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Resumo Atenção integral a saude

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Resumo – Atenção Integral à SaúdeNathália Castelan
Aula: Diferentes Concepções Sobre Saúde
 “O conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural. Ou seja: saúde não representa a mesma coisa para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar, da classe social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas.” Moacyr Scliar
· concepção mágico-religiosa: a doença resulta da ação de forças alheias ao organismo que neste se introduzem por causa do pecado ou de maldição; um sinal da cólera divina, diante dos pecados humanos. Deus é também o Grande Médico: “Eu sou o Senhor, e é saúde que te trago” (Êxodo 15, 26); “De Deus vem toda a cura” (Eclesiastes, 38, 1-9).
Doença = desobediência ao mandamento divino.
· Concepção racional: - Hipócrates de Cós (460-377 a.C.)
postulou a existência de quatro fluidos (humores) principais no corpo: bile amarela, bile negra, fleuma e sangue. Desta forma, a saúde era baseada no equilíbrio desses elementos. Ele via o homem como uma unidade organizada e entendia a doença como uma desorganização desse estado.
 - valorização da observação empírica – visão epidemiológica do problema de saúde fatores ambientais ligados à doença, defendendo um conceito ecológico de saúde-enfermidade.
· Miasma: emanações de regiões insalubres capazes de causar doenças. O nome vem do latim e significa “maus ares”. 
- Galeno (129-199) revisitou a teoria humoral e ressaltou a importância dos quatro temperamentos no estado de saúde. Via a causa da doença como endógena dentro do próprio homem, em sua constituição física ou em hábitos de vida que levassem ao desequilíbrio.
· O suíço Paracelsus (1493-1541) afirmava que as doenças eram provocadas por agentes externos ao organismo. Naquela época, e no rastro da alquimia, a química começava a se desenvolver e influenciava a medicina. Dizia Paracelso que, se os processos que ocorrem no corpo humano são químicos, os melhores remédios para expulsar a doença seriam também químicos.
· o desenvolvimento da mecânica influenciou as idéias de René Descartes, no século XVII. Ele postulava um dualismo mente-corpo, o corpo funcionando como uma máquina. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento da anatomia, também conseqüência da modernidade, afastou a concepção humoral da doença, que passou a ser localizada nos órgãos.
· “Revolução pasteuriana” , final do século XIX: microscópio revelando a existência de microrganismos pela primeira vez, fatores etiológicos até então desconhecidos estavam sendo identificados; doenças agora poderiam ser prevenidas e curadas
· OMS - 7 de abril de 1948 (desde então o Dia Mundial da Saúde) – reconhece o direito à saúde e a obrigação do Estado na promoção e proteção da saúde - “Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade”. O campo da saúde abrange: 
a biologia humana, que compreende a herança genética e os processos biológicos inerentes à vida, incluindo os fatores de envelhecimento;
o meio ambiente, que inclui o solo, a água, o ar, a moradia, o local de trabalho;
o estilo de vida, do qual resultam decisões que afetam a saúde: fumar ou deixar de fumar, beber ou não, praticar ou não exercícios; 
a organização da assistência à saúde.
Aula: Modelos de atenção à saúde
Concepção saúde / doença + recursos disponíveis (estes determinados pela economia) = Atenção à saúde é o conjuntod e saberes e técnicas que determinam as ações destinas ao enfrentamento dos problemas relacionados à saúde, incluídas em serviços sistematicamente ofertado ou de caráter eventual Modelo de atenção à saúde é, então, a forma como está organizado este conjunto de saberes e técnicas.
1. Modelo biomédico: biomedicina, medicina contemporânea, modelo clínico ou modelo flexneriano. 
-Racionalista, mecanicista, cartesiana e biologicista
- Busca causas naturais das doenças
- Corpo é análogo a uma maquina
- Procura compreender o todo a partir de suas partes
- Conhecimento dos aspectos biológicos da doença
- Saúde = ausência de doença
- Ainda vigora
Consequências: Conhecimento fragmentado; ênfase na doença deixando a saúde mental de lado ; ênfase nos processos curativos, privilegiando os processos de diagnóstico e terapêutica em detrimento dos aspectos preventivos e da promoção da saúde; concentração do poder no médico, privilegiando só um olhar sobre as questões que se apresentam.
Alternativas: Reino Unido 1920 - Nele coloca-se o médico clínico geral como o primeiro contato do paciente em qualquer cadeia de serviços. É a partir de um centro primário de serviços que se organizaria a atenção ao usuário. Fala-se em uma organização de serviços hierarquizada, em crescente grau de complexidade. Para compor uma rede de serviços, Dawson considera importante que os profissionais não fiquem isolados, mas que possam formar uma “corrente intelectual e de camaradagem” entre profissionais de diferentes serviços, de forma atuar na formação dos mesmos e na eficiência das unidades de saúde (seja de atenção domiciliar, centros primários, secundários ou hospitais escola) (Dawson, 1964). 
2. Concepção ampliada: OMS 1948 traduz a percepção da importância da sociedade e do ambiente de trabalho, ao ampliá-lo para além da ausência da doença e relacioná-lo ao direito a uma vida plena.
Complementação da aula: ATENÇÃO À SAÚDE
Gustavo Corrêa MattaMárcia Valéria Guimarães Morosini
Atenção à saúde designa a organização estratégica do sistema e das práticas de saúde em resposta às necessidades da população. É expressa em políticas, programas e serviços de saúde consoante os princípios e as diretrizes que estruturam o Sistema Único de Saúde(SUS).
A compreensão do termo ‘atenção à saúde’ remete-se tanto a processos históricos, políticos e culturais que expressam disputas por projetos no campo da saúde quanto à própria concepção de saúde sobre o objeto e os objetivos de suas ações e serviços, isto é, o que e como devem ser as ações e os serviços de saúde, assim como a quem se dirigem, sobre o que incidem e como se organizam para atingir seus objetivos.
Numa perspectiva histórica, a noção de atenção pretende superar a clássica oposição entre assistência e prevenção, entre indivíduo e coletividade, que durante muitos anos caracterizou as políticas de saúde no Brasil. Dessa forma, remete-se à histórica cisão entre as iniciativas de caráter individual e curativo, que caracterizam a assistência médica, e as iniciativas de caráter coletivo e massivo, com fins preventivos, típicas da saúde pública. Essas duas formas de conceber e de organizar as ações e os serviços de saúde configuraram dois modelos distintos – o modelo biomédico e o modelo campanhista/preventivista – que marcaram, respectivamente, a assistência médica e a saúde pública, faces do setor saúde brasileiro cuja separação, há muito instituída, ainda representa um desafio para a constituição da saúde em um sistema integrado.
O modelo biomédico, estruturado durante o século XIX, associa doença à lesão, reduzindo o processo saúde-doença à sua dimensão anatomofisiológica, excluindo as dimensões histórico-sociais, como a cultura, a política e a economia e, conseqüentemente, localizando suas principais estratégias de intervenção no corpo doente. Por outro lado, desde o final do século XIX, o modelo preventivista expandiu o paradigma microbiológico da doença para as populações, constituindo-se como um saber epidemiológico e sanitário, visando à organização e à higienização dos espaços humanos.
No Brasil, os modelos de atenção podem ser compreendidos em relação às condições socioeconômicas e políticas produzidas nos diversos períodos históricos de organização da sociedade brasileira.
O modelo campanhista – influenciado por interesses agroexportadores no início do século XX – baseou-se em campanhas sanitárias para combater as epidemias de febre amarela, peste bubônica e varíola, implementando programas de vacinação obrigatória, desinfecção dos espaços públicos edomiciliares e outras ações de medicalização do espaço urbano, que atingiram, em sua maioria, as camadas menos favorecidas da população. Esse modelo predominou no cenário das políticas de saúde brasileiras até o início da década de 1960.
O modelo previdenciário-privatista teve seu início na década de 1920 sob a influência da medicina liberal e tinha o objetivo de oferecer assistência médico-hospitalar a trabalhadores urbanos e industriais, na forma de seguro-saúde/previdência. Sua organização é marcada pela lógica da assistência e da previdência social, inicialmente, restringindo-se a algumas corporações de trabalhadores e, posteriormente, unificando-se no Instituto Nacional de Assistência e Previdência Social (INPS), em 1966, e ampliando-se progressivamente ao conjunto de trabalhadores formalmente inseridos na economia (Baptista, 2005). Esse modelo é conhecido também por seu aspecto hospitalocêntrico, uma vez que, a partir da década de 1940, a rede hospitalar passou a receber um volume crescente de investimentos, e a ‘atenção à saúde’ foi-se tornando sinônimo de assistência hospitalar. Trata-se da maior expressão na história do setor saúde brasileiro da concepção médico-curativa, fundada no paradigma flexneriano, caracterizado por uma concepção mecanicista do processo saúde-doença, pelo reducionismo da causalidade aos fatores biológicos e pelo foco da atenção sobre a doença e o indivíduo. Tal paradigma que organizou o ensino e o trabalho médico foi um dos responsáveis pela fragmentação e hierarquização do processo de trabalho em saúde e pela proliferação das especialidades médicas.
Nesse mesmo processo, o modelo campanhista da saúde pública, pautado pelas intervenções na coletividade e nos espaços sociais, perde terreno e prestígio no cenário político e no orçamento público do setor saúde, que passa a privilegiar a assistência médico-curativa, a ponto de comprometer a prevenção e o controle das endemias no território nacional.
Ao final da década de 1970, diversos segmentos da sociedade civil– entre eles, usuários e profissionais de saúde pública – insatisfeitos com o sistema de saúde brasileiro iniciaram um movimento que lutou pela ‘atenção à saúde’ como um direito de todos e um dever do Estado. Este movimento ficou conhecido como Reforma Sanitária Brasileira e culminou na instituição do SUS por meio da Constituição de 1988 e posteriormente regulamentado pelas Leis 8.080/90 e 8.142/90, chamadas Leis Orgânicas da Saúde.
Em meio ao movimento de consolidação do SUS, a noção de atenção afirma-se na tentativa de produzir uma síntese que expresse a complexidade e a extensão da concepção ampliada de saúde que marcou o movimento pela Reforma Sanitária:
“Saúde é a resultante das condições de habitação, alimentação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde”.
A partir dessa concepção ampliada do processo saúde-doença, a ‘atenção à saúde’ intenta conceber e organizar as políticas e as ações de saúde numa perspectiva interdisciplinar, partindo da crítica em relação aos modelos excludentes, seja o biomédico curativo ou o preventivista.
No âmbito do SUS, há três princípios fundamentais a serem considerados em relação à organização da ‘atenção à saúde’. São eles: o princípio da universalidade, pelo qual o SUS deve garantir o atendimento de toda a população brasileira; o princípio da integralidade, pelo qual a assistência é “entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos (...)” (Brasil, 1990); e o princípio da eqüidade, pelo qual esse atendimento deve ser garantido de forma igualitária, porém, contemplando a multiplicidade e a desigualdade das condições sócio-sanitárias da população.
Em relação à universalidade, o desafio posto à organização da ‘atenção à saúde’ é o de constituir um conjunto de ações e práticas que permitam incorporar ou reincorporar parcelas da população historicamente apartadas dos serviços de saúde. Da mesma forma, ao pautar-se pelo princípio da integralidade, a organização da ‘atenção à saúde’ implica a produção de serviços, ações e práticas de saúde que possam garantir a toda a população o atendimento mais abrangente de suas necessidades. Já em relação à eqüidade, a ‘atenção à saúde’ precisa orientar os serviços e as ações de saúde segundo o respeito ao direito da população brasileira em geral de ter as suas necessidades de saúde atendidas, considerando, entretanto, as diferenças historicamente instituídas e que se expressam em situações desiguais de saúde segundo as regiões do país, os estratos sociais, etários, de gênero entre outros.
Premido, de um lado, pelas tensões geradas por essa pauta de princípios e, de outro, pela convivência com os paradigmas do modelo assistencialista, o SUS organizou a ‘atenção à saúde’ de forma hierarquizada, em níveis crescentes de complexidade. Segundo essa lógica, os serviços de saúde são classificados nos níveis primário, secundário e terciário de atenção, conforme o grau de complexidade tecnológica requerida aos procedimentos realizados. A imagem associada a essa hierarquização é a de uma pirâmide, em cuja base se encontram os serviços de menor complexidade e maior freqüência, que funcionariam como a porta de entrada para o sistema. No meio da pirâmide, estão os serviços de complexidade média e alta, aos quais o acesso se dá por encaminhamento e, finalmente, no topo, estão os serviços de alta complexidade, fortemente especializados.
Essa tentativa de organizar e racionalizar o SUS, se, por um lado, proporcionou um desenho e um fluxo para o sistema, por outro, reforçou a sua fragmentação e subvalorizou a atenção primária como um lócus de tecnologias simples, de baixa complexidade.
Em contraposição, o modelo de atenção pode constituir-se na resposta dos gestores, serviços e profissionais de saúde para o desenvolvimento de políticas e a organização dos serviços, das ações e do próprio trabalho em saúde, de forma a atenderem as necessidades de saúde dos indivíduos, nas suas singularidades, e dos grupos sociais, na sua relação com suas formas de vida, suas especificidades culturais e políticas. O modelo de atenção pode, enfim, buscar garantir a continuidade do atendimento nos diversos momentos e contextos em que se objetiva a ‘atenção à saúde’.
Nesse sentido, existem também propostas de atenção dirigidas a grupos específicos que podem ser descritas como políticas voltadas para ‘atenção à saúde’ por ciclo de vida – ‘atenção à saúde’ do idoso, à criança e ao adolescente, ‘atenção à saúde’ do adulto; a portadores de doenças específicas – atenção à hipertensão arterial, diabetes, hanseníase, DST/Aids, entre outras; e também relativas a questões de gênero – saúde da mulher e, mais recentemente, saúde do homem.
Essas propostas podem vir associadas a estratégias de centralização política e especialização técnica, historicamente concebidas como programas de saúde que antagonizam com a lógica da integralidade, uma vez que favorecem a fragmentação das políticas e das ações de saúde e buscam uniformizar a intervenção por meio de protocolos técnico-científicos pouco permeáveis às especificidades políticas, sociais e culturais. Ao contrário, argumenta-se que:
A complexidade dos problemas de saúde requer para o seu enfrentamento a utilização de múltiplos saberes e práticas. O sentido da mudança do foco dos serviços e ações de saúde para as necessidades individuais e coletivas, portanto para o cuidado, implica a produção de relações de acolhimento, de vínculo e de responsabilização entre os trabalhadores e a população, reforçando a centralidade do trabalho da equipe multiprofissional. (EPSJV, 2005, p. 75)
Numa dimensão ético-política, isto significa afirmar que a ‘atenção à saúde’ se constrói a partir de uma perspectiva múltipla, interdisciplinar e, também, participativa, na qual a intervenção sobre o processo saúde-doença é resultado da interação e do protagonismo dos sujeitos envolvidos: trabalhadores e usuáriosque produzem e conduzem as ações de saúde.
Aula: Políticas públicas de saúde
Parte 1: A história da saúde pública no Brasil
- Década de 20
- Naturalmente, a falta de um modelo sanitário para o país, deixavam as cidades brasileiras a mercê das epidemias. No início desse século, a cidade do Rio de Janeiro apresentava um quadro sanitário caótico caracterizado pela presença de diversas doenças graves que acometiam à população, como a varíola, a malária, a febre amarela, e posteriormente a peste.
- Oswaldo Cruz
- Revolta da vacina
- Apesar das arbitrariedades e dos abusos cometidos, o modelo campanhista obteve importantes vitórias no controle das doenças epidêmicas, conseguindo inclusive erradicar a febre amarela da cidade do Rio de Janeiro, o que fortaleceu o modelo proposto e o tornou hegemônico como proposta de intervenção na área da saúde coletiva saúde durante décadas.
 Os anos 1970 e as políticas de saúde: 
Reforma sanitária: “conjunto de idéias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde. Essas mudanças não abarcavam apenas o sistema, mas todo o setor saúde, introduzindo uma nova idéia na qual o resultado final era entendido como a melhoria das condições de vida da população.” Fiocruz
- Pós-guerra
- Decadência econômica
- baixa cobertura assistencial e disseminação de doenças 
marcadamente da pobreza, como as verminoses e aquelas 
de veiculação hídrica.
- objetivo de melhorar o atendimento e diminuir o gasto 
com recursos
- favoráveis à prestação estatal de serviços de saúde
- Objetivo de aumentar o alcance da cobertura dos serviços 
médicos, especialmente nas áreas rurais; e viabilizar, com 
foco nos cuidados primários em saúde, a regionalização da 
atenção e da assistência médica, de forma descentralizada 
e hierarquizada
- Pouco antes de morrer, Arouca dizia que era preciso retomar os princípios básicos da reforma sanitária, que não se resumiam à criação do SUS. Ela mostrava que o conceito de saúde e doença estava ligado a trabalho, saneamento, lazer e cultura. Por isso, era preciso discutir a saúde não como política do Ministério da Saúde, mas como uma função de Estado permanente.
8ª Conferencia Nacional de saúde
- 1986 
-tem a criação do sus como sua maior proposta
- Universalização
- Integralidade das ações e da atenção
- Unificação do Ministério da Saúde e INAMPS que esta sobre a tutela do ministério da previdência
- Proposta de modelo assistencial ampliado
CAP - Cada empresa tinha seu sistema próprio de previdência social e assistência médica. Não sofriam interferência externa, tampouco de outras empresas (1923-1933). Por exemplo, o banco Gama tinha sua CAP e o banco Beta tinha sua CAP. Uma não sofria interferência da outra.
 IAP - Cada categoria profissional (ex.: reunião de todos os bancários em um único instituto) tinha seu sistema próprio de previdência social e assistência médica. Não sofriam interferência externa de outras categorias profissionais (1933-1966). Por exemplo, os bancos Gama, Beta e demais tinham um instituto próprio, o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Bancários (IAPB). Esse instituto não sofria interferência dos demais, a exemplo do Instituto de Aposentadoria dos Portuários e Marítimos (IAPM). 
INPS - Todas as categorias profissionais (marítimos, comerciários, bancários, servidores públicos etc.) passaram a ter apenas um sistema previdenciário, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que unificou todos os IAP. Esse instituto era gerido pelo governo. Era responsável pela assistência médica e previdência social de seus integrantes (trabalhadores formais e respectivos dependentes). O INPS teve curta duração (1966-1977). 
INAMPS - O INPS administrava tanto os serviços de assistência médica como os de previdência social. Imagine como era a bagunça desse instituto. Em 1977, por meio da Lei nº 6439/77 que instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), o governo desdobrou o INPS em Instituto de Administração da Previdência Social (IAPAS), Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). O INAMPS passou a ser a autarquia responsável pela assistência à saúde dos trabalhadores e seus dependentes inscritos no sistema de previdência social.
Parte 2: Criação do SUS e suas diretrizes
- 1988
- Artigo 196: “A saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo mediante
 políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
 proteção e recuperação”.
- O SUS é definido pelo artigo 198 do seguinte modo:
 “As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I. Descentralização , com direção única em cada esfera de governo;
II. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III. Participação da comunidade
Parágrafo único - o sistema único de saúde será financiado , com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.”
· Princípios doutrinários do SUS: 
1) Universalidade - universalizou o direito à saúde, e com isso, eliminou a necessidade do usuário do sistema público colocar-se como trabalhador ou como “indigente”, situações que condicionavam o acesso aos serviços públicos antes do SUS – Acesso para todos os cidadãos
2) Integralidade:  É o reconhecimento na prática dos serviços de que: 
• cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade; 
• as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas; 
• as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral. 
Enfim: “O homem é um ser integral, bio-psico-social, e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde.Equidade: 
Dispor recursos para o restabelecimento de equilíbrio saúde doença na proporção da necessidade, e para aqueles em situação de maior vulnerabilidade e risco de agravos de saúde.
· Diretrizes organizativas do SUS:
1) REGIONALIZAÇÃO e HIERARQUIZAÇÃO - Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida. Isto implica na capacidade dos serviços em oferecer a uma determinada população todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade (solução de seus problemas). O acesso da população à rede deve se dar através dos serviços de nível primário de atenção que devem estar qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde. Os demais, deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica. A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada e regionalizada, permite um conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade.
2) DESCENTRALIZAÇÃO - É entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da idéia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Assim, o que é abrangência de um município deve ser de responsabilidade do governo municipal; o que abrange um estado ou uma região estadual deve estar sob responsabilidade do governo estadual, e, o que for de abrangência nacionalserá de responsabilidade federal. Deverá haver uma profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo com um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde - é o que se chama municipalização da saúde. Aos municípios cabe, portanto, a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde diretamente voltadas aos seus cidadãos.
3) PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS - É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local. ABC do SUS - Doutrinas e Princípios Ministério da Saúde - Secretaria Nacional de Assistência à Saúde 6 Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, com representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço. Outra forma de participação são as conferências de saúde, periódicas, para definir prioridades e linhas de ação sobre a saúde. Deve ser também considerado como elemento do processo participativo o dever das instituições oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde.
· DESPENCA EM PROVA: esta participação se dá a partir dos Conselhos e Conferências de saúde.
- nova dinâmica de democratização da esfera pública, tornando-a mais permeável a presença e ação da sociedade. Ao influir nas políticas e nas decisões de gestão, a sociedade e o Estado passam a estabelecer uma corresponsabilidade para que, em tese, prevaleça o interesse público.
O artigo 1° da lei 8142/90 afirma que: § 1o — A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. § 2o . — O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuário, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera de governo. (BRASIL, 1990
- A Legislação Ordinária determina que o poder legislativo deva dispor de uma Comissão de Saúde e atuar em articulação permanente com os conselhos de saúde, propondo mesmo que suas atribuições considerem as análises e recomendações dos respectivos conselhos. Nessa perspectiva, a aprovação do orçamento da saúde pelo Legislativo local deve considerar o Plano de Saúde aprovado pelo Conselho. Esta dinâmica pressupõe que o conselho seja capaz de trazer novas proposições e alternativas para a saúde, traduzindo as aspirações populares e aproximando o planejado das reais necessidades de saúde do território.
AULA: Atenção primária à saúde
Reorganização dos Sistemas de Saúde
Definição: conjunto de intervenções – Individual e coletivo
 - Promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação INTEGRALIDADE
 - Gerenciais e sanitárias
Resolver até o seu limite, até quase a totalidade
 - Democráticas / participativas
 - Trabalho em equipe
 - Territórios delimitados
 - Baixa densidade / alta complexidade
 - Resolubilidade
 - Princípios da atenção
A assistência seria então entendida como um conjunto de procedimentos clínico-cirúrgicos dirigidos a indivíduos, estejam eles doentes ou não. A atenção seria um conjunto de atividades intra e extra-setor saúde (intersetorialidade) que, incluindo também a assistência individual, não se esgota nela, atingindo grupos populacionais com o objetivo de manter a condição de saúde, requerendo ações concomitantes sobre todos os determinantes do PSa
· As ações individuais reconhecem os indivíduos como sujeitos, portadores de direitos e responsabilidades – não mais como objetos de ações coletivas, que antes não reconheciam as singularidades das pessoas e comunidades.
· As ações coletivas devem impactar grupos ou organizações, pressupondo algum tipo de interesse específico compartilhado, ou ainda a interação entre os participantes. Os exemplos seriam as atividades educativas em grupo, palestras, peças publicitárias em meios de comunicação de massa, entre outras.
ATENÇÃO BÁSICA = ATENÇÃO PRIMÁRIA 
FUNÇÕES:
1) Resolução: 80 a 85% dos casos atendidos pelo SUS são na AP. A expectativa é que se atenda e RESOLVA a maioria destes casos.
“identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais.”
2) Organização: o mpedico da equipe da atenção deve conhecer os locais em que os pacientes serão encaminhados. Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS
CAI MUITO EM PROVA
3) Responsabilização: o medico responsável organiza o fluxo deste paciente. Se liga a atenção quaternária.
PRINCÍPIOS: 
1) Primeiro contato: a porta tem que estar aberta a todos
Equidade, universalidade
A unidade básica deve ser a referencia do cidadão
Territorialização: deve estar localizada o mais central possível dentro de sua área de atendimento.
Acessibilidade: disponibilidade, comodidade, aceitabilidade.
O primeiro atendimento de urgência pode ser feita em qualquer unidade básica, porem o acompanhamento não. 
A APS foi definida então como “atenção essencial à saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, cientificamente comprovados e socialmente aceitos, tornados universalmente acessíveis a indivíduos e famílias na comunidade, a um custo que tanto a comunidade quanto o país possa arcar em cada estágio de seu desenvolvimento. É parte integral do sistema de saúde do país, do qual é função central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo de atenção continuada à saúde”
2) Longitudinalidade: Cuidar da mesma pessoa ou grupo de pessoas por anos.
Benefícios: menor utilização dos serviços; melhor atenção preventiva; atenção mais oportuna e adequada; melhor reconhecimento dos problemas do usuário; menos hospitalizações; custos mais baixos; vinculo com profissional e quipe de saúde; manejo clinico adequado.
A longitudinalidade do cuidado pressupõe a continuidade da relação clínica, com construção de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do tempo e de modo permanente, acompanhando os efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na vida dos usuá- rios, ajustando condutas quando necessário, evitando a perda de referências e diminuindo os riscos de iatrogenia decorrentes do desconhecimento das histórias de vida e da coordenação do cuidado.
3) Integralidade: Intersetorialidade; interdisciplinalidade.
“A presença de diferentes formações profissionais, assimcomo um alto grau de articulação entre os profissionais, é essencial, de forma que não só as ações sejam compartilhadas, mas também tenha lugar um processo interdisciplinar no qual progressivamente os núcleos de competência profissionais específicos vão enriquecendo o campo comum de competências, ampliando, assim, a capacidade de cuidado de toda a equipe.”
4) Coordenação: interligado com a organização; disponibilidade de informação a respeito dos problemas de saúde e serviços prestados.
5) Abordagem familiar: conhecer os membros da família e dos seus problemas de saúde (todo mundo que mora na casa).
6) Enfoque comunitário: Atender as necessidades de saúde de uma população definida.
7) Conselhos locais, municipais e conferencias de saúde. 
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf
http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_politico_gestor/Unidade_3.pdf
AULA: estratégia de saúde da família 
Histórico: 
1991: PACS – programa de agentes comunitários da saúde – muda o enfoque família com unidade de ação na atenção a saúde
1991 – 1994: PSF – inspirados nos modelos do Canadá, Cuba, Suécia e Inglaterra.
Programa Estratégia
Definição: Organização, integração, resolução.
Modelo substitutivo da rede básica tradicional – substitui os postões do INANPS
Objetivos: antenção integral, contínua, de boa qualidade, resolubilidade - na UBS e no domicílio.
Vínculo entra paciente e profissionais, ações intersetoriais, democratização do conhecimento.
“A saúde da família está no primeiro nível de atenção no Sistema Único de Saúde (SUS) e é considerada uma estratégia primordial para a organização e o fortalecimento da atenção básica. A partir do acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada, são desenvolvidas ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes. 
Para efetivar essas ações, é necessário o trabalho de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde, formadas por: médico, enfermeiro, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde, cirurgião-dentista, auxiliar de consultório dentário ou técnico de higiene dental.
As equipes de saúde da família estabelecem vínculo com a população, possibilitando o compromisso e a co-responsabilidade dos profissionais com os usuários e a comunidade, com o desafio de ampliar as fronteiras de atuação e resolubilidade da atenção. Além disso, tem como estratégia de trabalho: conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável, por meio de cadastramento e diagnóstico de suas características sociais, demográficas e epidemiológicas; identificar os principais problemas de saúde e situações de risco às quais a população que ela atende está exposta; e prestar assistência integral, organizando o fluxo de encaminhamento para os demais níveis de atendimento, quando se fizer necessário.” Pense Fiocruz
Diretrizes operacionais:
1) Caráter substitutivo, complementariedade e hierarquização:
Centros de Saúde – usf – porta de entrada
Atenção contínua nas especialidades básicas
Equipe multiprofissional
Proteção, promoção e recuperação da saúde
2) Adscrição: é um processo de vincula- ção de pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, com o objetivo de ser referência para o seu cuidado.
3) Instalação das unidades de saúde da família
4) Composição da equipe: 1 medico generalista; 1 enfermeiro; 1 auxiliar de enfermagem, 4 a 6 agentes comunitários (que devem morar nas suas respectivas áreas de atuação; Ser responsável por 750 pessoas; cada equipe deve ser responsável por no máximo 4000 pessoas, ter 2° completo)
NASF: Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade. São constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das equipes de Saúde da Família, das equipes de atenção básica para populações específicas (Consultórios na Rua, equipes Ribeirinhas e Fluviais etc.) e Academia da Saúde, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade dessas equipes, atuando diretamente no apoio matricial às equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o NASF está vinculado e no território dessas equipes. Os NASF devem buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários. São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pelos profissionais dos NASF: discussão de casos, atendimento conjunto ou não, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes etc.
Poderão compor os NASF 1 e 2 as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações (CBO): médico acupunturista; assistente social; profissional/professor de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista/obstetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico geriatra; médico internista (clínica médica); médico do trabalho; médico veterinário; profissional com formação em arte e educação (arte educador); e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas. A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas.
5) Atribuições das equipes: SABER ATÉ DEPOIS DE MORTO!!!!!!
- Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famí- lias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades;
- Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local;
- Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local;
- Responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando necessitar de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde;
- Praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que visa a propor intervenções que influenciem os processos de saúde-doença dos indivíduos, das famílias, das coletividades e da própria comunidade;
São para todos, as ações devem ser pautadas por essas atribuições
Desenvolver as atividades de forma dinâmica; avaliar permanentemente acompanhamento dos indicadores de saúde; conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis; identificar os probs de saúde prevalente; 
Visita domiciliar: OBRIGATÓRIAS, são é so dos agentes comunitários, mas do medico também;
Participação em grupos comunitários: grupos específicos.
· Atribuições do medico: atender a todos os componentes das famílias, independentemente de sexo e idade; compreendere a doença em seu contexto pessoal, familiar e social; prestar assistência integral aos indivíduos sob sua responsabilidade; relação medico-familia e medico-paciente faz parte do processo terapêutico e de confiança; executar ações básicas de vigilância epidemiológica e sanitária na sua área de abrangência; empenhar- se em manter seus pacientes saudáveis, quer venham as consultas ou não; executar as ações de assistência nas áreas de atenção a criança, ao adolescente, a mulher , ao trabalhador, ao adulto e ao idoso, realizando também atendimentos de primeiros cuidados nas urgências e pequenascirurgias ambulatoriais, entre outros; promover qualidade de vida e contribuir para que o meio ambiente seja saudável; discutir de forma permanente – junto a equipe de trabalho e comunidade – o conceito de cidadania, enfatizando os direitos a saúde e as bases legais que os legitimam; participar do processo de programação e planejamento das ações e da organização do processo de trabalho das unidades de saúde da família.
territorialização
Reorganização das praticas de trabalho
1. Diagnostico da saúde da comunidade:
Realizar o cadastramento das famílias da área de abrangência e levantar indicadores epidemiológicos e socioeconômicos
Utilizar as diversas fontes de informação que possibilitem melhr identificação da área trabalhada, como dados do ibge, cartórios e secretarias de saúde.
Do ponto de vista pratico, atenção básica e primaria são a mesma coisa.
A estratégia de saúde da família é utilizada para promover saúde.
Nem toda atenção básica e primaria é realizada por meio da saúde da família. 
A UBS não tem estratégia de saúde da família. 
2. Planejamento / programação local: cada unidade tem um planejamento próprios.
O pressuposto básico do PSF é: quem planeja deve estar imerso na realidade sobre a qual se planeja.
O processo deplanejamnto deve ser pensado como um todo e direcionado a resolução dos problemas identificados no território, visando a melhoria progressiva das confiçoes de saúde e de qualidade de vida da população assistida.
3. Complementariedade: colocaboração entre as reas de promoção e assisntecia a saúde, rompendo com a dicotomia entre as acoes de saúde e publica e a atenção medica individual.
4. Abordagem multiprofissional: o atendimento no psf deve ser sempre realizado por uma equipe multiprofissional; integralidade; ênfase na prevenção
5. Referencia e contra-referência: a professora gosta o medico deve entregar seu paciente para outro medico com o maior numero de detalhes possível; a responsabilidade pelo acompanhamento dos indivíduos e famílias dever mantida em todo o processo de referencia e contra-referencia.
6. Educação continuada: a equipe necessita de um processo de capacitação e informação continuo e eficaz – possibilita o aperfeiçoamento profissional.
7. Estimulo intersetorial: os funcionários do PSF devem se preocupar com: saneamento, educação, segurança...
8. Acompanhamento e avaliação: 
9. Controle social: conferencias e conselhos de saúde
Complementação/; RESUMO DO GUIA PRÁTICO DE PSF
Os agentes de saúde pertencem a região onde atuam.
· observam os principais problemas da região
· acompanham as famílias da regiãoas cidades onde funciona o PSF, o comando geral das ações fica por conta do Secretário Municipal de Saúde.
· Saúde bucal: as ações da saúde bucal tornam as ações de Saúde da Familia mais eficazes. É essencial, no entanto, que as equipes de saúde bucal trabalhem em sintonia perfeita com o restante da Unidade Básica.
· Nas equipes de PSF, o auxiliar de enfermagem preparam os usuários para exames, tratamentos, zelam pela limpeza dos equipamentos, participa da busca ativa dos casos de tuberculose, hanseníase e outras doenças.
· Os enfermeiros acompanham e promovem a capacitação dos agentes e auxiliares, são co-responsáveis pela administração da unidade e atuam na assistência.
Um caminho infalível, contra todas as doenças, é não ficar doente. Um caminho seguro para buscar esse objetivo é garantir que as pessoas tenham acesso aos serviços de atenção básica. Pela promoção as saúde, assistência básica e prevenção.
Equipes de saudade familia: 1 médico, 1 enfermeiro, 4 a 6 agentes de saúde atuam nas unidades de Saúde da Família, onde contam com equipamentos indispensáveis para garantir bom atendimento à comunidade.
Enquanto os postos e centros de saúde tradicionais adotam um modelo passivo de atenção, limitados a encaminhar doentes para centros especializados, as Equipes de Saúde da Família identificam os problemas e necessidades das famílias e da comunidade, planejando, priorizando e organizando o atendimento.
	
As ESF dispõe de meios e profissionais capazes de resolver a maioria dos problemas de saúde ali mesmo, na USF. Quando necessário, as ESF realizam atendimento no próprio domicílio.
Implantar o PSF significa reorganizar o sistema de saúde no município – e isso significa substituir as antigas diretrizes, baseadas na valorização do hospital, mais voltadas para a doença, e introduzir novos municípios, com foco na promoção da saúde na participação da comunidade.
NOAS 2001 - Norma operacional Básica da Assistência á Saúde: amplia as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica; define o processo de regionalização da assistência; cria mecanismos para o fortalecimento da gestão do SUS; atualiza os critérios de habilitação para os estados e municípios.
· Pacientes e esquipes têm que estar bem informados de que a unidade básica de saúde da família é o primeiro contato com o sistema de saúde. Isso significa que os profissionais em ação numa USF são capazes de resolver a maioria dos problemas de saúde daquela população, porque antes cadastram família por família, casa por casa, rua por rua, fizeram o diagnóstico de saúde da comunidade e prepararam um plano de ação no qual estabeleceram ações e metas em relação aos principais indicadores de saúde.
A USF pode solucionar em torno de 85% dos casos de saúde em sua área.
Mesma naqueles casos excepcionais em que é preciso encaminhar o paciente para especialistas ou hospitais, a ESF continua responsável pelo acompanhamento do caso, ainda que a pessoa tenha sido levada para outro município, a ESF se mantem informada, alerta. Durante todo o tratamento especializado e após o seu término, a ESF é responsável por todos os cuidados necessários para a recuperação.
· De uma a três equipes atuam na USF de acordo com a necessidade da comunidade e espaço da unidade.
· Cada ESF atende entre 600 e 1000 famílias não ultrapassando o limite máximo de 4500 pessoas.
· Numa USF devem existir a tecnologia e os quipamentos que permitam a resolução dos problemas de saúde da camunidade
· Atribuições gerai da USF:
I. Planeamento de ações
II. Saúde, promoção e vigilância
III. Trabalho interdisciplinar em quipe
IV. Abordagem integral da família
· Responsabilidade de cada nível:
1. Ministério da Saúde: estimulo à adoção do PSF; garantir fontes de recursos federais; consolidar e analisar dados de interesse nacional.
2. Secretarias Estaduais: ações de orientação e administração; capacitar e garantir processos de educação permanente aos processos de saúde dos membros da equipe.
3. Secretarias Municipais de saúde: executar e gerencias o PSF; inserir a estratégia de saúde da família em sua rede de serviços; garantir infraestrutura.
O financiamento do PSF é de responsabilidade das 3 esferas.
Aula: TERRITORIALIZAÇÃO
Não confundir com regionalização: diretriz organizativa do SUS / territorialização é um instrumento para fazer a estratégia da família funcionar.
Definição: a rede de atenção à saúde é montada após a territorialização.
Território politico administrativo x territórios sanitários: os sanitários são recortados pelos fluxos e contrafluxos da população de responsabilidade de uma rede de atenção a saúde, em suas demandas pelos serviços de saúde. O político são os limites do município normal mesmo. 
· Os limites políticos não são extrapolados, o individuo pode ate ser atendido em caso de urgência, mas não ser cadastrado.
Área de abrangência: delimitado de ação daquela equipe
População adscrita: população cadastrada dentro dessa área
Microárea: subdivisões da área de abrangência que cada agente é 
responsável.
O processo de territorialização envolve a definição:
- de perfil territorial ambiental – geografia do ambiente
- delimitação do território no mapa
- do perfil demográfico
- do perfil socioeconômico
- do perfil institucional
A territorialização serve para caracterizar a população e os fatores que interferem em sua saúde. Serve também para criar uma relação de responsabilidade entre a população adscrita e o serviço desaúde.
O município é responsável.
Objetivos:
- ser produto e meio para a descentralização das ações de saúde;
- melhorar os resultados, ao aproximar e adequar ações e recursos das necessidades e do perfil socioepidemiologico da clientela adscrita;
Passo a passo: representa a base para a realização do diagnostico da comunidade
1. Reconhecimento do território por meio de uma visita
2. Relacionar o numero de equipes ou profissionais de saúde: montagem da equipe de acordo com o numero de domicílios cadastrados. Por ex, território 1 precisa de 1 equipe, a 2 precisa de 6 equipes.
3. Cadastramento: a UBS é o centro do território – uso da logica circular
4. Mapa base: delimitação do território, área ou microareas de risco, equipamentos sociais, públicos e provados (escolas, creches...)
5. Cada ACS deve construir um mapa de sua área de atuação.
O médico, o enfermeiro e o técnico de enfermagem são responsáveis pela área inteira. Os agentes são responsáveis pela microárea.
· Operacionalização das ações de saúde: elaboração de roteiros de visitas às crianças de risco ou pacientes faltosos, identificação de responsáveis por determinado paciente, programação de atividades de controle de zoonoses etc;
· Dimensionamento das necessidades de saúde para alocação adequada dos recursos;
· Classificação de áreas de vulnerabilidade à saúde através da definição de áreas consideradas de maior ou menor risco para adoecer e morrer;
· Acompanhamento de indicadores de saúde e demográficos: p. ex., número de consultas por habitante, taxa de internação por doenças respiratória em menores de 5 anos ou composição etária da população;
· Integração de informações, sejam estas oriundas dos diferentes sistemas da saúde, sejam informações provenientes de outros setores municipais. Este intercâmbio de informações tem subsidiado tanto o planejamento do setor saúde, quanto de políticas públicas urbanas, como o Plano de Drenagem Urbana, acompanhamento dos serviços de concessão do abastecimento de água e esgotamento sanitário;
Diagnostico comunitário: identificar problemas, necessidades e recursos de uma comunidade. As ações tomadas, de acordo com as necessidades das comunidades, são avaliadas após algum tempo pré-determinado.
As equipes devem estar atentas as prioridades da população (o que a equipe acha pode não ser a realidade); devem avaliar as crenças, costumes e hábitos que afetam a saúde; estrutura familiar e social; como as pessoas aprendem.
· As crenças podem determinar hábitos que afetam a saúde das pessoas.
Os indicadores de saúde são fatos ou acontecimentos importantes, que nos dão a ideia do nível de saúde da comunidade. Não se devem usar apenas os indicadores mensuráveis 
Indicadores mensuráveis: óbitos infantis, crianças e gestantes vacinas, famílias com agua encanada; casos de doenças especificias, crianças por família...
Indicadores mensuráveis de bem estar comunitários, dicifceis de medir: autoimagem; tendência a dependia ou autonomia; consciência social, como o ensino se relaciona com as necessidades da comunidade.
O estado de saudxde da comunidade depende de vários fatores: socioeconômicos, culturais, ambientais, demográficos, culturais, sanitários, administrativos e políticos.
Como fazer diagnostico comunitário:
Ficha A – cadastro das famílias
Ficha B – acompanhamento da gestante
Ficha C – cartão da criança
Ficha D – registro das atividades diárias do agente comunitário de saúde, o agente é a principal “arma”, sem ele nada é feito.
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