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Teorias e técnicas psicoterápicas

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Teorias e técnicas psicoterápicas – Aula 1 *Conteúdos da disciplina
· 1) Freud e principais ferramentas no campo da clínica 
· 2) Aaron Beck, e as terapias cognitivo-comportamentais.
· 3) A Terapia existencial fenomenológicas no campo da clínica. 
· 4) Gestalt terapia no campo da clínica.
· 5) O conceito de alta nas 4 abordagens.
· 6) Características da relação terapeuta-paciente nas 4 abordagens.
· 7) Contribuições da Terapia Sistêmica de casal e família. 
· 8)Ludoterapia/terapia infantil. 
Objetivos
· Objetivos Gerais: Introduzir as diferentes abordagens e modalidades de práticas psicoterápicas a partir de suas matrizes históricas e teóricas.
Objetivos Específicos 
· 1) Apresentar historicamente a constituição do campo das psicoterapias. 
· 2) Apresentar os principais fundamentos teóricos da clínica psicanalítica, da terapia cognitivo-comportamental e terapias existenciais e gestalt. 
· 3) Identificar as principais diferenças entre as abordagens no que se refere a: conceito de cura, relação terapeuta-paciente, formação do terapeuta. 
· 4) Apresentar diferentes modalidades através das quais a psicoterapia é praticada.
· Terapia Etimologia de “terapia” A palavra “terapia” vem do grego THERAPEIA, que significa “o ato de curar” ou “ato de reestabelecer”. Já este vocábulo grego tem origem em um verbo THERAPEUEIN, que significa “curar” ou “realizar tratamento médico.
Apresentação de teorias e técnicas psicoterápicas – Objetivos da aula
· Através de um breve histórico, relacionando os dois textos propostos, apresentar e traçar algumas diferenças e semelhanças entre as principais abordagens/linhas (psicanalítica/humanista/cognitivista/Gestalt) 
Psicologia Clínica/ Psicoterapia/ Psicanálise
· A psicologia clínica tem por finalidade o desenvolvimento e aplicação de práticas de diagnóstico e psicoterapêuticas.
· No século XIX, surgiu o termo psicoterapia, na Escola de Nancy (França). Membros dessa escola tratavam os problemas psíquicos com o uso da hipnose – terapia da sugestão.
· A partir da hipnose surge a abordagem psicanalítica.
· Em 1945, nos EUA novas ideias e métodos passam ocupar o ramo das práticas psicoterapêuticas.
· Psicoterapia – introdução
· As psicoterapias estão em contínuo desenvolvimento, como também se desenvolvem as teorias psicológicas. Porém o que não muda é a noção de ética de quem as use. Assim o terapeuta precisa sempre examinar e questionar sua prática; deve sempre se atualizar com os novos procedimentos, porque eles são dirigidas a pessoas que vivem em um espaço e tempo sócio históricos.
· A psicoterapia é algo que se realiza através do diálogo entre duas pessoas.
· O processo terapêutico eticamente deve considerar o paciente e não se engessar numa visão técnica ou na pessoa do terapeuta.
· Importante a terapia do terapeuta. 
Elementos gerais da psicoterapia
· Meios: técnicas específicas.
· Objeto focal: conflitos psíquicos e relacionais.
· Função: desfazer os bloqueios causados pelos conflitos psíquicos.
· Objetivos ou finalidades: realizar uma mudança positiva.
· Setting: local onde é realizada a psicoterapia, adequado às necessidades do processo terapêutico 
Principais linhas teóricas
· Psicanálise: tornar consciente as causas dos sintomas que geraram o “adoecimento”.
· Cognitiva: trabalhar os esquemas mentais, processos cognitivos com o objetivo de remitir os sintomas.
· Humanista-existencial: busca pela autorrealização.
· Gestalt-Terapia: aqui-agora, autorregulação e ajustamento criativo. 
Conduta clínica
· O profissional deve ser o inspirador de segurança e coerência. Ambas as condições devem estar presentes na sua própria comunicação oral e corporal. 
· Precisa se conscientizar de suas fragilidades, de seus sentimentos e suas emoções de alegria, tristeza, raiva, medo, vaidade. Não deve trabalhar com o cliente para obter benefícios pessoais, por exemplo, mantê-lo em atendimento em função de uma necessidade financeira, mesmo quando não há mais necessidade de continuar com o tratamento. 
· Não deve expor sua vida pessoal e íntima ao seu paciente, revelando seus próprios temores, anseios, ou como agiria em determinada situação se estivesse no lugar do seu paciente.
· Dar conselhos e dizer como resolver conflitos só atrasa o processo terapêutico. Em todas as linhas, a responsabilização do sujeito pela sua questão é fundamental. 
Normal e Patológico – Doença e loucura
· Grécia antiga – loucura como manifestação divina – os loucos eram vistos como profetas.
· Hipócrates – Loucura vista como mau funcionamento da phisis (natureza humana)
· Idade Média – Loucura como castigo divino – Pessoa pecadora e a doença uma penitência pelo pecado. O louco era visto como uma associação demoníaca, um ser maligno. Se o louco fizesse a confissão de que era bruxo, poderia ser exorcizado ou punido, após ter sido submetido a um julgamento perante a ordem religiosa. Se o louco fosse rico, poderia comprar a Santa Inquisição e era considerado apenas “excêntrico”. (Tortura, fogueira, tratamento religioso).
Normal e Patológico – Doença e loucura
· Renascimento – homem no centro de tudo. (Arte, comércio, dinheiro...). Necessidade de higienização das cidades. Todos os que “não contribuíam” para o desenvolvimento social eram asilados. Exclusão nos abrigos. Os loucos (insanos) adquirem a dimensão de ameaça à razão. E como agente de “ameaça”, a sociedade em sua complexidade exclui e afastará de si não só os loucos, mas todo e qualquer indivíduo que perturbe a “suposta” tranquilidade. Portanto o suposto “tratamento” é o de ser banido e asilado do convívio social.
· Era industrial – Casas de correção e de trabalho, e posteriormente os Hospitais Gerais.
· Idade Moderna – Loucura como questão científica Com o surgimento da psiquiatria e o desenvolvimento do campo científico, a loucura ganha categoria de doença, e passa a ser estudada. Instala-se na Europa a partir do século XVIII uma forma universal e hegemônica de abordagem dos transtornos mentais: internação em instituições psiquiátricas – As Grandes Internações 
Pinel
· Philippe Pinel (1745-1826) fundador da psiquiatria - manicômios como local de tratamento. Fundamentos da clínica psiquiátrica – modelo médico. Para ele, os transtornos mentais eram causados por alterações no sistema nervoso central, independente de lesões. Estabelece uma intervenção nos manicômios chamada de "tratamento moral". Foucault diz que na realidade nesses locais, e pelo tipo de tratamento imposto, o louco não era propriamente percebido como doente, e sim como alguém que havia abandonado o caminho da Razão e do Bem. 
· Isso significa que a visão da doença mental produzia um estado de alienação, e esse estado gerava a perda da diferenciação entre o bem e o mal. Portanto, para Pinel, o chamado doente só seria curado se conseguisse reaprender a diferenciar o certo do errado, o mal do bem; e a cada ato indevido devia ser advertido e punido, para poder reconhecer seus erros.
· O lema adotado foi o que cura no hospício é o próprio hospício
Donald Laing 
· Psiquiatra inglês no cenário do tratamento psiquiátrico, provocou uma reviravolta inovadora para o tratamento da doença mental especialmente nos casos com psicose. Como era fortemente influenciado pela filosofia existencial, começa a olhar os pacientes pela expressão de seus sentimentos. Mas agora vê essas expressões como formas de experiências vividas e não somente como sintomas. Sustenta que os discursos sem sentido e confusos dos doentes mentais são as formas de comunicação de seus medos e suas ansiedades. Laing enfatiza o papel da sociedade, e particularmente o da família no desenvolvimento da loucura. Foi muito influenciado também pelo treinamento recebido em um instituto de Londres, conhecido como um centro de estudo e prática da psicoterapia. Com Laing a psiquiatria se encontra coma psicoterapia.
Transtornos Mentais
· Um transtorno mental é um padrão psicológico que tem explicação ou significação clínica. Em geral costuma estar associado a um mal-estar ou a uma incapacidade que pode prejudicar a vida humana. Com a temática“incapacitante”, convém destacar que uma doença mental é uma alteração dos processos cognitivos e afetivos do desenvolvimento. Ela se traduz em perturbações em nível do raciocínio, do comportamento, da compreensão da realidade e da adaptação às condições da vida. Os transtornos mentais podem ser ocasionados por fatores biológicos como os ambientais e psicológicos. Por isso, requerem uma atenção multidisciplinar que permita melhorar a qualidade de vida da pessoa.
Importante
· Precisa-se entender que quando se faz uma procura por um serviço em saúde mental, isso não significa necessariamente que se está doente mentalmente segundo os critérios clínicos, mas tão somente pode significar que se está em sofrimento emocional, com dificuldades relacionais ou preocupado com aspetos profissionais e pessoais, por exemplo. A conotação da doença mental com aspetos pessoais e sociais negativos é algo que vem do passado longínquo – paralela à história da loucura como já vimos – e se projeta nos dias de hoje, sem qualquer correspondência com a realidade atual.
Saúde Mental
· Se você trabalha em uma instituição e faz atendimentos de ambulatório, precisa estar atento à fila de espera, pois conforme for a situação, deverá buscar práticas que também possam contemplar um maior número de pacientes por vez, mas sempre tendo como fator de controle de sua prática as descrições dos sintomas de cada patologia específica. Afinal, são esses os indicadores de melhora ou de acentuação do problema.
Psicoterapia
· Psicoterapia é o tratamento, por meios psicológicos, de problemas de natureza emocional, no qual uma pessoa treinada estabelece com o paciente um objetivo de remover, modificar ou retardar sintomas, de intervir em modelos perturbados do comportamento e de promover um crescimento e um desenvolvimento positivo da personalidade.
Métodos diretivos 
· O método será diretivo quando o terapeuta assume a condução do processo psicoterápico porque percebe que seu paciente não possui condições ou tem pouca capacidade necessárias a tomadas de decisões. O terapeuta será um guia, um orientador, um conselheiro, um encorajador que visa à solução dos casos. Quase como um treinador (ou um coaching) recebe do paciente a total entrega de si mesmo, se colocando nas mãos do terapeuta. É um exercício de total submissão, obediência e completa confiança. Para o uso desta metodologia, o terapeuta deve estar profundamente treinado, com formação profissional comprovada, de modo que suas questões não se envolvam com as de seu paciente. 
Método não diretivo
· O método não diretivo, ou catártico, busca, conforme o significado da palavra: purificação ou purgação, liberar o material inconveniente e muito atuante na psique do paciente. O método catártico se situa no paciente e não no terapeuta como no caso do diretivo. Usando da palavra, e de associações de ideias, o paciente deixa fluir livremente seus pensamentos e consegue, aos poucos, liberar seus impulsos bloqueados espontaneamente, favorecendo a descarga de afetos originalmente associados a ideias traumáticas reprimidas.
Textos para as próximas aulas
· Aulas 3 e 4 – Tema psicanálise
· 3 – Livro didático, capítulo 2, A psicanálise – Páginas 37 a 68 e Freud “ Sobre o início do tratamento”.
· 4 – Freud – Recordar, Repetir e Elaborar e Dinâmica da Transferência.

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