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PORTARIA PMDF Nº 692 DE 1º DE DEZEMBRO DE 2009. Aprova e Institui na Polícia Militar do Distrito Federal o Manual de Policiamento Ambiental. O CORONEL QOPM COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o n° 3 do artigo 13, do Decreto n° 4.284, de 04 de agosto de 1978, que regula a Lei n° 6.450, de 14 de outubro de 1977 e observado o disposto nos Pareceres nº 010/PM-3, de 04 de setembro de 2009 e 025/PM-1, de 05 de outubro de 2009, RESOLVE: Art.1º. Aprovar e instituir na Polícia Militar do Distrito Federal, o Manual de Policiamento Ambiental. Art.2º. .Publicar o respectivo Manual com eventuais memoriais justificativos, que fazem parte do anexo desta Portaria. Art.3º . Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. LUIZ SÉRGIO LACERDA GONÇALVES – Cel QOPM Comandante-Geral POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL QUARTEL DO COMANDO GERAL ESTADO-MAIOR ANEXO ÚNICO À PORTARIA PMDF Nº 692 DE 1º DE DEZEMBRO DE 2009 SUMÁRIO Portarias Normativas 1 DIREITO AMBIENTAL 2 DIREITO AMBIENTAL 2 DIREITO AMBIENTAL 2 DOS CRIMES CONTRA A FAUNA 9 DOS CRIMES CONTRA A FAUNA 9 DOS CRIMES CONTRA A FAUNA 9 DOS CRIMES CONTRA A FAUNA ICTIOLÓGICA – PESCA 11 DOS CRIMES CONTRA A FAUNA ICTIOLÓGICA – PESCA 11 DOS CRIMES CONTRA A FAUNA ICTIOLÓGICA – PESCA 11 DOS CRIMES CONTRA A FLORA 22 DOS CRIMES CONTRA A FLORA 22 DOS CRIMES CONTRA A FLORA 22 DA POLUIÇÃO E OUTROS CRIMES 27 DA POLUIÇÃO E OUTROS CRIMES 27 DA POLUIÇÃO E OUTROS CRIMES 27 LEI DE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 28 PARCELAMENTO DE SOLO 35 PARCELAMENTO DE SOLO 35 PARCELAMENTO DE SOLO 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35 ANEXO 41 ANEXO 41 ANEXO 41 PAQUÍMETRO 41 CUBAGEM DE MADEIRAS MADEIRA EM TORA 42 Tora regular 42 LEGISLAÇÃO 46 Sem Alteração 94 DIREITO AMBIENTAL Juridicamente, o meio ambiente pode ser encarado sob várias perspectivas. Do ponto de vista do patrimônio público, o meio ambiente é um bem público de uso comum do povo. Não obstante, como é o caso das áreas submetidas a especial proteção pela lei (como as unidades de conservação), pode ser ainda um bem público de uso especial (Art.66 do Código Civil Brasileiro). É ainda um interesse ou direito difuso, ou seja, que diz respeito a toda sociedade de maneira una (direitos transindividuais e de natureza indivisível), vez que constitui um direito cujos benefícios se estendem a toda sociedade. Ao mesmo tempo, porém, é também um dever que se apresenta ao exercício da propriedade privada e da livre iniciativa econômica, como forma de garantir a manutenção da quantidade e qualidade dos recursos naturais no tempo e o acesso democrático e harmônico a esses recursos por toda a sociedade. O direito difuso a um meio ambiente ecologicamente equilibrado é identificado e defendido, na prática, a partir de circunstâncias de fato (danos ou possibilidade de danos à biodiversidade, à qualidade de vida, à segurança pública, ao saneamento ambiental, disputas por recursos naturais, etc.) que unem seus titulares (todos os brasileiros; pessoas, portanto, indefinidas) e definem os sujeitos desse direito e o seu objeto de proteção. Pode ainda o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado caracterizar um direito coletivo, quando os seus titulares for um grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si por uma relação de direito, ou um direito homogêneo, que possui titulares específicos, pessoas determinadas individualmente, mas com direitos violados por uma origem comum (Art. 81, I, II e III da Lei nº 8.078/90, o Código de Defesa do Consumidor – CDC). O CDC também é uma norma que se pode invocar na defesa do direito ambiental, pois que constitui norma do sistema integrado de proteção dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, consoante o que se determina no Art. 117 do CDC e no Art. 21 da Lei da Ação Civil Pública (Lei nº 7.347/85). O direito a um ambiente ecologicamente equilibrado constitui também um direito subjetivo público do cidadão (a exemplo do direito de ação), pois dá ao cidadão a prerrogativa de exigir determinada ação ou conduta do Estado em face de um interesse seu, o que é obrigação do mesmo cumprir. Todos, enfim, possuem direito a um ambiente ecologicamente equilibrado e têm o dever de preservá-lo. Quem primeiro defende esse direito e impõe esse dever, estabelecendo as diretrizes gerais de basilares do seu exercício e cumprimento, é a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Na hierarquia das leis no Brasil, é a CF a norma fundamental e primeira. Sua função é, portanto, servir de matéria prima e bússola norteadora de todas as outras normas jurídicas do nosso ordenamento, já queas demais normas têm de ser dela derivadas. A função das normas, que estão abaixo da CF nessa hierarquia, é, justamente, concretizar na prática seus mandamentos. Desse modo, nenhuma outra norma pode contrariá-la sob pena de inconstitucionalidade. A este princípio em direito dá-se o nome de “princípio da verticalização das normas”. Assim sendo, determina a CF que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (Art. 225, Caput, CF). Do Papel do Estado na Garantia ao Meio Ambiente ecologicamente Equilibrado A garantia ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é o que a CF exige do Estado, detentor do Poder Público. Tal obrigação, todavia, não é genérica e tampouco imprecisa. Muito do que está previsto na CF para a concretização do direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, ou já pode ser aplicado e cobrado da sociedade e do Poder Público (via Administração Pública) imediatamente, ou já pode ser exigido de forma mediata, através da disciplina regulamentadora infraconstitucional, que são as leis de hierarquia abaixo da CF. As normas previstas no texto constitucional, principalmente as estabelecidas pelos incisos do Art. 225, não obstante haja outras tarefas impostas ao Estado com o intuito de garantia ao meio ambiente, são as que de imediato se exigem do Poder Público, quando o seu é conciliar sistemática e eficientemente, sem perda ao meio ambiente e às necessidades sociais e econômicas legítimas, os usos do solo urbano ou rural e o uso dos recursos naturais (como os recursos hídricos, por exemplo) e a preservação ambiental, leia-se, a preservação da vida e sua qualidade no planeta. No Estado (detentor do Poder Público) as tarefas político-administrativas de preservar, defender e recuperar o meio ambiente estão distribuídas da seguinte maneira, de forma didática, há dois tipos de competência (poder-dever, conferido por lei, de e para atuar em nome do povo e em seu benefício): competência legislativa e competência material ou executiva. O primeiro tipo de competência é o poder-dever de fazer leis. Todos os entes da Federação, quais sejam: União, Estados, Distrito Federal e Municípios, pelo seu poder legislativo respectivo podem fazer leis com o fim de disciplinar o meio ambiente, sua proteção, preservação, responsabilidade por danos, etc. Mas, essa competência legislativa é concorrente, isto é, à União cabe fazer as normas gerias a serem respeitadas pelos demais Entes Federativos. A função dos demais Entes da Federação é criar leis com o intuito de viabilizar, frente a seus problemas e características peculiares, as normas gerais estabelecidas pela União e pela CF. O Ente Federativo que viola essas regras produz leis inconstitucionais, quer dizer, normas cuja eficácia jurídica não pode ser reconhecida. Aos Municípios cabe legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislação estadual (Art. 30, I, II e VIII, da CF). Aos Estados cabe a competência residual, que é toda é qualquer competência que não seja da União nem dos Municípios (Art. 25, § 1º da CF); a competência suplementar, para complementar a legislação federal; e, a competência que lhe for privativa, como é o caso, por exemplo, da sua competência para instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e micro regiões constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum (Art. 18, § 4º, e 25, § 3º, da CF). O DF por não estar dividido em Municípios acumula as competências estaduais e municipais (Art. 24, §§ 1º a 4º, Art. 25, § 1º e Art. 30, I e II da CF). Outro tipo de competência é o poder dever que o Estado tem de executar essas leis. Todos os entes da federação têm esse poder-dever, pois se trata de uma competência material ou executiva comum, a qual é exercida pela administração pública por meio dos órgãos executivos de cada Ente da Federação. As Leis e Atos Administrativos Normativos Federais e o Meio Ambiente O povo brasileiro já fez sua opção política, concretizando-a na CF/88. Nela, define uma série de princípios, regras, instrumentos, direitos e obrigações para o norteamento das relações sociais brasileiras básicas. Dentre esses valores se encontram: a) A preservação do meio ambiente; b) A preservação do patrimônio cultural; c) A função social da propriedade e da livre iniciativa econômica; d) Uso desses recursos de forma a garanti-los, e garantir o desenvolvimento sócio e econômico do país e a dignidade do ser humano (Art. 170 e seguintes da CF). Para disciplinar a forma como esses objetivos serão executados pelas funções ou poderes legislativo e executivo do Estado, presentes em todos os seus Entes Federativos, o que inclui o DF, foram promulgadas leis federais e decretos federais regulamentando essas leis, além de outros atos administrativos normativos como as resoluções do CONAMA. Essas leis ditam os princípios e regras gerais a serem observados e concretizados por toda a Federação e seus membros, consoante o Art. 24, VI, VII e VIII e parágrafos da CF. Os Entes Federativos recepcionam essas normas gerais em suas Constituições Estaduais, no caso do DF em sua Lei Orgânica, e na Lei Orgânica dos Municípios. Destes textos vêm as leis e decretos Estaduais e Municipais. É importante lembrar que os Decretos-Lei não existem mais no nosso ordenamento jurídico, pois foram banidos pela DF/88, que agora criou a figura polêmica da Medida Provisória. Todavia, muitos dos Decretos-Lei anteriores à CF forma recepcionados por ela, ou seja, não lhe são contrários, valendo ainda no nosso ordenamento jurídico como lei federal ordinária. N se confundem como os decretos que são atos do Poder Executivo que têm a função de executar fielmente a lei. Existe uma infinidade de leis, decretos-lei e decretos protegendo o meio ambiente, o que incluem os tratados, convenções e acordos internacionais, que têm, na nossa hierarquia de leis, o status de lei federal ordinária. As principais leis e decretos federais que disciplinam a proteção e uso do meio ambiente e que mais de perto dizem respeito ao DF atualmente são: 1. O Código Florestal – lei nº 4.771/65; 2. O Código de Águas – decreto nº 24.643/34; 3. A Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos – lei nº 9.433/97; 4. O Estatuto da Terra – lei nº 4.504/64; 5. A Lei de Regramento da Política de Reforma Agrária – lei nº 8.629/93; 6. A Lei de Parcelamento Territorial Urbano – lei nº 6.766/79; bpma Nota Alterada pela Lei 12.651/2012 e 12.727/2012 7. A Lei de Desapropriação por Utilidade Pública – lei nº 6.676/79; 8. A lei que institui a Política Nacional do Meio Ambiente – lei nº 6.938/81; 9. A Lei de Proteção à Fauna – lei nº 5.197/67; 10. A Lei de Criação de Estações e Áreas de Proteção Ambiental – lei nº 6.902/81; 11. A Lei de Crimes Ambientais – lei nº 9.605/98; 12. A Lei das Áreas Tombadas – lei nº 3.924/61; 13. Lei do Turismo – lei nº 6.513/77; 14. Decreto-lei nº 25 de 1937 (organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional). 15. Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC (Lei Federal nº 9.985/00); 16. Lei do Estatuto das Cidades (Lei Federal nº 10.257/01). Existe ainda, além de outros textos legais federais, uma gama de tratados, convenções e acordos internacionais como a Convenção para a Proteção da Flora, Fauna e das Belezas Cênicas Naturais dos Países da América (1940) e o Acordo entre o Governo Brasileiro e as Nações Unidas relativo a Conferencia das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO/92) e a Lei nº 4.118/62 que dispões sobre a Política Nacional de Energia Nucleare cria a Comissão Nacional de Energia Nuclear além de dar outras providências. Nesse sentido, os principais decretos federais que mais de perto importam ao DF são: 1. Dec. 89.336 de 84 (sobre Reservas Ecológicas e as Áries); 2. Dec. 94.274 de 90 (que Regulamenta as Leis 6.902 e 6.938); 3. Dec. 84.017 de 79 (sobre o papel dos Parques Nacionais); 4. Dec. 88.336 (sobre as ARIES); 5. Dec. 88.351 de 83 (que define a competência do CONAMA); 6. Dec. 86.176 de 81 (que regula a lei do turismo). Podemos citar também algumas leis federais criadas especialmente para disciplinar questões no DF, dentre as quais o Código Sanitário do DF (lei nº 5.027/66). Assim com há leis federais especificamente criadas para o DF, uma vez que é um ente especial da federação por ser a sede da Capital Federal do Brasil (Art. 18, § 1º da CF), há também decretos federais no mesmo sentido, quais sejam: • Dec. 88.940/83, que cria as APAS das Bacias do São Bartolomeu e Descoberto; • Dec. 91.303/85, que cria a ARIE Capetinga-Taquara no DF; • Decreto Federal sem número de 10 de janeiro de 2001 que cria a Área de Proteção Ambiental do Planalto Central, que engloba todo o DF mais um trecho do Estado de Goiás na parte norte da Capital Federal. Lei que institui a Política Nacional do Meio Ambiente Trata-se da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, a qual fixa as diretrizes para o estabelecimento da Política Nacional do Meio Ambiente, institui o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental. Institui ainda o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), que define a forma como os poderes executivos do país (União, Estados Membros, DF e Municípios) devem atuar e cooperar uns como os outros na proteção ao meio ambiente, estabelecendo inclusive certas competências e hierarquias. Em seus Art. 2º e 4º, define os objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente, bem como os princípios a serem seguidos na concretização desses objetivos, dentre os quais destacam-se “o uso racional do solo, do subsolo, do ar e da água, o planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais,controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras e acompanhamento do estado da qualidade ambiental”. Em seu Art. 6º cria o SISNAMA e estabelece a competência de cada órgão que o compõe. Essa lei reafirma a disciplina constitucional quando diz que aos Estados fica restrita a competência para a elaboração supletiva e complementar de padrões relacionados com o meio ambiente, observados ao que forem estabelecidos pelo CONAMA (Órgão Consultivo e Deliberativo integrante do SISNAMA). E quem determina qual é a competência do CONAMA é o seu Art. 8º. Dessa forma, a Lei de Política Nacional do Meio Ambiente estabelece os fins a serem seguidos em especial pelo Poder Público e a forma como este irá coordenar os seus vários órgãos integrantes, desde a esfera Federal até a Municipal. Todavia, o mais importante desta lei é o seu Art. 9º que estabelece de forma não taxativa (exaustiva) os instrumentos que terão de ser utilizados pelo Poder Público e pela sociedade para a realização prática da Política Nacional de Meio Ambiente. Deles, destacar-se-á o Zoneamento Ambiental ou Ecológico Econômico e o Plano de Manejo (Art. 9º, II), a Avaliação de Impacto Ambiental – AIA, que contém o EIA/RIMA (Art. 9º III), o Licenciamento Ambiental (Art. 9º, IV), bem como o Monitoramento Ambiental e as Auditorias Ambientais e a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal (Art. 9º, VI). O SISNAMA remonta à constituição da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), que foi criada pelo Decreto nº 73.030, de 30 de outubro de 1973, logo após a Conferência de Estocolmo sobre meio ambiente. A lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a política nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, institui, através de seu artigo 6º o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, que tem por finalidade estabelecer uma rede de agências governamentais, nos diversos níveis da Federação, visando assegurar mecanismos capazes de, eficientemente, implementar a política nacional do meio ambiente. Órgãos que constituem o SISNAMA: Órgão Superior: Conselho de Governo; Órgão Consultivo e Deliberativo: Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA; Órgão Central: Ministério do Meio Ambiente; Órgão Executor: Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; Órgãos Setoriais: órgãos da administração federal, direta, indireta ou fundacional voltadas para a proteção ambiental ou disciplinamento de atividades utilizadoras de recursos ambientais; Órgãos Seccionais: órgãos ou entidades estaduais responsáveis por programas ambientais ou pela fiscalização de atividades utilizadoras de recursos ambientais; Órgãos Locais: as entidades municipais responsáveis por programas ambientais ou responsáveis pela fiscalização de atividades utilizadoras de recursos ambientais. Poder de Polícia Ambiental Poder de polícia é o instrumento jurídico pelo qual o Estado define os limites dos direitos individuais, em benefício da coletividade, visto que não existem direitos absolutos. A polícia se divide em dois grandes grupos: a polícia administrativa e a polícia judiciária. A polícia administrativa é constituída por uma gama de intervenções do Poder Público para disciplinar a ação dos particulares, objetivando prevenir atentados à ordem pública. A polícia administrativa é atividade que se exaure em si mesma, ou seja, inicia e se completa no âmbito da função administrativa. O mesmo não ocorre com a Polícia Judiciária, que embora seja atividade administrativa, prepara a atuação da função jurisdicional penal, o que a faz regulada pelo Código de Processo Penal (Art. 4º e seguintes) e executada por órgãos de segurança (polícia civil ou militar), ao passo que a Polícia administrativa o é por órgãos administrativos de caráter mais fiscalizador. O ato de polícia é auto-executório, isto significa a desnecessidade de que o Poder Executivo recorra ao Poder Judiciário a fim de obter autorização para agir em casos concretos. O Estado age por meios coativos que são postos à sua disposição pela lei. A execução dos atos de polícia é atribuição da autoridade de polícia, que é sempre uma autoridade pública. A polícia do meio ambiente no intuito de assegurar a obediência às normas ambientais poderá agir preventivamente ou repressivamente. Lei nº 9.985/00 – Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) Conceito e Classificação das Unidades de Conservação (UC): As Unidades de Conservação são áreas protegidas e estabelecidas em ecossistemas significativos do território nacional pela União, Estados-membros, DF, Territórios (se houver), ou Municípios em seu âmbito legislativo e administrativo (traçado pelas competências delimitadas e distribuídas pela CF). Podem ser criadas por meio de lei ou decreto, mas sua desafetação só pode se dar por meio de lei e somente quando o novo uso da UC não comprometa os atributos que justificaram a sua proteção (Art. 225, § 1º, III, da CF). A lei do SNUC, em seu Art. 2º, I, define Unidade de Conservação como sendo: “espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e seus limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias especiais de proteção”. O SNUC agrupou as UCs em duas classes cada uma com categorias específicas. As primeiras são as Unidades de Proteção Integral. São definidas pela lei como unidades cujo objetivo é “preservar anatureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais”, com exceção dos casos expressamente previstos no SNUC. A própria lei define o que seja uso indireto em seu Art. 2º, IX, coadunando-se com o que define a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). O outro tipo são as Unidades de Uso Sustentável. São definidas pela lei como sendo aquelas unidades que visam “compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais”. As UCs de Uso Indireto dos Recursos, hoje são definidas como Unidades de Proteção Integral pelo SNUC, e estão agrupadas em 5 categorias: a) Estação Ecológica (ESEC), Art. 9ºda Lei do SNUC; b) Reserva Biológica (REBIO), Art. 10 da Lei do SNUC; c) Parque Nacional (PARNA), Art. 11 da Lei do SNUC; d) Monumento Natural (MN), Art. 12 da Lei do SNUC; e) Refúgio da Vida Silvestre (REVIS), Art. 13 da Lei do SNUC. As Estações Ecológicas eram definidas e disciplinadas integralmente pela Lei nº 6.902/81 e hoje passaram a se submeter às regras do Art. 9º do SNUC. Isso significa dizer que, em caso de omissão do SNUC ou no que a lei não for contrária ao SNUC, continua a vigorar. Assim, hoje é função das Estações Ecológicas a preservação da natureza e a realização de pesquisas científica. Já as Reservas Biológicas passaram a ser praticamente disciplinadas pelo Art. 10 do SNUC. Sua função passa a ser a de preservar integralmente a biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, submetendo a pesquisa científica a restrições maiores. Os Parques podem ser Nacionais, Estaduais ou Municipais (Art. 11, § 4º, SNUC), continuam com a mesma função de outrora, qual seja, de preservar ecossistemas naturais, possibilitando a realização de pesquisas científicas, desenvolvimento de atividades de educação ambiental, recreação e turismo ecológico. Os Parques de caça previstos no Art. 5º, “b”, da Lei nº 5.197/67 foram extintos. Tanto as Estações Ecológicas, como Reservas Biológicas e Parques são propriedades integrais do Estado, tendo as áreas particulares incluídas em seus limites de serem desapropriadas, de acordo com o que dispõe a Lei de Desapropriação por necessidade e interesse público. Os Monumentos Naturais, de acordo com o que dispõe o Art. 12, têm por desiderato preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Há aqui uma conceituação genérica do texto da lei, o que permite incluir nessa categoria: • Áreas Tombadas – Decreto-lei nº 25 de 1937 e lei nº 3.924/61; • Área Especial de Interesse Turístico e Local de Interesse Turístico – Lei nº 6.513/77 e Dec. 86.176/81; • Caverna – Dec. 99.556/90. • Sítios Arqueológicos – Dec. 99.556/90. O fim delineado para os Refúgios da Vida Silvestre, conforme reza o Art. 13 do SNUC, é a proteção de ambientes naturais onde se assegurem condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. As Unidades de Conservação de Uso Direto e suas categorias, hoje são denominadas de Unidades de Uso Sustentável e são divididas em 7 categorias pelo SNUC, são elas: 1ª Área de Proteção Ambiental (APA) Art. 15; 2ª Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Art. 16; 3ª Floresta Nacional (FLONA) Art. 17; 4ª Reserva Extrativista (RESEX) Art. 18; 5ª Reserva de Fauna (RESFAU) Art. 19; 6ª Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Art. 20; 7ª Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Art. 21. Consoante a Lei nº 9.985/00 as APAS são unidades de uso sustentável que tenham uma área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos e estéticos ou culturais especialmente importantes para qualidade de vida e o bem estar das populações humanas, e tem como objetivo básico proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegura a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. As ARIE, como conceitua o artigo 16 do SNUC, são áreas em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abria exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessa áreas, de modo a compatibiliza-lo com os objetivos de conservação da natureza. As Florestas, as Reservas Extrativas e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável são unidades de proteção integral que se assemelham. Sua função é basicamente a disciplina e guarda do uso econômico sustentável de recursos naturais. As Florestas são áreas com cobertura vegetal de espécies predominantemente nativas e têm como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais, o que impede monoculturas ou usos únicos e exaustivos de determinado recurso, e a pesquisa científica, com ênfase para métodos de exploração sustentável de florestas nativas. Já as RESEX são áreas utilizadas com objetivos de viabilizar a subsistência extrativista de comunidades tradicionais nessas atividades, como seringueiros, castanheiros, pescadores, etc. O objetivo maior da RESEX é garantir a integridade dessas comunidades e a sua forma tradicional de utilização dos recursos naturais. O SNUC traz uma categoria nova de Unidade de Conservação, a Reserva de Fauna. Esta é definida em seu Art. 19 como sendo uma área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico- científicos sobre o manejo econômico-sustentável de recursos faunísticos. A posse dessas terras é do domínio público, em outras palavras, pertencem ao Estado, e as terras particulares que integrem o seu território serão desapropriadas na forma da lei. As Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) são definidas pelo SNUC como sendo áreas privadas, gravadas com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. O artigo 21, § 2º e incisos, do SNUC estabelece os limites impostos ao proprietário de uma RPPN, são eles: I – pesquisa científica; II – turismo ecológico, recreação ecológica e educação ambiental. A RPPN só nasce por iniciativa do particular, juntamente com a autorização do Poder Público, e tal autorização só será possível se for do interesse do Poder Público criar a RPPN. Responsabilidade Jurídica A responsabilidade jurídica é considerada gênero, que possui as espécies administrativa, penal e civil. A responsabilidade penal prevê uma sanção a um comportamento previamente descrito em uma norma, atendendo o princípio da legalidade, com finalidade de preservar a paz social e o equilíbrio das relações estabelecidas. A diferença existente entre a responsabilidade penal e a administrativa é a natureza das sanções e o Poder incumbido da sua aplicação, entretanto, as duas são sancionadores. Uma se refere ao poder disciplinar (penal), sendo aplicado pelo Poder Judiciário e referindo à crimes e delitos e a outra (administrativa) deriva do poder de polícia, sendo aplicado pelo Poder Executivo, referindo à infrações administrativas. O objetivo é o mesmo: promover a punição de uma ação ou omissão que tenha promovido o desequilíbrio das relações instituídas, acarretando no dever do Estado de agir para que a paz social seja mantida. No nosso País, contamos com os Decretos nº 6.514, de 22 de julho de 2008 e nº 6.686, de 10 de dezembro de 2008, os quais discriminam as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, onde estão as condutas que ensejam a aplicação de sanções e responsabilizam administrativamente o infrator. A responsabilidade civil que prevê a reparação do dano causado. Deriva do dever daquele que causou um dano de reparar que o sofreu, de forma indenizatória. A responsabilidade civil trata, portanto, de uma reparação do dano causado ao lesado,por quem deu causa à lesão, promovendo um desequilíbrio na relação estabelecida entre dois ou mais sujeitos de direito. Assim sendo, busca-se valorar e quantificar em valores quantitativos o dano causado, promovendo o ressarcimento quantitativo ao lesado, pela lesão sofrida. O dano ambiental é aquele que altera ou causa prejuízo ao conjunto do meio natural, que constitui o patrimônio coletivo, independente das consequências diretas sobre pessoas e bens. Ocorrendo alteração no conjunto do meio natural, será caracterizado dano ao meio ambiente, passível de reparação. Há uma apropriação de um direito coletivo, que é o que todos têm: “a um meio ambiente ecologicamente equilibrado.” No caso de ocorrência de um dano ao meio natural que promova o desequilíbrio, estará sendo afetado o direito de todos a um “meio ambiente ecologicamente equilibrado”, gerando o dever de reparação pelo dano ocasionado. A finalidade da reparação do dano ambiental, muitas vezes não se finda no processo de indenização propriamente dita, mas também no dever de cessar a sua causa, em razão de ser quase impossível fazer com que a situação retorne à situação original, ou seja, a necessidade de reparação é o objetivo principal da responsabilidade jurídica ambiental seja em qualquer de suas modalidade penal, civil ou administrativa. Ação Penal Nos crimes ambientais a ação penal é pública incondicionada, ou seja, independe da vontade do ofendido em representar a ação. Crime formal: tipifica a conduta do cidadão delinquente, porém não exige o resultado. Ex. caçar, perseguir, pesca proibida, etc. Crime material: tipifica a conduta do cidadão delinquente exigindo a produção do resultado. Ex.: desmatar APP, matar, mutilar, apanhar, adquirir, vender, comercializar, etc. Licença, Autorização, Permissão e Concessão Licença é o ato vinculado por meio do qual a administração confere ao interessado consentimento para o desempenho de determinada atividade. É ato vinculado porque se o interessado preencher todos os requisitos legais para obtenção da licença, ele terá direito a obtê-la, não cabendo a administração negar tal pedido. Em geral a licença possui caráter definitivo; Permissão é o ato administrativo discricionário e precário pelo qual a administração consente que o particular execute serviço de utilidade pública ou utilize privativamente bem público. Autorização é o ato administrativo pelo qual a administração consente que o particular exerça atividade ou utilize bem público no seu próprio interesse. É ato discricionário e precário, características, portanto, idênticas às da permissão. A diferença entre permissão e autorização é que enquanto aquela o particular executa o serviço em benefício da coletividade, neste ele executa o serviço em benefício próprio, como por exemplo, uma frota de táxis que utiliza um canal de rede-rádio, ou seja, um serviço de comunicação que é utilizado por um particular em benefício próprio. Concessão é o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública transfere à pessoa jurídica ou a consórcio de empresas a execução de certa atividade de interesse coletivo, remunerada através do sistema de tarifas pagas pelos usuários. DOS CRIMES CONTRA A FAUNA LEI Nº 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 (LEI DA VIDA) Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida. Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; em período proibido à caça; durante a noite; com abuso de licença; em unidade de conservação; com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional. Art. 29, Inciso I. Impedir a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida. Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; em período proibido à caça; durante a noite; com abuso de licença; em unidade de conservação; com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional. Art. 29, Inciso II. Modificar, danificar ou destruir ninho, abrigo ou criadouro natural. Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; em período proibido à caça; durante a noite; com abuso de licença; em unidade de conservação; com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional. Art. 29, Inciso III. Vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; em período proibido à caça; durante a noite; com abuso de licença; em unidade de conservação; com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional. Entende-se por matar (exterminar, ceifar a vida). Entende-se por perseguir (incomodar, ir no encalço, importunar, seguir de perto, correr atrás, acossar). Entende-se por caçar (perseguir animais silvestres a fim de matar ou de apanhá-los vivos). Entende-se por apanhar (recolher, colher, caçar com armadilhas, redes ou visgos). Entende-se por utilizar (servir-se, tirar proveito). Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da autoridade ambiental competente. Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Entende-se por exportar (mandar, enviar, transportar) Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente. Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Entende-se por introduzir (fazer entrar, penetrar ou fixar) Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. Entende-se por ato de abuso (usar mal ou inconvenientemente, exigir trabalho excessivo do animal, extrapolar limites, prevalecer-se). Entende-se por maus-tratos (dano, ultraje). Entende-se por ferir (ofender, cortar, lesionar). Entende-se por mutilar (privar de algum membro ou parte do corpo). Art. 32, § 1º. Realizar experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. Entende-se por realizar (pôr em prática, fazer). Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras.Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas: I – quem causar degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio público II – quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da autoridade competente. III – quem fundear embarcações ou lançar detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica. Entende-se por provocar (dar causa, possibilitar, ensejar). Entende-se por emissão (ação de expelir de si, despejo). Entende-se por efluentes (tudo aquilo que emana de algum lugar ou corpo, aqui entendido como a descarga líquida). Entende-se por carreamento (ação de arrastar, levar, conduzir). Entende-se por materiais (aqui entendido como dejetos químicos, substâncias tóxicas etc.) Lei N° 5.197/67, Art. 3º e Art. 27. Comercializar produtos e objetos que impliquem na caça, perseguição, destruição ou apanha da fauna silvestre. Pena de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. DECRETO-LEI Nº 2.848/40 – Código Penal, Art. 296. Falsificar, fabricar, alterar, fazer uso, utilizar indevidamente anilha, selo, sinal público, marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. A pena é aumentada de sexta parte se o agente é funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo. DECRETO-LEI Nº 2.848/40 – Código Penal. Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, licença, autorização, documento público, ou alterar documento público verdadeiro. Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. A pena é aumentada da sexta parte se o agente é funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo. DOS CRIMES CONTRA A FAUNA ICTIOLÓGICA - PESCA LEI Nº 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 (LEI DA VIDA) Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos; III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pescas proibidas. Entende-se por pesca (segundo o art. 36, todo ato tendente a retirar, extrair, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes (vertebrados aquáticos, de corpo alongado e revestido por escamas, pele com glândulas mucosas e nadadeiras por locomoção), crustáceos (artrópodes com esqueleto resistente e vários pares de patas, tais como caranguejos, camarões, siris, lagostas etc.), moluscos (animais de corpo mole e revestido por concha calcária, marisco, caracóis, lulas, ostras, polvos etc.) e vegetais hidróbios (que vivem predominantemente em ambientes aquáticos, tais como algas, cogumelos etc.), suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção constantes na listas oficiais da fauna e da flora. Neste caso, considera-se período no qual a pesca seja proibida, o espaço de tempo interditados para a pesca, seja por motivo de proteção a reprodução natural dos peixes (período de defeso/piracema), seja para preservar espécies da extinção quando a população atinge limites mínimos considerados críticos ou ainda por motivo de segurança. O Policial Ambiental deverá observar neste caso a legislação complementar que no caso do período de defeso, o IBAMA baixou regulamentação diferenciada para cada bacia hidrográfica de acordo com suas peculiaridades e espécies ocorrentes. Não há regulamentação distrital sobre o período de defeso no DF. A IN IBAMA n° 194 de 02 de outubro de 2008 - Estabelece normas de pesca para o período de proteção a reprodução natural dos peixes, anualmente, de 1° de novembro a 29 de fevereiro, na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná. Apesar do Lago Paranoá pertencer à bacia supracitada, esta Instrução Normativa não se aplica ao Paranoá (Lago Paranoá), em Brasília/DF, cujo ordenamento pesqueiro é de competência do Distrito Federal. (Vide §2° do art.1° da IN 26 de 02 de Setembro de 2009). INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 26, DE 2 DE SETEMBRO 2009 Art. 1°. Estabelecer normas gerais de pesca para a bacia hidrográfica do rio Paraná. § 1°. Para efeito desta Instrução Normativa, entende-se por bacia hidrográfica do rio Paraná: o rio Paraná, seus formadores afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água. § 2°. Esta Instrução Normativa não se aplica ao reservatório do Paranoá (Lago Paranoá), em Brasília/DF, cujo ordenamento pesqueiro é de competência do Distrito Federal. Art. 2°.Proibir, na bacia hidrográfica do rio Paraná, para pesca comercial e amadora: I - o uso dos seguintes petrechos, aparelhos e métodos de pesca: a) redes e tarrafas, ambas de arrasto de qualquer natureza; b) redes de emalhar, espinhel e qualquer outro petrecho cujo comprimento ultrapasse 1/3 da largura do ambiente aquático, independente da forma como estejam dispostos no ambiente; c) armadilhas tipo tapagem, pari, covo, cercada ou quaisquer aparelhos fixos com a função de veda; d) aparelhos de respiração e iluminação artificial na pesca subaquática, exceto para pesquisa autorizada pelo órgão competente; e) espinhéis e redes que utilizem cabo metálico; f) joão bobo, bóia, galão ou cavalinho; g) arbalete, fisga, zagaia, arpão ou outro material contundente perfurante metálicos ou não, para a captura de espécies nativas; h) pesca de lambada, batida,batição ou rela. i)feiticeira ou tresmalho. II - nos seguintes locais: a) em lagoas marginais; b) a menos de 200m (duzentos metros) a montante e a jusante de cachoeiras e corredeiras; c) a menos de 500m (quinhentos metros) de saídas de efluentes, confluências e desembocaduras de rios, lagoas, lagos e reservatórios; d) a menos de 1.000m (mil metros) a montante e a jusante de barragens de empreendimentos hidrelétricos; e) A menos de 1.500m (mil e quinhentos metros) a montante e a jusante de mecanismos de transposição de peixes; f) No rio Bela Vista, em toda a sua extensão e nos canais e lagos artificiais do Parque da Piracema, da UHE da Itaipu Binacional; e g) nos muros. § 1°. O uso de joão bobo, bóia, galão ou cavalinho, anzol de galho, covo para captura de iscas fica permitido nos rios do estado do Mato Grosso do Sul. § 2°. Para o efeito desta Instrução Normativa, entende-se por: I- arrasto: o deslocamento de qualquer petrecho de emalhar tracionado, manual ou mecanicamente, em toda coluna d´água; II- lagoas marginais: os alagados, alagadiços, lagos, banhados, canais ou poços naturais situados em áreas alagáveis da planície de inundação, que apresentam comunicação permanente ou intermitente com o rio principal ou canais secundários, podendo, em alguns casos, serem alimentados exclusivamente pelo lençol freático; III- corredeiras: trechos de rio onde o leito apresenta-se atulhado de blocos de rochas e pedras ou grandes lajeados, onde as águas, por diferença de nível, correm mais velozes; IV- muros: as edificações ou estruturas confeccionadas de forma compacta que forme remanso, com quaisquer materiais, implantadas nos leitos dos corpos d'água, com ou sem ligação com uma das margens. Art. 3°. Proibir o pescador profissional e amador de armazenar e transportar peixes sem cabeça ou em forma de postas ou filés. Parágrafo único - excetuam-se desta proibição: a) o pescado proveniente de cultivo, com comprovação de origem. b) para os pescadores profissionais, as espécies: armado armal ou abotoado (Pterodorasgranulosus), raia (Potamotrygon motoro), cascudo-preto (Rhinelepis aspera), cascudo-chinelo (Loricariichthys sp.), cascudo-pantaneiro ou chita (Liposarcus anisitisi), cascudo-abacaxi (Megalancistrus aculeatus), e cascudo-comum (Hypostomus sp.). Art. 4° Permitir nos rios da bacia hidrográfica do rio Paraná para pesca comercial, o uso dos seguintes aparelhos e métodos de pesca: I - rede de emalhar com malha igual ou superior a 140mm (cento e quarenta milímetros), com o máximo de 120m (cento e vinte metros) de comprimento, instalada a uma distância mínima de 150m (cento e cinqüenta metros) uma da outra, independentemente do proprietário e identificada com plaqueta, contendo o nome e número de inscrição do pescador profissional no órgão federal competente; Parágrafo único. Fica permitida a emenda de redes, mesmo com tamanho de malha diferenciados, desde que permitidos, e não ultrapassem o comprimento máximo estabelecido. II - tarrafa com malha igual ou superior a 80mm (oitenta milímetros); III - linha de mão, caniço simples, caniço com molinete ou carretilha, isca natural ou isca artificial com ou sem garatéia nas modalidades arremesso e corrico; IV - duas redes para captura de isca, por pescador,com 2,5m (dois metros e cinqüenta centímetros) de altura e até 10m (dez metros) de comprimento, com malha mínima de 15mm (quinze milímetros) e máxima de 30mm (trinta milímetros), e identificadas com plaqueta, contendo nome e número de inscrição do pescador profissional no órgão federal competente; V - espinhel de fundo, instalado a uma distância mínima de 150m (cento e cinqüenta metros) um do outro, independentemente do proprietário, e identificado com plaqueta, contendo nome e número de inscrição do pescador profissional no órgão federal competente; e VI -linhão de fundo ou caçador. Parágrafo único. Para o efeito desta Instrução Normativa entende-se por: I - isca natural: todo o atrativo (vivo ou morto, vegetal ou animal, em partes ou na forma integral, manufaturada ou industrializada) que serve como alimento aos peixes; II - isca artificial: todo artefato não alimentar usado como atrativo na pesca. Art. 5° Permitir, nos reservatórios da bacia do rio Paraná, para pesca comercial, o uso dos seguintes petrechos e métodos de pesca: I - rede de emalhar com malha igual ou superior a 80mm (oitenta milímetros), com o máximo de 350m (trezentos e cinqüenta metros) de comprimento, instaladas a uma distância mínima de 150m (cento e cinqüenta metros) uma da outra, independentemente do proprietário, e identificada com plaqueta contendo nome e número de inscrição do pescador profissional no órgão federal competente; II - tarrafa com malha igual ou superior a 70mm (setenta milímetros); III - duas redes para captura de isca, por pescador, com até 2,5m (dois metros e cinqüenta centímetros) de altura e até 30m (trinta metros) de comprimento, com malha mínima de 15m (quinze milímetros) e máxima de 30mm (trinta milímetros), contendo a identificação do pescador no órgão federal competente; IV - linha de mão, caniço simples, caniço com molinete ou carretilha, isca natural ou isca artificial com ou sem garatéia, nas modalidades arremesso e corrico; V - espinhel de fundo, com o máximo de 100 anzóis cada, instalado a uma distância mínima de 150m (cento e cinqüenta metros) um do outro, independentemente do proprietário, e identificado com plaqueta contendo nome e número de inscrição do pescador profissional no órgão federal competente; e VI -linhão de fundo ou caçador. Parágrafo único. Fica permitida a emenda de redes, mesmo com tamanho de malha diferenciados, desde que permitidos, e não ultrapassem o comprimento máximo estabelecido. Art. 6°. Para efeito de mensuração da malha de redes e tarrafas, considera-se a distância tomada entre nós opostos da malha esticada. Art. 7°. Permitir para a pesca amadora: I. - linha de mão, caniço simples, caniço com molinete ou carretilha, isca natural ou isca artificial com ou sem garatéia, nas modalidades arremesso e corrico; e II - arbalete ou espingarda de mergulho na pesca subaquática, apenas para a captura de espécies exóticas e alóctones, sendo vedado o uso de aparelhos de respiração e iluminação artificial. Art. 8°. São considerados de uso proibido aparelhos, petrechos e métodos não mencionados nesta Instrução Normativa. Art. 9°. Proibir a captura, o transporte, o armazenamento e a comercialização de indivíduos com comprimento total (CT) inferior aos relacionados no Anexo desta Instrução Normativa. Parágrafo único. Para efeito desta Instrução Normativa, entende-se por comprimento total (CT): a distância tomada entre a ponta do focinho e a extremidade da nadadeira caudal. Art. 10. Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as penalidades e sanções, respectivamente, previstas na Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008. Parágrafo único - Normas editadas por órgãos regionais ou estaduais referentes aos petrechos, tamanhos mínimos e máximos de captura, cotas de captura por pescador, períodos e locais permitidos para pesca, deverão ser respeitadas desde que mais restritivas. ANEXO I DA IN nº 26 DE 02SET09 ESPÉCIES NOMES VULGARES CT (cm) Gymnotus carapo tuvira, sarapó, morenita 20 Hoplias malabaricus traíra 25 Hypostomus spp acari, cascudo 30 Leporinus friderici piau, piau-três-pintas 25 Leporinus aff. obtusidens piapara, piau-verdadeiro, piavuçu 40 Liposarcus anisitisi Cascudo-pantaneiro 30 Megalancistrus aculeatus cascudo-abacaxi 25 Piaractus mesopotamicus pacu-caranha, pacu 45 Pimelodus maculatus mandi, mandi-amarelo 25 Pinirampus pirinampu barbado, mandi-alumínio 50 Prochilodus spp. curimatá, curimbatá, papa-terra 38 Prochilodus affinis Curimbatá pioa 30 Pseudopimelodus zungaro bagre-sapo 30 Pseudoplatystoma corruscans surubim, pintado 90 Pseudoplatystoma fasciatum surubim, cachara 70 Pterodoras granulosus Armado, armal, abotoado 40 Art. 1° da Lei Distrital 3066/2002: “Fica autorizada a pesca profissional, em toda a extensão do Lago Paranoá, com as seguintes restrições: 1. águas próximas à barragem do Paranoá; 2. águas próximas a Palácio da Alvorada; 3. águas próximas a Península dos Ministros; 4. águas com concentração elevada de atividades de lazer e prática de esportes náuticos.” No folder abaixo, está a relação geral das espécies com seus respectivos tamanhos mínimos permitidos para a captura, de acordo com Portarias do IBAMA. As espécies que constatem no anexo da IN MMA n° 26 e também constarem na relação abaixo, caso haja diferença no tamanho mínimo permitido, deve-se considerar a medida mais restritiva, ou seja, o tamanho maior. ESPÉCIES DA FAUNA ICTIOLÓGICA AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO Medição do pescado - usa-se o comprimento total Ictiômetro Pescar quantidades superiores às permitidas. (Inciso II, Art.34, Lei 9.605). Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Cotas de captura para pescador amador. ESTADOS COTA LEGISLAÇÃO AMAZONAS 10Kg + 1 EXEMPLAR DECRETO Nº 22.747/2002 GOIÁS 5Kg + 1 EXEMPLAR PORTARIA AGÊNCIA AMBIENTAL Nº 003/2003 MATO GROSSO 10Kg + 1 EXEMPLAR LEI Nº 7.881/2002 MATO GROSSO DO SUL 1 PEIXE DE ESCAMA, 1 DE COURO + 5 PIRANHAS RESOLUÇÃO Nº 042/2006 MINAS GERAIS 10Kg + 1 EXEMPLAR PORTARIA IEF Nº 37/2003 PARÁ 10Kg + 1 EXEMPLAR LEI Nº 6.167/1998 RONDÔNIA (GUAPORÉ/MAMORÉ) 5Kg PORARIA IBAMA Nº 06/2002 TOCANTINS 5Kg OU 1 EXEMPLAR PORTARIA NATURATINS Nº 017/2001 DEMAIS ESTADOS + DF 10Kg + 1 EXEMPLAR PORTARIA IBAMA Nº 04/2009 Para o Lago Paranoá, prevalece à quantia de captura e transporte prevista no Art.6º, Portaria n° 04/09 que é de 10 kg (dez quilos) mais 01 (um) exemplar para pesca em águas continentais, e 15 kg (quinze quilos) mais um exemplar, para pesca em águas marinhas e estuarinas.Obs. Esse item refere-se somente ao pescador amador, pois, para o pescador profissional não há limites de captura. Caso a quantidade ou espécie constatada pelo policiamento ambiental esteja em desacordo com o autorizado pela autoridade ambiental competente, o policial promoverá a prisão em flagrante do abordado. A parte do pescado que estiver dentro dos padrões exigidos, faz parte da materialidade do crime e por isso deve também ser apresentada a autoridade policial. No caso de quantidade acima do permitido, o excesso é mensurado a partir da quantidade que se encontra legal, por isso, esta, é prova daquela. Fica terminantemente proibida a pesca no Lago Paranoá mediante: (Art. 3° da Lei Distrital 3066/2002). VIDE ANEXO Página 100. I. O uso de rede de superfície; II. A prática de rede batida; III. A prática de mergulho com fisga, arpão, espingarda de mergulho e equipamentos semelhantes; IV. Entre outros, previstos na Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). Fica proibida para o PESCADOR AMADOR, a pesca com tarrafa e rede no Lago Paranoá, independentemente do tamanho da malha, conforme Portaria IBAMA n°04/09, sendo permitido aos PESCADORES PROFISSIONAIS o previsto na Instrução Normativa Nº 43, de 23 de Julho de 2004. VIDE ANEXO Página 99. Fica proibida a pesca profissional em qualquer curso d’água e espelhos d’água naturais do Distrito Federal (Lei nº 1298, de 16 de Dezembro de 1996). Paquímetro. Melhor precisão para medir entre nós opostos da malha esticada. Transportar, comercializar, beneficiar ou industrializar espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas. (Inciso III, art. 34, Lei n° 9.605). Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Infringe este artigo quem é flagrado na posse de espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas, ou seja, de pesca em local ou período proibido. O policial deverá observar além do período de defeso, se a pesca foi realizada em local interditado para a pesca, com o uso de equipamentos e apetrechos proibidos, ou por qualquer outro meio não permitido etc. Ex. sinais de estrangulamento por malha de rede, presença de apetrechos proibidos junto com o pescado, espécimes advindas de locais interditados para a pesca, capturado em período de defeso, etc. O cidadão delinquente pode alegar que não pescou e mesmo assim ser enquadrado neste inciso da lei, caso esteja transportando. No artigo 34, não especifica no tipo penal o verbo guardar. Não se pode considerar crime, portanto, se o indivíduo tem o peixe guardado em sua casa, desde que não esteja comercializando. Portanto, deve-se fazer contato com o órgão ambiental competente para aplicar as sansões administrativas (IBAMA), pois o fato tem enquadramento no Art. 35, inciso IV, Decreto n° 6.514/08. Art. 35. Pescar mediante a utilização de: I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante; II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente: Pena - reclusão de um ano a cinco anos. Nestes casos do artigo 35 da Lei n° 9.605, como a pena é de reclusão de 01 a 05 anos, não se considera crime de pequeno potencial ofensivo previsto pela lei n°9.099 (Juizados Especiais). Por isso, não cabe a lavratura do TCO e sim do Auto de Prisão em Flagrante. Vale lembrar que pela previsão da pena de reclusão, após a condenação transitada em julgado, o infrator inicia o cumprimento da pena no regime fechado. Entende-se por utilização (emprego, uso). Entende-se por explosivos (artefatos inflamáveis capazes de produzir explosão, detonação, estouro). Entende-se por substâncias que em contato com a água, produzam efeito semelhante (produtos geradores de ondas sonoras de alta freqüência, que deixam os peixes aturdidos, descargas elétricas de alta voltagem provocando o extermínio imediato da fauna aquática por eletrocução) Entende-se por substância tóxica (venenos, agrotóxicos, linhaça, timbó (planta leguminosa), tingui (arbusto leguminoso) etc.). Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora. Vegetais Hidróbios – (Hidro=água/Bio=vida) - são todas as espécies de vegetais que têm parte de sua existência ou toda a sua vida na água. São considerados seres vivos e formam a massa fotossintetizadora da terra, responsável por grande parte do oxigênio produzido. Neste caso, a simples coleta de um vegetal que vive na água, considera-se ato de pesca. Os demais seres vivos da fauna aquática, que não constam no artigo acima, fazem parte da fauna silvestre e sua coleta, captura, perseguição, e etc. é considerada caça – (Art.29 da Lei 9.605). Ex. Estela do Mar, Ouriço-do-mar, peixe-boi, boto, jacaré, tartaruga, etc. Entende-se por ato tendente à pesca aquele em que o infrator esteja munido, equipado ou armado com petrechos de pesca, na área de pesca ou dirigindo-se a ela. (Parágrafo único do Art. 42 do Decreto n° 6.514/08). Entende-se por área de pesca as margens e proximidades de rios, lagos e demais cursos d’água, embarcações, praias, etc. Entende-se por dirigindo-se a área de pesca, nas Estradas, trilhas e demais caminhos que levem exclusivamente aos cursos d’água suscetíveis de pesca. O infrator pode estar com os petrechos consigo, no veículo ou na embarcação. Pescar sem licença não tem previsão criminal, mas constitui infração administrativa prevista no Art. 37 do Decreto n° 6.514 de 22 de julho de 2008. Neste caso, deve-se apenas registrar o fato e comunicar ao órgão competente para as medidas administrativas cabíveis. Em todos os demais casos previstos como crime, além da comunicação do fato ao órgão ambiental competente ou o encaminhamento do infrator até o órgão para as medidas administrativas, deve-se dar voz de prisão ao mesmo e encaminhá-lo, juntamente com as espécimes e petrechos envolvidos perante a autoridade policial, para autuação do autor e apreensão dos objetos e pescado. Pesca Desembarcada (Categoria A): realizada sem o auxílio de embarcação e com a utilização de linha de mão, caniço simples, anzóis simples ou múltiplos, vara com carretilha ou molinete, isca natural ou artificial e puçá para auxiliar na retirada do peixe da água. (Portaria IBAMA n° 04/09, art. 3°, inciso I). Pesca Embarcada (Categoria B): realizada com auxilio de embarcações, classificadas na categoria de esporte ou recreio pela autoridade marítima ou sociedade classificadora, e com o emprego dos petrechos citados no Inciso anterior. (inciso I). Na pesca embarcada toda pessoa que estiver a bordo fazendo uso de material de pesca, ou em Ato Tendente, deve portar a licença de pesca; (alínea a. inciso II). Pesca Subaquática (Categoria C): realizada com ou sem o auxílio de embarcações e utilizando espingarda de mergulho ou arbalete, tridente ou petrechos similares sendo vedado o emprego de aparelhos de respiração artificial; (inciso III). Pesca Amadora - aquela praticada por brasileiros ou estrangeiros com a finalidade de lazer, turismo e desporto, sem finalidade comercial. (Art. 2°, I, Portaria IBAMA n°04/09). Baseado neste conceito, o Pescador Amador não pode comercializar os produtos da pesca. § 5°, Art. 6° Portaria IBAMA n° 04/09 - O produto das pescarias realizadas na forma desta Portaria não poderá ser comercializado ou industrializado. Só pode comercializar o pescador profissional com matrícula emitida pela Capitania dos Portos do Ministério da Marinha. (Art. 28, §1°, Decreto-Lei n° 221 de 28 de fevereiro de 1967). Na pesca científica, além de estar cadastrado noórgão competente como pesca científica, portando a devida licença, o mesmo deverá apresentar documentação que comprove a instituição científica da qual faz parte. A pesca amadora de peixes com finalidade ornamental ou de aquariofilia fica permitida com puçás ou peneiras de no máximo 50 cm em sua região mais larga (alínea e. inciso I, Art. 3°, Port. IBAMA n°04/09). O limite de captura e transporte por pescador amador é de 10 kg (dez quilos) mais 01 (um) exemplar para pesca em águas continentais, e 15 kg (quinze quilos) mais um exemplar, para pesca em águas marinhas e estuarinas. (Art. 3°, Port. IBAMA n°04/09). § 1° Fica proibido ao pescador amador, em todo o território nacional, armazenar e transportar pescado em condições que não permitam sua identificação, sem cabeça, nadadeiras, escamas ou couro, ou em forma de postas ou filés. (§ 1° Art. 6°, Port. IBAMA n°04/09). Peixes com comprimento total maior ou igual a um metro (100 centímetros) podem ter a cabeça separada do corpo desde que as duas partes (corpo e cabeça) estejam em condições que permitam sua identificação. (§ 2° Art. 6°, Port. IBAMA n°04/09). O pescado deve ser armazenado em local de fácil acesso à fiscalização. (§ 3° Art. 6°, Port. IBAMA n°04/09). No caso de transporte interestadual do pescado, o pescador amador deverá providenciar o comprovante de origem, junto aos órgãos competentes. (§ 4° Art. 6°, Port. IBAMA n°04/09). Para a pesca amadora com fins ornamentais e de aquariofilia fica estabelecido o limite máximo de 40 indivíduos por pescador amador, para peixes de águas continentais, e 10 indivíduos por pescador, para peixes de águas marinhas e estuarinas, sem prejuízo das normas referentes a tamanho mínimo e limite de peso, à que por ventura a espécie possa estar submetida. (§ 6° Art. 6°, Port. IBAMA n°04/09). Estão dispensados da Licença para Pesca Amadora: (Art.7° da PORT. IBAMA n° 04/09). • Aposentados; • Maiores de 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres); • Os pescadores amadores desembarcados que utilizarem, individualmente, linha de mão ou vara, linha e anzol; • Os Menores de 18 anos, sem direito à cota de captura e transporte de pescado. • Para ter direito à cota de captura e transporte de pescado, os menores de 18 anos deverão pagar a taxa de licença para pesca amadora. • Os pescadores amadores pertencentes às categorias definidas nos Incisos I, II e IV têm direito à carteira para pesca amadora nas classes Permanente (aposentados, ou maiores de 65 anos para homens e 60 anos pra mulheres) ou Especial (menores de 18 anos), obtidas junto a uma unidade do IBAMA. Para efeito do policiamento, cada pescador amador deverá apresentar um documento de identidade e a Licença para Pesca Amadora, com comprovação do recolhimento da taxa correspondente. (Art.8°, PORT. IBAMA n° 04/09). DOS CRIMES CONTRA A FLORA LEI Nº 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 (LEI DA VIDA) Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) destrói (faz desaparecer, aniquila), ou seja, derruba as árvores em larga escala, desfazendo a floresta ou danifica (causa dano que a deteriore ou inutilize), ou utilize (tira proveito dela de forma indevida). Geralmente ocorre com as grandes serrarias. Entende-se por Floresta (Formação arbórea densa, de alto porte, que recobre uma área de terra mais ou menos extensa); Entende-se por Área de Preservação Permanente (Art.2º e 3º da Lei nº 4.771/65 - Código Florestal, regulamentado pela Resolução CONAMA 303). VIDE ANEXO. Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente: Pena: detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) corta árvores da floresta, ou seja, separa, divide o tronco da árvore, sem permissão do órgão competente. Ressalta-se que a simples ação de podar os galhos não caracteriza este tipo de delito. IMPORTANTE: a conduta descrita consiste em cortar árvores, ou seja, somente se caracteriza se a pessoa cortar mais de uma árvore. Entende-se por Floresta (Formação arbórea densa, de alto porte, que recobre uma área de terra mais ou menos extensa); Entende-se por Área de Preservação Permanente (Art. 2º e 3º da Lei nº 4.771/65 - Código Florestal, regulamentado pela Resolução CONAMA 303). VIDE ANEXO. Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação (conceito vide introdução) e às áreas de que trata o Art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização: Pena- reclusão, de um a cinco anos. § 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. § 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. § 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. Art.40-A. (Vetado) § 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável (conceito vide introdução) as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural. Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) causa dano às Unidades de Conservação, ou seja, produz, ocasiona, dar lugar a prejuízos, deteriorações, de qualquer ordem, contra a flora e fauna locais, de forma direta ou indireta. IMPORTANTE: as áreas de que tratam o Art. 27 do Dec. Nº 99.274/90, correspondem às que circundam as unidades de conservação num raio de 10 (dez) quilometros, e a pessoa responderá pelo delito tipificado no Art. 163, III, do código penal brasileiro Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta: Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa. Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa. Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) provoca, ou seja, dá causa, produz, enseja, incêndio em mata ou floresta, ateando fogo perigoso, potencialmente lesivo à sua integridade. Portanto, trata-se fogo não controlado, não se importando os meios em que o agente se vale, desde que tenha configuração com o incêndio. IMPORTANTE: a mata ou floresta poderá ser ou não de preservação permanente, já que tal não foi incluído como elemento integrante do tipo em exame. Obs: 1) Havendo perigo comum à vida, à incolumidade física ou ao patrimônio de outrem, a tipificação do crime de incêndio será o do Código Penal (Art. 250), com o aumento de pena. Inexistindo tal perigo a outrem, o crime será o do artigo 41 em exame, como já visto. O bem jurídico tutelado pelo Código Penal é a incolumidade pública, e, na Lei 9.605/98, o patrimônio ambiental. 2) Vale ressaltar que permanece em vigor a Contravenção Penal prevista no artigo 26, alínea "e" do Código Florestal, cujo teor é o seguinte: "fazer fogo, por qualquer modo, em florestas e demais formas de vegetação, sem tomar as precauções adequadas". 3) Quando do incêndio em mata ou floresta - não decorrendo perigo comum à vida, à incolumidade física ou ao patrimônio de outrem - resultar dano à fauna com a morte, pelo fogo, de animais que ali habitavam (na modalidade dolosa), o infrator responderá pela incidência dos artigos 29 e 41 da Lei 9.605/98. 4) Se o fogo não atingir tais proporções, teráocorrido a contravenção penal, assim como se o objeto material sobre o qual recair a conduta for outra forma de vegetação que não floresta ou mata, como cerrado, caatinga, campo limpo, desde que não constitua o delito de poluição tipificado no artigo 54 da Lei 9.605/98. Entende-se por Mata (Conjunto de árvores de porte médio, naturais ou cultivadas); Entende-se por Floresta (Formação arbórea densa, de alto porte, que recobre uma área de terra mais ou menos extensa); Entende-se como Incêndio Florestal (fogo não controlado em floresta ou qualquer outra forma de vegetação – Art. 20 do Dec. 2.661/98) Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano: Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) fabrica (produz, manufatura), vende (negocia, aliena,comercializa), transporta (conduz) ou solta (desprende, deixa livre) balões capazes de provocar incêndio, analisada a proximidade de seu lançamento em relação às florestas e demais formações vegetais protegidas, às áreas urbanas ou aos assentamentos humanos. IMPORTANTE: em se tratando de balões de pequena mecha, os quais não utilizem líquidos combustíveis e se apagam instantaneamente, não se caracteriza o delito, visto que a potencialidade lesiva não está presente. Entende-se por Balão (Artefato de papel fino, colado de maneira que imite formas variadas, em geral de fabricação caseira, lançado ao ar e apto a subir em razão do ar quente produzido em seu interior); Entende-se como Incêndio Florestal (fogo não controlado em floresta ou qualquer outra forma de vegetação – Art. 2 0 do Dec. 2.661/98) Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Obs: A conduta quando autorizada não configura crime. Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) extrai, ou seja, tirar para fora, arrancar, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais (ferro, ouro, entre outros) de florestas de domínio público ou de preservação permanente de forma indevida. Entende-se por Floresta (Formação arbórea densa, de alto porte, que recobre uma área de terra mais ou menos extensa); Entende-se por Área de Preservação Permanente (Art. 2º e 3º da Lei nº 4.771/65 - Código Florestal, regulamentado pela Resolução CONAMA 303). VIDE ANEXO. Entende-se por Florestas de domínio público, dentre outras: Parque Nacional, Estadual ou Municipal - Unidade administrada pelo Poder Público, tendo como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais, a realização de pesquisas científicas, de atividades de educação ambiental, de recreação e contato com a natureza e de turismo ecológico. “È proibida qualquer forma de exploração dos recursos naturais nos parques e reservas biológicas criadas pelo poder público, na forma deste artigo” (Art. 5º, a, Lei 4.771/1965). Reserva Biológica - Área destinada à preservação integral da biota, administrada pelo Poder Público, sem interferência humana direta, cuja superfície varia em função do ecossistema ou das espécies a serem preservadas. O acesso público é restrito à pesquisa científica e a educação ambiental. “È proibida qualquer forma de exploração dos recursos naturais nos parques e reservas biológicas criadas pelo poder público, na forma deste artigo” (Art. 5º, a, Lei 4.771/1965). Estação Ecológica - Área representativa de um ecossistema, destinada à realização de pesquisas, à proteção do ambiente natural e à educação ambiental, permitindo alteração antrópica para realização de pesquisa científica em até 5% da área. As áreas compreendidas em seus limites devem ter domínio público. Essas pesquisas ecológicas não se confundem com a pesquisa mineral e, portanto, a pesquisa mineral evidentemente não é permitida na estação ecológica, como, também, vedada a pratica da lavra. “È proibida qualquer forma de exploração dos recursos naturais nos parques e reservas biológicas criadas pelo poder público, na forma deste artigo” (Art. 5º, a, Lei 4.771/1965). Área de Proteção Ambiental (APA) - Área de domínio público e privado, sob administração pública, com o objetivo de proteger recursos hídricos e bacias hidrográficas, preservar belezas cênicas e atributos culturais relevantes, criar condições para o turismo ecológico, incentivar o desenvolvimento regional integrado, fomentar o uso sustentado do ambiente e servir de zona tampão para as categorias mais restritivas. Os objetivos específicos do manejo e as restrições de uso dos recursos naturais são estabelecidos no ato legal de criação da APA, compatibilizando o desenvolvimento socioeconômico com as necessidades de conservação. “Não são permitidas nas APAS as atividades de terraplanagem, mineração, dragagem, e escavação que venham a causar danos ou degradação ao meio ambiente e/ou perigo para pessoas ou para a biota” (Art. 6º, Resolução 10/88 – conama). Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações legais: Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa. Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) corta (decepa, talha, divide) ou transforma (modificar) madeira de lei em carvão vegetal, para fins econômicos ou não, de forma indevida. Obs.: A conduta efetuada de acordo com as determinações legais será considerada lícita. Entende-se por carvão (Substância obtida pela carbonização ou queima de madeira); Entende-se como Madeira de Lei (Madeiras resistentes, duras ou rijas, próprias para a construção e trabalhos expostos a intempéries). Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até o final beneficiamento: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente. Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) recebe (aceita) ou adquire (compra, troca) produtos e subprodutos florestais, sem exigir do vendedor o Documento de Origem Florestal – DOF e sem estar de posse da via que os acompanham. Geralmente ocorre com madeireiras e indústrias moveleiras. IMPORTANTE: só se caracteriza se forem utilizados com fins comerciais ou industriais (que visem vantagem pecuniária) Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) vende, ou tão somente expõe à venda, ou mantêm em depósito para si, ou transporta ou guarda para outrem, produtos e subprodutos florestais sem estar de posse do Documento de Origem Florestal – DOF. Geralmente ocorre com as serrarias e madeireiras. Entende-se por madeira (cerne rijo e lenhoso da árvore); Entende-se por lenha (porção de ramos ou fragmentos de troncos de árvores); Entende-se por carvão (substância obtida pela carbonização ou queima de madeira); Entende-se por outros produtos de origem vegetal (resinas, folhas, raízes, etc.). Entende-se por Licença (Documento de Origem Florestal - obrigatório para o controle do transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa, inclusive o carvão vegetal nativo, contendo as informações sobre a procedência desses produtos e subprodutos. IMPORTANTE: mesmo se a pessoa
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