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Manual de Policiamento Ambiental

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PORTARIA PMDF Nº 692 DE 1º DE DEZEMBRO DE 2009.
Aprova e Institui na Polícia Militar do Distrito Federal 
o Manual de Policiamento Ambiental.
O CORONEL QOPM COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO 
FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o n° 3 do artigo 13, do Decreto n° 4.284, de 04 
de agosto de 1978, que regula a Lei n° 6.450, de 14 de outubro de 1977 e observado o disposto 
nos Pareceres nº 010/PM-3, de 04 de setembro de 2009 e 025/PM-1, de 05 de outubro de 2009, 
RESOLVE:
Art.1º. Aprovar e instituir na Polícia Militar do Distrito Federal, o Manual de Policiamento 
Ambiental.
Art.2º. .Publicar o respectivo Manual com eventuais memoriais justificativos, que fazem parte do 
anexo desta Portaria.
Art.3º . Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
 
LUIZ SÉRGIO LACERDA GONÇALVES – Cel QOPM
Comandante-Geral
 
 POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL
 QUARTEL DO COMANDO GERAL
 ESTADO-MAIOR
ANEXO ÚNICO À PORTARIA PMDF Nº 692 DE 1º DE DEZEMBRO DE 2009
SUMÁRIO
Portarias Normativas 1
DIREITO AMBIENTAL 2
DIREITO AMBIENTAL 2
DIREITO AMBIENTAL 2
DOS CRIMES CONTRA A FAUNA 9
DOS CRIMES CONTRA A FAUNA 9
DOS CRIMES CONTRA A FAUNA 9
DOS CRIMES CONTRA A FAUNA ICTIOLÓGICA – PESCA 11
DOS CRIMES CONTRA A FAUNA ICTIOLÓGICA – PESCA 11
DOS CRIMES CONTRA A FAUNA ICTIOLÓGICA – PESCA 11
DOS CRIMES CONTRA A FLORA 22
DOS CRIMES CONTRA A FLORA 22
DOS CRIMES CONTRA A FLORA 22
DA POLUIÇÃO E OUTROS CRIMES 27
DA POLUIÇÃO E OUTROS CRIMES 27
DA POLUIÇÃO E OUTROS CRIMES 27
LEI DE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 28
PARCELAMENTO DE SOLO 35
PARCELAMENTO DE SOLO 35
PARCELAMENTO DE SOLO 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35
ANEXO 41
ANEXO 41
ANEXO 41
PAQUÍMETRO 41
CUBAGEM DE MADEIRAS MADEIRA EM TORA 42
Tora regular 42
LEGISLAÇÃO 46
Sem Alteração 94
DIREITO AMBIENTAL
Juridicamente, o meio ambiente pode ser encarado sob várias perspectivas. Do ponto de 
vista do patrimônio público, o meio ambiente é um bem público de uso comum do povo. Não 
obstante, como é o caso das áreas submetidas a especial proteção pela lei (como as unidades de 
conservação), pode ser ainda um bem público de uso especial (Art.66 do Código Civil Brasileiro).
É ainda um interesse ou direito difuso, ou seja, que diz respeito a toda sociedade de 
maneira una (direitos transindividuais e de natureza indivisível), vez que constitui um direito cujos 
benefícios se estendem a toda sociedade. Ao mesmo tempo, porém, é também um dever que se 
apresenta ao exercício da propriedade privada e da livre iniciativa econômica, como forma de 
garantir a manutenção da quantidade e qualidade dos recursos naturais no tempo e o acesso 
democrático e harmônico a esses recursos por toda a sociedade. O direito difuso a um meio 
ambiente ecologicamente equilibrado é identificado e defendido, na prática, a partir de 
circunstâncias de fato (danos ou possibilidade de danos à biodiversidade, à qualidade de vida, à 
segurança pública, ao saneamento ambiental, disputas por recursos naturais, etc.) que unem seus 
titulares (todos os brasileiros; pessoas, portanto, indefinidas) e definem os sujeitos desse direito e o 
seu objeto de proteção.
Pode ainda o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado caracterizar um 
direito coletivo, quando os seus titulares for um grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre 
si por uma relação de direito, ou um direito homogêneo, que possui titulares específicos, pessoas 
determinadas individualmente, mas com direitos violados por uma origem comum (Art. 81, I, II e 
III da Lei nº 8.078/90, o Código de Defesa do Consumidor – CDC). O CDC também é uma norma 
que se pode invocar na defesa do direito ambiental, pois que constitui norma do sistema integrado 
de proteção dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, consoante o que se determina 
no Art. 117 do CDC e no Art. 21 da Lei da Ação Civil Pública (Lei nº 7.347/85).
O direito a um ambiente ecologicamente equilibrado constitui também um direito 
subjetivo público do cidadão (a exemplo do direito de ação), pois dá ao cidadão a prerrogativa de 
exigir determinada ação ou conduta do Estado em face de um interesse seu, o que é obrigação do 
mesmo cumprir.
Todos, enfim, possuem direito a um ambiente ecologicamente equilibrado e têm o dever 
de preservá-lo. Quem primeiro defende esse direito e impõe esse dever, estabelecendo as diretrizes 
gerais de basilares do seu exercício e cumprimento, é a Constituição da República Federativa do 
Brasil de 1988. Na hierarquia das leis no Brasil, é a CF a norma fundamental e primeira. Sua função 
é, portanto, servir de matéria prima e bússola norteadora de todas as outras normas jurídicas do 
nosso ordenamento, já queas demais normas têm de ser dela derivadas. A função das normas, que 
estão abaixo da CF nessa hierarquia, é, justamente, concretizar na prática seus mandamentos. Desse 
modo, nenhuma outra norma pode contrariá-la sob pena de inconstitucionalidade. A este princípio 
em direito dá-se o nome de “princípio da verticalização das normas”.
Assim sendo, determina a CF que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder 
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações 
(Art. 225, Caput, CF).
Do Papel do Estado na Garantia ao Meio Ambiente ecologicamente Equilibrado
A garantia ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é o que a CF exige do Estado, 
detentor do Poder Público. Tal obrigação, todavia, não é genérica e tampouco imprecisa. Muito do 
que está previsto na CF para a concretização do direito a um meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, ou já pode ser aplicado e cobrado da sociedade e do Poder Público (via Administração 
Pública) imediatamente, ou já pode ser exigido de forma mediata, através da disciplina 
regulamentadora infraconstitucional, que são as leis de hierarquia abaixo da CF.
As normas previstas no texto constitucional, principalmente as estabelecidas pelos 
incisos do Art. 225, não obstante haja outras tarefas impostas ao Estado com o intuito de garantia ao 
meio ambiente, são as que de imediato se exigem do Poder Público, quando o seu é conciliar 
sistemática e eficientemente, sem perda ao meio ambiente e às necessidades sociais e econômicas 
legítimas, os usos do solo urbano ou rural e o uso dos recursos naturais (como os recursos hídricos, 
por exemplo) e a preservação ambiental, leia-se, a preservação da vida e sua qualidade no planeta.
No Estado (detentor do Poder Público) as tarefas político-administrativas de preservar, 
defender e recuperar o meio ambiente estão distribuídas da seguinte maneira, de forma didática, há 
dois tipos de competência (poder-dever, conferido por lei, de e para atuar em nome do povo e em 
seu benefício): competência legislativa e competência material ou executiva.
O primeiro tipo de competência é o poder-dever de fazer leis. Todos os entes da 
Federação, quais sejam: União, Estados, Distrito Federal e Municípios, pelo seu poder legislativo 
respectivo podem fazer leis com o fim de disciplinar o meio ambiente, sua proteção, preservação, 
responsabilidade por danos, etc. Mas, essa competência legislativa é concorrente, isto é, à União 
cabe fazer as normas gerias a serem respeitadas pelos demais Entes Federativos. A função dos 
demais Entes da Federação é criar leis com o intuito de viabilizar, frente a seus problemas e 
características peculiares, as normas gerais estabelecidas pela União e pela CF. O Ente Federativo 
que viola essas regras produz leis inconstitucionais, quer dizer, normas cuja eficácia jurídica não 
pode ser reconhecida.
Aos Municípios cabe legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar a 
legislação estadual (Art. 30, I, II e VIII, da CF). Aos Estados cabe a competência residual, que é 
toda é qualquer competência que não seja da União nem dos Municípios (Art. 25, § 1º da CF); a 
competência suplementar, para complementar a legislação federal; e, a competência que lhe for 
privativa, como é o caso, por exemplo, da sua competência para instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e micro regiões constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para 
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum (Art. 
18, § 4º, e 25, § 3º, da CF). O DF por não estar dividido em Municípios acumula as competências 
estaduais e municipais (Art. 24, §§ 1º a 4º, Art. 25, § 1º e Art. 30, I e II da CF).
Outro tipo de competência é o poder dever que o Estado tem de executar essas leis. 
Todos os entes da federação têm esse poder-dever, pois se trata de uma competência material ou 
executiva comum, a qual é exercida pela administração pública por meio dos órgãos executivos de 
cada Ente da Federação.
As Leis e Atos Administrativos Normativos Federais e o Meio Ambiente
O povo brasileiro já fez sua opção política, concretizando-a na CF/88. Nela, define uma 
série de princípios, regras, instrumentos, direitos e obrigações para o norteamento das relações 
sociais brasileiras básicas. Dentre esses valores se encontram:
a) A preservação do meio ambiente;
b) A preservação do patrimônio cultural;
c) A função social da propriedade e da livre iniciativa econômica;
d) Uso desses recursos de forma a garanti-los, e garantir o desenvolvimento sócio e 
econômico do país e a dignidade do ser humano (Art. 170 e seguintes da CF).
Para disciplinar a forma como esses objetivos serão executados pelas funções ou 
poderes legislativo e executivo do Estado, presentes em todos os seus Entes Federativos, o que 
inclui o DF, foram promulgadas leis federais e decretos federais regulamentando essas leis, além de 
outros atos administrativos normativos como as resoluções do CONAMA. Essas leis ditam os 
princípios e regras gerais a serem observados e concretizados por toda a Federação e seus membros, 
consoante o Art. 24, VI, VII e VIII e parágrafos da CF. Os Entes Federativos recepcionam essas 
normas gerais em suas Constituições Estaduais, no caso do DF em sua Lei Orgânica, e na Lei 
Orgânica dos Municípios. Destes textos vêm as leis e decretos Estaduais e Municipais.
É importante lembrar que os Decretos-Lei não existem mais no nosso ordenamento 
jurídico, pois foram banidos pela DF/88, que agora criou a figura polêmica da Medida Provisória. 
Todavia, muitos dos Decretos-Lei anteriores à CF forma recepcionados por ela, ou seja, não lhe são 
contrários, valendo ainda no nosso ordenamento jurídico como lei federal ordinária. N se 
confundem como os decretos que são atos do Poder Executivo que têm a função de executar 
fielmente a lei.
Existe uma infinidade de leis, decretos-lei e decretos protegendo o meio ambiente, o que 
incluem os tratados, convenções e acordos internacionais, que têm, na nossa hierarquia de leis, o 
status de lei federal ordinária.
As principais leis e decretos federais que disciplinam a proteção e uso do meio ambiente 
e que mais de perto dizem respeito ao DF atualmente são:
1. O Código Florestal – lei nº 4.771/65;
2. O Código de Águas – decreto nº 24.643/34;
3. A Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos – lei nº 9.433/97;
4. O Estatuto da Terra – lei nº 4.504/64;
5. A Lei de Regramento da Política de Reforma Agrária – lei nº 8.629/93;
6. A Lei de Parcelamento Territorial Urbano – lei nº 6.766/79;
bpma
Nota
Alterada pela Lei 12.651/2012 e 12.727/2012
7. A Lei de Desapropriação por Utilidade Pública – lei nº 6.676/79;
8. A lei que institui a Política Nacional do Meio Ambiente – lei nº 6.938/81;
9. A Lei de Proteção à Fauna – lei nº 5.197/67;
10. A Lei de Criação de Estações e Áreas de Proteção Ambiental – lei nº 
6.902/81;
11. A Lei de Crimes Ambientais – lei nº 9.605/98;
12. A Lei das Áreas Tombadas – lei nº 3.924/61;
13. Lei do Turismo – lei nº 6.513/77;
14. Decreto-lei nº 25 de 1937 (organiza a proteção do patrimônio histórico e 
artístico nacional).
15. Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC (Lei Federal 
nº 9.985/00);
16. Lei do Estatuto das Cidades (Lei Federal nº 10.257/01).
Existe ainda, além de outros textos legais federais, uma gama de tratados, convenções e 
acordos internacionais como a Convenção para a Proteção da Flora, Fauna e das Belezas Cênicas 
Naturais dos Países da América (1940) e o Acordo entre o Governo Brasileiro e as Nações Unidas 
relativo a Conferencia das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO/92) e a 
Lei nº 4.118/62 que dispões sobre a Política Nacional de Energia Nucleare cria a Comissão 
Nacional de Energia Nuclear além de dar outras providências. 
Nesse sentido, os principais decretos federais que mais de perto importam ao DF são:
1. Dec. 89.336 de 84 (sobre Reservas Ecológicas e as Áries);
2. Dec. 94.274 de 90 (que Regulamenta as Leis 6.902 e 6.938);
3. Dec. 84.017 de 79 (sobre o papel dos Parques Nacionais);
4. Dec. 88.336 (sobre as ARIES);
5. Dec. 88.351 de 83 (que define a competência do CONAMA);
6. Dec. 86.176 de 81 (que regula a lei do turismo).
Podemos citar também algumas leis federais criadas especialmente para disciplinar 
questões no DF, dentre as quais o Código Sanitário do DF (lei nº 5.027/66). Assim com há leis 
federais especificamente criadas para o DF, uma vez que é um ente especial da federação por ser a 
sede da Capital Federal do Brasil (Art. 18, § 1º da CF), há também decretos federais no mesmo 
sentido, quais sejam:
• Dec. 88.940/83, que cria as APAS das Bacias do São Bartolomeu e Descoberto;
• Dec. 91.303/85, que cria a ARIE Capetinga-Taquara no DF;
• Decreto Federal sem número de 10 de janeiro de 2001 que cria a Área de Proteção 
Ambiental do Planalto Central, que engloba todo o DF mais um trecho do Estado de Goiás na parte 
norte da Capital Federal.
Lei que institui a Política Nacional do Meio Ambiente
Trata-se da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, a qual fixa as diretrizes para o 
estabelecimento da Política Nacional do Meio Ambiente, institui o Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA) e o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa 
Ambiental. Institui ainda o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), que define a forma 
como os poderes executivos do país (União, Estados Membros, DF e Municípios) devem atuar e 
cooperar uns como os outros na proteção ao meio ambiente, estabelecendo inclusive certas 
competências e hierarquias.
Em seus Art. 2º e 4º, define os objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente, bem 
como os princípios a serem seguidos na concretização desses objetivos, dentre os quais destacam-se 
“o uso racional do solo, do subsolo, do ar e da água, o planejamento e fiscalização do uso dos 
recursos ambientais,controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras e 
acompanhamento do estado da qualidade ambiental”.
Em seu Art. 6º cria o SISNAMA e estabelece a competência de cada órgão que o 
compõe. Essa lei reafirma a disciplina constitucional quando diz que aos Estados fica restrita a 
competência para a elaboração supletiva e complementar de padrões relacionados com o meio 
ambiente, observados ao que forem estabelecidos pelo CONAMA (Órgão Consultivo e Deliberativo 
integrante do SISNAMA). E quem determina qual é a competência do CONAMA é o seu Art. 8º. 
Dessa forma, a Lei de Política Nacional do Meio Ambiente estabelece os fins a serem seguidos em 
especial pelo Poder Público e a forma como este irá coordenar os seus vários órgãos integrantes, 
desde a esfera Federal até a Municipal.
Todavia, o mais importante desta lei é o seu Art. 9º que estabelece de forma não 
taxativa (exaustiva) os instrumentos que terão de ser utilizados pelo Poder Público e pela sociedade 
para a realização prática da Política Nacional de Meio Ambiente. Deles, destacar-se-á o 
Zoneamento Ambiental ou Ecológico Econômico e o Plano de Manejo (Art. 9º, II), a Avaliação de 
Impacto Ambiental – AIA, que contém o EIA/RIMA (Art. 9º III), o Licenciamento Ambiental (Art. 
9º, IV), bem como o Monitoramento Ambiental e as Auditorias Ambientais e a criação de espaços 
territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal (Art. 9º, VI).
O SISNAMA remonta à constituição da Secretaria Especial do Meio Ambiente 
(SEMA), que foi criada pelo Decreto nº 73.030, de 30 de outubro de 1973, logo após a Conferência 
de Estocolmo sobre meio ambiente.
A lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a política nacional do meio 
ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, institui, através de seu artigo 6º o 
Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, que tem por finalidade estabelecer uma rede de 
agências governamentais, nos diversos níveis da Federação, visando assegurar mecanismos capazes 
de, eficientemente, implementar a política nacional do meio ambiente.
Órgãos que constituem o SISNAMA:
Órgão Superior: Conselho de Governo;
Órgão Consultivo e Deliberativo: Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA;
Órgão Central: Ministério do Meio Ambiente;
Órgão Executor: Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – 
IBAMA;
Órgãos Setoriais: órgãos da administração federal, direta, indireta ou fundacional 
voltadas para a proteção ambiental ou disciplinamento de atividades utilizadoras de recursos 
ambientais;
Órgãos Seccionais: órgãos ou entidades estaduais responsáveis por programas 
ambientais ou pela fiscalização de atividades utilizadoras de recursos ambientais;
Órgãos Locais: as entidades municipais responsáveis por programas ambientais ou 
responsáveis pela fiscalização de atividades utilizadoras de recursos ambientais.
Poder de Polícia Ambiental
Poder de polícia é o instrumento jurídico pelo qual o Estado define os limites dos 
direitos individuais, em benefício da coletividade, visto que não existem direitos absolutos.
A polícia se divide em dois grandes grupos: a polícia administrativa e a polícia 
judiciária. A polícia administrativa é constituída por uma gama de intervenções do Poder Público 
para disciplinar a ação dos particulares, objetivando prevenir atentados à ordem pública. A polícia 
administrativa é atividade que se exaure em si mesma, ou seja, inicia e se completa no âmbito da 
função administrativa. O mesmo não ocorre com a Polícia Judiciária, que embora seja atividade 
administrativa, prepara a atuação da função jurisdicional penal, o que a faz regulada pelo Código de 
Processo Penal (Art. 4º e seguintes) e executada por órgãos de segurança (polícia civil ou militar), 
ao passo que a Polícia administrativa o é por órgãos administrativos de caráter mais fiscalizador. 
O ato de polícia é auto-executório, isto significa a desnecessidade de que o Poder 
Executivo recorra ao Poder Judiciário a fim de obter autorização para agir em casos concretos.
O Estado age por meios coativos que são postos à sua disposição pela lei. A execução 
dos atos de polícia é atribuição da autoridade de polícia, que é sempre uma autoridade pública. A 
polícia do meio ambiente no intuito de assegurar a obediência às normas ambientais poderá agir 
preventivamente ou repressivamente.
Lei nº 9.985/00 – Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)
Conceito e Classificação das Unidades de Conservação (UC):
As Unidades de Conservação são áreas protegidas e estabelecidas em ecossistemas 
significativos do território nacional pela União, Estados-membros, DF, Territórios (se houver), ou 
Municípios em seu âmbito legislativo e administrativo (traçado pelas competências delimitadas e 
distribuídas pela CF). Podem ser criadas por meio de lei ou decreto, mas sua desafetação só pode se 
dar por meio de lei e somente quando o novo uso da UC não comprometa os atributos que 
justificaram a sua proteção (Art. 225, § 1º, III, da CF). A lei do SNUC, em seu Art. 2º, I, define 
Unidade de Conservação como sendo: “espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as 
águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder 
Público, com objetivos de conservação e seus limites definidos, sob regime especial de 
administração, ao qual se aplicam garantias especiais de proteção”.
O SNUC agrupou as UCs em duas classes cada uma com categorias específicas. As 
primeiras são as Unidades de Proteção Integral. São definidas pela lei como unidades cujo objetivo 
é “preservar anatureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais”, com 
exceção dos casos expressamente previstos no SNUC. A própria lei define o que seja uso indireto 
em seu Art. 2º, IX, coadunando-se com o que define a União Internacional para a Conservação da 
Natureza (IUCN). O outro tipo são as Unidades de Uso Sustentável. São definidas pela lei como 
sendo aquelas unidades que visam “compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável 
de parcela de seus recursos naturais”. 
As UCs de Uso Indireto dos Recursos, hoje são definidas como Unidades de Proteção 
Integral pelo SNUC, e estão agrupadas em 5 categorias:
a) Estação Ecológica (ESEC), Art. 9ºda Lei do SNUC;
b) Reserva Biológica (REBIO), Art. 10 da Lei do SNUC;
c) Parque Nacional (PARNA), Art. 11 da Lei do SNUC;
d) Monumento Natural (MN), Art. 12 da Lei do SNUC;
e) Refúgio da Vida Silvestre (REVIS), Art. 13 da Lei do SNUC.
As Estações Ecológicas eram definidas e disciplinadas integralmente pela Lei nº 
6.902/81 e hoje passaram a se submeter às regras do Art. 9º do SNUC. Isso significa dizer que, em 
caso de omissão do SNUC ou no que a lei não for contrária ao SNUC, continua a vigorar. Assim, 
hoje é função das Estações Ecológicas a preservação da natureza e a realização de pesquisas 
científica.
Já as Reservas Biológicas passaram a ser praticamente disciplinadas pelo Art. 10 do 
SNUC. Sua função passa a ser a de preservar integralmente a biota e demais atributos naturais 
existentes em seus limites, submetendo a pesquisa científica a restrições maiores.
Os Parques podem ser Nacionais, Estaduais ou Municipais (Art. 11, § 4º, SNUC), 
continuam com a mesma função de outrora, qual seja, de preservar ecossistemas naturais, 
possibilitando a realização de pesquisas científicas, desenvolvimento de atividades de educação 
ambiental, recreação e turismo ecológico. Os Parques de caça previstos no Art. 5º, “b”, da Lei nº 
5.197/67 foram extintos.
Tanto as Estações Ecológicas, como Reservas Biológicas e Parques são propriedades 
integrais do Estado, tendo as áreas particulares incluídas em seus limites de serem desapropriadas, 
de acordo com o que dispõe a Lei de Desapropriação por necessidade e interesse público.
Os Monumentos Naturais, de acordo com o que dispõe o Art. 12, têm por desiderato 
preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Há aqui uma conceituação 
genérica do texto da lei, o que permite incluir nessa categoria:
• Áreas Tombadas – Decreto-lei nº 25 de 1937 e lei nº 3.924/61;
• Área Especial de Interesse Turístico e Local de Interesse Turístico – Lei nº 
6.513/77 e Dec. 86.176/81;
• Caverna – Dec. 99.556/90.
• Sítios Arqueológicos – Dec. 99.556/90.
O fim delineado para os Refúgios da Vida Silvestre, conforme reza o Art. 13 do SNUC, 
é a proteção de ambientes naturais onde se assegurem condições para a existência ou reprodução de 
espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória.
As Unidades de Conservação de Uso Direto e suas categorias, hoje são denominadas de 
Unidades de Uso Sustentável e são divididas em 7 categorias pelo SNUC, são elas:
1ª Área de Proteção Ambiental (APA) Art. 15;
2ª Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Art. 16;
3ª Floresta Nacional (FLONA) Art. 17;
4ª Reserva Extrativista (RESEX) Art. 18;
5ª Reserva de Fauna (RESFAU) Art. 19;
6ª Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Art. 20;
7ª Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Art. 21.
Consoante a Lei nº 9.985/00 as APAS são unidades de uso sustentável que tenham uma 
área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos e 
estéticos ou culturais especialmente importantes para qualidade de vida e o bem estar das 
populações humanas, e tem como objetivo básico proteger a diversidade biológica, disciplinar o 
processo de ocupação e assegura a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
As ARIE, como conceitua o artigo 16 do SNUC, são áreas em geral de pequena 
extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou 
que abria exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais 
de importância regional ou local e regular o uso admissível dessa áreas, de modo a compatibiliza-lo 
com os objetivos de conservação da natureza.
As Florestas, as Reservas Extrativas e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável são 
unidades de proteção integral que se assemelham. Sua função é basicamente a disciplina e guarda 
do uso econômico sustentável de recursos naturais. As Florestas são áreas com cobertura vegetal de 
espécies predominantemente nativas e têm como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos 
recursos florestais, o que impede monoculturas ou usos únicos e exaustivos de determinado recurso, 
e a pesquisa científica, com ênfase para métodos de exploração sustentável de florestas nativas. Já 
as RESEX são áreas utilizadas com objetivos de viabilizar a subsistência extrativista de 
comunidades tradicionais nessas atividades, como seringueiros, castanheiros, pescadores, etc. O 
objetivo maior da RESEX é garantir a integridade dessas comunidades e a sua forma tradicional de 
utilização dos recursos naturais.
O SNUC traz uma categoria nova de Unidade de Conservação, a Reserva de Fauna. 
Esta é definida em seu Art. 19 como sendo uma área natural com populações animais de espécies 
nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-
científicos sobre o manejo econômico-sustentável de recursos faunísticos. A posse dessas terras é 
do domínio público, em outras palavras, pertencem ao Estado, e as terras particulares que integrem 
o seu território serão desapropriadas na forma da lei.
As Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) são definidas pelo SNUC como 
sendo áreas privadas, gravadas com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade 
biológica.
O artigo 21, § 2º e incisos, do SNUC estabelece os limites impostos ao proprietário de 
uma RPPN, são eles:
I – pesquisa científica;
II – turismo ecológico, recreação ecológica e educação ambiental.
A RPPN só nasce por iniciativa do particular, juntamente com a autorização do Poder 
Público, e tal autorização só será possível se for do interesse do Poder Público criar a RPPN.
Responsabilidade Jurídica
A responsabilidade jurídica é considerada gênero, que possui as espécies administrativa, 
penal e civil.
A responsabilidade penal prevê uma sanção a um comportamento previamente descrito 
em uma norma, atendendo o princípio da legalidade, com finalidade de preservar a paz social e o 
equilíbrio das relações estabelecidas.
A diferença existente entre a responsabilidade penal e a administrativa é a natureza das 
sanções e o Poder incumbido da sua aplicação, entretanto, as duas são sancionadores. Uma se refere 
ao poder disciplinar (penal), sendo aplicado pelo Poder Judiciário e referindo à crimes e delitos e a 
outra (administrativa) deriva do poder de polícia, sendo aplicado pelo Poder Executivo, referindo à 
infrações administrativas.
O objetivo é o mesmo: promover a punição de uma ação ou omissão que tenha 
promovido o desequilíbrio das relações instituídas, acarretando no dever do Estado de agir para que 
a paz social seja mantida.
No nosso País, contamos com os Decretos nº 6.514, de 22 de julho de 2008 e nº 6.686, 
de 10 de dezembro de 2008, os quais discriminam as infrações e sanções administrativas ao meio 
ambiente, onde estão as condutas que ensejam a aplicação de sanções e responsabilizam 
administrativamente o infrator.
A responsabilidade civil que prevê a reparação do dano causado. Deriva do dever 
daquele que causou um dano de reparar que o sofreu, de forma indenizatória. 
A responsabilidade civil trata, portanto, de uma reparação do dano causado ao lesado,por quem deu causa à lesão, promovendo um desequilíbrio na relação estabelecida entre dois ou 
mais sujeitos de direito. 
Assim sendo, busca-se valorar e quantificar em valores quantitativos o dano causado, 
promovendo o ressarcimento quantitativo ao lesado, pela lesão sofrida.
O dano ambiental é aquele que altera ou causa prejuízo ao conjunto do meio natural, 
que constitui o patrimônio coletivo, independente das consequências diretas sobre pessoas e bens. 
Ocorrendo alteração no conjunto do meio natural, será caracterizado dano ao meio ambiente, 
passível de reparação.
Há uma apropriação de um direito coletivo, que é o que todos têm: “a um meio 
ambiente ecologicamente equilibrado.” No caso de ocorrência de um dano ao meio natural que 
promova o desequilíbrio, estará sendo afetado o direito de todos a um “meio ambiente 
ecologicamente equilibrado”, gerando o dever de reparação pelo dano ocasionado.
A finalidade da reparação do dano ambiental, muitas vezes não se finda no processo de 
indenização propriamente dita, mas também no dever de cessar a sua causa, em razão de ser quase 
impossível fazer com que a situação retorne à situação original, ou seja, a necessidade de reparação 
é o objetivo principal da responsabilidade jurídica ambiental seja em qualquer de suas modalidade 
penal, civil ou administrativa.
Ação Penal
Nos crimes ambientais a ação penal é pública incondicionada, ou seja, independe da 
vontade do ofendido em representar a ação.
Crime formal: tipifica a conduta do cidadão delinquente, porém não exige o resultado. 
Ex. caçar, perseguir, pesca proibida, etc.
Crime material: tipifica a conduta do cidadão delinquente exigindo a produção do 
resultado. Ex.: desmatar APP, matar, mutilar, apanhar, adquirir, vender, comercializar, etc.
Licença, Autorização, Permissão e Concessão
Licença é o ato vinculado por meio do qual a administração confere ao interessado 
consentimento para o desempenho de determinada atividade. É ato vinculado porque se o 
interessado preencher todos os requisitos legais para obtenção da licença, ele terá direito a obtê-la, 
não cabendo a administração negar tal pedido. Em geral a licença possui caráter definitivo;
Permissão é o ato administrativo discricionário e precário pelo qual a administração 
consente que o particular execute serviço de utilidade pública ou utilize privativamente bem 
público.
Autorização é o ato administrativo pelo qual a administração consente que o particular 
exerça atividade ou utilize bem público no seu próprio interesse. É ato discricionário e precário, 
características, portanto, idênticas às da permissão.
A diferença entre permissão e autorização é que enquanto aquela o particular executa o 
serviço em benefício da coletividade, neste ele executa o serviço em benefício próprio, como por 
exemplo, uma frota de táxis que utiliza um canal de rede-rádio, ou seja, um serviço de comunicação 
que é utilizado por um particular em benefício próprio.
Concessão é o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública transfere à 
pessoa jurídica ou a consórcio de empresas a execução de certa atividade de interesse coletivo, 
remunerada através do sistema de tarifas pagas pelos usuários.
DOS CRIMES CONTRA A FAUNA
LEI Nº 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 (LEI DA VIDA)
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos 
ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, 
ou em desacordo com a obtida.
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado contra espécie rara ou 
considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; em período proibido à 
caça; durante a noite; com abuso de licença; em unidade de conservação; com emprego de métodos 
ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.
A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional.
Art. 29, Inciso I.
Impedir a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida.
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado contra espécie rara ou 
considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; em período proibido à 
caça; durante a noite; com abuso de licença; em unidade de conservação; com emprego de métodos 
ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.
A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional.
Art. 29, Inciso II.
Modificar, danificar ou destruir ninho, abrigo ou criadouro natural.
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado contra espécie rara ou 
considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; em período proibido à 
caça; durante a noite; com abuso de licença; em unidade de conservação; com emprego de métodos 
ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.
A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional.
Art. 29, Inciso III.
Vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza 
ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como 
produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida 
permissão, licença ou autorização da autoridade competente. 
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado contra espécie rara ou 
considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; em período proibido à 
caça; durante a noite; com abuso de licença; em unidade de conservação; com emprego de métodos 
ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.
A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional.
Entende-se por matar (exterminar, ceifar a vida).
Entende-se por perseguir (incomodar, ir no encalço, importunar, seguir de perto, correr 
atrás, acossar).
Entende-se por caçar (perseguir animais silvestres a fim de matar ou de apanhá-los 
vivos).
Entende-se por apanhar (recolher, colher, caçar com armadilhas, redes ou visgos).
Entende-se por utilizar (servir-se, tirar proveito).
Art. 30.
Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização 
da autoridade ambiental competente.
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Entende-se por exportar (mandar, enviar, transportar)
Art. 31.
Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença 
expedida por autoridade competente.
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Entende-se por introduzir (fazer entrar, penetrar ou fixar)
Art. 32.
Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou 
domesticados, nativos ou exóticos.
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Entende-se por ato de abuso (usar mal ou inconvenientemente, exigir trabalho excessivo 
do animal, extrapolar limites, prevalecer-se).
Entende-se por maus-tratos (dano, ultraje).
Entende-se por ferir (ofender, cortar, lesionar).
Entende-se por mutilar (privar de algum membro ou parte do corpo).
Art. 32, § 1º.
Realizar experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou 
científicos, quando existirem recursos alternativos.
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Entende-se por realizar (pôr em prática, fazer).
Art. 33.
Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de 
espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais 
brasileiras.Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:
I – quem causar degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio 
público
II – quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, 
permissão ou autorização da autoridade competente.
III – quem fundear embarcações ou lançar detritos de qualquer natureza sobre bancos de 
moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.
Entende-se por provocar (dar causa, possibilitar, ensejar).
Entende-se por emissão (ação de expelir de si, despejo).
Entende-se por efluentes (tudo aquilo que emana de algum lugar ou corpo, aqui 
entendido como a descarga líquida).
Entende-se por carreamento (ação de arrastar, levar, conduzir).
Entende-se por materiais (aqui entendido como dejetos químicos, substâncias tóxicas 
etc.)
Lei N° 5.197/67, Art. 3º e Art. 27.
Comercializar produtos e objetos que impliquem na caça, perseguição, destruição ou 
apanha da fauna silvestre.
Pena de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
DECRETO-LEI Nº 2.848/40 – Código Penal, Art. 296.
Falsificar, fabricar, alterar, fazer uso, utilizar indevidamente anilha, selo, sinal público, 
marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou 
entidades da Administração Pública.
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
A pena é aumentada de sexta parte se o agente é funcionário público e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo.
DECRETO-LEI Nº 2.848/40 – Código Penal. Art. 297.
Falsificar, no todo ou em parte, licença, autorização, documento público, ou alterar 
documento público verdadeiro.
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
A pena é aumentada da sexta parte se o agente é funcionário público e comete o crime 
prevalecendo-se do cargo.
DOS CRIMES CONTRA A FAUNA ICTIOLÓGICA - PESCA
LEI Nº 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 (LEI DA VIDA)
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por 
órgão competente:
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos 
permitidos;
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, 
petrechos, técnicas e métodos não permitidos;
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da 
coleta, apanha e pescas proibidas.
Entende-se por pesca (segundo o art. 36, todo ato tendente a retirar, extrair, apanhar, 
apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes (vertebrados aquáticos, de corpo alongado e 
revestido por escamas, pele com glândulas mucosas e nadadeiras por locomoção), crustáceos 
(artrópodes com esqueleto resistente e vários pares de patas, tais como caranguejos, camarões, siris, 
lagostas etc.), moluscos (animais de corpo mole e revestido por concha calcária, marisco, caracóis, 
lulas, ostras, polvos etc.) e vegetais hidróbios (que vivem predominantemente em ambientes 
aquáticos, tais como algas, cogumelos etc.), suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, 
ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção constantes na listas oficiais da fauna e da flora.
Neste caso, considera-se período no qual a pesca seja proibida, o espaço de tempo 
interditados para a pesca, seja por motivo de proteção a reprodução natural dos peixes (período de 
defeso/piracema), seja para preservar espécies da extinção quando a população atinge limites 
mínimos considerados críticos ou ainda por motivo de segurança.
O Policial Ambiental deverá observar neste caso a legislação complementar que no caso 
do período de defeso, o IBAMA baixou regulamentação diferenciada para cada bacia hidrográfica 
de acordo com suas peculiaridades e espécies ocorrentes.
Não há regulamentação distrital sobre o período de defeso no DF. A IN IBAMA n° 194 
de 02 de outubro de 2008 - Estabelece normas de pesca para o período de proteção a reprodução 
natural dos peixes, anualmente, de 1° de novembro a 29 de fevereiro, na Bacia Hidrográfica do Rio 
Paraná. Apesar do Lago Paranoá pertencer à bacia supracitada, esta Instrução Normativa não se 
aplica ao Paranoá (Lago Paranoá), em Brasília/DF, cujo ordenamento pesqueiro é de competência 
do Distrito Federal. (Vide §2° do art.1° da IN 26 de 02 de Setembro de 2009).
INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 26, DE 2 DE SETEMBRO 2009
Art. 1°. Estabelecer normas gerais de pesca para a bacia hidrográfica do rio Paraná.
§ 1°. Para efeito desta Instrução Normativa, entende-se por bacia hidrográfica do rio 
Paraná: o rio Paraná, seus formadores afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais 
coleções de água.
§ 2°. Esta Instrução Normativa não se aplica ao reservatório do Paranoá (Lago Paranoá), 
em
Brasília/DF, cujo ordenamento pesqueiro é de competência do Distrito Federal.
Art. 2°.Proibir, na bacia hidrográfica do rio Paraná, para pesca comercial e amadora:
I - o uso dos seguintes petrechos, aparelhos e métodos de pesca:
a) redes e tarrafas, ambas de arrasto de qualquer natureza;
b) redes de emalhar, espinhel e qualquer outro petrecho cujo comprimento ultrapasse 
1/3 da largura do ambiente aquático, independente da forma como estejam dispostos no ambiente;
c) armadilhas tipo tapagem, pari, covo, cercada ou quaisquer aparelhos fixos com a 
função de veda;
d) aparelhos de respiração e iluminação artificial na pesca subaquática, exceto para 
pesquisa autorizada pelo órgão competente;
e) espinhéis e redes que utilizem cabo metálico;
f) joão bobo, bóia, galão ou cavalinho;
g) arbalete, fisga, zagaia, arpão ou outro material contundente perfurante metálicos ou 
não, para a captura de espécies nativas;
h) pesca de lambada, batida,batição ou rela.
i)feiticeira ou tresmalho.
II - nos seguintes locais:
a) em lagoas marginais;
b) a menos de 200m (duzentos metros) a montante e a jusante de cachoeiras e 
corredeiras;
c) a menos de 500m (quinhentos metros) de saídas de efluentes, confluências e 
desembocaduras de rios, lagoas, lagos e reservatórios;
d) a menos de 1.000m (mil metros) a montante e a jusante de barragens de 
empreendimentos hidrelétricos;
e) A menos de 1.500m (mil e quinhentos metros) a montante e a jusante de mecanismos 
de transposição de peixes;
f) No rio Bela Vista, em toda a sua extensão e nos canais e lagos artificiais do Parque da 
Piracema, da UHE da Itaipu Binacional; e
g) nos muros.
§ 1°. O uso de joão bobo, bóia, galão ou cavalinho, anzol de galho, covo para captura de 
iscas fica permitido nos rios do estado do Mato Grosso do Sul.
§ 2°. Para o efeito desta Instrução Normativa, entende-se por:
I- arrasto: o deslocamento de qualquer petrecho de emalhar tracionado, manual ou 
mecanicamente, em toda coluna d´água;
II- lagoas marginais: os alagados, alagadiços, lagos, banhados, canais ou poços naturais 
situados em áreas alagáveis da planície de inundação, que apresentam comunicação permanente ou 
intermitente com o rio principal ou canais secundários, podendo, em alguns casos, serem 
alimentados exclusivamente pelo lençol freático;
III- corredeiras: trechos de rio onde o leito apresenta-se atulhado de blocos de rochas e 
pedras ou grandes lajeados, onde as águas, por diferença de nível, correm mais velozes;
IV- muros: as edificações ou estruturas confeccionadas de forma compacta que forme 
remanso, com quaisquer materiais, implantadas nos leitos dos corpos d'água, com ou sem ligação 
com uma das margens.
Art. 3°. Proibir o pescador profissional e amador de armazenar e transportar peixes sem 
cabeça ou em forma de postas ou filés.
Parágrafo único - excetuam-se desta proibição:
a) o pescado proveniente de cultivo, com comprovação de origem.
b) para os pescadores profissionais, as espécies: armado armal ou abotoado (Pterodorasgranulosus), raia (Potamotrygon motoro), cascudo-preto (Rhinelepis aspera), cascudo-chinelo 
(Loricariichthys sp.), cascudo-pantaneiro ou chita (Liposarcus anisitisi), cascudo-abacaxi 
(Megalancistrus aculeatus), e cascudo-comum (Hypostomus sp.). 
Art. 4° Permitir nos rios da bacia hidrográfica do rio Paraná para pesca comercial, o uso 
dos seguintes aparelhos e métodos de pesca:
I - rede de emalhar com malha igual ou superior a 140mm (cento e quarenta 
milímetros), com o máximo de 120m (cento e vinte metros) de comprimento, instalada a uma 
distância mínima de 150m (cento e cinqüenta metros) uma da outra, independentemente do 
proprietário e identificada com plaqueta, contendo o nome e número de inscrição do pescador 
profissional no órgão federal competente;
Parágrafo único. Fica permitida a emenda de redes, mesmo com tamanho de malha 
diferenciados, desde que permitidos, e não ultrapassem o comprimento máximo estabelecido.
II - tarrafa com malha igual ou superior a 80mm (oitenta milímetros);
III - linha de mão, caniço simples, caniço com molinete ou carretilha, isca natural ou 
isca artificial com ou sem garatéia nas modalidades arremesso e corrico;
IV - duas redes para captura de isca, por pescador,com 2,5m (dois metros e cinqüenta 
centímetros) de altura e até 10m (dez metros) de comprimento, com malha mínima de 15mm 
(quinze milímetros)
e máxima de 30mm (trinta milímetros), e identificadas com plaqueta, contendo nome e 
número de inscrição do pescador profissional no órgão federal competente;
V - espinhel de fundo, instalado a uma distância mínima de 150m (cento e cinqüenta 
metros) um do outro, independentemente do proprietário, e identificado com plaqueta, contendo 
nome e número de
inscrição do pescador profissional no órgão federal competente; e 
VI -linhão de fundo ou caçador.
Parágrafo único. Para o efeito desta Instrução Normativa entende-se por:
I - isca natural: todo o atrativo (vivo ou morto, vegetal ou animal, em partes ou na forma 
integral, manufaturada ou industrializada) que serve como alimento aos peixes;
II - isca artificial: todo artefato não alimentar usado como atrativo na pesca.
Art. 5° Permitir, nos reservatórios da bacia do rio Paraná, para pesca comercial, o uso 
dos seguintes petrechos e métodos de pesca:
I - rede de emalhar com malha igual ou superior a 80mm (oitenta milímetros), com o 
máximo de 350m (trezentos e cinqüenta metros) de comprimento, instaladas a uma distância 
mínima de 150m (cento e cinqüenta metros) uma da outra, independentemente do proprietário, e 
identificada com plaqueta contendo nome e número de inscrição do pescador profissional no órgão 
federal competente;
II - tarrafa com malha igual ou superior a 70mm (setenta milímetros);
III - duas redes para captura de isca, por pescador, com até 2,5m (dois metros e 
cinqüenta centímetros) de altura e até 30m (trinta metros) de comprimento, com malha mínima de 
15m (quinze milímetros) e máxima de 30mm (trinta milímetros), contendo a identificação do 
pescador no órgão federal competente;
IV - linha de mão, caniço simples, caniço com molinete ou carretilha, isca natural ou 
isca artificial com ou sem garatéia, nas modalidades arremesso e corrico;
V - espinhel de fundo, com o máximo de 100 anzóis cada, instalado a uma distância 
mínima de 150m (cento e cinqüenta metros) um do outro, independentemente do proprietário, e 
identificado com plaqueta contendo nome e número de inscrição do pescador profissional no órgão 
federal competente; e
VI -linhão de fundo ou caçador.
Parágrafo único. Fica permitida a emenda de redes, mesmo com tamanho de malha 
diferenciados, desde que permitidos, e não ultrapassem o comprimento máximo estabelecido.
Art. 6°. Para efeito de mensuração da malha de redes e tarrafas, considera-se a distância 
tomada entre nós opostos da malha esticada.
Art. 7°. Permitir para a pesca amadora:
I. - linha de mão, caniço simples, caniço com molinete ou carretilha, isca natural ou isca 
artificial com ou sem garatéia, nas modalidades arremesso e corrico; e 
II - arbalete ou espingarda de mergulho na pesca subaquática, apenas para a captura de 
espécies exóticas e alóctones, sendo vedado o uso de aparelhos de respiração e iluminação artificial.
Art. 8°. São considerados de uso proibido aparelhos, petrechos e métodos não 
mencionados nesta Instrução Normativa.
Art. 9°. Proibir a captura, o transporte, o armazenamento e a comercialização de 
indivíduos com comprimento total (CT) inferior aos relacionados no Anexo desta Instrução 
Normativa. Parágrafo único. Para efeito desta Instrução Normativa, entende-se por comprimento 
total (CT): a distância tomada entre a ponta do focinho e a extremidade da nadadeira caudal.
Art. 10. Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as penalidades e 
sanções, respectivamente, previstas na Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto nº 
6.514, de 22 de julho de 2008.
Parágrafo único - Normas editadas por órgãos regionais ou estaduais referentes aos 
petrechos, tamanhos mínimos e máximos de captura, cotas de captura por pescador, períodos e 
locais permitidos para pesca, deverão ser respeitadas desde que mais restritivas.
ANEXO I DA IN nº 26 DE 02SET09
ESPÉCIES NOMES VULGARES CT (cm)
Gymnotus carapo tuvira, sarapó, morenita 20
Hoplias malabaricus traíra 25
Hypostomus spp acari, cascudo 30
Leporinus friderici piau, piau-três-pintas 25
Leporinus aff. obtusidens piapara, piau-verdadeiro, piavuçu 40
Liposarcus anisitisi Cascudo-pantaneiro 30
Megalancistrus aculeatus cascudo-abacaxi 25
Piaractus mesopotamicus pacu-caranha, pacu 45
Pimelodus maculatus mandi, mandi-amarelo 25
Pinirampus pirinampu barbado, mandi-alumínio 50
Prochilodus spp. curimatá, curimbatá, papa-terra 38
Prochilodus affinis Curimbatá pioa 30
Pseudopimelodus zungaro bagre-sapo 30
Pseudoplatystoma corruscans surubim, pintado 90
Pseudoplatystoma fasciatum surubim, cachara 70
Pterodoras granulosus Armado, armal, abotoado 40
Art. 1° da Lei Distrital 3066/2002: “Fica autorizada a pesca profissional, em toda a extensão 
do Lago Paranoá, com as seguintes restrições:
1. águas próximas à barragem do Paranoá;
2. águas próximas a Palácio da Alvorada;
3. águas próximas a Península dos Ministros;
4. águas com concentração elevada de atividades de lazer e prática de esportes náuticos.”
No folder abaixo, está a relação geral das espécies com seus respectivos tamanhos mínimos 
permitidos para a captura, de acordo com Portarias do IBAMA. 
As espécies que constatem no anexo da IN MMA n° 26 e também constarem na relação 
abaixo, caso haja diferença no tamanho mínimo permitido, deve-se considerar a medida mais 
restritiva, ou seja, o tamanho maior.
ESPÉCIES DA FAUNA ICTIOLÓGICA AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
Medição do pescado - usa-se o comprimento total 
Ictiômetro
Pescar quantidades superiores às permitidas. (Inciso II, Art.34, Lei 9.605).
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Cotas de captura para pescador amador.
ESTADOS COTA LEGISLAÇÃO
AMAZONAS 10Kg + 1 EXEMPLAR DECRETO Nº 22.747/2002
GOIÁS 5Kg + 1 EXEMPLAR PORTARIA AGÊNCIA 
AMBIENTAL Nº 003/2003
MATO GROSSO 10Kg + 1 EXEMPLAR LEI Nº 7.881/2002
MATO GROSSO DO 
SUL
1 PEIXE DE ESCAMA, 1 DE 
COURO + 5 PIRANHAS
RESOLUÇÃO Nº 042/2006
MINAS GERAIS 10Kg + 1 EXEMPLAR PORTARIA IEF Nº 37/2003
PARÁ 10Kg + 1 EXEMPLAR LEI Nº 6.167/1998
RONDÔNIA 
(GUAPORÉ/MAMORÉ)
5Kg PORARIA IBAMA Nº 06/2002
TOCANTINS 5Kg OU 1 EXEMPLAR PORTARIA NATURATINS Nº 
017/2001
DEMAIS ESTADOS + 
DF
10Kg + 1 EXEMPLAR PORTARIA IBAMA Nº 04/2009
Para o Lago Paranoá, prevalece à quantia de captura e transporte prevista no Art.6º, 
Portaria n° 04/09 que é de 10 kg (dez quilos) mais 01 (um) exemplar para pesca em águas 
continentais, e 15 kg (quinze quilos) mais um exemplar, para pesca em águas marinhas e estuarinas.Obs. Esse item refere-se somente ao pescador amador, pois, para o pescador 
profissional não há limites de captura. 
Caso a quantidade ou espécie constatada pelo policiamento ambiental esteja em 
desacordo com o autorizado pela autoridade ambiental competente, o policial promoverá a prisão 
em flagrante do abordado. A parte do pescado que estiver dentro dos padrões exigidos, faz parte da 
materialidade do crime e por isso deve também ser apresentada a autoridade policial. No caso de 
quantidade acima do permitido, o excesso é mensurado a partir da quantidade que se encontra legal, 
por isso, esta, é prova daquela.
Fica terminantemente proibida a pesca no Lago Paranoá mediante: (Art. 3° da Lei 
Distrital 3066/2002). VIDE ANEXO Página 100.
I. O uso de rede de superfície;
II. A prática de rede batida;
III. A prática de mergulho com fisga, arpão, espingarda de mergulho e 
equipamentos semelhantes;
IV. Entre outros, previstos na Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais).
Fica proibida para o PESCADOR AMADOR, a pesca com tarrafa e rede no Lago 
Paranoá, independentemente do tamanho da malha, conforme Portaria IBAMA n°04/09, sendo 
permitido aos PESCADORES PROFISSIONAIS o previsto na Instrução Normativa Nº 43, de 23 de 
Julho de 2004. VIDE ANEXO Página 99.
Fica proibida a pesca profissional em qualquer curso d’água e espelhos d’água naturais 
do Distrito Federal (Lei nº 1298, de 16 de Dezembro de 1996).
Paquímetro. Melhor precisão para medir entre nós opostos da malha esticada.
Transportar, comercializar, beneficiar ou industrializar espécimes provenientes da 
coleta, apanha e pesca proibidas. (Inciso III, art. 34, Lei n° 9.605).
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Infringe este artigo quem é flagrado na posse de espécimes provenientes da coleta, 
apanha e pesca proibidas, ou seja, de pesca em local ou período proibido.
O policial deverá observar além do período de defeso, se a pesca foi realizada em local 
interditado para a pesca, com o uso de equipamentos e apetrechos proibidos, ou por qualquer outro 
meio não permitido etc. Ex. sinais de estrangulamento por malha de rede, presença de apetrechos 
proibidos junto com o pescado, espécimes advindas de locais interditados para a pesca, capturado 
em período de defeso, etc. 
O cidadão delinquente pode alegar que não pescou e mesmo assim ser enquadrado neste 
inciso da lei, caso esteja transportando.
No artigo 34, não especifica no tipo penal o verbo guardar. Não se pode considerar 
crime, portanto, se o indivíduo tem o peixe guardado em sua casa, desde que não esteja 
comercializando. Portanto, deve-se fazer contato com o órgão ambiental competente para aplicar as 
sansões administrativas (IBAMA), pois o fato tem enquadramento no Art. 35, inciso IV, Decreto n° 
6.514/08.
Art. 35. Pescar mediante a utilização de:
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante;
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:
Pena - reclusão de um ano a cinco anos.
Nestes casos do artigo 35 da Lei n° 9.605, como a pena é de reclusão de 01 a 05 anos, 
não se considera crime de pequeno potencial ofensivo previsto pela lei n°9.099 (Juizados 
Especiais). Por isso, não cabe a lavratura do TCO e sim do Auto de Prisão em Flagrante. Vale 
lembrar que pela previsão da pena de reclusão, após a condenação transitada em julgado, o infrator 
inicia o cumprimento da pena no regime fechado.
Entende-se por utilização (emprego, uso).
Entende-se por explosivos (artefatos inflamáveis capazes de produzir explosão, 
detonação, estouro).
Entende-se por substâncias que em contato com a água, produzam efeito semelhante 
(produtos geradores de ondas sonoras de alta freqüência, que deixam os peixes aturdidos, descargas 
elétricas de alta voltagem provocando o extermínio imediato da fauna aquática por eletrocução)
Entende-se por substância tóxica (venenos, agrotóxicos, linhaça, timbó (planta 
leguminosa), tingui (arbusto leguminoso) etc.).
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, 
coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e 
vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies 
ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.
Vegetais Hidróbios – (Hidro=água/Bio=vida) - são todas as espécies de vegetais que 
têm parte de sua existência ou toda a sua vida na água. São considerados seres vivos e formam a 
massa fotossintetizadora da terra, responsável por grande parte do oxigênio produzido. Neste caso, a 
simples coleta de um vegetal que vive na água, considera-se ato de pesca.
Os demais seres vivos da fauna aquática, que não constam no artigo acima, fazem parte 
da fauna silvestre e sua coleta, captura, perseguição, e etc. é considerada caça – (Art.29 da Lei 
9.605). Ex. Estela do Mar, Ouriço-do-mar, peixe-boi, boto, jacaré, tartaruga, etc. 
Entende-se por ato tendente à pesca aquele em que o infrator esteja munido, equipado 
ou armado com petrechos de pesca, na área de pesca ou dirigindo-se a ela. (Parágrafo único do Art. 
42 do Decreto n° 6.514/08).
Entende-se por área de pesca as margens e proximidades de rios, lagos e demais cursos 
d’água, embarcações, praias, etc. 
Entende-se por dirigindo-se a área de pesca, nas Estradas, trilhas e demais caminhos que 
levem exclusivamente aos cursos d’água suscetíveis de pesca.
O infrator pode estar com os petrechos consigo, no veículo ou na embarcação.
Pescar sem licença não tem previsão criminal, mas constitui infração administrativa 
prevista no Art. 37 do Decreto n° 6.514 de 22 de julho de 2008. Neste caso, deve-se apenas registrar 
o fato e comunicar ao órgão competente para as medidas administrativas cabíveis.
Em todos os demais casos previstos como crime, além da comunicação do fato ao órgão 
ambiental competente ou o encaminhamento do infrator até o órgão para as medidas 
administrativas, deve-se dar voz de prisão ao mesmo e encaminhá-lo, juntamente com as espécimes 
e petrechos envolvidos perante a autoridade policial, para autuação do autor e apreensão dos objetos 
e pescado. 
Pesca Desembarcada (Categoria A): realizada sem o auxílio de embarcação e com a 
utilização de linha de mão, caniço simples, anzóis simples ou múltiplos, vara com carretilha ou 
molinete, isca natural ou artificial e puçá para auxiliar na retirada do peixe da água. (Portaria 
IBAMA n° 04/09, art. 3°, inciso I).
Pesca Embarcada (Categoria B): realizada com auxilio de embarcações, classificadas na 
categoria de esporte ou recreio pela autoridade marítima ou sociedade classificadora, e com o 
emprego dos petrechos citados no Inciso anterior. (inciso I).
Na pesca embarcada toda pessoa que estiver a bordo fazendo uso de material de pesca, 
ou em Ato Tendente, deve portar a licença de pesca; (alínea a. inciso II).
Pesca Subaquática (Categoria C): realizada com ou sem o auxílio de embarcações e 
utilizando espingarda de mergulho ou arbalete, tridente ou petrechos similares sendo vedado o 
emprego de aparelhos de respiração artificial; (inciso III).
Pesca Amadora - aquela praticada por brasileiros ou estrangeiros com a finalidade de 
lazer, turismo e desporto, sem finalidade comercial. (Art. 2°, I, Portaria IBAMA n°04/09).
Baseado neste conceito, o Pescador Amador não pode comercializar os produtos da 
pesca. 
§ 5°, Art. 6° Portaria IBAMA n° 04/09 - O produto das pescarias realizadas na forma 
desta Portaria não poderá ser comercializado ou industrializado.
Só pode comercializar o pescador profissional com matrícula emitida pela Capitania dos 
Portos do Ministério da Marinha. (Art. 28, §1°, Decreto-Lei n° 221 de 28 de fevereiro de 1967).
Na pesca científica, além de estar cadastrado noórgão competente como pesca 
científica, portando a devida licença, o mesmo deverá apresentar documentação que comprove a 
instituição científica da qual faz parte. 
A pesca amadora de peixes com finalidade ornamental ou de aquariofilia fica permitida 
com puçás ou peneiras de no máximo 50 cm em sua região mais larga (alínea e. inciso I, Art. 3°, 
Port. IBAMA n°04/09).
O limite de captura e transporte por pescador amador é de 10 kg (dez quilos) mais 01 
(um) exemplar para pesca em águas continentais, e 15 kg (quinze quilos) mais um exemplar, para 
pesca em águas marinhas e estuarinas. (Art. 3°, Port. IBAMA n°04/09).
§ 1° Fica proibido ao pescador amador, em todo o território nacional, armazenar e 
transportar pescado em condições que não permitam sua identificação, sem cabeça, nadadeiras, 
escamas ou couro, ou em forma de postas ou filés. (§ 1° Art. 6°, Port. IBAMA n°04/09).
Peixes com comprimento total maior ou igual a um metro (100 centímetros) podem ter a 
cabeça separada do corpo desde que as duas partes (corpo e cabeça) estejam em condições que 
permitam sua identificação. (§ 2° Art. 6°, Port. IBAMA n°04/09).
O pescado deve ser armazenado em local de fácil acesso à fiscalização. (§ 3° Art. 6°, 
Port. IBAMA n°04/09).
No caso de transporte interestadual do pescado, o pescador amador deverá providenciar 
o comprovante de origem, junto aos órgãos competentes. (§ 4° Art. 6°, Port. IBAMA n°04/09).
Para a pesca amadora com fins ornamentais e de aquariofilia fica estabelecido o limite 
máximo de 40 indivíduos por pescador amador, para peixes de águas continentais, e 10 indivíduos 
por pescador, para peixes de águas marinhas e estuarinas, sem prejuízo das normas referentes a 
tamanho mínimo e limite de peso, à que por ventura a espécie possa estar submetida. (§ 6° Art. 6°, 
Port. IBAMA n°04/09). 
Estão dispensados da Licença para Pesca Amadora: (Art.7° da PORT. IBAMA n° 
04/09).
• Aposentados;
• Maiores de 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres);
• Os pescadores amadores desembarcados que utilizarem, individualmente, linha de 
mão ou vara, linha e anzol;
• Os Menores de 18 anos, sem direito à cota de captura e transporte de pescado.
• Para ter direito à cota de captura e transporte de pescado, os menores de 18 anos 
deverão pagar a taxa de licença para pesca amadora.
• Os pescadores amadores pertencentes às categorias definidas nos Incisos I, II e IV 
têm direito à carteira para pesca amadora nas classes Permanente (aposentados, ou maiores de 65 
anos para homens e 60 anos pra mulheres) ou Especial (menores de 18 anos), obtidas junto a uma 
unidade do IBAMA.
Para efeito do policiamento, cada pescador amador deverá apresentar um documento de 
identidade e a Licença para Pesca Amadora, com comprovação do recolhimento da taxa 
correspondente. (Art.8°, PORT. IBAMA n° 04/09).
DOS CRIMES CONTRA A FLORA
LEI Nº 9.605 DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 (LEI DA VIDA)
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo 
que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) destrói (faz desaparecer, aniquila), ou seja, 
derruba as árvores em larga escala, desfazendo a floresta ou danifica (causa dano que a deteriore ou 
inutilize), ou utilize (tira proveito dela de forma indevida). Geralmente ocorre com as grandes 
serrarias.
Entende-se por Floresta (Formação arbórea densa, de alto porte, que recobre uma área 
de terra mais ou menos extensa);
Entende-se por Área de Preservação Permanente (Art.2º e 3º da Lei nº 4.771/65 - 
Código Florestal, regulamentado pela Resolução CONAMA 303). VIDE ANEXO.
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem 
permissão da autoridade competente:
Pena: detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) corta árvores da floresta, ou seja, separa, 
divide o tronco da árvore, sem permissão do órgão competente. Ressalta-se que a simples ação de 
podar os galhos não caracteriza este tipo de delito.
IMPORTANTE: a conduta descrita consiste em cortar árvores, ou seja, somente se 
caracteriza se a pessoa cortar mais de uma árvore. 
Entende-se por Floresta (Formação arbórea densa, de alto porte, que recobre uma área 
de terra mais ou menos extensa);
Entende-se por Área de Preservação Permanente (Art. 2º e 3º da Lei nº 4.771/65 - 
Código Florestal, regulamentado pela Resolução CONAMA 303). VIDE ANEXO.
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação (conceito vide 
introdução) e às áreas de que trata o Art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, 
independentemente de sua localização:
Pena- reclusão, de um a cinco anos.
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações 
Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios 
de Vida Silvestre.
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das 
Unidades de Conservação de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a 
fixação da pena.
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
Art.40-A. (Vetado)
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável (conceito vide 
introdução) as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as 
Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de 
Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural.
Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) causa dano às Unidades de Conservação, ou 
seja, produz, ocasiona, dar lugar a prejuízos, deteriorações, de qualquer ordem, contra a flora e 
fauna locais, de forma direta ou indireta.
IMPORTANTE: as áreas de que tratam o Art. 27 do Dec. Nº 99.274/90, correspondem 
às que circundam as unidades de conservação num raio de 10 (dez) quilometros, e a pessoa 
responderá pelo delito tipificado no Art. 163, III, do código penal brasileiro
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e 
multa.
Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) provoca, ou seja, dá causa, produz, enseja, 
incêndio em mata ou floresta, ateando fogo perigoso, potencialmente lesivo à sua integridade. 
Portanto, trata-se fogo não controlado, não se importando os meios em que o agente se vale, desde 
que tenha configuração com o incêndio.
IMPORTANTE: a mata ou floresta poderá ser ou não de preservação permanente, já 
que tal não foi incluído como elemento integrante do tipo em exame.
Obs: 
1) Havendo perigo comum à vida, à incolumidade física ou ao patrimônio de outrem, a 
tipificação do crime de incêndio será o do Código Penal (Art. 250), com o aumento de pena. 
Inexistindo tal perigo a outrem, o crime será o do artigo 41 em exame, como já visto. O bem 
jurídico tutelado pelo Código Penal é a incolumidade pública, e, na Lei 9.605/98, o patrimônio 
ambiental.
2) Vale ressaltar que permanece em vigor a Contravenção Penal prevista no artigo 26, 
alínea "e" do Código Florestal, cujo teor é o seguinte: "fazer fogo, por qualquer modo, em florestas 
e demais formas de vegetação, sem tomar as precauções adequadas". 
3) Quando do incêndio em mata ou floresta - não decorrendo perigo comum à vida, à 
incolumidade física ou ao patrimônio de outrem - resultar dano à fauna com a morte, pelo fogo, de 
animais que ali habitavam (na modalidade dolosa), o infrator responderá pela incidência dos artigos 
29 e 41 da Lei 9.605/98.
4) Se o fogo não atingir tais proporções, teráocorrido a contravenção penal, assim como 
se o objeto material sobre o qual recair a conduta for outra forma de vegetação que não floresta ou 
mata, como cerrado, caatinga, campo limpo, desde que não constitua o delito de poluição tipificado 
no artigo 54 da Lei 9.605/98.
Entende-se por Mata (Conjunto de árvores de porte médio, naturais ou cultivadas);
Entende-se por Floresta (Formação arbórea densa, de alto porte, que recobre uma área 
de terra mais ou menos extensa);
Entende-se como Incêndio Florestal (fogo não controlado em floresta ou qualquer outra 
forma de vegetação – Art. 20 do Dec. 2.661/98)
Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios 
nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento 
humano:
Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) fabrica (produz, manufatura), vende 
(negocia, aliena,comercializa), transporta (conduz) ou solta (desprende, deixa livre) balões capazes 
de provocar incêndio, analisada a proximidade de seu lançamento em relação às florestas e demais 
formações vegetais protegidas, às áreas urbanas ou aos assentamentos humanos.
IMPORTANTE: em se tratando de balões de pequena mecha, os quais não utilizem 
líquidos combustíveis e se apagam instantaneamente, não se caracteriza o delito, visto que a 
potencialidade lesiva não está presente. 
Entende-se por Balão (Artefato de papel fino, colado de maneira que imite formas 
variadas, em geral de fabricação caseira, lançado ao ar e apto a subir em razão do ar quente 
produzido em seu interior);
Entende-se como Incêndio Florestal (fogo não controlado em floresta ou qualquer outra 
forma de vegetação – Art. 2 0 do Dec. 2.661/98)
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação 
permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Obs: A conduta quando autorizada não configura crime.
Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) extrai, ou seja, tirar para fora, arrancar, 
pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais (ferro, ouro, entre outros) de florestas de domínio 
público ou de preservação permanente de forma indevida.
Entende-se por Floresta (Formação arbórea densa, de alto porte, que recobre uma área 
de terra mais ou menos extensa);
Entende-se por Área de Preservação Permanente (Art. 2º e 3º da Lei nº 4.771/65 - 
Código Florestal, regulamentado pela Resolução CONAMA 303). VIDE ANEXO.
Entende-se por Florestas de domínio público, dentre outras:
Parque Nacional, Estadual ou Municipal - Unidade administrada pelo Poder Público, 
tendo como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais, a realização de pesquisas 
científicas, de atividades de educação ambiental, de recreação e contato com a natureza e de turismo 
ecológico. “È proibida qualquer forma de exploração dos recursos naturais nos parques e reservas 
biológicas criadas pelo poder público, na forma deste artigo” (Art. 5º, a, Lei 4.771/1965). 
Reserva Biológica - Área destinada à preservação integral da biota, administrada pelo 
Poder Público, sem interferência humana direta, cuja superfície varia em função do ecossistema ou 
das espécies a serem preservadas. O acesso público é restrito à pesquisa científica e a educação 
ambiental. “È proibida qualquer forma de exploração dos recursos naturais nos parques e reservas 
biológicas criadas pelo poder público, na forma deste artigo” (Art. 5º, a, Lei 4.771/1965). 
Estação Ecológica - Área representativa de um ecossistema, destinada à realização de 
pesquisas, à proteção do ambiente natural e à educação ambiental, permitindo alteração antrópica 
para realização de pesquisa científica em até 5% da área. As áreas compreendidas em seus limites 
devem ter domínio público. Essas pesquisas ecológicas não se confundem com a pesquisa mineral 
e, portanto, a pesquisa mineral evidentemente não é permitida na estação ecológica, como, também, 
vedada a pratica da lavra. “È proibida qualquer forma de exploração dos recursos naturais nos 
parques e reservas biológicas criadas pelo poder público, na forma deste artigo” (Art. 5º, a, Lei 
4.771/1965). 
Área de Proteção Ambiental (APA) - Área de domínio público e privado, sob 
administração pública, com o objetivo de proteger recursos hídricos e bacias hidrográficas, 
preservar belezas cênicas e atributos culturais relevantes, criar condições para o turismo ecológico, 
incentivar o desenvolvimento regional integrado, fomentar o uso sustentado do ambiente e servir de 
zona tampão para as categorias mais restritivas. Os objetivos específicos do manejo e as restrições 
de uso dos recursos naturais são estabelecidos no ato legal de criação da APA, compatibilizando o 
desenvolvimento socioeconômico com as necessidades de conservação. “Não são permitidas nas 
APAS as atividades de terraplanagem, mineração, dragagem, e escavação que venham a causar 
danos ou degradação ao meio ambiente e/ou perigo para pessoas ou para a biota” (Art. 6º, 
Resolução 10/88 – conama).
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do 
Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou 
não, em desacordo com as determinações legais:
Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.
Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) corta (decepa, talha, divide) ou transforma 
(modificar) madeira de lei em carvão vegetal, para fins econômicos ou não, de forma indevida.
Obs.: A conduta efetuada de acordo com as determinações legais será considerada lícita.
Entende-se por carvão (Substância obtida pela carbonização ou queima de madeira);
Entende-se como Madeira de Lei (Madeiras resistentes, duras ou rijas, próprias para a 
construção e trabalhos expostos a intempéries).
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão 
e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela 
autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até o final 
beneficiamento:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em 
depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem 
licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade 
competente.
Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) recebe (aceita) ou adquire (compra, troca) 
produtos e subprodutos florestais, sem exigir do vendedor o Documento de Origem Florestal – DOF 
e sem estar de posse da via que os acompanham. Geralmente ocorre com madeireiras e indústrias 
moveleiras.
IMPORTANTE: só se caracteriza se forem utilizados com fins comerciais ou industriais 
(que visem vantagem pecuniária)
Ocorre quando a pessoa (física ou jurídica) vende, ou tão somente expõe à venda, ou 
mantêm em depósito para si, ou transporta ou guarda para outrem, produtos e subprodutos florestais 
sem estar de posse do Documento de Origem Florestal – DOF. Geralmente ocorre com as serrarias 
e madeireiras.
Entende-se por madeira (cerne rijo e lenhoso da árvore);
Entende-se por lenha (porção de ramos ou fragmentos de troncos de árvores);
Entende-se por carvão (substância obtida pela carbonização ou queima de madeira);
Entende-se por outros produtos de origem vegetal (resinas, folhas, raízes, etc.).
Entende-se por Licença (Documento de Origem Florestal - obrigatório para o controle 
do transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa, inclusive o 
carvão vegetal nativo, contendo as informações sobre a procedência desses produtos e subprodutos.
IMPORTANTE: mesmo se a pessoa

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