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TRATAMENTO DAS CICATRIZES ATRÓFICAS DE ACNE POR MEIO DO DERMAPEN EM MULHERES DE 20-30 ANOS

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232 
TRATAMENTO DAS CICATRIZES ATRÓFICAS DE ACNE POR MEIO DO 
MICROAGULHAMENTO COM EQUIPAMENTO DERMAPEN EM MULHERES 
ENTRE 20 A 30 ANOS 
ACNE ATROPHIC SCARS TREATMENT THROUGH MICRONEDDLELING 
USING DERMAPEN EQUIPMENT ON WOMEN BETWEEN THE AGES OF 20 AND 
30 YEARS OLD 
 
Beatriz Bueno Pereira – beatrizbuenno@hotmail.com 
Daniela da Silva Terruel – daniterruel@gmail.com 
Maira Fernanda Boulhossa Carrillo – maira_plis@live.com 
Discentes do Curso de Bacharel em Estética – UniSALESIANO Lins 
Prof.ª Ma. Cristiane Rissatto Jettar Lima – estética@unisalesiano.edu.br 
 
 
RESUMO 
 
As cicatrizes de acne causam um desconforto estético para a maioria das 
mulheres, levando-as à busca de tratamentos que amenizem o aspecto dessas 
afecções. Entre os métodos de tratamento, encontra-se o microagulhamento, uma 
técnica desenvolvida em produzir minúsculos furos na pele com o objetivo de gerar 
um processo inflamatório local para um posterior reparo tecidual. O estudo teve 
como objetivo demonstrar possível melhora nas cicatrizes atróficas de acne por meio 
do microagulhamento com a modalidade dermapen. Foram selecionadas seis 
voluntárias do gênero feminino, com idade entre 20 a 30 anos apresentando 
cicatrizes atróficas de acne na face. O experimento foi realizado na Clínica Corpo e 
Essência, localizado na cidade de Lins/SP. Foram realizadas quatro sessões com o 
intervalo de 21 dias entre elas. Os resultados foram analisados por registro de 
imagem nas quais se visualizou uma discreta melhora na aparência das cicatrizes 
atróficas de acne, além de benefícios como, redução de ósteos dilatados, aumento 
da luminosidade e uniformização da pele. 
 
Palavras-chave: Acne. Cicatrizes atróficas. Microagulhamento. 
 
ABSTRACT 
 
The scars caused by acne cause an aesthetic discomfort to the majority of 
women, driving them to seek for treatments that soften the aspect of such conditions. 
Among the treatment methods is microneedling, a techinique that consist on 
producing tiny holes on the skin with the target of generating an inflammatory 
process for an afterward tissue repair. The study had the objective of showing 
possible improving on the atrophic acne scars through microneedling using the 
dermapen device. Six female volunteers, with ages between 20 and 30 years old 
were selected for the study. They all presented atrophic acne scars. The experiment 
was held at Clinica Corpo e Essência, located in Lins/SP. Four sections were 
performed with a 21 day break between each section. The results were analyzed by 
image recording in which a discreet improvement in the appearance of atrophic acne 
scars was observed, besides benefits such as reduction of dilated osteoses, increase 
of luminosity and uniformity of the skin. 
 
Key words: Acne. Atrophic scars. Microneedling. 
 
 
 
 
 
 
 
233 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente estudo tem como escopo o uso do microagulhamento nas 
cicatrizes atróficas de acne, sendo uma técnica moderna em opção de tratamento, 
mostrando significante efeito na indução de colágeno, redução de rugas, cicatrizes, 
pigmentação, melhorando a aparência, textura e luminosidade da pele. 
É de conhecimento geral que o processo de cicatrização do ser humano 
ocorre de acordo com as seguintes etapas: hemostasia, inflamação e reparação do 
tecido lesionado. (KEDE; SABATOVICH, 2009 apud LIMA; SOUZA, 2015) 
Trata-se de uma pesquisa experimental, com abordagem qualitativa, que teve 
como objetivo verificar os efeitos do microagulhamento por meio da dermapen no 
reparo nas cicatrizes atróficas de acne. Como hipótese aventou-se a promoção do 
reparo tecidual pelo incremento a síntese de colágeno e elastina, reorganizando as 
fibras internas e consequentemente harmonizando o aspecto das cicatrizes. O 
experimento foi realizado com seis voluntárias do sexo feminino, com faixa etária 
entre 20 a 30 anos, recrutadas por meio de redes sociais, apresentando cicatrizes 
atróficas de acne em pele íntegra. Foram realizadas quatro sessões com intervalo 
de 21 dias. 
 
1 ACNE 
 
A acne é uma afecção dermatológica que atinge as unidades pilos sebáceas 
de algumas áreas do corpo, sendo bastante frequente entre os 80% dos 
adolescentes. (MANFRINATO, 2009 apud SUDO, 2014) 
Esta afecção é a mais comum das doenças crônicas do folículo pilos sebáceo 
da pele humana, causada por múltiplos fatores e que leva ao aparecimento de vários 
tipos de lesões. No entanto, Ribeiro (2010 apud SUDO, 2014) sugere que apenas 10 
a 20% dos portadores de acne precisam de tratamento medicamentoso, podendo 
ser por via oral e/ou tópica. 
Segundo Souza (2005 apud SUDO, 2014), a acne torna-se muitas vezes 
difícil de diagnosticar o que realmente ocasionou seu surgimento, afetando 
normalmente áreas como, face, tórax e dorso. 
A acne pode ser classificada em 4 graus conforme explicitado no quadro a 
 
 
 
 
 
 
 
234 
seguir: 
 
 Quadro I: Grau de acne 
1) Acne grau I: (Acne comedogênica - não inflamatória) apresenta pele oleosa, 
comedões abertos e fechados; 
2) Acne grau II: (Acne pápulo-pustulosa inflamatória) apresenta pele oleosa, 
comedões abertos e fechados, pápulas, pústulas, nódulos e cistos; 
3) Acne grau III: (Acne nódulo-cística inflamatória) apresenta pele oleosa, comedões 
abertos e fechados; 
4) Acne grau IV: (Acne fulminante) forma infecciosa e sistêmica da acne, de causa 
desconhecida e inicio abrupto, que acomete predominantemente o sexo masculino. Apesar 
de rara, é devastadora e grave. A etiologia da acne fulminante não é a mesma da acne 
vulgar, ou seja, não ocorre com o mesmo processo de obstrução do folículo pilossebáceo, 
hipersecreção e fatores hormonais. Em alguns casos o indivíduo acometido possui 
pápulas, pústulas e nódulos que evoluem para úlceras. Pode também haver dores nas 
articulações e febre. O tratamento é exclusivo por médicos. 
 Fonte: (GOMES, 2006 apud SUDO, 2014) 
 
1.1 Cicatriz Atrófica de Acne 
 
As cicatrizes atróficas são depressões dérmicas mais comumente provocadas 
por destruição do colágeno durante doenças cutâneas de caráter inflamatório, como 
acne nódulo-cística ou varicela, ou após traumas, queimaduras e cirurgias. São 
cicatrizes de difícil tratamento, geralmente abordadas cirurgicamente. Entretanto, 
tratamentos menos invasivos têm sido utilizados com relativo sucesso. (PARK, 2011 
apud CACHAFEIRO, 2015). 
 
A atrofia pode afetar a epiderme, a derme e o subcutâneo. As lesões 
inflamatórias da acne maturam através das fases da cicatrização, desde a 
inicial, inflamação e formação de tecido de granulação até a subsequente 
fibroplasia, neovascularização, contratura da ferida e remodelação tecidual. 
As lesões de acne se iniciam geralmente bem abaixo da epiderme, o que 
leva a uma cicatrização que envolve preferencialmente estruturas mais 
profundas. (GOODMAN, 2000 apud KELLER, 2006). 
 
Como as cicatrizes maturam, sua contração promove nas camadas 
superficiais uma aparência denteada. A atividade enzimática e mediadores da 
inflamação também provocam a destruição dessas estruturas profundas, o que leva 
à perda de substância, contribuindo para a gravidade da atrofia cicatricial. 
(GOODMAN, 2000 apud CACHAFEIRO, 2015) 
 
1.1.1 Tipo de acne que causa cicatriz 
 
 
 
 
 
 
 
 
235 
As cicatrizes são resultados da acne inflamatória e estão associadas a um 
aumento ou perda de colágeno, apresentando características diversas podendo ser 
atróficas (associada à perda tecidual), hipertróficas ou queloideanas com inchaço 
bem delimitado, de forma irregular, de cor rosa a vermelho escuro. (CÔRTES, 
2009). 
A acne vulgar é uma das doenças de pele mais comuns. Após o término da 
fase inflamatória ativa, grande parte dos pacientes apresentacicatrizes atróficas. 
As cicatrizes de acne são um problema estético e psicológico. (KALIL, 2015) 
 
1.1.2 Malefícios da acne 
 
Com a maior perspectiva de vida, o homem tem se preocupado com o bem 
estar da saúde e qualidade de vida, e a estética tem se tornado um fator primordial 
para autoestima. Em tempos contemporâneos a saúde da pele tem alcançado uma 
maior atenção e cuidado. (FONSECA, 2016) 
De acordo com o autor supracitado, a acne é um vilão à saúde do homem 
desde sempre, causando transtorno a alguns indivíduos que têm maior 
predisposição à doença, proporcionando dores, deformações na pele, aparência 
desagradável e outras consequências negativas, que muitas vezes interfere até na 
saúde psicossocial. Neste sentido, é importante compreender como a doença se 
desenvolve, qual a pele com maior predisposição e como tratá-las de forma que 
amenize o mal estar da pessoa. 
 
2 MICROAGULHAMENTO 
 
O microagulhamento é um tratamento em que são usadas diversas agulhas 
esterilizadas e de aço cirúrgico, que podem inclusive estar dispostas em um rolo, 
para facilitar sua aplicação. Esse rolo é aplicado na pele, provocando pequenas 
micropunturas, que aumentam a vasodilatação, induz à formação de colágeno 
garantindo a renovação da pele, sendo possível preencher cicatrizes, marcas de 
acne, além de reorganizar as fibras internas, deixando a pele mais firme e com mais 
vitalidade, aumentando a absorção de alguns medicamentos direto na pele, o 
chamado drug delivery. (AYRES, s.d.; FERREIRA, s.d. apud TORQUATO, 2014) 
Segundo Ayres (2016) é importante que o equipamento possua registro na 
 
 
 
 
 
 
 
236 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), certificação que garante a 
qualidade do produto em relação ao aço utilizado, número de agulhas, comprimento 
e diâmetro das agulhas e a esterilização do mesmo, evitando assim contaminações 
e complicações. 
 
2.1 Técnicas de microagulhamento – Roller 
 
Segundo Borges e Scorza (2016), o roller ou dermaroller é normalmente 
constituído de um pequeno cilindro-rolo arquitetado com uma quantidade de finas 
agulhas que, dependendo do tipo de finalidade de uso, pode variar de 190 a 1080 
agulhas de 0,20mm e 3mm de comprimento e vão de 0,1mm a 0,12mm de diâmetro 
no ponto máximo de penetração. 
A escolha do tamanho ideal, seja das agulhas ou largura do roller, dependerá 
do objetivo do tratamento e tamanho da área a tratar. Portanto, antes da escolha do 
roller deve-se realizar uma avaliação criteriosa do cliente para determinar o tipo e a 
profundidade da lesão, assim como o tamanho da área-alvo, para, dessa maneira, 
fazer uso do melhor equipamento. 
 
2.2 Canetas de microagulhamento 
 
No mercado atual, existem aparelhos em forma de caneta para realização do 
microagulhamento. Essas canetas podem ser manuais ou elétricas, e suas agulhas 
são descartáveis. O equipamento elétrico também chamado de dispositivo elétrico 
de microagulhamento, permite a regulagem do tamanho das agulhas entre 0,25mm 
a 2mm de acordo com a profundidade da disfunção estética. A quantidade de 
agulhas pode variar nos refis (2, 3, 7, 12 ou 36 agulhas), trabalhando com um 
número maior de agulhas é o mais indicado para que se obtenha um trauma mais 
homogêneo. (BORGES; SCORZA, 2016) 
A caneta manual é utilizada com movimentos ascendentes e descendentes 
sobre a pele, perfurando-a repetidas vezes. Já a caneta elétrica é utilizada 
deslizando-a sobre a área-alvo, passando-a várias vezes sobre o mesmo local, com 
movimentos circulares ou retilíneos, até se obter um aspecto de lesão desejado, 
sem necessidade de pressioná-la sobre a pele. (CANETA DERMAPEN, s.d.; 
FERNANDES, 2008 apud EVANGELISTA, 2013) 
 
 
 
 
 
 
 
237 
Quanto à eficácia do roller em comparação com a caneta, os fabricantes 
atestam que a caneta elétrica é uma evolução do roller para a prática do 
microagulhamento, com a promessa de maior praticidade durante o procedimento. 
(BORGES; SCORZA, 2016) 
Segundo Arora e Gupta (apud BORGES; SCORZA, 2016), algumas 
vantagens do uso da caneta elétrica para o microagulhamento: 
a) é fácil de usar pelo fato de o sistema automático de movimento 
perpendicular da agulha sobre a pele proporcionar uma penetração com a 
profundidade necessária; 
b) é mais conveniente para o tratamento de áreas estreitas como nariz, ao 
redor dos olhos ou boca, sem danificar a pele adjacente. Com o diâmetro 
total da “cabeça-guia” de agulhas é cerca de 10 milímetros, permite tratar a 
área-alvo em qualquer direção; 
c) pelo fato de o comprimento da agulha ser regulável em altura, permite, 
numa mesma sessão, tratar diferentes áreas do rosto com maior eficiência e 
menor risco de lesão; 
d) é econômica, pois não há necessidade de se comprar um novo 
equipamento a cada tratamento, bastando apenas substituir o refil de 
agulhas, que tem baixo custo. 
 
2.3 Benefícios gerais do microagulhamento 
 
Indicada para melhoria da flacidez da pele facial e corporal, estrias, cicatrizes 
atróficas, cirurgia e queimaduras, e também para queda de cabelo. Tem vantagem 
de ser procedimento feito no consultório, custo baixo, bem tolerado, com período 
curto de recuperação e sem dor. A expectativa é de melhora após primeira sessão 
(um mês após). (VIANA, 2016). 
 
2.4 Indicações e Contra Indicações 
2.4.1 Indicações 
 
Segundo Ayres (2016), o microagulhamento promove a restauração da lesão 
e reorganizando as fibras internas e assim: 
a) reduzindo rugas; 
b) atenuando cicatrizes de acne, linhas de expressão, manchas e estrias; 
 
 
 
 
 
 
 
238 
c) rejuvenescendo a pele; 
d) melhorando a textura; 
e) facilitando a penetração e potencialização dos ativos na região. 
 
De acordo com autor acima, o microagulhamento pode ser feito em qualquer 
lugar do corpo, como rosto, colo, pescoço, mãos, braços, seios, coxas, abdômen e 
couro cabeludo. 
 
2.4.2 Contra Indicações 
 
Segundo Borges e Scorza (2016), o tratamento embora pareça simples e 
fácil, devemos respeitar a anatomia da pele, garantir a esterilidade e conhecer o 
manuseio do instrumento, pois, por ser um tratamento invasivo, podemos incorrer 
em lesões e infecções de pele. 
Entre as principais contra indicações, estão: 
a) feridas abertas: podendo haver agravamento do quadro; 
b) pele queimada/bronzeada de sol: pode haver hipersensibilidade, e há risco 
de hipercromia em virtude do aumento da melanogênese; 
c) herpes e acne ativas: podendo haver aumento da lesão em virtude da 
disseminação do agente causador; 
d) qualquer infecção ou inflamação aguda da pele: sensibilidade aumentada 
da pele lesionada; 
e) histórico de má cicatrização de feridas/diabetes: efeitos de má cicatrização 
da lesão; 
f) doenças do colágeno (Síndrome de Cushing): pode haver geração de 
colágeno de má qualidade ou deficiente; 
g) áreas com neoplasia; 
h) alergia (a metal, a cosmético); 
i) uso de anticoagulantes: pois há riscos de sangramento ininterrupto; 
j) gravidez: sem o uso de cosmético/medicamentos é seguro, mas, quando 
houver necessidade de se usar produtos químicos, a escolha da substancia 
a ser utilizada deve ser feita com muito critério; 
k) uso de roacutan (isotretinoina): a recuperação da perfuração na pele pode 
 
 
 
 
 
 
 
239 
gerar cicatrizes hipertróficas e ocasionar “deformações” na pele; 
l) uso de capacetes: pois gera atrito no local; e 
m) evitar contato com qualquer tipo de animal doméstico após o procedimento, 
pois pode causar alergia. 
 
2.5 Efeitos fisiológicos 
 
Os efeitos fisiológicos decorrentes da aplicação do roller são responsáveis 
pela resposta obtidaapós o tratamento. São eles: estímulo à produção de colágeno; 
melhora da qualidade da epiderme e derme; e angiogênese. (BORGES; SCORZA, 
2016). 
 
2.6 Efeitos Adversos 
 
As causas de complicações ou efeitos indesejáveis do microagulhamento 
podem variar da escolha do tipo de equipamento, à execução inadequada do 
procedimento, como, por exemplo: velocidade ou ritmo inapropriado para execução 
da técnica, pressão exagerada, reutilização de agulhas, uso de cosméticos ou outras 
substâncias com potencial alergênico, intervalo pequeno entre as sessões, e 
associação de forma incorreta com outros recursos terapêuticos. (NEGRÃO apud 
BORGES; SCORZA, 2016). 
Segundo Borges e Scorza (2016) alguns efeitos adversos que podem ser 
observados no tratamento do microagulhamento: 
a) sangramento durante a sessão: dependendo do tamanho da agulha e da 
pressão exercida, pode ocorrer sangramento, que cessa logo após o 
término do procedimento; 
b) hiperemia acentuada/vermelhidão; 
c) dor no local de tratamento: principalmente com uso de agulhas acima de 
1mm de comprimento; 
d) descamação intensa: ocorre a partir do segundo dia após o 
microagulhamento; 
e) edema; 
f) marcas de “arranhões” ou “queimadura” mecânica: podem acontecer com o 
 
 
 
 
 
 
 
240 
roller seja passado de forma inadequada ou uma pressão excessiva ao 
ponto do cilindro atritar de forma intensa na pele; 
g) hipercromia inflamatória: em caso de exposição solar, principalmente em 
peles de fototipos altos. 
 
3 METODOLOGIA E EXPERIMENTO 
3.1 Desenho de Estudo 
 
Foi realizada uma pesquisa experimental de caráter qualitativo a fim de 
demonstrar que, por ser uma técnica que estimula a síntese de colágeno, o 
microagulhamento por meio da Dermapen, para cicatrizes de acne se torna mais 
eficaz. O projeto de pesquisa foi submetido à Plataforma Brasil do Ministério da 
Saúde e aprovado pelo Comitê de Ética no Unisalesiano, parecer nº 1.592.535 em 
15/06/2016. 
 
3.2 Critérios de inclusão e exclusão 
 
Como critérios de inclusão, foram eleitas voluntárias do gênero feminino com 
cicatrizes atróficas em pele íntegra, idade entre 20 e 30 anos. Excluíram-se da 
pesquisa pele não íntegra, mulheres com tendência à disfunção cicatricial, diabético 
descompensado, hipertensão descompensada, usa de corticoides, anti-histamínicos, 
esteroides, anti-inflamatórios, o uso de isotretinoína, lesão na região a ser tratada, 
menores de 20 anos e maiores de 30 anos e gênero masculino. 
 
3.3 Procedimento Experimental 
 
A pesquisa foi realizada na Clínica Corpo & Essência situada na cidade de 
Lins-SP, um ambiente tranquilo, climatizado, higienizado e iluminado. 
Para a realização do experimento foram recrutadas seis voluntárias através 
de redes sociais e contatos próximos, alocadas em um único grupo. 
Previamente ao início do experimento as voluntárias foram esclarecidas sobre 
o objetivo e metodologia da pesquisa, bem como sobre os riscos e benefícios. 
Foram submetidas a uma anamnese facial segundo Gobbo (2010) seguida de coleta 
 
 
 
 
 
 
 
241 
de imagens. Todas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, bem 
como o Termo de Autorização de Uso de Imagem. Foram orientadas sobre a não 
exposição solar e a não utilização de cosméticos na região tratada nas 24 horas 
subsequentes a aplicação. 
De acordo com Negrão (2015), não é indicada a utilização de filtro solar após 
o microagulhamento, por causa das micropunturas na pele, e o agente fotoprotetor 
deve permanecer em sua superfície e não penetrar nela. 
Cada voluntária foi submetida à aplicação do anestésico Emla EMS 50 mg/g, 
ocluído com papel filme, retirado com água após 30 minutos, sendo realizada a 
higienização facial com sabonete em gel com ácido glicólico a 10%; em seguida, 
aplicou-se a Dermapen da marca My M contendo um cartucho com 36 agulhas 
estéril com 2,0 mm de espessura, com movimentos circulares ascendentes, 
descendentes e diagonais até observar hiperemia, petéquias e pontos de 
sangramento. Para cada voluntária foi utilizado um cartucho de agulha por sessão, 
totalizando 24 cartuchos no experimento. 
O experimento compreendeu o período de junho a setembro de 2016 sendo 
que cada voluntária recebeu quatro aplicações de microagulhamento com intervalo 
de 21 dias entre as sessões, e o mesmo intervalo entre a última sessão e os 
registros fotográficos finais. 
Ao final do experimento foi feito a coleta de satisfação por meio de 
questionário. 
 
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
Figura 1: Voluntária 1 
 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
242 
Figura 2: Voluntária 2 
 
 
 
,Figura 3: Voluntária 3 
 
 
 
 
Figura 4: Voluntária 4 
 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016 
 
 
 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016 
 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
243 
Figura 5: Voluntária 5 
 
 
 
Em geral observou-se discreta melhora visual nas cicatrizes atróficas de acne, 
redução de ósteos dilatados, aumento da luminosidade e melhora na textura da 
pele. Na voluntária 4 observou-se também redução das rugas glabelares. Acredita-
se que tal resultado ocorreu por não haver associação com ativos e pelo tempo 
reduzido de tratamento corroborando com os achados de Lima e Souza (2015) que 
afirmam que o microagulhamento combinado a ativos cosméticos pode potencializar 
os resultados desejados, uma vez que os microcanais facilitam a absorção do ativo, 
aumentando a penetração de moléculas maiores em até 80%. 
Após pesquisa de satisfação todas as voluntárias relataram alacridade com o 
resultado e recomendariam o tratamento. 
 
5 DISCUSSÃO 
 
A acne é uma enfermidade genético-hormonal, de localização pilossebácea, 
distinta pela formação de comedões, pápulas e cistos. Quando há inflamação mais 
intensa, formam-se pústulas e abscessos que regridem em geral deixando 
cicatrizes. Estas podem envolver mudança na textura da derme superficial e 
profunda. (FABBROCINI et al., 2008; RIBAS; OLIVEIRA, 2008 apud MATOS, 2014). 
As cicatrizes atróficas em geral são causadas por perda de colágeno após 
processo inflamatório da acne. (VASCONCELOS, 2016). 
O microagulhamento é um tratamento estético não ablativo, realiza múltiplas 
perfurações na epiderme sem destruí-la, promovendo estimulação de colágeno e 
espessamento da pele. Tais perfurações criam uma zona confluente de lesão 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
244 
superficial, iniciando o processo normal de cura de feridas com liberação de fatores 
de crescimento (BERGMANN; BERGMANN, 2015). 
Ainda versando sobre esse contexto, Vasconcelos (2016) revela que o 
microagulhamento é um procedimento seguro, que pode ser executado em 
consultório sem complicações, com bom custo/benefício por ser economicamente 
viável, sem o afastamento do paciente de suas atividades diárias. 
Geralmente não causa descamação, facilita a permeação de ativos 
cosméticos estimulando a regeneração das cicatrizes, o tempo de cicatrização é 
mais curto, os riscos de efeitos colaterais são menores e não possui restrição de 
fototipo. (MATOS, 2014) 
O uso de agulhas com o objetivo de indução á formação de colágeno, teve 
seus primeiros relatos em 1995 por Orentreich e Orentreich, quando descreveram o 
método denominado de subcisão para o tratamento de cicatrizes. Em 1997, 
Camirand e Doucet relataram regeneração tecidual por meio da utilização da pistola 
de tatuagem sem pigmento, que através da ruptura e remoção do colágeno 
subepidérmico danificado, ocasionou substituiçãopor novas fibras de colágeno e 
elastina. Com base nestes princípios, Fernandes desenvolveu em 2006 a terapia de 
indução percutânea de colágeno (CAMIRAND, DOUCET, 1997; FABBROCINI et al., 
2008 apud MATOS, 2014). 
A partir da lesão ocasionada pelas agulhas, inicia-se um processo inflamatório 
de cicatrização que possui três fases: injúria, cicatrização e maturação. Na fase de 
injúria, ocorre liberação de fatores de crescimento com ação sobre os queratinócitos 
e os fibroblastos. Na fase de cicatrização, ocorre angiogênese, epitelização e 
proliferação de fibroblastos, com produção de colágeno tipo III, elastina, 
glicosaminoglicanos e proteoglicanos. 
Aproximadamente cinco dias após a injúria, a matriz de fibronectina está 
formada, possibilitando o depósito de colágeno abaixo da camada basal da 
epiderme. Na fase de maturação, o colágeno tipo III que é predominante na fase 
inicial do processo de cicatrização, vai sendo gradativamente substituído pelo 
colágeno tipo I, mais duradouro, persistindo por prazo que varia de cinco a sete 
anos. Devido a esta lesão e sua consequente resposta, estima-se que o 
microagulhamento é eficaz no tratamento estético das cicatrizes de acne 
(FABBROCINI et al., 2008; LIMA, EVA; LIMA, MA; TAKANO, 2013 apud MATOS, 
 
 
 
 
 
 
 
245 
2014). 
Baseando-se nos estudos de Matos (2014), a resposta do processo 
inflamatório desencadeado pelo microagulhamento, mostrou-se pertinente seu uso 
em cicatrizes de acne, bem como em estrias, flacidez, rugas e linhas de expressão. 
As agulhas acima de 1,5mm atingem a derme e desencadeiam com o 
sangramento, estímulo inflamatório que resulta na produção de colágeno. 
(FERNANDES, 2006 apud BERGMANN; BERGMANN, 2015) 
O tratamento de cicatriz atrófica de acne promove discreto efeito nas 
cicatrizes de acne e a melhora geral da textura da pele. (KALIL, 2015) 
As afirmações dos autores supracitados corroboram com o resultado deste 
experimento em que se pôde observar além de efeito moderado sobre o reparo das 
cicatrizes atróficas de acne, harmonização da pele com redução dos ósteos 
dilatados, aumento da luminosidade e turgor tecidual. 
Como fator limitante houve o número reduzido de voluntárias e desistência de 
uma delas logo após a 3ª sessão, impedindo assim o término do tratamento. 
 
CONCLUSÃO 
 
Conclui-se que com o microagulhamento na modalidade dermapen em 
cicatrizes atróficas de acne obteve-se um resultado moderado. Sugere-se para 
melhores resultados um número maior de sessões independentemente da 
associação ou não a ativos. Vale ressaltar que quando associado há uma maior 
probabilidade de eficácia no resultado. 
Considera-se finalmente a importância de um maior número de pesquisas 
sobre o tema, bem como de forma mais ampla, e desta forma sedimentar maior 
conhecimento dos efeitos e possibilidades de tratamentos com o microagulhamento. 
 
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