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Marcela Maria Lopes Costa - 14º Turma de Medicina UEMA Nefrologia Hematúria e Proteinúria Isoladas HEMATÚRIA ISOLADA • Ausência de sinais/sintomas sistêmicos • Marcadores imunológicos, reumatológicos, e inflamatórios negativos • Sorologias negativas • Geralmente, Identificação de hematúria em exame de rotina • Hematúria macroscópica – sangue vivo (coágulos) x urina escura • Ponto principal – afastar causas glomerulares x urológicas Hematúria: Pode ter origem em qualquer ponto do sistema urinário Causas Urológicas ‒ Não é hematúria isolada Atenção às “pistas” que possam ajudar nos diagnósticos diferenciais: 1. Antecedentes pessoais/familiares – doenças císticas **** 2. Crise álgica – litíase 3. Tabagismo, perda de peso, hematúria com coágulos – tumor de vias urinárias (em especial, bexiga) 4. Sintomas urinários baixos – infecção trato urinário Causas Glomerulares • Hematúria benigna idiopática • Nefropatia da IgA • Doença de Alport • Doença da membrana fina 1. Nefropatia por IgA GN proliferativa mesangial: É a forma mais frequente de glomerulonefrite idiopática no mundo e pode variar de casos leves a formas graves, com evolução para insuficiência renal crônica É a principal responsável pelos casos de hematúria macroscópica de origem glomerular À microscopia óptica, há proliferação mesangial e depósitos mesangiais de IgA na imunofluorescência A apresentação clínica mais comum é hematúria macroscópica recorrente • Não consome complemento Associação com IVAS (potencial gatilho) – não é necessário para o diagnóstico Tratamento inespecífico prevenção de DRC + iECA/ BRA em proteinúria. Imunossupressão em critérios de mau prognóstico (aula síndrome nefrítica) Marcela Maria Lopes Costa - 14º Turma de Medicina UEMA 2. Doença de Alport Causa genética de herança ligada ao X – mutação dos genes que codificam o colágeno tipo IV, levando a alterações na membrana basal glomerular Hematúria de origem glomerular (hematúria dismórfica + cilindros hemáticos) Início geralmente na infância Associação com surdez neurossensorial + anormalidades oftalmológicas + perda de função renal progressiva = BIÓPSIA Diagnóstico apenas na microscopia eletrônica. Tratamento inespecífico/prognóstico ruim. DOENÇA DE ALPORT 3. Doença da Membrana Fina Causa genética de herança autossômica dominante, levando a adelgaçamento da membrana basal glomerular Hematúria de origem glomerular (hematúria dismórfica + cilíndros hemáticos) Início na infância Diagnóstico apenas na microscopia eletrônica Tratamento inespecífico – prognóstico melhor que a doença de Alport Marcela Maria Lopes Costa - 14º Turma de Medicina UEMA PROTEINÚRIA ISOLADA PTU >150 a 200mg/24 horas (mg/g) • Ausência de sinais/sintomas sistêmicos • Marcadores imunológicos, reumatológicos, e inflamatórios negativos • Sorologias negativas • Geralmente, Identificação de hematúria em exame de rotina • Hematúria macroscópica – sangue vivo (coágulos) x urina escura • Ponto principal – afastar causas glomerulares x urológicas Proteinúria intermitente • Pós-exercício físico intenso • Ortostática • Febre • Insuficiência cardíaca Proteinúria persistente • GESF • GN membranosa BIÓPSIA, SIM OU NÃO? Hematúria isolada – sempre afastar causas urológicas (coágulos, sangue vivo) • NÃO biopsiar se NÃO houver perda de função renal, proteinúria, marcadores imunológicos ou sinais/sintomas de doenças sistêmicas • Seguimento semestral Proteinúria isolada – importante avaliar a intensidade da proteinúria • NÃO biopsiar se NÃO houver perda de função renal, proteinúria, marcadores imunológicos ou sinais/sintomas de doenças sistêmicas • Objetivar valores de proteinúria <500mg ou o menor valor possível (dieta, iECA ou BRA) • Elevação de proteinúria ao longo do seguimento ou valores próximos ao nefrótico – biópsia • Seguimento semestral
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