Buscar

308617579-Estudo-Do-Caso-Palace-II

Prévia do material em texto

Estudo de Caso - Edifício 
Palace II 
A HISTÓRIA
• Na madrugada de 22 de fevereiro de 1998, um
domingo de carnaval, parte do edifício Palace II, na
Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, desabou,
destruindo 44 apartamentos.
• Dois dias depois, a prefeitura anunciou que o
edifício seria implodido, e o segundo
desmoronamento ocorreu no dia 27 de fevereiro.
• Na data de 28 de fevereiro a implosão é executada.
APURAÇÃO
• A justiça brasileira apurou a responsabilidade de
três envolvidos principais no caso em estudo,
são eles:
SÉRGIO M. DOMINGUES
JOSÉ R. CHENDES
SÉRGIO A. NAYA
APURAÇÃO
• Ministério Público apurou que a causa foi erros
de projeto agravado por erros de execução;
• Conclui ainda que Naya assumiu o risco de
produzir o resultado desabamento.
• Juiz Heraldo Saturnino de oliveira da 33ª Vara
Criminal do Rio de Janeiro apura e conclui que o
prédio desabou por erro generalizado no cálculo
das colunas de sustentação do edifício. E absolve
Naya e Domingues da responsabilidade quanto
ao projeto estrutural.
SITUAÇÃO CRIMINAL
CRIME DOLOSO – Cabível se o prédio tivesse sido
construído com a intenção de cair.
Promotores que apelaram da sentença, acusaram
Naya e Domingues de crime doloso.
CRIME CULPOSO – O crime ocorreu devido a
negligência, desatenção ou descaso.
Promotores que apelaram da sentença, acusaram
Chendes de crime culposo.
SITUAÇÃO CíVEL
Naya e Domingues foram 
responsabilizados penalmente, tendo 
que pagar respectivamente 360 
salários mínimos e 200 salários 
mínimos à cinco entidades públicas 
com destinação social e a Sersan
teve seus bens bloqueados para 
pagar as indenizações às famílias.
SITUAÇÃO JUNTO AO CREA
• Foi constatada a inadimplência da construtora
junto ao CREA-RJ e identificada a ART na qual o
Engenheiro Sergio Naya aparece como
Responsável Técnico pela execução da obra.
• Sérgio Augusto Naya teve cancelado o seu
registro em regime de "visto", em caráter
definitivo, por decisão unânime do CREA-RJ.
• A empresa SERSAN também teve cancelado seu
registro no CREA-RJ, com base no Art. 64 da Lei
5.194.
PERÍCIA
• O laudo pericial atestou erro de cálculo no
projeto do edifício, erro de dimensionamento
nos pilares e falta grave no detalhamento dos
pilares P4A e P44A;
• Houve acusações de uso de água e areia de praia
na obra, e poderia ser um dos fatos que levou o
prédio a ruina, porém, foi concluído que não
havia presença de água do lençol freático, e que
materiais, como, concha, plásticos, papel e
madeira na massa, seriam normais em
quaisquer obras.
CONCLUSÃO
• A partir dos estudos efetuados é possível concluir que
há incoerência quanto as sentenças e penas aplicadas
aos responsáveis pelo desabamento do caso analisado.
E nos faz levantar a questão dos valores morais, pois
somente a ação ética de uma pessoa pode garantir o
comportamento ético de uma organização,
estabelecendo um envolvimento responsável de todos
os envolvidos.
• A associação de vitimas do "Palace II" reagiu com
indignação à absolvição dos donos da construtora, o
que nos leva a questionar que, mesmo assumindo o
risco de saber que algo está por ruir, os envolvidos
indiretamente podem se isentar de tal
responsabilidade?

Continue navegando