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Centro Universitário Jorge Amado Graduação em Administração Teoria das Organizações Feira de Santana 2019 Centro Universitário Jorge Amado Graduação em Administração ESTUDO DE CASO: BOB’S Feira de Santana 2019 ESTUDO DE CASO: BOB’S A dificuldade do mundo dos negócios tem provocado o pensamento em relação à competência de conciliar valor competindo em várias áreas e regiões. Porém, ampliar as atividades para novos mercados requisita uma análise que leve em consideração os aspectos do mercado alvo e a adaptação da empresa à nova realidade atuante, suas atividades e forma organizacional. O instrumento responsável por nortear as organizações nestes ambientes de transformação é o controle gerencial, que trata do vínculo entre superiores e subordinados e é empregada pelos gestores para designar e concretizar as estratégias. Sendo a marca do food service brasileiro, o Bob’s foi a primeira aderir o modelo de franquia. Em 1984, quando isso se iniciou, a marca já tinha um modelo de negócio firmado e estava preparada para iniciar um mecanismo de expansão mais rápido, que possibilitasse que a marca projetasse sua penetração de mercado e alcançasse de forma rápida todo o território nacional. Para obter esta meta, foi fundamental o sistema de franquia. Além disso, com a participação de franqueados, o negócio ganha mais versatilidade e efetividade, pois contavam com o “olhar do dono” em cada uma das operações. Os franqueados são fortes parceiros e têm contribuído de maneira significativa para o aumento das marcas, seja por meio do incremento de capital em seu negócio, seja por meio de contribuições qualitativas. A internacionalização é o método de crescimento por meio do qual uma empresa efetua investimentos em outras nações por modo da implantação de unidades de negócios, sendo por forma de representantes comerciais, escritórios, fábricas controladas ou filiais. No decorrer do processo de internacionalização, o método de controle gerencial sempre acompanha a permutação na trajetória dessas organizações, operando como ferramenta capaz de coordenar, motivar e orientar suas partes para obtenção das novas metas gerais determinadas. Nesse sentido, o presente trabalho visa analisar Teorias Administrativas presentes na empresa, no sistema de controle gerencial. Desse modo, por meio do estudo do caso do Bob’s, organização tida como a segunda maior rede de fast food do Brasil, procura-se verificar se o desenho do sistema de administração gerencial da empresa possui variações segundo o cenário do Burger King. O menu das lojas comumente é padronizado e contém sanduíches frios, refrigerantes e sucos, batatas fritas, bem como hambúrgueres, milk-shakes e sobremesas, em alguns casos incluindo até mesmo café e/ou cerveja. O que diferencia o Bob’s em relação a um de seus maiores concorrentes é a maneira a qual se é preparado os sanduíches no instante do pedido e na maneira com que suas especificações são solicitadas. Nesta maneira, o desenvolvimento e a utilização de um software que possibilita em uma tela instalada na cozinha os pedidos digitados no balcão proporcionou uma melhor interação entre as duas primordiais áreas de uma loja e possibilitou uma redução da margem de erro na elaboração de pedidos. Hoje em dia, a empresa passa por uma fase de reformulação estrutural, visando aprimoramento do atendimento e crescer suas operações em âmbito mercadológico nacional e internacional. A evolução das lojas, a adoção de sistemas gerenciais de gestão de estoque, pretende proporcionar a eficiência do atendimento e reduzir o tempo de espera nas filas com a opção do pagamento realizado em meio eletrônico. O comando de gestão possuía uma forma definida e estruturada e está sendo remodelada. De acordo com o diretor de recursos humanos e o gerente de mercado, a nova 7 estrutura de controle será por resultados, vendo que, as propriedades de uma franquia, tais como, uniformização dos fornecedores, produtos e serviços, unificação das informações, distribuidores e a organização das metas anuais pelo franqueador. Algumas das características do sistema de administração de gestão implantada antes do procedimento de reestruturação serão apontadas a seguir. O fundamental critério de análise das unidades (franquias) são o objetivo de vendas e assistência do atendimento. Com eixo nisso, as avaliações de performance são realizadas nas lojas (descentralizadas), valendo-se de parâmetros financeiros (volume de vendas) e comportamentais ( comparecimento a treinamentos, assiduidade, etc.). O relatório de desempenho é enviado mensalmente ao franqueador, que de quatro em quatro meses avalia esses resultados e determina as premiações. Os responsáveis pelo atendimento e monitoramento são julgados pelos próprios colegas de trabalho e/ou pela gerência do estabelecimento. Os gerentes dos estabelecimentos são examinados pelo franqueador por meio de uma delegação de recursos humanos que promove visitas in loco. Os prêmios consistem em recursos financeiros e na condecoração da empresa pelo bom trabalho individualmente realizado. A bonificação do corpo gerencial é exclusivamente financeira. Já os responsáveis pelo atendimento e monitoramento têm as suas fotos fixadas nos estabelecimentos e publicadas no tabloide institucional do Bob´s. Este sistema de controle na realidade, apesar de padronizado, não está completamente implantado. As análises de desempenho, não são recolhidas e não oferecem feedback em relação ao do desempenho da companhia. O sistema responsável pela contabilidade é emprgado somente para esse fim, desse modo, não gerando dados gerenciais sobre o negócio. Adicionando-se isto ao precário nível técnico de uma boa parte da gerência. Temos por exemplo, que para executarem determinada meta de vendas, os gerentes não se atentavam ao processo de desperdício de produtos nas organizações nem à habilidade do atendimento ofertado aos clientes, tampouco às condições e empecilhos de seus colaboradores. Por vezes até não se prendiam nas questões de metas de vendas, pois, as performances não eram medidas ou não constituía punições. Em relação aos funcionários operacionais (monitores e atendentes), estes demonstravam uma taxa de turnover muito alta, resultante de uma falta de experança de desenvolvimento profissional, o que acarretava em uma prejudicial qualidade da forma de atendimento em razão da falta de motivação dos colaboradores e da constante falta de experiência dos contratados. Isto acarretou em uma grande ineficiência na organização como um todo. Dando foco à correção destes erros, a nova gestão de recursos humanos decidiu adotar medidas que venham a visar à valorização do funcionário como ser humano, a formação técnica do quadro de gerência das lojas que estão em processo de crescimento funcional por meio de um plano de cargos e salários, unido com a difusão da compreensão da missão da empresa e da ação de cada funcionário para a obtenção dos propósitos e metas globais traçados, bem como a efetiva administração organizacional, amostragem e avaliação de crescimento do quadro funcional por meio do controle por resultados com as características já citadas anteriormente.