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HISTÓRICO E CONCEITO. NORMAS E LEGISLAÇÃO. RISCOS EM LABORATÓRIOS DA ÁREA DA SAÚDE. • Anos 40 e 50: preocupação com infeccções humanas a partir de vírus e bactérias adquiridas nos locais de trabalho • Exposição direta ou indireta ao agente infeccioso • Governo dos EUA: iniciou no Forte Detrick um programa com o objetivo de preparação para a guerra biológica Figura 1: Fotografia do primeiro laboratório de segurança biológica, o “Black Maria”, nas instalações do Forte Detrick, nos EUA. • Área relativamente nova, regulada em vários países por um conjunto de leis, procedimentos ou diretrizes específicas Medidas de Biossegurança Plano de educação (transporte, conservação e manipulação de microorganismos patogênicos) • Infecções contraídas em um laboratório de microbiologia têm sido descritas por meio século da história • Casos de tifo, cólera, brucelose e tétano Rickettsia typhi Brucella • Meyes e Eddie, 1941: 74 casos de brucelose associados a loaboratório ocorridos nos EUA • Principalmente por falta de cuidados ou manuseio incorreto de materiais infecciosos Representação da poeira (aerossol) contendo a bactéria Brucella. • Sulkin e Pike, 1949 primeira série de pesquisas sobre infecções associadas a laboratórios • 222 infecções virais, sendo 21 fatais • Principais causas: infecção associada ao manuseio de animais e tecidos infectados • Acidentes registrados em 12% dos casos • Sulkin e Pike, 1951: questionário enviado a 5.000 laboratórios • Somente 1/3 dos 1.342 casos citados foi relatado na literatura • Brucelose era a infecção mais encontrada, juntamente com tuberculose, tigo e infecção estreptocócica • Contabilizando 72% de todas as infecções bacterianas • Índice de mortalidade: 3% • Acidente relatado em apenas 16%: uso de pipetas, seringas e agulhas • 1973 e 1978: 3 casos de varíola relatados em surtos associados a laboratório na Inglaterra • Relatos de seis casos de febre em funcionários de lavanderia comercial que lavava os uniformes do pessoal desse laboratório Varíola Orthopoxvirus variolae • Início da década de 1970: ENGENHARIA GENÉTICA • 1973: Transferência e epressão do gene da insulina para a bactéria Escherichia coli • Forte reação na comunidade científica mundial • Conferência de Asilomar, na Califórnia em 1975 • Riscos das técnicas de engenharia genética e segurança em espaços laboratoriais • Biossegurança: a partir da Conferência, houve a construção dessa terminologia e conceituação • proteção dos trabalhadores da biologia molecular • minimizar os riscos que da técnica do DNA recombinante poderia causar nos trabalhadores dos laboratórios • Conferência de Asilomar deu origem às normas de biossegurança do National Insitute of Health (NIH), dos EUA • Países perceberam a necessidade de estabelecer legislações e regulamentações • 1980: Organização Mundial de Saúde (OMS) conceituou biossegurança como • "práticas de prevenção para o trabalho em laboratório com agentes patogênicos" • Além disto, classificou os ristos como biológicos, químicos, físicos, radioativos e ergonômicos • Desde a instituição das escolas médicas e ciência experimental, século XIX • Nas décadas de 1970 e 1980, em decorrência do rande número de relatos de graves infecções ocorridas em laboratórios • 1974: Classificação de Risco dos Agentes Etiológicos • 1980: Precauções universais na manipulação de fluidos corpóreos • 1982: Antes da identificação do agente etiológico da AIDS, o CDC já recomendava a prevenção do contato com sangue ou fluidos corpóreos • No Brasil o surgimento da Biossegurança ocorreu a partir de 1984, porém somente em 1995 foi sancionada a Lei da Biossegurança, conforme dados a seguir: • 1984: Primeiro Workshop de Biossegurança (em laboratórios) – FIOCRUZ • 1986: Primeiro levantamento de risco em laboratórios na FIOCRUZ – INCQS • Década de 90: a Biossegurança começa a ser direcionada para a tecnologia do DNA recombinante. Primeiro projeto de fortalecimento das ações em Biossegurança. - Ministério da Saúde – Núcleo de Biossegurança. • 1995: Lei Brasileira da Biossegurança - Lei n° 8974/95 • estabelece regras para o trabalho com DNA no Brasil, incluindo pesquisa, produção e comercialização de Organismos Geneticamente Modificados (OGM’s) de modo a proteger a saúde do homem, animais e meio ambiente. • Publicação do Decreto 1752/1995, que formaliza a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio e define suas competências no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia. • 1999: fundação da Associação Nacional de Biossegurança – ANBio (www.anbio.org.br); Ocorreu ainda neste ano, o Primeiro Congresso Brasileiro de Biossegurança. http://www.anbio.org.br/ • 2000: início da introdução da Biossegurança como disciplina científica no currículo universitário. • 2001: CNPq lança programa de indução das ações em Biossegurança. • 2005: Regulamentação da Lei Brasileira de Biossegurança Lei 8974/95. • Hong Kong, China • Hóspede com sintomas de gripe permanece num hotel por 2 dias • Semanas depois, pessoas com a Síndrome Aguda Respiratória (SARS) são identificadas em 5 países, incluindo Canadá e EUA • A investigação mostra que os casos estavam relacionados ao paciente do hotel • 3 principais países afetados: • Hong Kong e China: 7082 casos • Taiwan: 34 casos • Conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, as quais possam comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. • Primário: é a própria fonte de risco, quando por si só já é um risco • Ex.: frasco de éter, material pérfuro-cortante • Secundário: é a própria fonte de riscos + a condição insegura ligada ao humano • Ex.: frasco de éter colocado próximo à fonte de calor material pérfuro-cortante descartado em lios comuns e o não gerenciamento dos resíduos • Análise de Riscos FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS ACIDENTES • Bibliografia Básica • HIRATA, Mario Hiroyuki; HIRATA, Rosário D C; & MANCINI-FILHO Jorge. Manual de Biossegurança. 2ª Ed. Editora Manole Ltda., Barueri, 2012. Número de Chamada: 576.8.083 H668m. • CARVALHO, Paulo Roberto de. Boas práticas químicas em biossegurança. Rio de Janeiro: Interciência, 1999. 132p. ISBN 8571930163. Número de Chamada: 576.8.083 C331b. • Bibliografia Complementar • BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios para a Habilitação de Laboratórios Segundo os Princípios das Boas Práticas de Laboratório (BPL) - Procedimento GGLAS 02/BPL - Revisão 00. 1ª Ed. Ministério da Saúde, Brasília, 2001. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/reblas/procedimentos/GGLAS_02_bpl.pdf • COSTA, Marco Antônio F. da; COSTA, Maria de Fátima Barrozo da. Biossegurança de A a Z. 2. ed. Rio de Janeiro: Publit, 2009. 262 p. ISBN 8577732074. Número de Chamada: 030.2:577.23 C837b . • COSTA, Maria de Fátima Barrozo da; COSTA, Marco Antônio F. da. Biossegurança de OGM: uma visão integrada. Rio de Janeiro: Publit, 2009. 382p. ISBN 9788577731879. Número de Chamada: 577.23 B616. • MASTROENI, Marco Fabio. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. 2ª ed, Atheneu, São Paulo, 338 p., 2005. Número de Chamada: 576.8.083 M423b .
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