais do Ensino Fundamental, na modalidade profissional da educação de jo-
vens e adultos (LEI Nº 11.788, de 25 de set. de 2008).
Conforme Art. 3o da Lei n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008, o estágio não cria vínculo 
empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos:
I - matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior, de educação 
profissional, de Ensino Médio, da Educação Especial e nos anos finais do Ensino Fundamental, na 
modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;
II - celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio 
e a instituição de ensino;
III - compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no ter-
mo de compromisso.
§ 1o O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento 
efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, 
comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por 
menção de aprovação final.
§ 2o O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação con-
tida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte conce-
dente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.
O estágio para a docência na Educação Básica, além de ser regulamentado pela Lei 11.788, 
de 25 de setembro de 2008, é normatizado por pareceres e resoluções que estabelecem as dire-
DiCA
Baixe a Lei de estágio 
n.° 11.788, de 25 de 
setembro de 2008:
BRASIL. Lei nº 11.788, 
de 25 de setembro de 
2008. Disponível em 
<www.portal.mec.gov.
br>
13
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
trizes para a formação de professores em nível superior e Projeto Político Pedagógico do Curso 
(PPPC) de cada instituição de ensino superior. O PPPC e regulamento de estágio do curso devem 
atender as proposições da legislação nacional.
O Parecer CNE/CP 9/2001, de 08 de maio de 2001, apresenta uma Proposta de Diretrizes 
para a Formação de Professores da Educação Básica, em cursos de nível superior, para licencia-
turas de graduação plena. Sugere que a prática, como componente curricular, apresenta uma di-
mensão investigativa que permita a (re) criação do conhecimento.
O Parecer CNE/CP 21/2001 aprovou o projeto de resolução que instituía a duração e a car-
ga-horária dos cursos de formação de professores da Educação Básica, em nível superior, que de-
veriam ser efetivadas mediante integralização de, no mínimo, 2.800 horas, com 400 horas de prá-
tica de ensino, vivenciadas ao longo do curso, e 400 horas de Estágio Supervisionado, sob forma 
concentrada ao final do curso, assim como, 1.800 horas para conteúdos curriculares de atividades 
acadêmicas científicas culturais em sala de aula e 200 horas para outras atividades.
O Parecer CNE/CP n.º 27/2001 deu nova redação ao item 3.6, alínea c, do Parecer CNE/CP 
nº. 9/2001 e orienta o início do estágio supervisionado na segunda parte do curso e a prática de 
ensino ao longo do curso. O Parecer CNE/CP nº. 28/2001 deu nova redação ao Parecer CNE/CP 
21/2001. Estabelece 400 horas de prática como componente curricular ao longo do curso e 400 
horas estágio supervisionado a partir da segunda parte do curso. Explicita as concepções sobre 
prática e sua relação com a teoria. 
A Resolução CNE/CP n.º 1/2002 anexou os Pareceres CNE/CP 9/2001 e 27/2001, que estabe-
lecem e apresentam um conjunto de princípios e procedimentos a serem observados na organi-
zação institucional e curricular por todas as instituições formadoras de professores da Educação 
Básica. Apresenta princípios e sugestões de atividades e propõe o estágio como atividade ação
-reflexão-ação. 
A Resolução CNE/CP 02, de 19 de fevereiro de 2002, respaldada no Parecer CNE/CP 28/2001, 
regulamenta a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, mantendo a carga horária do 
estágio em 400 horas, a partir da segunda metade do curso e 400 horas de prática como compo-
nente curricular, vivenciadas ao longo do curso.
Veja na imagem, a seguir, o panorama das diretrizes para a formação de professores em ní-
vel superior.
O Projeto de Resolução CNE/CP nº 009/2007, apresentando apenas dois artigos, dispõe so-
bre a reorganização da carga horária mínima de 300 horas para os cursos de formação de profes-
sores em nível superior, dos anos finais do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e da Educação 
Profissional.
1.2.1 Redução da Carga Horária de Estágio
A Lei 11.788/2008, no artigo 10º § 2º, estabelece que se a Instituição de ensino adotar ve-
rificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do 
estágio será reduzida à metade, segundo o estipulado no Termo de Compromisso de Estágio. É 
◄ Figura 2: As diretrizes 
para a formação de 
professores em nível 
superior
Fonte: Autoria própria.
14
UAB/Unimontes - 5º Período
importante destacar que a carga horária será reduzida no período de prova, não comprometen-
do o total a ser cumprida.
A resolução CNE/CP Nº 2, de 19 de janeiro de 2002, que institui a duração e a carga horária 
dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica 
em nível superior, apresenta no Art. 1, parágrafo único:
“Os alunos que exerçam atividade docente regular na educação básica poderão ter redução 
da carga horária do estágio curricular supervisionado até o máximo de 200 (duzentas) horas” (Re-
solução CNE/CP Nº 2, de 19 de janeiro de 2002). 
Essa medida foi contemplada na Resolução CEE/MG nº. 447/2 e no Regulamento de Está-
gio do Departamento de Prática de Ensino da Unimontes - DEPE. Para os cursos à distância, a 
dispensa do cumprimento poderá ser até 240horas/aula do estágio supervisionado. No entanto, 
conforme o parágrafo único do Regulamento, “A carga horária mínima para a regência propria-
mente dita, de que trata o artigo 24 deste Regulamento, não poderá sofrer redução”, tanto para 
os cursos presenciais como para cursos à distância.
BOX 1
O Regulamento de Estágio DEPE
O aluno estagiário, que estiver exercendo a docência, na rede pública ou privada, no 
mesmo período do Estágio Curricular Supervisionado, poderá ter reduzida a carga horária do 
estágio em até 50% do total, observados os seguintescritérios:
I. O exercício da atividade docente regular na Educação Básica deverá ser devidamente 
comprovado e deverá corresponder ao período de estágio do acadêmico.
II. O pedido de aproveitamento da experiência docente deverá ser protocolado na Secre-
taria Geral e encaminhado ao Departamento de Estágios e Práticas Escolares-DEPE, para análi-
se e expedição de parecer.
III. O parecer, juntamente com a documentação do requerente, será encaminhado ao 
coordenador do respectivo curso, que dará ciência ao aluno. IV. O processo para solicitação de 
redução de carga horária do Estágio Curricular Supervisionado deverá conter:
a. requerimento devidamente preenchido;
b. contagem de tempo, cópia da designação e/ou contrato de trabalho, (cópia xerox da 
carteira de trabalho, no caso de atuação em instituições privadas);
c. Declaração de Exercício na Docência, tanto para professor efetivo quanto para o desig-
nado ou contratado em instituições públicas ou privadas .
Fonte: Regulamento de Estágio DEPE, 2009, p. 1.
Com relação ao inciso II, o pedido de aproveitamento da experiência docente deverá ser 
protocolado no Polo e encaminhado à equipe de formação para análise.
1.3 Estágio Curricular 
Supervisionado no Projeto 
Político do Curso de Licenciatura 
em História - Modalidade a 
distância - Unimontes
O Projeto Político do Curso de Licenciatura em História - Modalidade a distância/Unimon-
tes, ancorado na legislação vigente e em estudos e pesquisas adota uma concepção de estágio 
como uma dimensão do conhecimento, como campo de pesquisa, como estratégia investigativa 
e como elemento de articulação da teoria-prática.
15
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
O estágio supervisionado será direcionado para a superação da visão conteudis-
ta (supervalorização dos conteúdos teórico-acadêmicos) e da visão praticista/
aplicacionista (supervalorização do fazer, desconsiderando a dimensão teórica 
dos conhecimentos) (UNIMONTES, 2013, p. 90). 
Com carga horária total de 480 horas, a ser cumprida a partir do 5º período, o estágio curri-
cular supervisionado em ensino de História, modalidade a distância, UAB/Unimontes, apresenta 
as seguintes etapas e carga horária:
TABELA 1:
Estrutura Curricular – Estágio Supervisionado em História, Modalidade a distância
História
Disciplina
Carga Horária
Modular 
Presencial
Seminá-
rios Avaliação
intermodular
Estágio 
Supervisio
nado
Total
Atividades orienta-
das e Tutoria
Teórica Prática de Formação
Estágio 
Supervisio-
nado i 
4 8 - 8 - 100 120
Estágio 
Supervisio-
nado ii
- 8 - - - 112 120
Estágio 
Supervisio-
nado iii
- 8 - - - 112 120
Estágio 
Supervisio-
nado iV
- 8 - - - 112 120
Total 4 32 - 8 - 436 480
Fonte: Projeto Político Pedagógico do Cursode Licenciatura em História - Modalidade a distância/Unimontes, 2013.
Em relação às avaliações na disciplina de Estágio com Docência, salienta-se a obrigatorie-
dade das atividades e carga horária previstas em cada etapa. O não cumprimento de alguma 
das atividades resultará em reprovação na disciplina. O cumprimento e aprovação em um perío-
do é pré-requisito para o subsequente. 
O Estágio Curricular Supervisionado i objetiva colocar o estagiário frente à realidade es-
colar. Nessa etapa, apresentará aspectos da fundamentação teórica do estágio curricular supervi-
sionado. O estágio como pesquisa e a pesquisa como estágio, o estágio como elemento de arti-
culação entre a instituição formadora e a escola de Educação Básica e o estágio como estratégia 
investigativa e intervenção no contexto escolar constituirão aportes teóricos de fundamental im-
portância nessa etapa. Veja ementa no anexo 1.
A observação e contextualização da escola, comumente denominada de “caracterização”, se-
rão realizadas nessa etapa. As atividades a serem desenvolvidas nessa etapa estão previstas na 
proposta de operacionalização do estágio (veja na 2ª parte do Caderno).
Levando-se em conta a especificidade do curso, essa etapa, como as demais, culminar-se-á 
com elaboração de Relatório Técnico a ser postado em um link aberto na sala virtual e com a dis-
cussão dos resultados interativamente nos Fóruns e Chats específicos da disciplina.
A comprovação da realização das atividades de estágio e carga horária (carimbadas e assi-
nadas pelo responsável pelas atividades de estágio na escola campo) deverá ser apresentada em 
todas as fases conforme orientações do Manual de Estágio (veja na segunda parte do Caderno). 
O portfólio de estágio (“pasta de estágio”) deverá ser protocolado no polo presencial e enviado 
para o docente orientador de estágio (professor do conteúdo).
ATiViDADE
Acesse o texto: PIMEN-
TA, Selma Garrido. LIMA, 
Maria Socorro Lucena. 
Estágio e docência: 
diferentes concepções. 
Revista Poíesis - Volume 
3, Números 3 e 4, pp.5-
24, 2005/2006, Dispo-
nível em <http://www.
revistas.ufg.br/index.
php/poiesis/article/
view/10542>
Discuta as concepções 
da relação teoria e 
prática presente nas 
atividades de estágio.
Como o estágio pode 
ser um instrumento pe-
dagógico que contribui 
para a superação da 
dicotomia teoria&prá-
tica?
16
UAB/Unimontes - 5º Período
O Estágio Curricular Supervisionado ii, objetivando ampliar a aproximação do estagiário 
com realidade escolar e sala de aula, prevê a co-participação docente. Observação, monitoria e 
execução de oficinas a partir de elaboração de projeto de trabalho são atividades previstas nessa 
etapa. Sob orientação do docente tutor presencial, do docente orientador de estágio e com a 
participação do docente tutor virtual e do professor de Trabalho de Conclusão de Curso, a fun-
damentação teórica do Estágio Curricular Supervisionado permeará discussões sobre a realidade 
caracterizada nas salas virtuais e nos plantões presenciais.
A regência de aulas ocorrerá nos Estágios Curriculares Supervisionados iii e iV, com car-
ga horária mínima de 80 (oitenta) horas, distribuída conforme Regulamento de estágio do curso. 
No estágio III, ocorrerá a regência em turmas dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º 
ano) e o estágio IV em turmas do Ensino Médio. Fundamentação teórica do estágio e outras ati-
vidades serão desenvolvidas nessa etapa conforme cronograma de operacionalização (veja na 2ª 
parte do Caderno).
1.3.1 Gestão e Atribuições no Desenvolvimento do Estágio
As atividades de estágio a serem realizadas pelos acadêmicos são comuns a todos os estudantes. 
No entanto, a estrutura de apoio ao acadêmico da modalidade educação a distância conta com 
algumas peculiaridades que devem ser observadas:
DiCA
Assista o filme Entre os 
muros da escola .
O filme conta a história 
de François e seus cole-
gas professores que pre-
param o novo ano letivo 
de uma escola da perife-
ria parisiense. Munidos 
de boas intenções, eles 
se apoiam para tentar 
manter vivo o estímulo 
de dar a melhor educa-
ção a seus alunos. 
Na sala de aula, um 
microcosmo da França 
contemporânea, cho-
que entre as diferentes 
culturas dos jovens que 
por mais inspiradores 
e divertidos que sejam, 
desanimam seus profes-
sores e os desestimulam 
com seus projetos de 
melhorias que benefi-
ciariam os adolescentes.
<http://www.sesca-
mapa.com.br/cinema/
sinopse-do-filme-en-
tre-os-muros-da-es-
cola. Baixe o filme no 
endereço: https://www.
youtube.com/watch?-
v=rICBmbf5Pak>
Figura 4: Estagiário em 
sala de aula
Fonte: Disponível em 
<http://wp.clicrbs.com.
br/vivendoaprofis-
sao/2009/10/23/uma-aula-
de-historia/>. Acesso em 
30 mai. 2015.
►
Figura 3: Filme Entre os 
muros da escola 
Fonte: Disponível em 
<http://cineclubeuni-
versitario.blogspot.com.
br/2011_03_01_archive.
html>. Acesso em 27 jul. 
2015.
►
17
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
É importante atentar a algumas atribuições dos recursos humanos envolvidos no processo 
de estágio curricular supervisionado nessa modalidade de ensino.
1.3.1.1 Coordenação Geral da UAB
•	 Entre outras atribuições, é o coordenador responsávelpela intermediação, juntamente com 
os polos, dos procedimentos de estágio entre a universidade e as escolas. É sua atribuição 
viabilizar a exequibilidade das atividades pedagógicas e administrativas, presenciais e à dis-
tância.
1.3.1.2 Coordenador de Curso
O coordenador de curso é o responsável por todas as atividades pedagógicas do curso sob 
sua coordenação, devendo, juntamente com a coordenação geral, intermediar, também, a exe-
quibilidade das atividades presenciais e a distância, coordenando os demais envolvidos e se fa-
zendo presente nos polos, quando necessário. Quanto ao estágio, é o responsável por:
•	 Coordenar a elaboração e aprovar o Projeto de Estágio Curricular Supervisionado do curso 
sob sua coordenação;
•	 Supervisionar o desenvolvimento do Projeto das disciplinas e das demais atividades de Está-
gio Curricular Supervisionado do curso sob sua coordenação;
•	 Orientar, acompanhar, analisar e avaliar as atividades dos docentes orientadores e dos do-
centes tutores presenciais e virtuais nas atividades referentes ao estágio;
•	 Emitir parecer quanto à exequibilidade do estágio conforme as normas deste Projeto;
•	 Zelar pelo cumprimento das normas para realização dos estágios;
•	 Encaminhar possíveis problemas e dificuldades ao Colegiado de Coordenação Didática;
•	 Sugerir soluções para os problemas apresentados e repensar a prática profissional, em bus-
ca de propostas inovadoras, tendo em vista a melhoria permanente da qualidade do ensino;
•	 Analisar e deferir, ou indeferir, os requerimentos referentes ao estágio;
1.3.1.3 Coordenador Geral do Estágio
•	 Coordenar o trabalho dos docentes orientadores de estágio;
•	 Capacitar todos os profissionais envolvidos no estágio;
◄ Figura 5: Estrutura 
de apoio ao 
desenvolvimento do 
estágio na modalidade 
educação distância 
- Curso História, 
Unimontes.
Fonte: Elaboração da 
autora a partir de dados 
do PPP - Curso História, 
Modalidade a distância, 
Unimontes.
18
UAB/Unimontes - 5º Período
•	 Acompanhar o trabalho de estágio nas salas virtuais de todos os cursos;
•	 Promover reuniões periódicas com os docentes orientadores de estágio;
•	 Coordenar a elaboração do projeto de estágio;
•	 Supervisionar o desenvolvimento dos projetos de estágio;
•	 Acompanhar os desenvolvimentos das atividades de estágio nos polos de apoio presencial;
•	 Discutir com os coordenadores de curso durante o período as questões referentes ao está-
gio.
1.3.1.4 Coordenador de Tutoria
O coordenador de tutoria é o profissional que está sempre em contato com os polos, com os 
docentes e com os docentes tutores, intermediando os contatos com a coordenação do curso e a 
coordenação geral e proporcionando o bom andamento de todas as atividades. No que se refere 
ao estágio, são suas atribuições:
•	 Participar da elaboração do projeto de estágio do curso;
•	 Orientar os docentes orientadores do estágio curricular supervisionado quanto à organiza-
ção, disponibilidade e operacionalização das salas virtuais;
•	 Colaborar na organização das atividades presenciais intensivas, reuniões e seminários de es-
tágios;
•	 Intervir, se necessário, junto às escolas campo do estágio esclarecendo dúvidas e fazendo 
proposições;
•	 Supervisionar o trabalho desenvolvido pelos docentes orientadores de estágio, docentes 
tutores presenciais e virtuais, acompanhando o cumprimento dos projetos, das atividades 
programadas e do funcionamento das salas virtuais;
•	 Supervisionar e avaliar as atividades de estágio por meio de reuniões periódicas com os 
coordenadores dos polos, com os docentes orientadores do estágio, com os docentes tu-
tores presenciais e virtuais, e com os alunos, acompanhando, permanentemente, as ativida-
des.
1.3.1.5 Docente Orientador do Estágio Curricular Supervisionado
O Docente Orientador do Estágio Curricular Supervisionado é o responsável pela articulação 
das atividades de estágio com as propostas do Projeto Político Pedagógico e com o projeto de 
Estágio de cada Curso.
Como educador, ele deve instrumentalizar e orientar os acadêmicos no processo de pesqui-
sa, colaborando na elaboração e desenvolvimento de cada etapa do estágio e prevendo as ações 
que favoreçam a análise, a compreensão e a intervenção nos contextos histórico, social, cultural e 
organizacional, ou seja, na realidade das escolas campo do estágio.
Para Vieira, Almeida e Oliveira, os professores de estágio
“[...] devem ser capazes de ensinar seus aprendizes a pensarem criticamente, a 
aprenderem como afirmar suas próprias experiências, compreenderem a neces-
sidade de lutar individual e coletivamente por uma sociedade mais justa e demo-
crática” (VIEIRA, ALMEIDA e OLIVEIRA, 2010, p. 4).
São suas atribuições:
•	 Elaborar projeto de estágio do curso;
•	 Montar a sala virtual e conduzir as discussões durante todo o período de estágio;
•	 Apresentar, para os docentes tutores presenciais e virtuais, o projeto de Estágio do curso, 
esclarecendo dúvidas e apontando perspectivas;
•	 Apresentar o projeto de estágio nos polos, informando aos acadêmicos sobre as normas, 
procedimentos, instrumentos e critérios de avaliação do estágio;
•	 Preparar os docentes tutores virtuais para apresentação e acompanhamento do Projeto de 
Estágio;
•	 Estimular o aprofundamento teórico-metodológico dos temas e questões fundamentais 
pertinentes ao estágio em termos de suas especificidades;
19
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
•	 Orientar os docentes tutores virtuais, dando-lhes suporte acadêmico para o desempenho 
de suas funções, fornecendo-lhes e compartilhando com eles todas as informações necessá-
rias à condução do estágio;
•	 Definir junto aos docentes tutores presenciais e virtuais, o detalhamento das ações decor-
rentes das orientações aos acadêmicos, propiciando uma padronização de informações cla-
ras e precisas a todos os polos e acadêmicos;
•	 Analisar e fazer encaminhamentos a partir dos relatos e demandas advindos dos documen-
tos e formulários relativos ao estágio;
•	 Oferecer subsídios para os acadêmicos elaborarem o Projeto de Estágio e o Plano de Inter-
venção;
•	 Estar em contato permanente com o Coordenador do Curso, Coordenação de Tutoria e do-
centes Tutores, presenciais e virtuais, durante o período de estágio;
•	 Elaborar relatórios semestrais sobre as atividades e encaminhá-los ao Coordenador de Cur-
so;
•	 Orientar e avaliar o estagiário durante o planejamento e na execução das atividades do es-
tágio;
•	 Analisar os registros de frequência, avaliações, relatórios e outros documentos comprobató-
rios do estágio;
•	 Avaliar o desempenho do estagiário, conforme os critérios estabelecidos no subprojeto de 
estágio;
•	 Lançar as notas do estágio no Web professor, encaminhando os documentos ao Controle 
Acadêmico;
•	 Indicar aos estagiários as fontes de pesquisa e de consulta necessárias ao bom desempenho 
das atividades;
•	 Participar das reuniões ordinárias e extraordinárias; 
•	 Promover plantões presenciais nos pólos e via web para atender aos acadêmicos;
•	 Promover e participar de fóruns e chats.
1.3.1.6 Docente Tutor Presencial
O docente tutor presencial trabalha diretamente em contato com os acadêmicos e com as 
escolas campo do estágio. Sendo assim, ele deve agir como o principal interlocutor entre esta-
giários e campo de estágio. Para tal, ele deve:
•	 Fazer contato com a administração das escolas de educação básica, campos de estágio, para 
discutir a possibilidade de recebimento dos estagiários;
•	 Acompanhar os estagiários à escola para firmar o Termo de Compromisso (Anexo A) entre as 
partes;
•	 Colaborar na elaboração do Projeto de Estágio e do Plano de Intervenção;
•	 Promover reuniões presenciais com os acadêmicos para orientação, planejamento e acom-
panhamento do estágio;
•	 Acompanhar, efetivamente, cada estagiário no desenvolvimento das atividades de cada eta-
pa de estágio, em especial as referentes às etapas de co-participação (Plano de Intervenção) 
e de Regência;
•	 Orientaro estagiário no preenchimento dos formulários e fichas, bem como na coleta das 
assinaturas devidas;
•	 Manter contatos com a administração e com os professores das instituições (campos de es-
tágio) para acompanhamento e apreciação colegiada do processo;
•	 Fornecer informações atualizadas ao docente orientador de estágio e docente tutor virtual, 
sobre a realização do estágio por parte do estagiário;
•	 Recolher, organizar e enviar a documentação, devidamente assinada, ao controle acadêmi-
co, nas datas previamente estabelecidas;
•	 Manter atualizados os cadastros das escolas campo do estágio;
•	 Intermediar o desligamento do acadêmico da escola-campo do estágio quando se fizer ne-
cessário;
•	 Acompanhar a realização das oficinas pelos estagiários.
20
UAB/Unimontes - 5º Período
1.3.1.7 Docente Tutor Virtual
A característica principal das atividades do docente tutor virtual é possibilitar o trabalho de 
orientação ao acadêmico a partir dos parâmetros fornecidos pelo docente orientador de Estágio. 
Dessa forma, entre as atribuições do docente tutor virtual, encontram-se as seguintes:
•	 Fomentar as discussões on-line;
•	 Repassar para o acadêmico todas as informações necessárias para o cumprimento do está-
gio;
•	 Proporcionar reflexões a partir dos relatos de campo feito pelos alunos;
•	 Contribuir, através de sua participação e atuação, no processo de construção das mediações 
necessárias entre a proposta de estágio e sua realização;
•	 Auxiliar o docente orientador na plataforma, atendendo às demandas dos acadêmicos;
•	 Trazer as demandas dos acadêmicos para reuniões com a Coordenação de Tutoria em busca 
de tomada de decisões compatíveis com os objetivos do estágio;
•	 Orientar, diretamente, todos os acadêmicos a fim de que tenham plenas condições de reali-
zar um bom estágio.
1.3.1.8 Os Estagiários
Os estagiários devem entender que o estágio é uma atividade obrigatória, básica para sua 
formação profissional e requisito indispensável para a conclusão do curso. Deve, então, seguir as 
orientações relativas ao seu processo de formação, esforçando-se para cumprir prazos e tarefas, 
empenhando-se ao máximo na realização, bem feita, de seu estágio.
No desenvolvimento desta etapa de formação é imprescindível que os acadêmicos obser-
vem os preceitos de respeito ético-profissional frente às escolas, aos profissionais e aos alunos 
envolvidos. É necessário, ainda, que mantenham postura de professor-aprendiz diante das expe-
riências escolares, dispondo-se a apreender com elas e através delas, associando-as ao referen-
cial teórico estudado.
Para que o estágio ocorra conforme o previsto, devem cumprir as seguintes atribuições:
•	 Leitura de textos diversos para enriquecer as reflexões críticas sobre o estágio supervisiona-
do;
•	 Escolher a escola campo para a realização de seu estágio;
•	 Promover a intermediação do docente tutor presencial para oficialização do estágio;
•	 Providenciar todos os documentos para realização do estágio;
•	 Informar-se e cumprir as normas e regulamentos do estágio, munindo-se de todos os recur-
sos necessários a cada etapa;
•	 Acessar, continuamente, a plataforma para assegurar-se das informações e orientações ali 
indicadas;
•	 Comunicar-se, sempre que necessário, com os docentes tutores e com o polo, garantindo 
que suas necessidades sejam avaliadas e encaminhadas;
•	 Reconhecer e seguir as orientações relativas aos procedimentos formais de estágios;
•	 Preencher os formulários e buscar a assinaturas devidas.
Cumprir as etapas previstas para a realização do estágio, em consonância com o projeto de 
Estágio e o respectivo cronograma, na realização das seguintes condições e atividades:
•	 Manter um comportamento compatível com a função docente, pautando-se pelos princí-
pios da moral e da ética profissional;
•	 Avaliar, de modo constante e crítico, o seu desempenho na função docente e nas demais 
atividades do estágio;
•	 Colaborar para a solução de problemas na escola, no estágio e, ainda, com seus colegas de 
turma;
•	 Comunicar, com antecedência, sua ausência nas atividades previstas;
•	 Cumprir, integralmente, a carga horária prevista para o Estágio Curricular Supervisionado.
21
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
1.3.1.9 Profissionais da Escola Campo do Estágio
Não há como negar, num trabalho colegiado como é o caso do estágio, a importância atri-
buída ao apoio dos coordenadores pedagógicos e dos professores das instituições educacionais/ 
campos de estágio. Não se trata de transferir a responsabilidade do processo formativo de está-
gio ao professor da escola, mas reconhecer a importância de sua contribuição, no que diz a res-
peito às atividades específicas.
Vale ressaltar que a escolha das escolas de Educação Básica, campos de realização do Es-
tágio Curricular Supervisionado, está vinculada à existência de profissionais habilitados para su-
pervisionar o processo. Assim, a escola deverá aceitar, formalmente, os acadêmicos e indicar um 
funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de co-
nhecimento desenvolvida no curso do estagiário (ou em área afim), para orientar e supervisionar, 
no máximo, até 10 estagiários simultaneamente.
Os seguintes outros profissionais devem se envolver, direta ou indiretamente, com o estágio 
nas escolas campo:
Diretor: Aceitar formalmente o estagiário na escola sob sua direção (assinando e carimban-
do a Declaração de Aceite) e encaminhá-lo ao professor ou serviço pedagógico que se responsa-
bilizará pela supervisão/orientação do estagiário.
Supervisor pedagógico: Conduzir as atividades de estágio, colaborando com o acadêmico 
no desenvolvimento de atividades específicas.
Professor: Espera-se que o professor da escola possa:
•	 Acolher o estagiário, oferecendo sua experiência profissional como um referencial de apren-
dizado;
•	 Definir, juntamente com o docente tutor presencial e os estagiários, o plano de estágio na 
escola;
•	 Favorecer a busca de informações necessárias para cumprimento do estágio;
•	 Identificar e reconhecer a presença do estagiário, atestando por escrito, sua freqüência;
•	 Contribuir na construção de uma proposta de intervenção pedagógica apresentada pelo es-
tágio, tornando-a plausível;
•	 Auxiliar no processo de reflexão sobre o trabalho docente, fazendo apreciações a respeito 
da intervenção pedagógica feita pelo estagiário;
•	 Assumir-se como co-participante da formação do estagiário
•	 Responsabilizar-se pela avaliação do estagiário e validação dos documentos do estágio, jun-
tamente com o docente orientador de estágio;
•	 Atribuir conceitos, emitir parecer, assinar e carimbar os documentos comprobatórios do es-
tágio.
22
UAB/Unimontes - 5º Período
2 Projeto de Intervenção ou 
Projeto de Trabalho e o Estágio 
Curricular Supervisionado
2.1 Introdução
O Método de projetos é uma metodologia que vem sendo recuperada nos últimos anos em 
todas as atividades no mundo do trabalho, funcionando como um orientador. No campo educa-
cional, o desenvolvimento de projetos - ou pedagogia de projetos, como denomina vários auto-
res - não é uma novidade educacional, tendo chegado ao Brasil com o movimento escolanovis-
ta, cujo proposta centrava-se no aluno como sujeito da sua aprendizagem, cabendo ao professor 
o papel de mediador nesse processo. 
Inspirados no naturalista Jean Jacques Rousseau, nas ideias dos pedagogos Heinrich Pesta-
lozzi e Freidrich Fröebel, o movimento escolanovista teve John Dewey (1859-1952), na América 
do Norte, Ferrière, Claparede, na Europa, Anísio Teixeira e Lourenço Filho, no Brasil, entre outros, 
entre seus principais expoentes e inspiraram inúmeras escolas conhecidas como experimentais 
no Brasil nos anos 1960. 
No final do século XX e início do XXI, a proposta de educação por projetos tem como prin-
cipal expoente o educador espanhol Fernando Hernández. Reorganizar o currículo por proje-
tos, em vez das tradicionais disciplinas, é a principalproposta desse educador. Ele se baseia nas 
ideias de John Dewey (1859-1952), filósofo e pedagogo norte-americano, que defendia a relação 
da vida com a sociedade, dos meios com os fins e da teoria com a prática.
A pedagogia de projetos constitui uma das atividades educativas para formação do indivíduo 
e se desdobra em vários tipos de trabalho por projetos: projeto de trabalho, projeto de pesquisa, 
projeto de intervenção e outros. Em função disso, a pedagogia de projetos muitas vezes tem sido 
encarado como modismo. O trabalho por projetos ainda é um desafio para docentes e ainda lon-
ge de ser desenvolvido a contento. Apesar de princípios comuns, cada tipo de projeto possui uma 
metodologia e atende a objetivos específicos. Aqui abordaremos o Projeto de Trabalho.
2.2 Conceito de Projeto
Etimologicamente, a palavra projeto deriva do latim projectus, particípio passado de projíce-
re, que significa “lançar para frente”, “arremessar algo” e, por extensão, projetar significa delinear, 
planejar algo que se quer realizar. Dessa forma, projetar envolve algo desejável no presente, pos-
sível de ser realizado no futuro.
Para Burnier, projetar é planejar intencionalmente um conjunto de ações com vista ao atin-
gimento de um ou mais fins. Pode ser também a elaboração de um plano de trabalho a ser exe-
cutado, uma ideia que forma quando deseja realizar algo, uma intenção de realizar alguma coisa 
pré-estabelecida, através de um esquema. 
Todo projeto tem um tema (intenção), um objetivo, procedimentos, resultados e podem ser 
formais ou informais. Com base nesse sentido, projeto é
a representação oral, escrita, desenhada, gráfica ou modelada que, a partir de um 
motivo, gera a intenção numa pessoa de realizar de realizar certa atividade, usan-
do meios adequados para atender determinada finalidade (MARTINS, 2007, p. 34).
Sendo o ato de planejar, algo a ser concretizado no futuro, onde as pessoas se envolvem 
para descobrir ou produzir algo novo, procurando respostas a questões ou problemas reais, este 
requer abertura para o desconhecido, para o não determinado e flexibilidade para reformular as 
DiCA
Para saber mais sobre 
as concepções educa-
cionais dos pedagogos 
Pestalozzi, Freidrich 
Fröebel, John Dewey 
(1859-1952), Ferriè-
re, Claparede, Anísio 
Teixeira, Lourenço Filho 
e outros, acesse o site: 
<http://www.histedbr.
fae.unicamp.br/nave-
gando/glossario.html>
23
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
metas. Não se faz projeto para algo que faz parte da rotina ou que já se tem respostas e resulta-
dos definidos. Dessa forma, projeto não pode ser confundido com um conjunto de atividades 
propostas ou realizadas rotineiramente para cumprimento de determinadas práticas como reali-
zação de tarefa escolar, a organização de um evento escolar.
Projeto é um design, um esboço de algo que desejo atingir. Está sempre com-
prometido com ações, mas é algo aberto e flexível ao novo. A todo momento 
você pode rever a descrição inicialmente prevista para poder levar avante sua 
execução e reformulá-la de acordo com as necessidades e interesses dos sujeitos 
envolvidos, bem como da realidade enfrentada (ALMEIDA, 2001, p. 35).
Outro aspecto importante no trabalho por projetos é a autoria – seja individual, em grupo 
ou coletiva, o projeto deverá ser proposto por quem vai desenvolvê-lo. Não se faz projeto para 
que outros executem. Quando for necessário o envolvimento de terceiros, o projeto norteador 
deve propiciar o desenvolvimento de subprojetos ou novos projetos articulados ao central, o 
que implica na abertura para o desconhecido, na necessidade da flexibilidade.
Para Burnier, o desenvolvimento de um projeto em linhas gerais é composto de pelo menos 
quatro etapas, conforme discutidas a seguir: a problematização, o desenvolvimento, sistematiza-
ção ou síntese e avaliação. 
a. A problematização: quando se define o problema a ser investigado ou o empreendimen-
to a ser realizado. Nessa etapa, é fundamental que os envolvidos se envolvam com a pro-
blemática e na escolha do projeto. Para isso, pode-se, desencadear técnicas participativas 
como entrevistas com pessoas da comunidade, levantamento de dados estatísticos sobre 
o tema ou problema, etc. Nessa etapa, devem-se construir as questões de investigação, que 
serão o guia principal do projeto.
b. O desenvolvimento do projeto: Realização do planejamento do caminho a ser percorrido, 
definindo-se as fontes a serem investigadas, os recursos necessários, o cronograma do tra-
balho e, se for o caso, a atividade de culminância do projeto. 
c. A sistematização ou síntese: É o momento em que se retomam os passos dados, toman-
do-se consciência do caminho percorrido. É quando se exercitam as habilidades de síntese, 
selecionando os conhecimentos mais importantes trabalhados ao longo do projeto e orga-
nizando-os segundo a forma anteriormente combinada, que funcionará como o ponto de 
culminância do projeto. Este poderá ser, dependendo da área, a produção de um material 
instrucional ou técnico, uma apresentação pública dos resultados, no estilo de uma mostra 
ou feira ou qualquer outro tipo de evento ou relatório que possibilite o exercício da síntese. 
d. A Avaliação: Essa deve acontecer entremeada com as demais e ainda ao final de toda a ta-
refa. Pretende-se, com a avaliação, melhorar o processo, aprimorando todos os envolvidos. 
É o momento de se analisar todas as atitudes de todos os envolvidos, apresentando suges-
tões de como aperfeiçoá-las: alunos, professores, instituição, mundo social, tudo e todos 
devem ser avaliados, construindo-se, nessa avaliação, critérios e valores para o trabalho e a 
convivência humana.
Para Martins (2007), em um projeto consta sempre: o motivo, a intenção, o que vai realizar, 
os meios e o resultado que se quer obter. 
QUADRO 1:
Elementos de um projeto
O motivo Por quê?A intenção
O quê?
A realização
Como?
Os meios
Para quê?
O resultado
Uma causa moti-
vadora. 
Pode ser:
Gera intenção 
em alguém. 
Pode ser:
De realizar 
alguma coisa.
Pode ser:
Utilizando 
certos meios.
Podem ser:
Para atingir a 
finalidade. 
Pode ser:
Um interesse
Uma necessidade
Uma dificuldade
Uma preocupação
Um problema
Um assunto/tema
Conhecer/saber
Solucionar
Esclarecer
Resolver
Determinar
Produzir algo
Um trabalho
Um estudo
Uma obra
Uma pesquisa 
formal/informal
Uma atividade
Métodos
Técnicas
Estratégias
Hipóteses
Análise
Procedimentos
Aprendizagem
Soluções
Conhecimentos
Explicação
Bem material
Um serviço
Fonte: MARTINS, 2007.
24
UAB/Unimontes - 5º Período
Para Martins (2007), os projetos não são métodos, nem aplicação de fórmulas com regras 
rígidas, mas deve seguir a linha científica em sua estruturação com elementos essenciais da pes-
quisa, de maneira organizada, obedecendo a pré-planejamento e sua eficácia dependerá das 
ações práticas desenvolvidas. Os projetos caracterizam-se por utilizar atividades práticas de es-
tudo, pesquisa e intervenção realizadas em grupo ou individual, autodeterminação, cooperação, 
relações mútuas, aplicação de meios de aprendizagem vinculada à prática, a diversidade de in-
formações, aos questionamentos, à reflexão e a discussão.
Zanotto (2003), em seu trabalho de doutorado realizado em 2002, analisou metodologias 
que enfatizam a resolução de problemas, ou a problematização, presentes na literatura, com 
vistas à elaboração de uma proposta curricular para ensinar tal habilidade ao professor, na mo-
dalidade de formação continuada e no formato de curso de extensão universitária. Um aspecto 
comum nas metodologias analisadas é que todas estão calcadas no trinômio PROBLEMA - EXPLI-
CAÇÃO - SOLUÇÃO.
Isto é, quer o aluno percorra fases, etapas, passos, ele deve relacionar três mo-
mentos ou movimentos: identificação de um problema, busca de fatores expli-
cativos e proposição de solução ou soluções (ZANOTTO, DEL ROSE, 2003, p. 47).
Nesse trabalho, a habilidade de problematizar foi definida como a habilidade de relacionar 
de forma coerentee sequencial três momentos: identificação de um problema, busca de expli-
cação e proposição de soluções. Essa habilidade pode ser alvo de ação educativa específica, par-
ticularmente visando ao desenvolvimento profissional docente. Imbernón (2000, p. 16-18), por 
exemplo, sugere que é importante o professor adquirir conhecimentos ou estratégias específi-
cas, tais como planejamento curricular, pesquisa sobre docência e resolução de problemas, como 
parte daquele desenvolvimento.
Cada projeto representa a interação entre o proponente e o seu objeto, estabelecendo rela-
ções interdisciplinares e interinformativas e mostrando que há caminhos diversos para atingir a 
intenção.
Articulação entre os conhecimentos escolares e a vida real, rompendo com a transmissão e 
fragmentação dos conteúdos em disciplinas e com o protagonismo do professor nas atividades 
educativas não é uma proposta nova no campo educativo e coaduna-se com a ideia central da 
Pedagogia de Projetos. 
Ao planejar as atividades educativas a partir de propostas de desenvolvimento de projetos 
com caráter de ações ou realizações com objetivos concretos e reais, desenvolve no aluno uma 
postura indispensável: a necessidade de aprendizagem e prepara-o para o exercício da cidada-
nia. Falar de tais projetos remete ao projeto de trabalho.
Figura 6: Esquema 
da Pedagogia de 
projetos: fundamentos 
e implicações
Fonte: Disponível em 
<http://nteerechim-
tic.pbworks.com/w/
page/5522164/Valquiria>. 
Acesso em 30 mai. 2015.
►
25
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
2.3 “Projetos de Trabalho” em 
Ação na Escola
Falar da elaboração de um Projeto de Trabalho remete, primeiramente, ao conceito de pro-
jeto e, num sentido mais amplo, a um movimento de rejeição à acomodação a uma determina-
da realidade e a solução de problemas. Remete ainda a articulação dos conhecimentos esco-
lares a uma determinada realidade, visando à preparação para o exercício da criatividade e da 
cidadania.
Nesse sentido, o “Projeto de Trabalho” significa proposta, intenção expresso na forma escri-
ta, gráfica ou oral, de fazer alguma intervenção para alcançar determinada finalidade em uma 
dada realidade, a qual poderá ser, por exemplo: procurar solução para um problema, achar uma 
saída para uma dificuldade, atender a necessidade de alguma coisa, construir ou elaborar certo 
produto.
Pode-se perceber que as finalidades a serem alcançadas correspondem à deficiência de algo 
ou é a situação problema sobre o qual o projeto se ocupará.
A elaboração e execução de Projetos de Trabalho, hoje, tem se tornado uma necessidade 
e uma exigência a ser cumprida por praticamente todas as instituições públicas e privadas. Em 
razão das avaliações sistêmicas, as escolas públicas de Educação Básica elaboram anualmente o 
seu Projeto de Intervenção Pedagógica (PIP), objetivando superar dificuldades de aprendizagem 
detectadas. O PIP se desdobra em vários projetos e ou subprojetos. 
A elaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica (PIP) parte de um diagnóstico sobre de-
terminada problemática - nível de aprendizagem dos alunos - e do desejo de mudança dessa 
realidade. A partir da identificação do problema, segue-se o planejamento de uma intervenção, 
considerando os limites e as oportunidades para a melhoria da aprendizagem. A intervenção 
desdobra-se em vários projetos ou subprojetos. Dentro dos projetos podem ser desenvolvidas 
várias atividades, como oficinas, excursões, concursos, gincanas, etc. A elaboração desses proje-
tos exige conhecimento do contexto em que se pretende atuar.
Portanto, elaborar um projeto significa conhecer o contexto no qual se pretende 
atuar, criar alternativas para reverter a situação-problema, ter compreensão do 
real esforço para realizá-lo e a capacidade para propor e viabilizar a intervenção 
(AIRES; LOPES, 2006, p. 6).
Para pensar na intervenção da realidade, e 
consequentemente no trabalho por projetos, Pau-
lo Freire oferece a fundamentação teórica ideal. 
Para Freire (1994) apud Aires e Lopes (2006), o 
nosso papel no mundo não deve ser o de quem 
simplesmente constata o que ocorre, mas que 
também intervém como sujeito de ação. A cons-
tatação é a tarefa inicial, tanto para a atitude de 
mudança quanto de adaptação. Todavia, só atra-
vés da constatação que o sujeito se torna capaz de 
intervir na realidade. Freire (1994) destaca ainda 
a importância de o educador não ter uma atitude 
neutra frente ao mundo e da sua atuação junto 
aos educandos no sentido de problematizar a rea-
lidade, promovendo a reflexão para que percebam 
o condicionamento da estrutura social em que se 
encontram.
A elaboração de um projeto de trabalho ou 
trabalho por projetos orienta-se por elementos básicos e comuns aos projetos de trabalho: co-
nhecimento da realidade, identificação de problema a ser superado e avaliação. No próximo tó-
pico serão apresentadas orientações básicas para elaboração de um projeto de trabalho. 
Figura 7: Esquema 
Abordagem de 
trabalho por projetos 
adaptado de Paulo 
Freire
Fonte: Disponível em 
<http://docenciaedu-
cainfantil.blogspot.com.
br/2011_08_01_archive.
html>. Acesso em 30 mai. 
2015.
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26
UAB/Unimontes - 5º Período
3 Roteiro Básico para Elaboração 
de Projeto de Trabalho
3.1 Introdução
A elaboração de Projeto de Trabalho possui como singularidade a intervenção em um deter-
minado aspecto, ou seja, visa à realização de uma ação, sendo o conjunto de tarefas necessário à 
sua concretização empreendido pelo proponente e envolvidos.
Agora vamos apresentar os principais itens constituintes de um projeto de trabalho e como 
construir esse projeto. Para facilitar a construção, os itens e como se dará a sua construção ocor-
rerão por partes. Mas é importante lembrar que, como todo projeto, cada um dos itens que o 
compõe relaciona-se com os demais, constituindo um todo articulado.
3.2 Como Elaborar um Projeto de 
Trabalho
O projeto que irá elaborar nada mais é do que uma proposta de trabalho a partir de um 
diagnóstico realizado durante a caracterização da escola e leitura e análise do Projeto de Inter-
venção Pedagógica (PIP). Durante a realização do estágio, você constatou vários aspectos da rea-
lidade da escola e do ensino de história. Agora, chegou a hora de definir, ancorado no PIP, que 
ações devem ser realizadas para alterar essa realidade. Para isso, você deverá responder algumas 
perguntas, tais como: Quais necessidades/dificuldades/problemas envolvem o processo ensino
-aprendizagem da escola campo? Qual a intenção (conhecer, saber, solucionar, produzir algo) em 
relação a essa problemática? O que realizar (obra, atividade, oficinas) em relação a melhoria da 
aprendizagem? Com que meios/recursos? Qual resultado esperado?
A figura a seguir sistematiza as principais etapas para a elaboração de um projeto. 
Como já abordado anteriormente, um projeto é composto por quatro etapas centrais: pro-
blematização, desenvolvimento, síntese e avaliação. O projeto de intervenção norteia-se por es-
sas etapas e orienta-se pelas mesmas normas metodológicas proposta pela ABNT para trabalhos 
científicos. 
Figura 8: Etapas da 
elaboração de um 
projeto
Fonte: Disponível em 
<http://calordomo-
mento.wordpress.
com/2011/10/13/5%-
c2%aa-semana-video-au-
la-17-pedagogia-de-pro-
jetos/>. Acesso em 30 mai. 
2015.
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27
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
3.2.1 Elementos Pré-Textuais
Constituem elementos pré-textuais: Capa, Lombada, Lista de ilustrações, Lista de tabelas, 
Lista de abreviaturas e siglas, Lista de símbolos e Sumário. São obrigatórios: folha de rosto e su-
mário.
A capa apresenta as informações transcritas na seguinte ordem: nome da instituição, no-
me(s) do(s) autor (es); c) título; d) subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação 
ao título, precedido de dois pontos (:), ou distinguido tipograficamente); e) local (cidade) da enti-
dade, onde deve ser apresentado; f ) ano da entrega.
A folhade rosto apresenta as informações transcritas na seguinte ordem: a) nome(s) do(s) 
autor(es); b) título; c) subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título, pre-
cedido de dois pontos (:), ou distinguido tipograficamente); d) tipo de projeto e nome da entida-
de a que deve ser submetido; e) local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado; f ) ano de 
depósito (entrega). 
O Sumário lista as principais divisões de um trabalho, títulos e subtítulos com a indicação 
das páginas onde está cada item no texto. 
As listas: de ilustrações, tabelas, abreviaturas, siglas e de símbolos: somente em caso de 
ocorrência em quantidade significativa.
3.2.2 Elementos Textuais
Os elementos textuais contemplam as várias fases do projeto. Desde a identificação e à for-
mulação do problema, ao planejamento, às discussões, à elaboração do projeto e a formação dos 
grupos, o desenvolvimento do trabalho, as atividades previstas, o caminho a ser percorrido, a sis-
tematização ou síntese e a avaliação. 
3.3 Dados de Identificação do 
Projeto
Não há um critério padrão para a identificação do projeto. A identificação do projeto varia 
de instituição para instituição. No geral, cada uma apresenta formulários específicos para preen-
chimento. No entanto, alguns itens são comuns, como título, área de abrangência, instituição 
proponente, público ao qual se destina, período de execução. 
3.3.1 Introdução
Na introdução, apresenta-se o problema diagnosticado e sobre o qual se pretende intervir, 
situando-o no tempo e espaço. Aqui responde à pergunta: Em que contexto está situado o pro-
blema? Segundo Aires e Lopes (2006), pode-se fazer aqui uma apresentação circunstanciada da 
instituição na qual o(s) responsável(is) pelo projeto trabalha(m), orientando uma aproximação da 
proposta de intervenção da realidade em que o projeto será realizado. Enfim, trata-se da contex-
tualização do projeto com informações gerais sobre a instituição, seus atores, suas condições de 
existência, os problemas e os grandes desafios a serem superados. Poderão ser retomados aspec-
tos já diagnosticados sobre a realidade a sofrer intervenção. 
Há dois tipos de introdução em um projeto: a) apresentação do tema, do objeto de inter-
venção ou da realização; b) a apresentação de um panorama geral do que pretende realizar no 
trabalho. Se o projeto não possui um capítulo especial para a “Delimitação do Tema” ou para a 
“Exposição do Problema”, esses aspectos devem ser discutidos de forma mais pormenorizada na 
Introdução do projeto. Se o projeto possui um capítulo especial para “Delimitação do Tema” ou 
para a “Exposição do Problema”, a Introdução constituirá em uma espécie de resumo do proje-
28
UAB/Unimontes - 5º Período
to, com uma ou duas páginas, em que o proponente apresentará em termos muito sucintos o 
conteúdo do seu projeto. Para esse tipo de Introdução, deve ser apresentado o tema com suas 
especificações mais fundamentais (incluindo recorte temporal e espacial), as fontes principais, 
algumas indicações metodológicas e teóricas, e também um ou outro aspecto associado à jus-
tificativa ou viabilidade da pesquisa. Tudo isso muito bem resumido, com um ou dois parágrafos 
para cada um desses itens. Os detalhamentos e desdobramentos virão no corpo de cada parte.
3.3.2 Justificativa e Caracterização do Problema
Esta constitui uma etapa central do projeto. Deve se apresentar uma explicitação funda-
mentada do problema/interesse que se pretende equacionar e a realidade que se quer trans-
formar. Deve-se ter relação com a formação profissional; exposição dos fatores referentes à im-
portância (por que devo?), contribuições teóricas, metodológicas, outro ponto de vista para o 
conhecimento. Desse modo, deve apresentar as razões pelas quais o projeto será realizado e os 
impactos positivos que poderá causar no contexto institucional. Basicamente, a justificativa deve 
contemplar o conhecimento do problema e sua interferência no contexto local e regional. Além 
disso, deve apresentar uma breve explicitação da base conceitual, a partir dos referenciais teóri-
cos que nortearão a concepção e realização do projeto.
As perguntas a seguir poderão nortear sua elaboração:
- Por que o projeto deve ser implementado?
- Qual a importância desse problema/questão para a comunidade local?
- Existem outros projetos semelhantes sendo desenvolvidos na área de abran-
gência e/ou na área temática do projeto?
- Quais os benefícios político-econômicos, sociais e educacionais a serem alcan-
çados pela comunidade e os resultados para a região?
- Quais os referenciais teórico-conceituais que poderão auxiliar no enfrentamen-
to do problema/questão? (AIRES; LOPES, 2006, p. 8).
3.3.3 Objetivos
Geral e Específicos: explicitação do que se pretende conseguir como resultado do trabalho 
final. Devem ser apresentados de forma clara e precisa. Elaborados com verbos de ação no infini-
tivo (identificar, verificar, descrever, analisar, etc.).
3.3.3.1 Objetivo Geral
Está ligado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrín-
seco, quer dos fenômenos e eventos, quer das ideias estudadas. Vincula-se diretamente à própria 
significação da tese proposta pelo projeto. Deve iniciar com um verbo de ação.
•	 Exemplo de objetivo geral:
Desenvolver um modelo científico de estúdio de produção em rádio, para ser utilizado 
como referencial básico para novas implantações e a readequação dos existentes em cursos de 
comunicação social, em instituições de ensino superior, visando à melhoria e otimização da orga-
nização do trabalho e usabilidade do sistema à aprendizagem.
3.3.3.2 Objetivos Específicos
É o desdobramento do objetivo geral.
Apresentam caráter mais concreto. Tem função intermediária e instrumental, permitindo de 
um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações particulares.
•	 Exemplos de objetivos específicos:
a) formular, a partir de um estudo analítico, um referencial teórico-prático sobre as caracte-
rísticas estruturais, funcionais, morfológicas, diacrônicas e sincrônicas dos estúdios, principal e de 
gravações, utilizados por emissoras de radiodifusão profissionais;
29
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
b) desenvolver uma metodologia aplicada à implantação de estúdios de produção em rádio 
em cursos de comunicação social;
•	 Exemplos de verbos aplicáveis a objetivos:
a) quando a pesquisa tem o objetivo de conhecer:
Apontar, citar, classificar, conhecer, definir, descrever, identificar, reconhecer, relatar.
b) quando a pesquisa tem o objetivo de compreender:
Compreender, concluir, deduzir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, interpretar, lo-
calizar, reafirmar.
c) quando a pesquisa tem o objetivo de aplicar:
Desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar, otimizar, me-
lhorar.
d) quando a pesquisa tem o objetivo de analisar:
Comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, examinar, investigar, provar, ensaiar, me-
dir, testar, monitorar, experimentar.
e) quando a pesquisa tem o objetivo de sintetizar:
Compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, produzir, propor, reunir, 
sintetizar.
f) quando a pesquisa tem o objetivo de avaliar:
Argumentar, avaliar, contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar. 
Veja no quadro a seguir alguns verbos operacionais.
QUADRO 2: 
Alguns verbos operacionais
Nível de conhecimento/saber Nível de saber-fazer
•	 apreciar
•	 analisar
•	 escolher
•	 citar
•	 classificar
•	 comparar
•	 controlar
•	 descobrir
•	 descrever
•	 definir
•	 demonstrar
•	 nomear
•	 designar
•	 diferenciar
•	 distinguir
•	 estimar
•	 avaliar
•	 explicar
•	 identificar
•	 julgar
•	 listar
•	 medir
•	 opor
•	 provar
•	 reconhecer
•	 redigir
•	 reagrupar
•	 repertoriar
•	 resolver
•	 selecionar
•	 estruturar
•	 traduzir
•	 transpor
•	 verificar
•	 calcular
•	 construir
•	 consertar
•	 desenvolver (método)
•	 diagnosticar (manutenção)•	 executar
•	 gerenciar (informática)
•	 instalar
•	 integrar
•	 dominar
•	 localizar
•	 montar (uma operação)
•	 modelar
•	 organizar (um posto)
•	 praticar
•	 preparar
•	 realizar
•	 explicar
•	 reparar
•	 tratar
•	 transformar
•	 utilizar
...e todos os verbos técnicos
Fonte: Elaboração própria. 
30
UAB/Unimontes - 5º Período
3.3.4 Atividades/responsabilidades 
Responde às perguntas: Como? Quem?
Nesta etapa devem ser apresentadas informações e dados importantes sobre a forma como 
o projeto será realizado, considerando:
- principais atividades a serem desenvolvidas para atingir os objetivos propostos;
- como as atividades propostas serão coordenadas e gerenciadas, ou seja, quem se respon-
sabilizará pela sua realização.
Não há um padrão para elaboração de tal item, variando conforme instituição. No entanto, 
as atividades a serem desenvolvidas e seus respectivos responsáveis devem estar previstos.
3.3.5 Cronograma 
Responde à pergunta: Quando?
Essa etapa, além de apresentar detalhadamente o período de realização do projeto, permite 
a visualização da sequência temporal em que as atividades irão acontecer.
O tempo gasto para realização de cada atividade deve relacionar-se diretamente aos objeti-
vos propostos.
3.3.6 Recursos Humanos e Materiais
Responde às perguntas: Com quem? E com quanto?
Prever a necessidade de recursos humanos e materiais necessários ao desenvolvimento do 
projeto.
No que se refere aos recursos humanos, identificar os possíveis parceiros, indicando institui-
ções e atores que serão envolvidos na realização do projeto.
Quanto aos recursos materiais, indicar as necessidades do projeto e se for o caso apresentar 
quadro resumo com previsão de gastos. Informar, de que fontes virão os recursos.
3.3.7 Acompanhamento e Avaliação
A avaliação de projetos possui caráter diagnóstico e deve permear todo o processo. Deve 
estar previsto em que tempo e como serão feitos o acompanhamento e a avaliação do projeto. 
3.3.8 Elementos Pós-Textuais
3.3.8.1 Referências
Citar referencial bibliográfico (livros, publicações, artigos, documentos, endereços eletrônicos, 
etc...) que servirá de base para a intervenção proposta. Deve-se obedecer às Normas Brasileiras de 
Referência - NBR publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (atualizada).
3.3.8.2 Anexos 
Elemento opcional. Documentos consultados, textos ou leis analisados, etc. Os anexos de-
vem ser identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
3.3.8.3 Apêndice
Elemento opcional. Formulários elaborados pelo pesquisador. Os apêndices devem ser iden-
tificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
31
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
3.3.8.4 Glossário
Elemento opcional, mas importante. 
BOX 2
Para redigir projeto e relatório:
•	 Exponha as ideias com clareza e objetividade.
•	 Utilize linguagem direta.
•	 Redija com simplicidade, sem resvalar para o supérfluo e sem descambar para o exces-
sivamente coloquial. Enfoque a matéria e particularize os pontos necessários para a co-
municação necessários para a comunicação sem recorrer a um estilo prolixo, retórico ou 
confuso.
•	 Use vocabulário técnico somente para o estritamente necessário. Seja rigoroso e preciso 
no seu uso, a fim de evitar que seu texto seja hermético.
•	 Evite escrever períodos muito longos. Prefira frases curtas.
•	 Use a terceira pessoa do singular. Evite referências pessoais como “minha tese”, “neste 
meu estudo”. É mais correto e elegante utilizar expressões como “a presente tese”, “no 
presente estudo”. É também desaconselhável usar a primeira pessoa do plural par indicar 
impessoalidade. Por exemplo: “nossa tese”, “neste nosso estudo”.
Redigindo:
•	 Ao redigir, observe as regras gramaticais (ortografia, concordância e pontuação podem 
facilmente modificar o sentido de sua mensagem).
•	 Utilize as normas da ABNT em vigor. Fique atento às citações diretas e indiretas, referên-
cias e outros.
•	 Procure escrever como se tivesse dirigindo-se diretamente a alguém definido. Isso ajuda 
a desenvolver a linha de raciocínio e de argumentação para alcançar um objetivo estabe-
lecido.
•	 Esteja atento ao significado semântico dos termos utilizados no trabalho.
•	 Evite usar modismos, gírias e banalidades vocabulares.
•	 Exponha as ideias com clareza, precisão e objetividade.
•	 Use vocabulário técnico somente para o estritamente necessário.
•	 Prefira sempre o emprego de frases curtas, simples e que contenham uma única ideia.
•	 Corrija e/ou reescreva o texto quantas vezes forem necessárias para obter maior objetivi-
dade, precisão e clareza em sua mensagem.
Fonte: GALLIANO, Guilherme A. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1979. 200p.
Projeto de Trabalho
Nome da Instituição
Autor (es)
Título do Projeto
Local
Ano
Autor(es)/E-mail
Título do Projeto
(projeto de Trabalho a ser executado na 
escola.... como atividade da Disciplina Estágio 
Curricular Supervisionado - História, UAB/
Unimontes)
Local
Ano
ATiViDADE 
Você deverá escrever o 
seu projeto de Trabalho.
Segue um roteiro para 
facilitar o seu trabalho.
32
UAB/Unimontes - 5º Período
Sumário
Introdução...................................3
Justificativa..................................5
Objetivos.......................................7
Atividades.....................................8
Cronograma...............................10
Avaliação.....................................11
Referências.................................12
Anexos..........................................
Título
Instituição proponente
Público ao qual se destina
Área de abrangência
Período de execução
Justificativa e caracterização do problema
Por que executar o projeto? Ao se apresentar 
as razões, devem ser destacados os seguintes 
pontos: (i) aspectos que o projeto se propõe 
a contribuir, solucionar ou minorar; e, (ii) re-
levância em relação a situação apresentada/ 
identificada. Deve-se definir: (a) área geográ-
fica, (b) a população alvo e suas características 
introdução
Apresenta-se o problema diagnosticado e so-
bre o qual se pretende intervir, situando-o no 
tempo e espaço. Aqui responde à pergunta: 
Em que contexto está situado o problema
Atividades/Responsabilidades
Responde às perguntas: Como? Quem vai fa-
zer?
Descrever, sucintamente, os passos/ativida-
des a serem desenvolvidas. 
Objetivos
O que se pretende alcançar?
Geral
Específico
Recursos Materiais e humanos
Responde às perguntas: Com quem? E com 
quanto?
Prever a necessidade de recursos humanos e 
materiais necessários ao desenvolvimento do 
projeto.
No que se refere aos recursos humanos, iden-
tificar os possíveis parceiros, indicando insti-
tuições e atores que serão envolvidos na reali-
zação do projeto.
Cronograma
Quando será realizada cada etapa do projeto.
33
História - Projeto de Estágio Curricular Supervisionado 5º, 6º, 7º e 8º Períodos
Referências
Listar todas as referências utilizadas para es-
crita do projeto.
Avaliação
Quando será realizada avaliada o desenvolvi-
mento de cada etapa do projeto.
Anexos (se houver)
34
UAB/Unimontes - 5º Período
4 Manual de Estágio
4.1 Apresentação
Este manual tem como objetivo informá-lo dos procedimentos necessários para o desenvol-
vimento das atividades e ações que envolvem tal prática pedagógica de acordo com a legislação 
vigente. 
O manual traz os anexos com modelos de documentos que auxiliam na gestão do estágio 
e orienta o coordenador-supervisor quanto aos trâmites necessários ao cumprimento da legisla-
ção vigente do Estágio Supervisionado.
Leia atentamente as orientações, a seguir, antes de iniciar a realização do estágio.
O Estágio Supervisionado Curricular do Curso de Graduação em História da UAB/Unimontes, 
modalidade a distância integra a estrutura curricular do curso, sendo de caráter obrigatório, com 
carga horária de 480 horas de duração determinadas no Projeto Pedagógico

Outros materiais