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IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

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DOUTO JUÍZO DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE NATAL, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - RN.
“Com As Honras De Estilo”
PROCESSO Nº CNJ 0827115-90.2019.8.20.5004 - PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - EVICÇÃO OU VICIO REDIBITÓRIO
IMPUGNANTE: VANESSA KELLY DA SILVA
IMPUGNADA: MOTOROLA DO BRASIL LTDA
Intermediada por seu advogado abaixo firmando, VANESSA KELLY DA SILVA, e já devidamente qualificado nos autos em epigrafe, vem, respeitosamente, IMPUGNAR A CONTESTAÇÂO E DOCUMENTOS ID53583359., respectivamente, apresentada pela MOTOROLA DO BRASIL LTDA, também todos devidamente qualificados, o que faz nos seguintes termos:
IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO 
1-	O que faz pelas razões de direito que passa a expor a seguir:
2- 	RESUMO DAS ALEGAÇÕES
2.1	Douto Juiz, em apertada síntese e sob infundados argumentos, sem nenhuma exibição de provas e documentos, apesar de solicitados como direito do consumidor na exordial, a ré busca se desvencilhar da responsabilidade pelos constrangimentos morais e materiais gerados a autora pelos problemas de fabricação do aparelho celular, que com apenas três meses de uso já apresentou vício insanável, isto mesmo após técnicos das rés comprovarem o defeito e solicitarem o seu imediato conserto onde foi negada a garantia pela impugnada.
2.2	Como se verificará nas exposições realizadas por esta que lhe subscreve respeitavelmente, a empresa ré incorre também em diversas inconsistências em sua contestação. Tudo isso demonstra uma conduta meramente protelatória, que deve ser considerada também no momento de proferimento da respeitável decisão, a fim de que não se reitere.
2.3	Resumidamente, a ré apresentou as seguintes teses defensivas:
1. 	INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL ANTE A COMPLEXIDADE DA CAUSA;
2. 	DA INAPLICABILIDADE DA GARANTIA CONTRATUAL INCIDÊNCIA DE HIPÓTESES DE EXCLUSÃO DE GARANTIA;
3. 	INEXISTÊNCIA DE DEFEITO DE FABRICAÇÃO - AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA MOTOROLA DO BRASIL LTDA;
4. 	IMPOSSIBILIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA;
5. 	INEXISTÊNCIA DE DANO MORAL;
6. 	CULPA EXCLUSIVA DA CONSUMIDORA
7.	Destarte, é a presente para impugnar as teses lançadas em contestação pela ré, bem como para tecer considerações sobre seus efeitos nos presentes autos, pedindo vênia para fazê-lo.
8.	Insta trazer neste momento aos autos, entendimento que se coaduna perfeitamente ao caso em questão, e que afasta todas as alegações realizadas pela empresa ré em sua contestação, como se verifica:
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO REJEITADO. CONSUMIDOR. COMPUTADOR FORA DO PRAZO DE GARANTIA. DEFEITO NA PLACA MÃE. AUSÊNCIA DE PEÇA DE REPOSIÇÃO. OBRIGAÇÃO DO FORNECEDOR DE MANTER PEÇAS POR TEMPO RAZOÁVEL (ART. 32 DO CDC). DESCASO. DANO MORAL CONFIGURADO. PEDIDO DE REDUÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO NEGADO. QUANTUM MANTIDO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. No sistema dos juizados especiais, a concessão de efeito suspensivo ao recurso ocorre em casos excepcionais, nos quais é demonstrada a presença de dano irreparável ou de difícil reparação, circunstância não verificada no caso concreto. Rejeita-se o pedido de concessão de efeito suspensivo formulado pela ré. 2. A autora reclama que não existe peça de reposição (placa mãe) para o computador fabricado pela ré. Afirma que o produto está fora da garantia, mas apresentou vício com menos de três anos de uso, e como não há peça no estoque, o conserto tornou-se impossível e a utilização do bem inviável. 3. Cuida-se de recurso interposto (ID 6404778) pela ré contra a sentença que julgou procedente o pedido para condená-la a fornecer ao autor computador de configurações semelhantes às descritas nos autos, bem como ao pagamento de R$ 1.500,00, a título de reparação por danos morais. 4. Nas razões recursais, afirma a impossibilidade de substituir o produto, uma vez que está fora do prazo de garantia. Alega que o autor/recorrido não comprovou a inexistência das peças necessárias para o conserto do computador e que ?sequer conhece a causa do vício e o que é necessário substituir para efetivação do reparo?. Sustenta ausência de prova do dano moral, tratando-se de situação de mero aborrecimento. Pugna pelo provimento do recurso para reformar a sentença, a fim de julgar improcedente os pedidos iniciais ou, subsidiariamente, reduzir o quantum indenizatório. 5. A relação jurídica estabelecida entre as partes é de natureza consumerista, haja vista as partes estarem inseridas nos conceitos de fornecedor e consumidor previstos no Código de Defesa do Consumidor. Aplicam-se ao caso em comento as regras de proteção do consumidor, inclusive as pertinentes à responsabilidade objetiva na prestação dos serviços. 6. O cerne da controvérsia não está em se averiguar se o produto estava no prazo da garantia, pois, cessada a fabricação do produto, é dever do fabricante manter peças de reposição no mercado por tempo razoável (art. 32 do CDC), que na hipótese restou descumprida. Não é razoável que, três anos após a compra, não se encontre a peça defeituosa no mercado, impossibilitando o conserto em assistências técnicas autorizadas, tornando o bem imprestável para uso. 7. Do conjunto probatório inserido aos autos, verifica-se que o autor juntou documento expedido pela assistência técnica e laudo técnico (ID 6404771) que comprovam a inexistência da peça necessária ao conserto do computador. Restou demonstrado ainda que se trata de ?aparelho com defeito na placa principal? (ID 6404771, pág. 2) e que seria necessário substituir a peça denominada ?placa mãe? (ID 6404771, pág. 3) para a efetivação do reparo. 8. Assim, caracterizada a ausência de oferta de peça de reposição para o produto, não merece reforma a sentença que julgou procedente o pedido para condenar à ré/recorrente a fornecer ao autor/recorrido um computador de configurações semelhantes às descritas nos autos (AIO HP 19 2200 Cl 3 4GB 500 HD W81). 9. A responsabilidade de indenizar moralmente nasce com a inequívoca aferição do dano do atributo da personalidade afirmado. Na espécie, a ausência de peça de reposição do computador privou o autor/recorrido de usufruir de um bem essencial. Somado a isso, o descaso com o consumidor que não teve o problema solucionado denota situação causadora de transtornos e perturbações que extrapola o limite do mero dissabor, atingindo a esfera pessoal, motivo pelo qual subsidia reparação por dano moral. 10. Na hipótese, observa-se não haver suficiente demonstração de circunstâncias que justifiquem a redução do valor da indenização estipulado na sentença a título de dano moral. Conclui-se, portanto, que o valor arbitrado (R$ 1.500,00) é suficiente a compensar os dissabores experimentados, sem proporcionar enriquecimento indevido. 11. A propósito, esta Terceira Turma Recursal vem consolidando seu entendimento no sentido de que o valor da indenização é fixado na origem, pelo juiz a quem incumbe o julgamento da causa, somente se admitindo a modificação do quantum na via recursal se demonstrado que a sentença esteve dissociada dos parâmetros que ensejaram sua valoração, o que não foi comprovado na situação concreta ora sob exame. 12. Diante do exposto, deve ser mantida estimativa razoavelmente fixada (R$ 1.500,00), a título de indenização por dano moral, uma vez que guarda correspondência com o gravame sofrido (art. 944 do Código Civil), além de sopesar as circunstâncias do caso, a capacidade econômica das partes, a extensão e gravidade do dano, bem como o caráter pedagógico da medida (desestimular novos comportamentos ofensivos aos consumidores), tudo com esteio nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. 13. Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida por seus próprios fundamentos. 14. Condeno a parte recorrente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% sobre o valor da condenação. 15. A súmula de julgamento servirá de acórdão, conforme inteligência dos artigos 2º e 46 da Lei n. 9.099/95, e em observância aos princípios informadores dos Juizados Especiais.
TJ-RJ - APELAÇÃOAPL 00412675920158190021 (TJ-RJ)
Jurisprudência Data de publicação: 26/11/2019
EMENTA
SUBSTITUIÇÃO DO APARELHO. DECADÊNCIA. DANO MORAL. Ação de obrigação de fazer cumulada com indenizatória fundada no defeito de fabricação do aparelho celular da Autora e na recusa em realizar o conserto. Caracterizada a perda do direito de ação pela decadência, pois a distribuição do feito ocorreu depois de escoado o prazo do artigo 26, II, do Código de Defesa do Consumidor. Remanesce, todavia, o pedido indenizatório. O laudo junto pela Ré demonstra que a oxidação do aparelho celular atingiu somente determinada área, o que afasta as alegações de mau uso por queda, excesso de umidade ou imersão em líquido. Manifesto o ilícito das Rés, pois venderam e recusaram fazer o reparo em aparelho defeituoso, pois oxidou 8 (oito) meses depois da compra, a provocar dano moral na Autora. Valor da reparação arbitrado conforme o evento lesivo, suas consequências e a capacidade das partes. Recurso provido em parte.
(TJ-DF 07018647620188070019 DF 0701864-76.2018.8.07.0019, Relator: CARLOS ALBERTO MARTINS FILHO, Data de Julgamento: 20/02/2019, 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, Data de Publicação: Publicado no PJe : 22/02/2019 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)
CONSUMIDOR. COMPUTADOR. VÍCIO OCULTO. INCOMPETÊNCIA AFASTADA. DEFEITO NA PLACA MÃE. SOLICITAÇÃO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA DA RECORRENTE. VÁRIAS VISITAS. PROBLEMA NÃO SANADO. DEVER DE SUBSTITUIR O EQUIPAMENTO OU, ALTERNATIVAMENTE, DE RESTITUIR O VALOR PAGO. DEVER DE INDENIZAR AS DESPESAS TIDAS PELA CONSUMIDORA EM DECORRÊNCIA DOS DIAGNÓSTICOS EQUIVOCADOS POR PARTE DA RECORRENTE. DANO MORAL EXCEPCIONALMENTE CONFIGURADO. QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO. O julgamento foi convertido em diligência para oportunizar às partes a produção de laudo técnico para demonstrar o defeito apresentado pelo computador. Assim, não há falar em incompetência para o julgamento, havendo nos autos elementos suficientes para a resolução da lide. Os laudos acostados foram convergentes no sentido de que o defeito encontra-se na placa mãe, o que impede a utilização do computador. Ainda, não importa que o defeito tenha sido detectado tão somente após o término do prazo de garantia, pois em se tratando de vício oculto não há como exigir do consumidor tenha ciência deste antes da manifestação do defeito. Assim, não há falar em ausência de responsabilidade por parte da recorrente. Tendo restado comprovado o vício e não tendo sido sanado pela ré, em que pese às inúmeras tentativas, devida a troca do aparelho por outro igual ou superior ou a devolução do valor investido na compra deste. Ainda, no caso devidas as despesas tidas pela consumidora em decorrência do contrato de assistência técnica firmado com a recorrente, bem como com as tidas com terceiros em virtude da necessidade de armazenamento dos dados, dados os diagnósticos equivocados dos técnicos da ré. Em que pese tratar-se de descumprimento contratual, configurados os danos morais, de forma excepcional, tendo em vista o descaso com que a consumidora foi tratada, a qual tentou, por inúmeras vezes, resolver o problema com a própria empresa ré, sem êxito, no entanto. O quantum fixado em R$ 1.800,00 não comporta redução, pois adequado às circunstâncias do caso concreto, bem como dentro dos parâmetros utilizados pelas Turmas Recursais Cíveis em casos análogos. Todavia, impõe-se a reforma da sentença para determinar a incidência de correção monetária a partir do arbitramento (data da sentença) e juros moratórios a contar da citação, pois a responsabilidade em indenizar decorre de relação contratual. RECURSO PROVIDO EM PARTE. UNÂNIME. (Recurso Cível Nº 71004029369, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Pedro Luiz Pozza, Julgado em 12/11/2013)
(TJ-RS - Recurso Cível: 71004029369 RS, Relator: Pedro Luiz Pozza, Data de Julgamento: 12/11/2013, Primeira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 13/11/2013)
9.	Não há dúvidas de que a existência de vício de fabricação do equipamento adquirido pelo consumidor que comprovadamente apresentou defeitos que o levaram às autorizadas, caracteriza o ilícito e o serviço prestado indevidamente.
10.	Não se olvide, ainda, que em face do artigo 12 da Lei 8.078/90 o fabricante responde, independentemente da existência de culpa, por danos causados aos consumidores por defeitos no produto ou no serviço, podendo eximir-se da responsabilidade civil, desde que demonstre a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, o que no caso, incorreu.
11.	Ademais, o caso se amolda à também hipótese do art. 18 da Lei 8.079/90, no qual está prevista a responsabilidade do fabricante, in litteris:
"Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas"
3 - 	IMPUGNAÇÃO DAS PRELIMINARES
12. 	DO CABIMENTO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
12.1	É uma garantia fundamental aos hipossuficientes a gratuidade da justiça definida pela lei 1060/50; a autora é aposentada, e sendo que a não gratuidade afetaria a sua subsistência.
12.2	Destarte, resta comprovado que a autora se enquadra na referida lei e necessita do amparo da mesma, ficando assim requerida a manutenção da mesma.
4. 	DA COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
13.	A aludida ré, reza pela incompetência deste douto juizado como forma meramente protelatória, como já demonstrado na inicial o valor da causa não supera o definido pela lei 9099/95, e consta com os documentos necessários comprovando o vício de fabricação e defeito oculto, sendo confirmados pelos próprios técnicos da ré, os quais pediram os reparos ou substituição do parelho celular, em questão, dentro do prazo de garantia contratual.
14.	Restando assim caracterizado a competência deste Juizado Especial Cível.
5- 	IMPUGNAÇÃO DO MÉRITO
15. 	DA APLICABILIDADE DA GARANTIA CONTRATUAL
	O artigo 50 do Código de Defesa do Consumidor, estabelece a garantia contratual:
"A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito. Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações."
15.1	Em face do artigo 12 da Lei 8.078/90 o fabricante responde, independentemente da existência de culpa, por danos causados aos consumidores por defeitos no produto ou no serviço, podendo eximir-se da responsabilidade civil, desde que demonstre a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, o que no caso, incorreu.
15.2	No caso em tela, a ré não demonstrar em momento algum a culpa exclusiva da parte autora, por qualquer tipo de prova admitido em direito, somente através de falácias, tentando induzir este douto juízo ao erro.
6-	 DA EXISTÊNCIA DE DEFEITO DE FABRICAÇÃO
16.	O vício de fabricação resta comprovado através de documentos, pela procura da autora a loja onde o celular com menos de 03 meses de uso, e no seu segundo retorno o problema foi identificado pelos técnicos da ré, os quais solicitaram o seu reparo ou substituição.
17.	A ré afirma que ocorreu o desgaste natural da peça, e o uso irregular do mais o que seria uso irregular, porém sem comprovar por nenhum meio, o que dizem, somente jogando palavras ao vento; hora se todos os celulares ou equipamentos novos apresentassem este tipo de defeito, ninguém mais os comprariam.
O artigo 12 do Código de Defesado Consumidor, em seu parágrafo 3º, inciso II, deixa bem claro que o fabricante deve provar que o defeito inexiste, e em seu inciso III, que houve culpa exclusiva do consumidor; sendo que neste caso em tela, não provou nem um, nem outro.
7. 	DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
18.	A inversão de que trata o artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, dispõe que é direito básico do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência.
19.	Destarte, demonstrado no caso em tela que a autora é hipossuficiente, e que também restou caracterizado verdadeiras as alegações iniciais, pelos documentos cedidos pela própria impugnada, os quais solicitavam a troca do produto frente ao vício.
20.	Sendo a jurisprudência recente, conforme mencionada a seguir, favorável a inversão do ônus da prova:
TJ-PE - Apelação APL 3601112 PE (TJ-PE) Data de publicação: 16/06/2015Ementa: CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO. ATRASO. DANOS MORAIS. APLICAÇÃO DO CDC. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. PRECEDENTE. CABIMENTO. DANO MORAL E MATERIAL CONFIGURADO.
8-	 DA EXISTÊNCIA DO DANO MORAL
21.	A apresentação de defeito de fabricação ou oculto em equipamento de pouco uso, deixando a autora impedida de se utilizar livremente do mesmo; as tentativas, infrutíferas, de sanar os problemas; não se tratam de meros dissabores da vida cotidiana. Além disso, destaca-se a angústia, o descontentamento com os incidentes ocorridos e a ansiedade oriunda da falta de uma solução esperada.
	A jurisprudência atualizadíssima, visa garantir este direito ao consumidor;
PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS TURMA RECURSAL DA COMARCA DA CAPITAL RECURSO Nº 0030768-60.2012.8.19.0202 RECORRENTE: LEANDRO BUENO BRAGA DE JESUS RECORRIDO: HP VOTO - Contrato de Compra e Venda. Alegação do Autor de que em 12/05/2010 recebeu de presente de seu pai um notebook HP Pavilion DV4-2114 BR, que em 07/11/2011 apresentou defeito e foi levado para a assistência técnica. Afirma que em 13/03/2012 o produto foi encaminhado novamente à assistência técnica porque apresentou o mesmo defeito e desta vez não obteve solução para o problema. Informa que a assistência técnica lhe devolveu o produto alegando impossibilidade de reparo já que o defeito era na "placa-mãe". Sustenta que a Ré foi notificada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj, buscada pelo Autor, e não resolveu o problema. Pleito de restituição do valor do aparelho e de indenização de dano moral. Sentença às fls. 45/46 que julga extinto com julgamento do mérito, na forma do art. 269, IV do CPC. Recurso do Autor requerendo a procedência dos pedidos. Relação de consumo. Vício oculto. Alegação de decadência que não merece prosperar, conforme art. 26, § 3º, do CDC. Verossimilhança nas alegações do Recorrente, com base no documento de fls. 10/16, que comprova que o aparelho foi levado à assistência técnica em 07/11/2011 e em 13/03/2012, sem que o problema fosse resolvido já que se tratava de defeito na placa-mãe. Recorrente que comprova às fls. 17/18, que a Recorrida tomou ciência do defeito, através de notificação do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da ALERJ e se declarou impossibilitada de atender o pleito da Reclamante. Falha caracterizada. Restituição do valor do aparelho que se impõe. Vício de qualidade que inviabilizou a sua utilização. Expectativas do Consumidor ao adquirir um produto de qualidade e durabilidade que restaram frustradas. Lesão de ordem moral caracterizada. Dever de indenizar. Arbitramento justo, apto a compensar os transtornos vividos pelo Recorrido no valor de R$ 5.000,00. FACE AO EXPOSTO, VOTO NO SENTIDO DE DAR PROVIMENTO AO RECURSO PARA CONDENAR O RÉU À: 1- RESTITUIR AO AUTOR O VALOR DE R$ 2.374,05, ACRESCIDO DE JUROS DE 1% AO MÊS, CONTADOS DESTA DATA, DEVIDAMENTE CORRIGIDO À ÉPOCA DO PAGAMENTO; E 2-PAGAR À TÍTULO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL, O VALOR DE R$ 5.000,00, ACRESCIDO DE JUROS DE 1% AO MÊS, CONTADOS DESTA DATA, DEVIDAMENTE CORRIGIDO À ÉPOCA DO PAGAMENTO. FICA AINDA INTIMADO O SUCUMBENTE A PAGAR O VALOR DA CONDENAÇÃO NO PRAZO DE 15 DIAS A PARTIR DO TRÂNSITO EM JULGADO DO ACÓRDÃO, INDEPENDENTEMENTE DE NOVA INTIMAÇÃO, SOB PENA DE MULTA DE 10% PREVISTA NO ARTIGO 475-J DO CPC, COM REDAÇÃO DA LEI 11.232/05 E NOS TERMOS DO COMUNICADO Nº 06 DO VIII ENCONTRO DE JUÍZES. Rio de Janeiro,30 de abril de 2015. PAULO ROBERTO SAMPAIO JANGUTTA JUIZ DE DIREITO RELATOR 0030768-60.2012.8.19.0202 0030768-60.2012.8.19.0202 SBF
(TJ-RJ - RI: 00307686020128190202 RJ 0030768-60.2012.8.19.0202, Relator: PAULO ROBERTO SAMPAIO JANGUTTA, Quinta Turma Recursal, Data de Publicação: 11/06/2015 17:38).
9-	DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
22.	Diante do exposto, tudo suprido pelo notável saber jurídico de Vossa Excelência requer-se:
a) 	RATIFICANDO NA ÍNTEGRA O CONTIDO NA EXORDIAL, requer digne-se Vossa Excelência em considerar TOTALMENTE IMPROCEDENTES OS PEDIDOS E ALEGAÇÕES formuladas pela Impugnada MOTOROLA DO BRASIL, em sua contestação, e julgando TOTALMENTE PROCEDENTE, a presente medida judicial nos termos da inicial, com a decretação da responsabilidade da empresa, e como demais pedidos constantes na peça inaugural;
 
b) 	REQUER AINDA AUTORA, O ADITANDO DA PEÇA INICIAL, para acrescentar o pedido de condenação em danos morais no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais), atualizando assim o valor da causa para R$ 10.999,00 (dez mil novecentos e noventa e nove reais).
CLAMA-SE POR JUSTIÇA!.
Natal, assinatura eletrônica
Termos em que, Pede Deferimento
_______________________________________________________
Armando Costa Neto - Advogado - OAB/RN 14.437
_______________________________________________________
Juscier E. B Souza - Assistente de Advogado RG/ITEP 2.362508
8
Rua Nelson Geraldo Freire, N°800, Natal - RN, CEP: 59064-160. Fones: (84) 9.9430-0333/9.9821-5121, Whatsapp (84) 9.8118-0446 
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