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3/11/16 1 Docente Profa. Dra. Camila de Melo Accardo UC4 – Funções Orgânicas e Celulares Metabolismo do Glicogênio: Glicogênese e Glicogenólise Visão Geral… • Glicose é a fonte preferencial de energia para o cérebro e fornece a energia necessária para células com poucas ou nenhuma mitocôndria, como os eritrócitos/hemácias maduros. • Essencial como fonte de energia para o músculo em exercício: substrato para a glicólise anaeróbica. • Principais fontes de glicose: dieta; gliconeogênese (processo lento) e glicogenólise (degradação do glicogênio) Visão Geral… • Ausência de fonte de glicose na alimentação: composto rapidamente liberado a parNr do glicogênio hepáNco. • No exercício Psico, o glicogênio muscular é degradado sendo uma importante fonte energéNca ao músculo. • Quando os estoques de glicogênio se esgotam, determinados tecidos SINTETIZAM glicose “de novo”, usando aminoácidos das proteínas teciduais – gliconeogênese. 3/11/16 2 O que define estocar energia ou não? Valor Normal (69 a 99 mg/dl) Regulação Hormonal do Metabolismo EnergéEco Hiperglicemia: secreção de insulina, aumento da captação de glicose pelos tecidos e armazanamento de combusIveis (glicogênio e triacilgliceróis) e inibe a mobilização dos AG no tecido adiposo. Hipoglicemia: secreção de glucagon, liberação da glicose a parEr do glicogênio hepáEco e altera o metabolismo energéEco no Tgado e no músculo, oxidando AG, poupando glicose. Estrutura do Glicogênio • Homopolissacarídeo de cadeia ramificada: rápida degradação e > solubilidade • Estoques: no músculo (1-2% do peso do órgão; ~300 g) → função: glicólise no Pgado (10% do peso do órgão; ~100 g) → função: glicemia • Importância: reservatório de unidades glicosil para a produção de ATP a parNr da glicólise. Glicogênio em hepatócitos corados com Carmin Grânulos de glicogênio (rosetas) em hepatócitos 3/11/16 3 Glicogênio muscular: servir como reserva de combusIvel para a síntese de ATP durante a contração muscular. Glicogênio hepáNco: manter a concentração da glicemia, principalmente nos estágios iniciais do jejum. (S m ith , M ar ks , L ie be rm an , 2 00 7) Glicogênio para o músculo = Solubilidade Fácil mobilização Osmolaridade Se todo o glicogênio de um hepatócito esNvesse sob a forma de glicose, a concentração seria de 0,4M. Quando armazenada sob a forma de glicogênio, a mesma massa de glicose tem concentração de 0,01μM Qual vantagem de armazenar a glicose na forma de glicogênio? 3/11/16 4 Síntese e Degradação do Glicogênio Síntese de glicogênio: inicia com a fosforilação da glicose a glicose-6-fosfato pela hexoquinase, ou no Pgado pela glicoquinase Rota de síntese de glicogênio: converNda a glicose-1-fosfato pela fosfoglicomutase (reação reversível) Síntese do Glicogênio (Glicogênese) Local: § Todos os tecidos, fígado e músculo principalmente § Citosol Características: § Requer ENERGIA § Fosforilação da glicose: § Conversão da glicose 6-Pi em glicose 1-Pi (precursor): § Ativação da glicose 1-Pi pelo UTP § Síntese do glicogênio § Regeneração do UTP: Glicose + ATP Glicose 6-Pi + ADP hexoquinase glicoquinase Glicose 6-Pi Glicose 1-Pi fosfoglicomutase UDP + ATP UTP + ADP nucleosídeo bifosfato quinase 3/11/16 5 1ª Etapa: Formação da UDP-glicose a parNr da glicose-1-fosfato UDP-Glicose: doador de glicose para a síntese do glicogênio UDP-Glicose A rota biossintéNca requer energia; o fosfato rico em energia do UTP é uNlizado para aNvar os resíduos de glicosil em UDP-glicose O pirofosfato gerado é rapidamente degradado Glicose 1-Pi UTP Glicose 1-Pi UTP UDP-glicose Hidrólise do PPi favorece a síntese • Redutores: Possuem grupos aldeídos e cetonas livres na cadeia que atuam como agentes redutores (sofrem oxidação, doam elétrons). • Não-redutores: Possuem esses grupamentos interligados. Exibem a extremidade redutora ao sofrerem hidrólise (quebra). Glicídios Redutores e Não-Redutores 3/11/16 6 Síntese de glicogênio: necessita da formação de ligações glicosídicas α-1,4 para ligar resíduos glicosil em cadeias longas e da formação de ramos α-1,6 a cada 8 a 10 resíduos Síntese do Glicogênio Alongamento da cadeia de glicogênio pela glicogênio sintase A enzima transfere um resíduo glicosil da UDP-glicose para a ponta não-redutora de uma ramificação do glicogênio, formando uma nova ligação (α1→4). Necessita de um primer (cadeia de ~8 glicoses). Síntese do Glicogênio Formação de ramificações pela enzima ramificadora do glicogênio • Glicogênio sintase só é capaz de alongar a cadeia formando ligações α-1,4, não é capaz de formar a ligação da ramificação. • Essa ramificação é formada pela enzima ramificadora, a qual transfere um bloco de um bloco de 7 oses, contendo o terminal não redutor, vindo de uma cadeia de pelo menos 11 oses, formando uma ligação α-1,6 com a cadeia principal. • Novo ponto de ramificação tem que estar pelo menos 4 oses de distância de um preexistente. • Glicogênio sintase conEnua alongando a cadeia, concomitantemente a enzima ramificadora catalisando sua reação. 3/11/16 7 Cadeia com pelo menos 11 oses 7 resíduos glicosil 4 resíduos glicosil Consequência biológica: Glicogênio mais solúvel e aumento das extremidades não redutoras Glicogenina primer e enzima para a síntese de novo do glicogênio: adição de 7 resíduos de glicose Glicogenina e a Estrutura do glicogênio Rota de degradação: as ligações glicosídicas entre os resíduos de glicosil são simplesmente quebradas pela adição de fosfato para produzir glicose-1-fosfato. 3/11/16 8 Degradação do Glicogênio (Glicogenólise) Remoção de resíduos de glicose da ponta não-redutora da cadeia de glicogênio pela glicogênio fosforilase, liberando glicose 1-Pi Fosforólise / Citosol Parte da energia da ligação glicosídica é armazenada na formação de glicose 1-fosfato Ponto de Ramificação Enzima Desramificadora oligo (α1→4) a (α1→6) transferase Glicogênio fosforilase § ANvidade transferase • deslocamento de um bloco de 3 glicoses para uma nova ponta não-redutora • formação de nova ligação (α1→4) § ANvidade (α1→6) glicosidase • hidrólise da ligação (α1→6) • liberação de glicose Remove resíduos de glicose sucessivamente até aNngir a 4ª unidade do ponto de ramificação Formação de glicose 6-fosfato Fígado Músculo Glicólise → lactato Hidrólise pela glicose 6-fosfatase correção da glicemia Doação de Pi Transferência do Pi em C-1 à fosfo-enzima Fosfoglicomutase 3/11/16 9 Diferenças na Regulação do Metabolismo de Carboidratos no Fígado e no Músculo Baixa glicose sanguínea Necessidade de lutar ou correr Aumento da liberação de glicose no sangue Aumenta a degradação de glicogênio e glicólise
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