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Reologia. Estudo do fluxo e deformação da matéria. Desenvolvido pela análise das respostas na forma de tensão ou deformação de um material. Sabendo que todos os materiais deformam ou escoam a partir de uma determinada força. Sólido elástico: quando aplicado uma força, sua resposta é a deformação. Ao parar de aplicar a força o material volta a seu estado original. Ou seja, segue a Lei de Hooke, dada por F = -kx Possui deformação instantânea, somente em função da tensão aplicada e armazena a energia de deformação (propriedade elástica). Material viscoelástico: materiais que apresentam simultaneamente propriedades elásticas e viscosas. Com isso, dissipam e armazenam energia durante todo trabalho externo aplicado. Fluido viscoso: quando aplicado uma força, sua resposta é o escoamento. Ao parar de aplicar a força o material relaxa, mas não volta ao seu estado inicial. Não há deformação instantânea, deforma em função da tensão e do tempo e dissipa energia de deformação. A resistência advinda do atrito das partes do líquido é proporcional à velocidade com que as partes do líquido são separadas uma das outras. Número de Deborah: Um material pode se comportar como um sólido ou como um líquido dependendo das variáveis que será submetido. Como exemplo, o número de Deborah. Este, representa uma relação entre as forças elásticas e as forças viscosas que atuam no material. Visto que, o tempo de relaxação do material está associado ao tempo necessário para que o material realize os movimentos moleculares mais lentos na sua tentativa de voltar a conformação de equilíbrio. Para sólidos esse valor vai para o infinito e para líquidos o valor vai para 0. Como consequência, o número de Deborah para sólidos tenderá para o infinito, enquanto para líquido tenderá para zero. Sendo assim, se o número de Deborah for maior que um, o material é mais parecido com um sólido, caso for menor que um o material é mais parecido com um líquido. Polímeros fundidos: são materiais viscoelásticos, ou seja, possuem duas partes, as quais são funções da estrutura química, grau de cristalinidade, distribuição de massas molares, temperatura, ramificação e ligações cruzadas. Parte elástica: devido aos movimentos de curta distância (mudança de ângulos de ligação, tendência a enovelar), a energia acumula como deformação recuperável. Parte viscosa: movimento relativo entre as cadeias. Energia dissipada durante a deformação, como calor (aquecimento viscoso) através dos atritos entre as cadeias. Deformação não recuperável. Tensão: relação entre uma força aplicada e uma determinada área do corpo, pode ser de dois tipos. Tração/Compressão: a direção da força é perpendicular a área onde é aplicada. Cisalhamento: A direção da força é paralela a área onde é aplicada. Por outro lado, quando a força aplicada não é paralela nem perpendicular à superfície, usa-se dois vetores, um descrevendo a força e outro descrevendo a superfície. Com isso, se tem uma matriz denominada tensor. As componentes i igual a j são denominadas tensões normais. Por outro lado, as componentes i diferentes de j, são chamadas de tensões de cisalhamento. Deformação: mudança da forma de um corpo em ralação a sua forma original, sob ação de uma força. Taxa de cisalhamento: variação da deformação em cisalhamento com o tempo. Tal taxa acontece quando um polímero está contido entre duas superfícies paralelas e uma delas se movimenta. Pode ser definida como a variação da velocidade em relação a um eixo perpendicular a ela. Assim como a tensão, a deformação também possui seu tensor. As componentes com i igual a j são denominadas de deformações normais. Por outro lado, componentes com i diferentes que j são chamadas de deformações de cisalhamento. Caso não aja rotação (casos de estudo) então as componentes xy é igual a yx, xz é igual a zx e yz é igual a zy. Taxa de extensão: variação da velocidade com o mesmo eixo. Portanto, quando a superfície é inclinada se tem taxa de extensão e taxa de cisalhamento. Por outro lado, se a superfície por reta, se tem apenas uma taxa de cisalhamento. Em um tubo, no centro e nas paredes não ocorrem deformações de cisalhamento, mas perto das paredes a deformação será máxima. Considerando um fluido sob regime permanente de cisalhamento simples entre duas placas paralelas, uma estacionária e outra com velocidade, seu tensor taxa de deformação será dado por: Neste caso, não há deformações normais, apenas de cisalhamento. Além disso, os movimentos são restritos apenas em x e z. (desenhar a curva de velocidade) Considerando um fluido sob regime permanente de elongação (extensão) uniaxial (simples), seu tensor taxa de deformação será dado por: Neste caso, existem apenas as deformações normais. (desenhar a curva de velocidade) Movimentos moleculares das macromoleculas: as macromoleculas possuem certos ângulos de ligações, estes são constantes para cada tipo de ligação, porém podem rotacionar ao seu redor. Sendo que tal rotação é restrita para certas posições. Mesmo assim, a molécula pode assumir diferentes conformações no espaço. Portanto, para analisar as respostas de um polímero fundido é necessario saber qual será sua forma ou conformação de equilíbrio. Considerando que neste estado, as macromoléculas não possuem organização de curto ou longo alcance, logo é um estado amorfo. A elevada massa molar das macromoléculas, e como consequência, suas inúmeras conformações adquiridas, fazem com que elas se enovelem ou emaranhem. Tal processo é dinâmico, já que as macromoléculas estão em contínuo movimento. Logo, ao mesmo tempo que as moléculas se emaranham elas se desenmaranham entre elas. Portanto, nós ou laços inter e intra moleculares estão sendo continuamente formados e desfeitos entre as macromoléculas. As macromoléculas podem se movimentar lateralmente por translação simples, embora este movimento seja muito demorado para cadeias enoveladas, pois as cadeias vizinhas que bloqueiam este movimento lateral são também longas e noveladas. Portanto, movimentos lateais somente ocorrem como resultado de muitos movimentos cooperativos entre os milhares de segmentos que as compõe. A teoria de Reptação de De Gennes informa que as macromoléculas se movimentam como repteis (sempre para frente, nunca lateral). As cadeias poliméricas não podem interceptar nem um obstáculo, o comprimento da cadeia é muito maior do que a distância entre os obstáculos. Com tudo isso, é possivel concluir que um polímero no estado fundido pode ser visualizado como um conjunto de macromoléculas, cada uma com uma massa molar e um comprimento, com conformação aleatória e se movimentando como um réptil, com partes vibrando e formando nós ou enovelados com outras macromoléculas. As massas molares e suas distribuições irão influenciar na quantidade de nós ou novelos que as macromoléculas formam entre si. Quanto maior a massa molar, maior a probabilidade de formação de nós entre as macromoléculas (maior elasticidade). Quanto maior a distribuição de massas molares, menor esta probailidade (menos viscosidade). Equações constitutivas ou reologicas de estado: a escolha da melhor equação dependerá de alguns fatores, como: tipos de deformação aos quais ele será submetido (extensão e/ou cisalhamento), intensidade destas taxas de deformação, tempo de duração destas taxas de deformação, temperatura ou intervalo de temperaturas nos quais estas taxas de deformação serão aplicadas. Caso seja aplicada uma tensão em um sólido perfeito usa-se a Lei de Hooke. Por outro lado, caso um líquido perfeito seja deformado segue-se a Lei de Newton para fluidos. Sólidos Hookeanos Líquidos Newtonianos Módulo não varia com a taxa de deformação. Viscosidade não varia com a taxa de deformação.Deformação instantânea com a aplicaçao de tensão. Sem deformação instantânea com a aplicação de tensão. Depois da deformação instantânea, não continua de deformação com a aplicação da tensão. Enquanto a tensão for aplicada, a deformação aumenta com o tempo. Recupera instantaneamente toda a deformação sofrida. A deformação sofrida não é recuperada. Em ambos os casos os módulos de viscosidade e elástico são constantes com a tensão e deformação aplicadas. Fluidos não Newtonianos: apresenta número de Deborah menor que um, sobre tensões sofre deformações permanentes, materiais que não possuem capacidade de armazenar energia de deformação. Alguns fluidos fogem da regra e são independentes do tempo. Os materias que apresetam comportamento dilatantes incluem suspensões concentradas de partículas relativamente esféricas ou irreculares que não empacotam facilmente sob altas taxas de cisalhamento. Materiais com comportamente pseudoplástico incluem soluções poliméricas. Para sua equação constitutiva, os efeitos de elasticidade na solução do campo de escoamento podem ser despresadas. Com isso, o fluido segue a Lei das Potências. No cálculo da Lei das Potências, o valor de n é dado pela declividade da porção linear da curva. O valor de m é calculado da interseção da porção linear da curva com o eixo de viscosidade para taxa tendendo a zero. Além disso, a viscosidade constante representa o platô Newtoniano. A complexidade do comportamento reológico de polímeros fundidos é devido a sua elevada massa molar. Ou seja, materiais de baixa massa molar as interações entre as moléculas vinha somente das forças intermoleculares (Van der Waals, Dipolo-dipolo). Além dessas forças existe a possibilidade de emaranhamentos entre as cadeias, os quais impõe restrições adicionais à movimentação das cadeias quando submetidas a um fluxo. O platô Newtoniano é a região onde a taxa de cisalhamento é muito pequena, ou seja, pouca influência no número de emaranhamentos entre as cadeias. As restrições são as mesmas nesta região, não importa a taxa de cisalhamento. A região pseudoplástica a viscosidade cai com a taxa de cisalhamento. Esta queda ocorre devida a taxa de cisalhamento ser alta o suficiente para desenroscar as cadeias. Com menos emaranhamentos, as cadeias podem fluir mais livremente (queda da viscosidade). Quanto maior a taxa de cisalhamento, maior a quantidade de desemaranhamento, menor a restrição ao fluxo e menor a viscosidade. Porém, os polímeros fundidos obedecem a Lei das Potências até umas certa faixa de taxa de cisalhamento. Esta faixa varia de um polímero para outro e depende tanto da estrutura química quanto da distribuição de massa molar do polímero. Fluido Newtoniano: A equação contitutiva newtoniano para fluidos incompressíveis e viscosidde constante é dada por: Caso o fluido não apresente viscosidade constante se tem como equação contitutiva: Porém, a Lei de Newton descreve o comportamento deste materiais em uma determinada faixa de taxas de cisalhamaneto. Modelo de Ellis: descreve a dependência da viscosidade em relação a taxa de cisalhamento tanto para altas como para baixas taxas de cisalhamento. É capaz de descrever a região do platô Newtoniano e a região de pseudoplaticidade. Modelos lineares: descrevem características dos materiais. Modelo de Marwell: descreve a viscoelasticidade do polímero, mostra as características de um sólido Hookeano e de um fluido Newtoniano. Tempo em relação ao tempo de relação de tensão. Comportamento. Mais curtos. Mola. Mais longos. Amortecedor. Igual. Mola e amortecedor. 1 – Deformação elástica intantânea referente a mola. 2 – Deformação plástica referente ao amortecedor 3 – Recuperação elástica instantânea referente a mola 4 – Deformação plástica residual (irrecuperável) referente ao amortecedor. Dependência da viscosidade com a temperatura: normalmente segue um comportamento próximo a uma equação de Arrhenius. A largura do platô Newtoniano aumenta com o aumeto da temperatura. Enquanto o valor da declividade fica praticamente inalterado. Em polímero fundidos a temperatura influencia muito mais fortemente a região do platô newtoniano do que a região da Lei das Potências. Dependência da viscosidade com a pressão: as variações dão muito pequenas quando as variações são, por exemplo de pressão atmosférica até 1 bar. Portanto, para a maioria das suposições práticas, o efeito da pressão é ignorado. Infuência da massa molar: quando se constrói um gráfico de massa molar média pela viscosidade no platô newtoniano, observa-se um ponto de mudança da inclinação da reta. O valor de Mc é chamado de massa molar crítica e representa a massa molar onde os emaranhamentos começam a influir nas propriedades reológicas dos polímeros. Para materiais com massa molar média menor que a massa molar crítica a viscosidade é dependente somente das forças secundárias entre as cadeias. Além disso, a distribuição das massas molares influência, também, na curva de viscosidade pela taxa de cisalhamento. Porém, neste caso, quanto mais larga a distribuição de massa molar mais proxima do eixo da viscosidade a curva se encontrará. Enquanto, quanto mais estreita a distribuição de massa molar, mais longe do eixo a curva será. Fluxo de pressão: são aqueles em que um gradiente de pressão é aplicado ou imposto ao sistema. Não existe movimento relativo das superfícies de contorno. Portanto, este fluxo é puramente devido à diferença de pressão. Os equipamentos que aplicam esse conceito são reômetros capilares, matrizes de extrusão (pressão de entrada maior que a pressão de saída) e canais de alimentação de um molde de injeção. Fluxo de pressão em um tubo: seguindo as hipóteses: fluido Newtoniano, o fluxo é gerado somente pela aplicação de um gradiente de pressão na direção Z, fluxo em regime permanente (velocidade não muda com o tempo). Única componente do vetor velocidade será Z. A velocidade só varia com r. As equações ao lado esquerdo da fórmula se tornam zero, pois o regime analisado é permanente. O primeiro termo depois do sinal de igual é zero devido a não ter diferença de pressão me relação a R e O. Além disso, o último termo é zero, pois o ambiente é fechado, não tendo gravidade agindo. Como a hipótese foi que a equação constitutiva é de um fluido Newtoniano e de que o único movimento acontece no eixo z em relação ao eixo r, se tem que: Pelas condições de contorno se tem que: P(z=0)=Pi e P(z=L)=Pf. (para pressão) Vz(r=0) = Vz e Vz(r=R)=0 (para velocidade) Para um fluido não Newtoniano se tem uma diferença na variável que não é zero, tendo a equação da Lei das Potências utilizada. Quanto menor será o caráter não Newtoniano do fluido e maior sua pseudoplasticidade, o perfil de velocidade tenderá a ficar mais plano no centro. Fluxo de arraste: ocorre devido ao movimento relativo de ou mais superfícies de contorno com respeito a outras superfícies contendo o fluido. Não há gradiente de pressão, o movimento do fluido ocorre unicamente por causa do arraste. Tal conceito é encontrado no interior de uma extrusora (movimento da rosca em relação a superfície interna do barril), além do reômetro de placas paralelelas e cone placa. Fluxo de arraste em placas paralelas: seguindo as hipóteses: fluido Newtoniano, o fluxo é gerado somento pelo deslocamento com o tempo a placa superior na direção x. Fluxo em regime permanente (velocidade não muda com o tempo), única componente do velor velocidade será Vx e somente Vx variará com y. As equações ao lado esquerdo da fórmula se tornam zero, pois o regime analisado é permanente. O primeiro termo depois do sinal de igual é zerodevido a não ter diferença de pressão. Além disso, o último termo é zero, pois o ambiente é fechado, não tendo gravidade agindo. Como a hipótese foi que a equação constitutiva é de um fluido Newtoniano e de que o único movimento acontece no eixo x em relação ao eixo y, se tem que: Pelas condições de contorno se tem: Vx(Y=B) = Vw e Vx(y=0) = 0 Fluxo elongacional: ocorre devido a diferença de velocidade na mesma direção do fluxo. Canais de fluxo convergente. Como exemplo, na entrada da matriz da extrusora. Efeitos incomum: Alguns efeitos incomuns que os polímeros fundidos e em solução apresentam quando deformados. Efeito de Weissenberg: observado quando se coloca um bastão no recipiente com um polímero fundido e gira esse bastão. Sua ocorrência é devido ao surgimento de diferenças nas tensões normais. Ou seja, a rotação imposta pelo bastão orienta as macromoléculas adjacentes a ele. Como o polímero tende a retomar a sua conformação inicial as macromoléculas exercerão uma tensão na camada do fluido mais próxima a eles, contra o bastão, promovendo tensões normais de intensidade maior. A diferença de tensões normais é uma medida da elasticidade do polímero. Líquido Newtoniano: ao girar o bastão o liquido de deslocará para baixo, pois a pá rotativa gera forças centrífugas que empurram o líquido para as bordas. As tensões Trr e Too são de valores similares (Trr - Too = 0). Líquido não Newtoniano: ao girar o bastão o liquido se desloca para cima, pois as forças normais superam as forças centrífugas, fazendo com que o fluido elástico suba sobre a pá rotativa. As tensões Trr > Too (Trr - Too < 0). Isso acontece devido as tensões extras causadas pelas macromoléculas sob o bastão na sua tentativa de retornar na configuração de equilíbrio. Reenovelamento ou reemaranhamento (recoil): medida efetuada a partir de uma solução polimérica através de um tubo pela aplicação de um gradiente de pressão. As figuras indicam os perfis de velocidade em tempos diferentes, aplicando e retirando gradiente de pressão. O gradiente de pressão é aplicado (a) e o líquido começa a fluir (b), alcançando seu regime estacionário (c). então, o gradiente de pressão é desligado e começa o recuo do perfil de velocidade (d, e, f), percorrendo o mesmo caminho anterior, porém em um tempo maior. Tal efeito aconteceu devido ao reenovelamento das moléculas tentando voltar a sua conformação de equilíbrio. Contudo, o polímero após sofrer este processo não volta totalmente para seu estado inicial, devido aos efeitos viscosos (dissipar energia), o que não permite sua recuperação total. Tal experimento é possível analisar como o polímero se comporta reologicamente sob questão de viscoelasticidade e memória. Quanto mais próximo retornar a seu estado inicial maior seu poder de memória e sua elasticidade (armazena energia) e menor sua viscosidade. Formação de vórtices na entrada do capilar: se a região de entrada de um capilar é analisada quando um fluido newtoniano e um polímero estão escoando através dela se tem a seguinte visão. O tipo de vórtice formado depende do tipo do polímero. Como exemplo, polímeros com ramificações longas como o polietileno de baixa densidade (PEBD) formam vórtice. Por outro lado, polímeros lineares como o polietileno de alta densidade (PEAD) não formam vórtices. O aparecimento do vórtice provoca perdas de cargas extras na região de entrada do capilar. Ou seja, causa a perda de pressão na região. Isso acontece devido a elasticidade do material polimérico e aos gradientes de deformação elongacional (aparece quando se muda o ângulo de curvatura da secção que o material está fluindo). Inchamento do extrudado: aumento do diâmetro do extrudado em relação a matriz ou capilar. Isso acontece devido a recuperação da forma deformação elástica axial, quando o polímero é cisalhado durante o fluxo em canais. Na região anterior a matriz as moléculas poliméricas estão emaranhadas aleatoriamente. Na entrada da matriz essas moléculas se desemaranham devido as forças elongacionais. Dentro da matriz o campo cisalhante manterá essa orientação. Quando sai da matriz, se tem o emaranhamento e o reemaranhamento. Com isso, as macromoléculas voltam a sua conformação de equilíbrio. A taxa de cisalhamento fixa, o inchamento decresce com a temperatura, mas a máxima razão de inchamento (B = De (diâmetro de extrudado) / Dc (diâmetro do capilar)) aumenta com a temperatura. A razão de inchamento aumenta com o aumento da taxa de cisalhamento, até um valor crítico de taxa, quando a razão de inchamento começa a diminuir. Para uma mesma taxa de cisalhamento, quanto maior a temperatura, menor a razão de inchamento (antes da taxa crítica). Por último, se aumenta a temperatura, aumenta a taxa de inchamento máxima (primeira figura). Inchamento do extrudado em função de L/R (L é comprimento da extrusora e R é o raio da matriz). A uma taxa de cisalhamento fixa, o inchamento do extrudado decresce com o comprimento da matriz (segunda figura). Quanto maior o tempo de residência no capilar menor é o inchamento. O inchamento do extrudado aumenta em função da deformação e com a razão Dr/Dc. Fratura do fundido: aparecimento de extrudados irregulares, com diferentes formatos. São observados a partir de uma taca de cisalhamento crítica, tal taxa aumenta com a temperatura e com L/D. A fratura do fundido é resultado de baixo tempo de relaxação em relação as taxas de deformação. Com isso, a tensão cisalhante excede a resistência do fundido e a fratura ocorre. Tal situação tem origem na turbulência elástica na região de entrada da matriz do capilar, onde elevadas taxas de deformações em um fluido extensional levam ao desenvolvimento de tensões superiores a resistência coesiva do polímero fundido, levando a fratura. Além disso, o efeito está associado ao gruda-desliza das camadas do fundido sendo arrastada na parede da matriz. Quando as tensões desenvolvidas no fluido cisalhante ultrapassam a resistência adesiva do polímero com a superfície da parede da matriz, ocorre a fratura. Sendo assim, o efeito depende diretamente do material com que a parede da matriz é feita. Maior adesão → menor escorregamento → maior fratura. Portanto, a fratura do fundido ocorre acima de uma taxa de cisalhamento crítica, tal taxa aumenta com a temperatura, com o comprimento da extrusora, com o ângulo de entrada e com a adesão superfície – polímero. Pele de cação: irregularidade superficial perpendicular à direção do fluxo, que ocorre devido a mudança do perfil de velocidade do fundido ao sair da matriz. As camadas do fundido mais próximas à superfície são aceleradas ao sair da matriz. A componente elástica do polímero fundido permite o aparecimento de tensões na superfície. Se essa tensão supera a resistência do fundido a superfície se rasga, liberando as tensões. Fratura do fundido Pele de cação Tipo de distorção Helicoidal e irregular Perpendicular Taxa de cisalhamento Alta Baixa Dependência da temperatura Aumenta com a temperatura Diminui com a temperatura (dependência mais intensa) Comprimento da extrusora Depende Não depende Ângulo de entrada Depende Não depende Distribuição de massas molares Não depende Aumenta com o decréscimo da distribuição de massas molares. Peso ponderal molecular médio Não depende Depende Exemplos e propriedades reológicas em polímeros: Tais imagens são para o PET a 290ºC, a baixas taxas de cisalhamento. Observa-se que o material apresenta propriedades newtonianas em 0,02 a 4s-1. Após esse valor, segue a Lei das Potências (decaimento da linha de viscosidade). Além disso, em relação as tensões normais, observa-se que N1 = 0 em 0,02 a 10 s-1, tornando positiva acima desta taxa. Tal característicaé normal para a maioria dos polímeros fundidos. Neste gráfico se tem um modelo de polímeros de LCP’s (polímeros de cristais líquido). Apresentando valores de N1 < 0, mesmo a taxas de cisalhamentos baixas. Tais valores positivos ou negativos interferem diretamente no inchamento de extrudado. Considerando que valores positivos preveem o inchamento de extrudado, enquanto valores negativos preveem pouco ou nem um inchamento do extrudado. Portanto, as tensões normais (N1) permite prever o inchamento do extrudado. Viscosidade em regime permanente de elongação: as tensões e as taxas de elongação podem ser associadas pela seguinte equação: = Viscosidade elongacional ou viscosidade extensional. Permite conhecer a resistência ao fluxo de polímeros em campos deformacionais de elongação ou campos deformacionais livres de cisalhamento. = Taxa elongacional. Muito difícil de ser obtida experimentalmente. Esse fluxo é encontrado por meio de fiação de fibras poliméricas, no sopro de filmes biaxialmente orientados, no sopro de parisons para garrafas e na termoformagem. Tal imagem mostra o comportamento da viscosidade elongacional em função da tensão para três polímeros. Se não ocorre variação, caso do PMMA, o polímero se chama Troutoniano. A relação entre a viscosidade elongacional e a viscosidade newtoniana neste caso é dado por No caso especifico de fiação esse comportamento é muito importante. Como exemplo, para evitar a quebra do fundido durante a fiação, é necessário que as respostas elásticas e viscosas do material sejam suficientemente rápidas para evitas que tensões de tração excessivas se desenvolvam no fio. Quando um fio está sendo estirado, existirão pontos, nos quais a seção transversal será menor do que a média, em tais pontos, a tensão será maior. Se o polímero apresenta uma viscosidade elongacional que diminua com o aumento da taxa de elongação (PP), o polímero amolece com a tensão. Além disso, as tensões elevadas produziram uma diminuição ainda maior da área da seção transversal, o que provocará o aparecimento de tensões ainda maiores. Neste caso a não uniformidade se propagará continuamente. Por outro lado, se a viscosidade elongacional aumente com a taxa de elongação (LDPE), o polímero enrijece a tensão. Ademias, as tensões elevadas localizadas aumentarão a viscosidade extensional até um ponto em que esta ultrapassa a tensão extra provocada pela redução da seção transversal. Neste caso, se tem o sistema estabilizado. Logo, embora seja mais fácil fiar polímero com viscosidade extensional decrescente, os defeitos ao longo do fio se propagarão mais rapidamente, podendo chegar a fratura. Sopro de filmes: esquema detalhado de uma extrusão de filmes tubulares. Em que Z = altura da linha de neve, V = velocidade do filme após a saída dos rolos, V0 = velocidade do filme na saída da matriz, Rf = raio final do filme soprado, R0 = raio do filme na saída da matriz, H = espessura final do filme e H0 = espessura do filme na saída da matriz. O processo de redução de filmes por sopro envolve a extrusão do polímero fundido, na forma de um tubo, por meio de uma matriz anelas, no centro da qual o ar é infetado, inflando o tubo até que atinja um diâmetro maior. Uma bolha é então formada, cujas paredes são estiradas na direção da circunferência e na direção vertical, por rolos puxadores, ao mesmo tempo em que são resfriadas. Reometria. Definições: a viscosimetria estuda a viscosidade do fluido (newtoniano). Então, um viscosímetro mede a viscosidade newtoniana (não varia com a taxa de cisalhamento), não precisando de um fluxo controlado. A reometria estuda as propriedades reológicas do material (não necessariamente ideal). Então o reômetro mede a viscosidade aparente, não necessariamente a newtoniana, necessário que o fluxo seja controlado. Viscosímetros mais comuns: os viscosímetros capilares e o copo Ford são para menir viscosidade cinemática depende da densidade do fluido. Por outro lado, a queda de esfera mede a viscosidade dinâmica, não depende da densidade do fluido. Determinação de Mv: quantidade relativamente pequenas de polímeros, solubilizadas em determinados solventes, causam um aumento significativo de viscosidade e que, a uma dada concentração, quanto maiores forem as macromoléculas, maior será a dificuldade de fluxo. Ou seja, mais será a viscosidade. Einstein: para uma suspensão de esferas rígidas, sem interação se tem: As moléculas poliméricas não são rígidas e nem necessariamente esféricas. Além disso, em concentrações finitas, elas interagem uma com as outras. Todos esses fatores dependem da interação entre as moléculas de soluto e solvente, do sistema particular soluto-solvente e da temperatura. Para acabar com as limitações se tem essa nova fórmula. Em que k é função do tamanho das moléculas dissolvidas, de sua forma, sua rigidez, das interações entre elas e da proporcionalidade entre fração volumétrica e concentração. Ou seja, k depende do sistema polímero-solvente, da temperatura e do tamanho das moléculas em solução. Os efeitos da interação polímero-polímero na viscosidade reduzida podem ser eliminados pela extrapolação da concentração zero. Tal valor é conhecido como viscosidade intrínseca, função do tamanho das moléculas em solução, do sistema polímero-solvente e da temperatura. Então, se as medidas forem feitas em temperaturas constantes usando um solvente especifica para um polímero particular, a viscosidade intrínseca estaria relacionada com a massa molar do polímero. Huggins: relação entre viscosidade reduzida e concentração para soluções poliméricas diluídas: k’ é aproximadamente igual a 0,4 para uma variedade de sistemas polímero-solvente, fornecendo um meio conveniente de estimar a viscosidade de soluções diluídas x concentração, se a viscosidade intrínseca for conhecida. Usando a expansão do logaritmo natural em uma série de potência e por último usando o limite tendendo a zero. k’ = k’’ – 0,5 gráficos de viscosidades reduzidas e inerentes são lineares com a concentração. Como dito na equação de Huggins, tendo a intersecção com o eixo y como a viscosidade intrínseca. As viscosidades, relativa, especifica, reduzida, intrínseca e inerente não são viscosidades verdadeiras. Portanto, estudos de viscosidade intrínseca de frações poliméricas monodispersas, cuja massa mola tem sido estabelecida por um método absoluto, indicam a seguinte relação: Para uma amostra polimérica polidispersa se tem: A massa molar viscosimétrica média é definida em termos de sua medida de viscosidade intrínseca. Para determinar experimentalmente Mv usa-se um viscosímetro de Ostwald ou de Ubbelohde. Reômetro: tensão ou tava de cisalhamento não depende do material. Isso possibilita medir as propriedades reológicas de fluidos complexos. Como variação da viscosidade com a taxa de cisalhamento ou viscosidade com o tempo a tensão de cisalhamento controlada. Os reômetros são classificados em função do tipo de fluxo imposto ao fluido: se o fluxo é de pressão o reômetro é capilar, caso o fluxo é de arraste o reômetro é de placas paralelas ou cilindros concêntricos. Então para escolher o melhor reômetro para o material é preciso analisar a viscosidade do material e a faixa de taxas de cisalhamentos que serão usadas no ensaio. Reômetro capilar: utilizado para medir as propriedades de polímeros fundidos. Composto por um barril de extrusão aquecido, em sua extremidade inferior é montada uma matriz contendo um capilar de dimensões especificadas. Reômetros capilares, operados com pressão imposta (plastômetro): uma carga constante é aplicada no topo da coluna e mede-se a vazão volumétrica do fluido a esta carga imposta. Fornece dados limitados sobre a fluidez do polímero e são normalmente restritos para testesde controle de qualidade. Reômetros capilares operados por controle de vazão: o polímero fundido é continuamente extrudado através de uma matriz capilar, forçada a uma descida no pistão a uma dada velocidade constante dentro do reservatório cilíndrico. Neste caso, mede-se a pressão exercida no pistão para forçar a coluna de fluido no barril a passar através do capilar. Além disso, medem a tensão pela taxa de cisalhamento em um amplo intervalo de taxa de cisalhamento, acima de 10 s-1, à diferentes temperaturas do fundido. Afim de medir o patamar Newtoniano na curva de viscosidade x taxa de cisalhamento é necessário o uso de outras técnicas de medida, como a reometria de placas paralelas. Nesta, a velocidade do pistão e as características do capilar (diâmetro e comprimento) são responsáveis por fornecer a taxa de cisalhamento importa ao material fundido e a força necessária para mover o pistão é a tensão de cisalhamento. Algumas suposições devem ser feitas ao usar o reômetro capilar: fluxo totalmente desenvolvido, estacionário e isotérmico, não há escorregamento na parede, velocidade do fluido na parede é zero e o fluido é incompressível e sua viscosidade é independente da pressão. As limitações do uso são: aquecimento viscoso, dependência da viscosidade com a pressão e efeitos na entrada do capilar. O formato do perfil de velocidade em um tubo tem que ser dado por: O centro do capilar deve apresentar taxa e tensão sempre igual a zero. Enquanto a parede do capilar a taxa e tensão dependem do fluxo. As quantidades medidas são a vazão e a pressão imposta. Se o fluxo é gerado pela movimentação do pistão, a força, é medida e relacionada a pressão. A pressão, também pode ser medida diretamente através de um transdutor de pressão acoplado diretamente no barril. Para o cálculo de viscosidade, é necessário determinar a tensão e taxa de cisalhamento na parede. Para fluidos não newtonianos há distorção do perfil de velocidade parabólico devido à dependência da viscosidade com a taxa de cisalhamento. Neste caso, é necessário corrigir o perfil de velocidade. Correção de Rabinowitsch: representa o desvio do comportamento fluido newtoniano. Portanto, o gráfico do log da tensão com o log da taxa de cisalhamento, também conhecida como a curva de fluxo, pode fornecer uma indicação da natureza do fluido. Sendo que para n = 1 fluido newtoniano, n > 1 fluido pseudoplástico e n < fluido dilatante. Observa-se que as taxas de cisalhamento em um polímero que segue a Lei das Potências são sempre maiores do que um Newtoniano. Se os dados podem ser ajustados por uma linha reta de inclinação igual a 1, o fluido apresenta comportamento Newtoniano, se os dados se ajustam em uma linha reta com inclinação reta diferente de 1, então o fluido segue a lei das potências e a inclinação da reta é igual a n. Uma curva de comportamento não linear indica que o fluido não é newtoniano e não segue a lei das potências. Neste caso é necessário usar a correção de Rabinowitsch. No gráfico, (a) é fluido newtoniano, (b) fluido não newtoniano que segue a lei das potências e (c) fluido não newtoniano que não segue a lei das potências. A correção é dada pelas fórmulas: Correção de Bagley: devido à queda de pressão na entrada do capilar, causada pela aceleração das partículas e turbulência. O valor correto ocorre quando o fluido é newtoniano, de baixo peso molecular e o fluxo está plenamente desenvolvido, não apresentando vórtices na entrada, elasticidade, tempos de relaxação elevados. a pressão na entrada do capilar é menor do que a pressão no reservatório para o caso de fluidos não newtonianos ou polímeros fundidos, ou seja, ocorre redução na pressão de entrada do capilar por causa dos efeitos não newtonianos. Consequentemente, precisa-se corrigir a diferença de pressão na entrada, já que seu valor influenciará diretamente o valor de tensão e de viscosidade. Para corrigir tal problema é necessário calcular o comprimento do capilar necessário para se obter um fluxo completamente desenvolvido. O objetivo é se obter um fluxo plenamente desenvolvido, com uma queda de pressão igual a queda de pressão extra resultante dos efeitos de entrada do capilar. Linhas retas são obtidas, para o caso de polímeros fundidos, implicando que a correção na entrada é independente de Lc/Rc. a correção na entrada apropriada para cada taxa de cisalhamento é então determinada por extrapolação das linhas até a pressão igual a zero. a tensão de cisalhamento corrigida será então calculada. Pode-se salientar que Lc/Rc tendendo ao infinito, o valor de e é desprezível. Assim, na prática, essa correção é utilizada para valores de Lc/Rc < 10. Para determinar e, usa-se vários capilares de diâmetros diferentes similares, porém com comprimentos distintos. Constrói-se gráficos de variação de pressão em função de Lc/Rc a uma mesma taxa de cisalhamento. As formulas usadas são: Reometria de placas paralelas e cone-placa: a medida das propriedades reológicas é feita a partir de imposições de fluxo de arraste. Tal fluxo é imposto pela rotação (fluxo permanente de cisalhamento) ou oscilação (fluxo oscilatório) da placa superior a uma velocidade angular W0. Em (a) se tem as placas paralelas e em (b) cone-placa. As amostras poliméricas ficam entre as duas superfícies. Esse reômetro é utilizado para medir viscosidade a baia taxa de cisalhamento, diferenças de tensões normais, propriedade em regime transientes e em regime oscilatório. Com isso, é possível ter uma caracterização reológica completa do polímero sob deformação de cisalhamento, sendo possível correlacional os resultados com a estrutura molecular. Porém não se mede em altas e médias taxas de cisalhamento. Experimentalmente o equipamento lida com duas variáveis, movimento angular e torque. Reômetro controlado por tensão (CS): apresenta maior sensibilidade à baixas taxas de cisalhamento. O torque e a tesão de cisalhamento são fixas e a deformação e a taxa de deformação medidas. Além disso, diferencia melhor os fluidos Newtonianos daqueles não newtonianos. Também, podem medir as respostas em taxa de cisalhamento bem inferiores, porem há faixas de taxa de cisalhamento equivalente. Reômetro controlado com taxa controlada (CR): Taxa de cisalhamento fixa e a tensão de cisalhamento medida. Cone - placa Placas paralelas Cilindros co-axiais Variação ao longo do raio Velocidade, compensada pelo aumento da distância. Taxas de cisalhamento Taxas de cisalhamento Taxa de cisalhamento Constante e baixas Não constante e baixas Não constante e baixas Viscosidade Alta Alta Baixa Observação Ausência de partículas com tamanhão maior que 10x a distancia da ponta do cone placa. Materiais com partículas que impediriam de realizar em cone- placa. Reômetro de torque: permite simular condições de processamento de um misturados Bandury e condições de extrusão. Monitorando os parâmetros críticos de processamento (temperatura, pressão, torque e energia total gasta). Quando é acoplado um capilar à extrusora pode-se também medir a viscosidade. Um dos rotores produzirá taxas de cisalhamento maior em sua superfície. Como a viscosidade do polímero fundido depende da taxa de cisalhamento, em cada rotor se tem um valor de viscosidade, não sendo possível calcular seu valor em uma única velocidade. Ou seja, a maior limitação deste aparelho é de medir uma única viscosidade a uma dada taxa de cisalhamento. O gráfico ao lado é um reograma obtido pelo aparelho. A temperatura é prefixada, porém ocorre o aquecimento provocado pela liberação de calor durante a mistura. Sendo assim, a temperatura varia dependendo da velocidade do teste e da condutividade térmica da amostra. O torque total representaa energia total de mistura consumida até aquele instante. Com isso, é possível calcular o trabalho para misturar a massa polimérica. Na curva de torque o primeiro pico representa o torque necessário para a compactação ou o carregamento do material que se encontra em estado sólido. Depois do pico há um vale, este mostra o torque necessário para comprimir e misturar o material. O segundo pico representa o torque necessário para fundir o polímero. O tempo para atingir esse pico é importante, pois quanto maior esse tempo, maior será o tempo necessário de residência do material dentro da extrusora ou injetora. Vale ressaltar que em caso de blendas ocorrem dois picos de fusão. Por último o torque se estabiliza, mostrando que o polímero se homogeneizou. Essa seria a viscosidade de trabalho do material, o ponto no qual ele deveria ser extrudado ou injetado. As aplicações típicas são: estimar comportamento de polímeros em processamento sob fusão, estabilidade de polímeros, degradação em condições de processamento, reações de ligações cruzadas e efeitos de mudanças de composição e condições de mistura. Principais ensaios reológicos: curvas de fluxo, viscosidade em função da taxa ou tensão de cisalhamento (regime estacionário permanente). Modulo complexo em função da amplitude, frequência de deformação (regime de oscilação). Relaxação de tensão, fluência, recuperação, coeficiente de crescimento de tensão de tração, viscosidade elongacional ou extensional (regime transiente, dependência temporal). Propriedade em regime permanente: as propriedades não dependem do tempo. Usado para medir as propriedades reológicas. Medição em fluxo de cisalhamento simples, ou seja, o fluxo é cisalhante e a velocidade possui apenas uma componente na direção do fluxo. O tensor taxa de deformação terá apenas duas componentes, que são iguais em razão da simetria do tensor taxa de deformação. Quando de pretende medir a viscosidade em função da taxa de cisalhamento é importante esperar o fluxo entrar em estado estacionário. Regime permanente de cisalhamento: influenciam as condições de processo, principalmente na moldagem, injeção e na extrusão. O polímero neste caso apresenta resistência ao fluxo. Além disso, características como vazão, quedas de pressão e aumento de temperatura dependem da viscosidade. A massa molar influencia mais intensamente a região de baixas taxas de cisalhamento. Enquanto a distribuição de massa molar e a quantidade de ramificações afetam mais intensamente a região de alta taxa de cisalhamento. Deformações extensionais: para o processamento de estriamento após a fiação de fibras poliméricas, o campo deformacional imposto ao material não representa cisalhamento e as deformações no elemento do fluido são elongacionais ou extencionais. Neste caso, o tensor taxa de deformação apresenta apenas as componentes normais. Além disso, relaciona-se a velocidade com a taxa de extensão (ou elongação). Assim pode-se determinar tensor taxa de deformação para este escoamento. A taxa de elongação e regime permanente é muito difícil de ser obtida experimentalmente. A viscosidade elongacional aumenta com longos tempo de relação, devido ao maior numero de enovelamento. Se polímeros A e B possuírem o mesmo valor de viscosidade, mas o polímero A possuir mais valor de viscosidade elongacional, então este último polímero terá uma maior fração de moléculas com longos tempos de relaxação (maior número de ramificação) que o polímero B e será mais dificilmente fiado. Diferenças de tensões normais: quando um polímero está sujeito a cisalhamento simples, fica sujeito a diferenças de tensões normais, as quais são proporcionais ao quadrado da taxa de deformação ou cisalhamento. Tais medidas, proporciona uma medida da elasticidade do fundido. Portanto, para determinar mudanças de elasticidade, as medidas devem ser realizadas, preferencialmente a baixas taxas de cisalhamento, onde as mudanças estruturais são mais facilmente detectadas. Além disso, a massa molar e a distribuição de massas molares também afetam as diferenças de tensões normais. Maior Massa molar, mais emaranhamentos, maior elasticidade, mais tensão normal. Propriedades em regime transiente: fluxo varia com o tempo até atingir o regime permanente. Permite determinar as respostas do material antes de atingir o estado estacionário. Uma deformação constante é aplicada durante um certo tempo, então é retirada e a tensão em função do tempo medida. Também, o teste é equivalente a retirada de pressão, ou seja, pode-se medir quanto da deformação o polímero recuperaria ao deixar o tudo da matriz. Quanto maior a recuperação, mais elástico o material. Importante para a extrusão, pois permite calcular os tempos necessários para relaxação de tensões residuais dos polímeros após sua saída da matriz. A relaxação depende de: nível de deformação aplicada, temperatura (mais rápida com o aumento da temperatura), geometria do componente, estrutura molecular e meio no qual está o material.
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