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Os fungos são organismos eucariotas, uni ou pluricelulares, distribuídos da natureza em mais de 100 mil espécies. Cerca de 200 dessas espécies são patógenas aos seres humanos e animais. Entretanto, os fungos também podem ser benéficos pois participam da cadeia alimentar (decompondo matéria vegetal morta), são utilizados para o consumo humano (cogumelos), na produção de alimentos (pão e ácido cítrico) e fármacos (álcool e penicilina). Antes dos métodos moleculares de análise filogenética, os taxonomistas classificavam os fungos dentro do reino Plantae pelas suas semelhanças morfológicas e habitacionais em relação às plantas (Exemplo: são imóveis, crescem no solo e formam corpos frutíferos). Atualmente, eles são considerados em um reino separado: o Fungi; e sabe-se que ele compartilha algumas características morfológicas, bioquímicas e genéticas com organismos de outros reinos, mas também possui características singulares. Entre as características partilhadas com outros organismos é possível citar: Animais: Não possuem cloroplastos e são heterotróficos (precisam de compostos orgânicos como fonte de energia/quimio-heterotróficos); Plantas: Possuem parede celular, porém sem celulose, sendo composta então por quitina e glicanos; possuem vacúolos; se reproduzem por meios sexuados e assexuados; produzem esporos (assim como musgos); e alguns fungos apresentam bioluminescência. Entre as características particulares dos fungos é possível citar a reprodução por gemulação ou fissão binária das leveduras; e a alternação de fases, entre levedura e hifas em função das condições ambientais. A identificação de leveduras e bactérias envolve testes bioquímicos. Entretanto, fungos multicelulares são identificados considerando-se sua aparência física, incluindo características da colônia e dos esporos reprodutivos. As doenças causadas por fungos são chamadas de micoses. As micoses podem ser diagnosticadas por métodos diretos ou indiretos como o Exame Microscópico Direto que é de grande valor no diagnóstico de micose, sendo realizado a fresco numa lâmina com uma gota de potassa a 30% a quente, ou por coloração de Gram ou Giemsa; o Exame Histopatológico que utiliza de várias colorações (Hematoxilina-Eosina, Gomory, PAS e Mucicarmin); o Meio de Cultivo, que utiliza o Ágar Sabouraud para manter um meio propício para fungos; as Provas Imunológica utilizadas para identificação do agente etiológico. 1. 1. Compreender as características gerais dos Fungos; 2. Conhecer as patologias orais causadas por alguns Fungos : O talo desses tipos de fungo consiste em longos filamentos de células conectadas; esses filamentos são chamados de hifas. Na maioria dos bolores, as hifas contêm paredes cruzadas, chamadas de septos, que dividem as hifas em unidades semelhantes a células uninucleadas distintas. Essas hifas são chamadas de hifas septadas. Em algumas poucas classes de fungos, as hifas não contêm septos e apresentam como células longas e contínuas com muitos núcleos. São denominadas hifas cenocíticas. Mesmo nos fungos com hifas septadas, geralmente existem aberturas nos septos que tornam contínuo o citoplasma das “células" adjacentes; esses fungos também são, na verdade, organismos cenocíticos. As hifas crescem por alongamento das extremidades. Cada parte de uma hifa é capaz de crescer e, quando um fragmento é quebrado, ele pode alongar-se para formar uma nova hifa. A porção de uma hifa que obtém nutrientes é chamada de hifa vegetativa; a porção envolvida com a reprodução é a hifa reprodutiva ou aérea, assim chamada porque se projeta acima da superfície do meio sobre a qual o fungo está crescendo. Muitas vezes, as hifas aéreas sustentam os esporos reprodutivos. Quando as condições ambientais se tornam favoráveis, as hifas crescem e formam uma massa filamentosa, chamada de micélio, visível a olho nu. : são fungos unicelulares não filamentosos, geralmente esféricos ou ovais. Pode ser encontrada facilmente na natureza na forma de um pó branco cobrindo frutas e folhas. As leveduras de brotamento se dividem de forma desigual. No brotamento, a célula fúngica começa a formar uma protuberância (broto) na superfície externa, que se alonga e ocorre a divisão do núcleo para o broto, além da síntese de parede celular da célula fúngica parental para o broto e por fim sua separação. A célula de levedura pode produzir mais de 24 células-filhas por brotamento. Quando não ocorre a separação do broto, a cadeia de brotos é chamada de pseudo-hifa. A Candida albicans por exemplo, adere-se às células epiteliais humanas na forma de levedura, mas precisa de pseudo-hifas para invadir tecidos profundos. As leveduras de fissão, dividem-se produzindo células iguais, onde a célula parental alonga-se, divide seu núcleo, por fim divide-se dando origem a 2 células iguais. As leveduras podem produzir colônias similares às das bactérias. Além disso, as leveduras podem ser anaeróbias facultativa, assim, na presença de oxigênio elas metabolizam carboidratos em CO2 + água, enquanto que na ausência de oxigênio, elas fermentam carboidrato e produzem etanol e CO2. : compreende a maioria das espécies patogênicas, apresentando as 2 formas de crescimento (bolor e levedura), sendo a forma filamentosa produz hifas aéreas e vegetativas à 25°C; e a forma de levedura reproduz-se por brotamento à 37°C. Esse dimorfismo é sensível à concentração de CO2. Além da reprodução assexuada por fragmentação das hifas, os fungos filamentosos podem produzir esporos sexuada ou assexuadamente. Esses esporos são formados pelos fungos e são separados da célula parental e germinam originando um novo fungo filamentoso. Os esporos fúngicos podem resistir em ambientes secos ou quentes. Os esporos são formados a partir de hifas aéreas, de maneira assexuada ou sexuada. Os esporos assexuados são formados por hifas e são geneticamente iguais à célula parental. Os esporos sexuados são formados pela fusão de núcleos de fungos da mesma espécie, porém de linhagens opostas de cruzamento, sendo esse tipo de formação de esporos o menos frequente. Esporos Assexuados: são produzidos por meio de mitoses e posterior divisão celular, sem fusão de núcleos. Podem ser de 2 tipos: Conidiósporo/Conídios, esporo uninuclear não envolvido por bolsa, como o Penicillium e Aspergillus, produzidos na extremidade do conidióforo e classificados em artroconídios (formado pela fragmentação de hifa septada pouco espessa, Ex: Coccidioides immitis), blastoconídios (formado por broto de célula parental, Ex: Candida albicans) e clamidocomídio (formado por arredondamento no interior de uma hifa, possui paredes espessas, Ex: Candida albicans); enquanto que os Esporangiósporo é o esporo assexuado formado no interior de um esporângio (órgãos/bolsas que produzem esporos) que fica localizado nos esporangióforos (localizados na extremidade de uma hifa aérea). Em resumo: o esporangióforo abriga esporângios, os quais produzem centenas de esporangiósporos. Esporos Sexuados: são resultados da reprodução sexuada em 3 etapas: Plasmogamia (a célula doa um núcleo haploide para outra), Cariogamia (fusão do núcleo adquirido com o já presente na célula, formando um núcleo zigótico diploide) e Meiose (o núcleo diploide origina um nucleo haploide, esporos sexuados, dos quais alguns podem ser recombinantes genéticos). Os esporos sexuados caracterizem os filos do fungo. A identificação clínica é baseada no exame microscópio dos esporos assexuados, uma vez que a maioria dos fungos apresenta apenas esporos assexuados em condições de laboratório. Os fungos são adaptados a ambientes mais hostis a bactérias. São quimio-heterotróficos, e semelhantemente às bactérias, absorvem nutrientes em vez de ingeri-los. Os fungos diferem das bactérias nas seguintes características: Os fungos normalmente crescem melhor