Buscar

RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS - COLABORAÇÃO E COCRIAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 234 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 234 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 234 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Recursos Educacionais Abertos: 
Colaboração e Cocriação
2/234
Recursos Educacionais Abertos: Colaboração e Cocriação
Autora: Teresa Cristina Jordão
Como citar este documento: JORDÃO, Teresa Cristina. Recursos Educacionais Abertos: Colaboração e 
Cocriação. Valinhos: 2015.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA 06
Assista a suas aulas 23
Unidade 2: Padrões de Licenças para Arquivos Abertos 31
Assista a suas aulas 48
Unidade 3: Educação Holística 56
Assista a suas aulas 78
Unidade 4: Visão de Teia/Rede 86
Assista a suas aulas 111
2/234
3/2343
Unidade 5: Colaboração 119
Assista a suas aulas 141
Unidade 6: Cocriação 149
Assista a suas aulas 170
Unidade 7: Coaprendizagem 178
Assista a suas aulas 200
Unidade 8: Cultura da Convergência e Outros Conceitos Importantes sobre Educação Aberta e REA 207
Assista a suas aulas 226
Sumário
Recursos Educacionais Abertos: Colaboração e Cocriação
Autora: Teresa Cristina Jordão
Como citar este documento: JORDÃO, Teresa Cristina. Recursos Educacionais Abertos: Colaboração e 
Cocriação. Valinhos: 2015.
4/234
Apresentação da Disciplina
É comum, atualmente, o uso de recursos 
tecnológicos nas diversas áreas, inclusive 
na educação, e muito se tem investido no 
desenvolvimento de tais recursos, tanto 
em dispositivos quanto em softwares.
Tantos investimentos trazem um grande 
benefício para a educação, porém muitos 
dos recursos desenvolvidos são sobre 
temas iguais ou, até mesmo, possuem 
a mesma proposta que diversos outros. 
Se fossem compartilhados, não seria 
necessário desenvolver duas vezes o 
mesmo recurso, sobrando tempo e 
investimento para a produção de materiais 
que ainda não foram contemplados pelos 
desenvolvedores.
Esta disciplina trata de temas que são 
tendências e trazem inovação para a 
educação, contribuindo para a melhoria 
do processo de ensino e aprendizagem, 
beneficiando professores e alunos. 
Falaremos sobre REA.
Os Recursos Educacionais Abertos (REA) 
surgem para tentar democratizar o 
acesso aos bons recursos produzidos, 
ampliando suas oportunidades de uso e 
evitando que se empenhem esforços no 
desenvolvimento de conteúdos iguais.
REA é uma grande tendência para definir 
as licenças de uso dos recursos produzidos 
e disponibilizados na rede.
Porém, para que os REAs sejam usados pelo 
maior número de pessoas, é necessário 
que o compartilhamento, feito pela 
internet, traga maior visibilidade para estes 
5/234
recursos, além de esclarecimento sobre a 
diferença de um REA para outros tipos de 
recursos.
Para você que está se preparando para ser 
professor, precisa conhecer todos esses 
recursos disponíveis gratuitamente.
Acompanhe os conceitos envolvidos no 
tema recursos educacionais abertos.
6/234
Unidade 1
Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA
Objetivos
1. Apresentação geral da disciplina, 
seus objetivos e temas que serão 
abordados;
2. compreender o conceito de educação 
aberta e recursos educacionais 
abertos;
3. entender os tipos de recursos 
educacionais abertos existentes;
4. conhecer exemplos de recursos 
educacionais abertos.
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA7/234
Introdução
Vivemos em uma época na qual a 
tecnologia está presente em todas as áreas 
do conhecimento e tem contribuído para 
os avanços da humanidade.
Os investimentos em desenvolvimento de 
recursos tecnológicos, desde dispositivos – 
notebooks, tablets, smartphones etc. – até 
os softwares e aplicativos, são crescentes.
Dispositivos modernos surgem a todo 
momento, com algumas características 
mais avançadas que a versão anterior, 
convidando o público a consumir 
tecnologia frequentemente para se 
manterem atualizados.
Da mesma maneira, os softwares 
também ganham novas versões e novos 
concorrentes que trazem inovações 
que logo também serão imitadas e até 
superadas por novas ferramentas.
Tais recursos já influenciam todas as áreas. 
Vamos ver alguns exemplos:
Na medicina, são utilizados recursos 
avançados de robôs para a realização de 
cirurgias, procedimentos realizados com 
a participação de especialistas que estão 
em localidade distantes dos pacientes, 
por meio de videoconferências e câmeras 
microscópicas, dentre outras.
No direito, audiências são realizadas a 
distância por meio de videoconferência, 
em que o juiz e testemunhas podem estar 
em uma localidade e o réu em outra. 
Além disso, e-mails, publicações em redes 
sociais e outros documentos eletrônicos se 
constituem como provas em processos.
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA8/234
Na educação, a utilização da tecnologia 
é cada vez mais presente em todas 
as realidades, em escolas públicas e 
privadas em todos os estados brasileiros. 
Já há alguns anos, os governos vêm 
fazendo investimentos em aquisição de 
equipamentos e softwares para as escolas, 
montando laboratórios de informática 
que, em algumas localidades, já possuem 
acesso à internet.
Por outro lado, algumas instituições, 
conhecendo as necessidades dos alunos 
e professores brasileiros e cientes da 
existência da infraestrutura tecnológica 
nas escolas, investem no desenvolvimento 
de conteúdos que facilitem o uso da 
tecnologia de forma integrada ao 
currículo, apoiando o processo de ensino 
e aprendizagem. Uma parcela significativa 
desses recursos desenvolvidos é 
disponibilizada gratuitamente na internet 
e, pela imensa quantidade existente, acaba 
ficando “perdida” e fora do alcance da 
maioria dos professores que nem mesmo 
sabem de sua existência.
Por esse motivo, algumas iniciativas 
reúnem, em grandes plataformas, recursos 
educacionais, que passaram por um 
processo de curadoria digital, facilitando 
a busca pelos professores e alunos. Alguns 
exemplos de locais onde estes recursos 
podem ser encontrados são: Escola Digital, 
Portal do Professor, dentre outros.
Porém, todos sabem que não bastam 
investimentos em equipamentos e 
conteúdos digitais; torna-se necessário 
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA9/234
também preparar os educadores para que 
pensem em aulas criativas e inovadoras 
utilizando a tecnologia como apoio.
Usar tecnologia na aprendizagem dos 
alunos envolve muito mais do que levá-
los ao laboratório para digitar textos que 
antes eram escritos no caderno. Essa 
não é uma proposta criativa nem mesmo 
inovadora de uso da tecnologia. Para que 
os recursos tecnológicos realmente tragam 
algum benefício para a educação, torna-se 
necessário que os educadores repensem 
suas propostas de aulas, desconstruindo 
modelos já ultrapassados e substituindo 
por propostas em que os alunos sejam 
envolvidos no processo e sintam vontade 
de aprender porque percebem aqueles 
conteúdos dentro de um contexto que, 
para eles, faz sentido.
Assim, a formação dos professores 
para que repensem sua prática e 
elaborem estratégias mais envolventes 
e motivadoras para os alunos torna-
se essencial dentro deste processo de 
integração das tecnologias na educação.
Diante de todo esse cenário, configura-
se como tendência o modelo de 
aprendizagem aberta, buscando trazer 
equidade na educação, oferecendo 
oportunidades de construção de 
conhecimento por todos, em qualquer 
lugar e a todo momento.
Junto desse modelo de educação que vem 
sendo muito discutida por especialistas e 
governo, torna-se de suma importância 
a existência dos chamados recursos 
educacionais abertos, ou simplesmente 
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA10/234
REAs, que são recursos livres, que podem 
ser acessados por todos e disponibilizados 
em locais de fácil acesso pelo maior 
número possível de pessoas.
Esses e outros conceitos serão tratados 
com mais detalhes nesta e nas próximas 
aulas da disciplina.
Esperamos promover oportunidades de 
reflexão sobre esse modelo de educação 
e essa forma de disponibilização de 
conteúdos, pois essetema é de suma 
importância para educadores que, sem 
dúvida, farão uso de tais recursos em sua 
prática muito em breve.
Para saber mais
Software: os dispositivos são compostos por 
hardware e software. Hardware é a parte física 
dos dispositivos, tais como, tela, teclado, placas 
etc. Já os softwares são todos os programas 
que podem ser executados nos dispositivos e 
responsáveis pelo funcionamento deles. 
Curadoria digital: é o processo de busca, seleção 
e armazenamento de conteúdos digitais para 
facilitar o acesso a tais conteúdos.
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA11/234
1. O que é Educação Aberta 
Educação aberta refere-se, 
essencialmente, à flexibilidade que o aluno 
tem de escolher o que quer aprender, 
a forma como quer aprender e em seu 
ritmo. Assim, a educação pretende 
estar disponível a todo momento e para 
todos, ampliando as possibilidades 
de personalização, protagonismo e 
autodidatismo no processo de ensino e 
aprendizagem.
Visando permitir o acesso livre a 
oportunidades de aprendizagem, 
algumas formas de educação aberta são 
disponibilizadas, tais como os cursos 
de educação a distância, os MOOCs, 
recursos educacionais Abertos, videoaulas 
publicadas no YouTube, dentre outras 
iniciativas
Além disso, na visão da educação aberta, a 
responsabilidade de ensinar deixa de estar 
nas mãos das instituições de ensino ou dos 
professores e passa a ser compartilhada 
por todos aqueles que possuem algum 
conteúdo para ensinar, possibilitando uma 
alternância entre os papéis: em alguns 
Link
Escola Digital (<http://www.escoladigital.org.
br>); 
Portal do Professor (<http://portaldoprofessor.
mec.gov.br>)
http://www.escoladigital.org.br
http://www.escoladigital.org.br
http://portaldoprofessor.mec.gov.br
http://portaldoprofessor.mec.gov.br
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA12/234
momentos, eu sou o aprendiz e em outros 
eu ensino algo, numa ideia de rede de 
compartilhamento de saberes de forma 
colaborativa.
É por esse motivo que, na visão da 
educação aberta, aprender ultrapassa 
todos os muros, principalmente os da 
escola, que perde o “status” de único 
local de construção de conhecimento, 
pois todas as oportunidades passam a ter 
a mesma importância na aprendizagem 
dos estudantes, ampliando imensamente 
seu repertório de experiências de 
aprendizagem e atendendo seus interesses 
e necessidades do que aprender.
Nesse modelo de aprendizagem, os 
alunos têm um papel fundamental na 
decisão dos caminhos e processos que 
irão escolher para alcançar seus objetivos, 
exigindo desses muito mais interesse e 
comprometimento, pois, conforme dizia 
Piaget, o aluno deve ser construtor de seu 
conhecimento como sujeito atuante.
Para saber mais
Piaget (1896-1980): um grande cientista suíço 
e estudioso dos processos de aprendizagem 
que traz conceitos importantes sobre a 
aprendizagem das crianças, e que revolucionou o 
modo de pensar a educação na atualidade.
2. O que são os Recursos 
Educacionais Abertos
Recursos educacionais abertos, ou REA, 
são recursos para fins educacionais 
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA13/234
– ensino, aprendizagem ou pesquisa – 
que podem ser utilizados livremente, 
inclusive podem sofrer modificações pelos 
usuários, permitindo adequação às suas 
necessidades, e por isso são chamados 
abertos.
“Materiais de ensino, aprendizado e 
pesquisa em qualquer suporte ou mídia, 
que estão sob domínio público, ou estão 
licenciados de maneira aberta, permitindo 
que sejam utilizados ou adaptados por 
terceiros” é a definição de Recursos 
Educacionais Abertos (REA) dada pela 
Organização das Nações Unidas para a 
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Ao lado está a versão em português do 
logotipo global que foi desenhado por 
Jonathas Melo em parceria com a UNESCO, 
com o objetivo de criar uma identidade 
comum à proposta.
REA é um termo criado pela UNESCO em 
2002. Ainda não é muito conhecido, porém 
já conquistou milhões de adeptos pelo 
mundo. Tem como premissa que todos 
devem ter a liberdade de usar, personalizar, 
melhorar e redistribuir recursos 
educacionais, sem restrições.
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA14/234
Nem todos os recursos oferecidos 
gratuitamente são REA. Para ser 
considerado um recurso educacional 
aberto, o recurso precisa ter permissão do 
autor para cópia e alterações. A maioria 
dos recursos gratuitos disponíveis somente 
pode ser utilizada em sua forma original 
e na mídia ou local onde o material foi 
desenvolvido pelo autor. Geralmente, 
possuem a informação “todos os direitos 
reservados”, mostrando que seu uso possui 
algumas restrições.
Mais adiante, falaremos com mais detalhes 
sobre os tipos de licença de uso que 
caracterizam o recurso como REA.
3. Como são Utilizados os REA
Os REAs podem ser utilizados em sua 
versão original, recombinados ou 
modificados, gerando outras versões do 
mesmo recurso, de forma colaborativa 
e que também será compartilhada com 
todos. Essa é a regra: mesmo que você 
recombine ou faça alterações no REA, ele 
continua sendo um REA e outras pessoas 
poderão fazer uso do material que você 
produziu ou alterou. Dessa forma, não é 
possível transformar um REA e achar que 
esta versão modificada é sua. Não, sua 
autoria será citada, porém a licença do REA 
permanece a mesma.
Existem quatro tipos de liberdade de uso 
do REA, os chamados “4Rs”, quais sejam: 
revisar, reusar, remixar e redistribuir.
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA15/234
Essa cultura de desenvolver ou aprimorar 
REA e compartilhar suas contribuições está 
se tornando bastante comum e existem 
diversas comunidades que são criadas com 
a finalidade de compartilhamento dessas 
implementações realizadas.
Dessa maneira, o REA prevê a ampliação 
do acesso aos conteúdos educacionais a 
todas as pessoas, garantindo liberdade de 
produção e incentivando as práticas de 
colaboração e compartilhamento.
Reutilizando recursos já desenvolvidos, 
teremos uma economia de esforço e 
financeira, pois não serão desenvolvidos 
novamente, mas adaptados e melhorados 
para que sejam reutilizados inúmeras vezes 
em diferentes contextos e por diversas 
pessoas.
4. Quais são os Tipos de REA
Qualquer recurso utilizado para fins 
educacionais que sejam de uso livre e 
aberto é considerado REA. Esses recursos 
podem ser: livros, vídeos, imagens, 
jogos, simulações, planos de aula, cursos 
completos e partes de cursos, artigos de 
pesquisas, testes, enfim, qualquer recurso 
que tenha esta finalidade pedagógica.
O importante é lembrar que todo material 
educacional produzido pode e deve ser 
aproveitado pelo maior número de pessoas 
possível, permitindo adequações para 
suas realidades e, portanto, todo material 
deve ser possuir a licença de recurso 
educacional aberto.
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA16/234
Conforme prevê a educação aberta 
estudada anteriormente nesta aula, o 
conhecimento e os materiais que apoiam a 
produção do conhecimento não devem ficar 
restritos às instituições de ensino. Qualquer 
pessoa pode acessar e compartilhar o 
conhecimento que antes ficava fechado a 
quatro portas na sala de aula.
Se estamos caminhando para uma 
educação aberta, não é coerente a produção 
de materiais que fiquem restritos a 
pequenos grupos, sendo tão grande o Brasil 
e a educação tão carente de bons recursos.
5. Exemplos de REA
Existem diversos REAs no Brasil e no 
mundo. Citaremos alguns exemplos 
aqui para que vocês possam visitá-los e 
conhecer suas características. 
• Khan Academy consiste numa 
série de videoaulas e atividades 
relacionadas aos conteúdos do 
currículo que servem para apoiar o 
professor em suas aulas, para que 
os estudantes estudem de forma 
autônoma.
• Cursos on-line e abertos do MIT e 
Harvard ou Columbia e Stanford e 
outras universidades.
Outrosexemplos de plataformas que 
oferecem cursos e outros conteúdos REAs 
são: Coursera e EdX. Além desses, você 
pode encontrar uma lista de recursos 
educacionais abertos brasileiros no site 
Educação aberta.
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA17/234
6. REA tem custo?
Existem custos relacionados ao desenvolvimento e à manutenção dos REAs. Por exemplo, 
uma instituição de ensino superior que produz e disponibiliza REA precisa de uma equipe de 
desenvolvimento e também uma estrutura tecnológica para que fique disponível na internet, o 
Link
Khan Academy: <pt.khanacademy.org>
MIT e Harvard: <https://www.edx.org/course>
Columbia e Stanford: <http://academicearth.org/>
Coursera: <coursera.org>
EdX <edx.org>
Educação aberta: <http://www.educacaoaberta.org/wiki/index.php?title=Lista>
pt.khanacademy.org
https://www.edx.org/course
http://academicearth.org/
coursera.org
edx.org
http://www.educacaoaberta.org/wiki/index.php?title=Lista
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA18/234
que pode envolver custos de hospedagem 
em servidores.
Geralmente, essas instituições recebem 
recursos do governo, fundações ou 
iniciativa privada por um período, porém, 
quando esse recurso acaba, a instituição 
precisa encontrar outras maneiras de 
manter o projeto ou então abandoná-lo.
Há ainda algumas instituições que cobram 
um preço simbólico dos usuários para que 
utilizem os REAs, mas isso não ocorre com 
frequência.
Porém, o que a comunidade REA defende 
é que todo o recurso que for desenvolvido 
com dinheiro público seja REA porque deve 
ser revertido em benefício ao público em 
geral e não somente ao grupo pertencente 
a determinada instituição ou localidade.
Outra vertente defendida pelos adeptos 
ao REA é que professores, pesquisadores 
e estudantes desenvolvam REA como uma 
forma de contribuir com a comunidade 
em geral, o que diminuiria os custos de 
desenvolvimento e ampliaria a quantidade 
de recursos deste tipo oferecidos.
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA19/234
Glossário
Softwares: são todos os programas que podem ser executados nos dispositivos e responsáveis 
pelo funcionamento deles.
Curadoria digital: é o processo de busca, seleção e armazenamento de conteúdos digitais para 
facilitar o acesso a tais conteúdos.
Remix: é o nome dado ao ato de modificar o recurso por outra pessoa ou pelo próprio autor. 
Termo criado originalmente para designar alterações feitas em uma música.
Questão
reflexão
?
para
20/234
Diante dos desafios enfrentados pela educação 
em nosso país caracterizado pela amplitude de seu 
território e população e pela diversidade, reflita sobre 
a importância da educação aberta e dos recursos 
educacionais abertos para a construção de uma nação 
com mais acesso à educação. Essa seria uma solução 
viável?
21/234
Considerações Finais
O que é educação aberta e como pode contribuir democratizando e trazendo 
equidade para a população;
o que são recursos educacionais abertos (REA) e como são utilizados;
quais são os tipos de REA e exemplos;
custos dos REA.
Unidade 1 • Apresentação da Discipilna e Conceitos Importantes sobre REA22/234
Referências
COMUNIDADE REA BRASIL. Recursos Educacionais Aberto. Disponível em: <http://www.rea.net.
br/site/>. Acesso em: 20 ago. 2015.
SANTANA et al. Recursos Educacionais Abertos: práticas educativas políticas públicas. São Paulo: 
Casa da Cultura Digital, 2012. Disponível em: <http://www.livrorea.net.br/>. Acesso em: 20 ago. 
2015.
SANTOS, A.I. Educação Aberta: histórico, práticas e o contexto dos recursos educacionais 
abertos. In: SANTANA, B., ROSSINI, C.; PRETTO, N.L. (Orgs.). 
Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e políticas públicas. São Paulo e Salvador: 
Casa da Cultura Digital e EDUFBA, 2012. Disponível em: <http://livrorea.net.br>. Acesso em: 20 
ago. 2015.
http://www.rea.net.br/site/
http://www.rea.net.br/site/
http://www.livrorea.net.br
http://livrorea.net.br
23/234
Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: Apresentação da Disciplina e 
Conceitos de Recursos Educacionais Abertos - 
Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
4320d115b545f0f36c58c7ac0e0f48c7>.
Aula 1 - Tema: Apresentação da Disciplina e 
Conceitos de Recursos Educacionais Abertos - 
Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA-
piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/d3a-
0f4195e66bf89e32098b6324dd410>. 
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/4320d115b545f0f36c58c7ac0e0f48c7
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/4320d115b545f0f36c58c7ac0e0f48c7
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/4320d115b545f0f36c58c7ac0e0f48c7
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/d3a0f4195e66bf89e32098b6324dd410
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/d3a0f4195e66bf89e32098b6324dd410
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/d3a0f4195e66bf89e32098b6324dd410
24/234
1. Quais são os tipos de liberdade de uso dos REA, os chamados “4Rs”?
a) Reinventar, reusar, remixar, redimensionar.
b) Reusar, reavaliar, relacionar, remixar.
c) Revisar, reusar, remixar e redistribuir. 
d) Rever, reavaliar, relacionar, renegociar.
e) Reusar, revisar, revisitar, redimensionar.
Questão 1
25/234
2. “Materiais de ensino, aprendizado e pesquisa em qualquer suporte ou mí-
dia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, 
permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros” diz respeito à 
definição de REA criada quando e por quem?
a) Criada pela ONU em 2013.
b) Criada pela UNESCO em 2002.
c) Criada pela ONU em 2002.
d) Criada pelo Ministério da Educação em 2012.
e) Criada pela Secretaria de Educação em 2013.
Questão 2
26/234
3. Quais são os tipos de REA existentes:
a) Somente materiais impressos.
b) Podem ser de qualquer tipo desde que exista somente na internet.
c) São livros, jogos, vídeos, cursos disponíveis em diferentes tipos de mídias.
d) São, basicamente compostos por artigos científicos e outras pesquisas acadêmicas.
e) São somente jogos e simulações.
Questão 3
27/234
4. O que é educação aberta::
a) Tem como premissa que as escolas não devem mais existir como instituições formais.
b) É a educação praticada por todas as universidades públicas.
c) São os recursos educacionais abertos impressos.
d) Refere-se à flexibilidade que o aluno tem de escolher o que quer aprender, a forma como 
quer aprender e em seu ritmo.
e) São alternativas para a escolarização num modelo onde não há mais escolas.
Questão 4
28/234
5. Em relação aos custos de REA, é correto afirmar que:
a) todo REA é gratuito;
b) há algumas instituições que cobram um preço simbólico dos usuários para que utilizem os 
REA, mas isto não ocorre com frequência;
c) REA é gratuito desde que o usuário seja aluno de escola pública;
d) REA é cobrado somente de usuários que não frequentam as escolas;
e) Todo REA é cobrado dos usuários.
Questão 5
29/234
Gabarito
1. Resposta: C.
Sabemos que existem quatro tipos de 
liberdades que caracterizam os REAs e 
elas estão relacionadas aos “4Rs”, que são: 
revisar, reusar, remixar e redistribuir.
2. Resposta: B.
REA é um termo criado pela UNESCO em 
2002. Ainda não é muito conhecido, porém 
já conquistou milhões de adeptos pelo 
mundo.
3. Resposta: C.
Esses recursos podem ser: livros, vídeos, 
imagens, jogos, simulações, planos de 
aula, cursos completos e partes de cursos, 
artigos de pesquisas, testes, enfim, 
qualquer recurso que tenha esta finalidade 
pedagógica, disponíveis em qualquer tipo 
de mídia.
4. Resposta: D.
Educação aberta refere-se, essencialmente, 
à flexibilidade que o aluno tem de escolher 
o que quer aprender,a forma como 
quer aprender e em seu ritmo. Assim, a 
educação pretende estar disponível a 
todo momento e para todos, ampliando 
as possibilidades de personalização, 
protagonismo e autodidatismo no processo 
de ensino e aprendizagem.
30/234
Gabarito
5. Resposta: B.
Na maioria das vezes, os REAs são 
gratuitos, geralmente disponibilizados 
na internet, porém algumas instituições 
cobram um preço simbólico dos usuários 
para cobrir seus custos de desenvolvimento 
e manutenção, mas isso não ocorre com 
frequência.
31/234
Unidade 2
Padrões de Licenças para Arquivos Abertos
Objetivos
1. Apresentar os tipos de licenças de uso 
dos REAs;
2. entender direitos autorais dos REAs;
3. conhecer conceitos como conteúdo 
proprietário, domínio público e 
software livre.
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos32/234
Introdução
As instituições de ensino estão sofrendo 
uma transformação diante das demandas 
das novas gerações.
Essa nova geração, muito acostumada 
com o uso das tecnologias digitais e com 
a internet desde muito cedo, lida com a 
informação de uma maneira diferente 
e, por esse motivo, aprende de forma 
diferente.
Não se adapta mais ao modelo de aula 
tradicional, no qual o professor foca suas 
estratégias na aula expositiva. Acostumada 
ao imediatismo de informações trazidas 
pela internet e a realizar diversas tarefas 
ao mesmo tempo, assiste televisão 
enquanto interage com vários grupos pelo 
WhatsApp, lem e comenta as publicações. 
Isso tudo ouvindo música e fazendo 
pesquisas ou jogando no computador.
Cabe, então, ao professor lançar mão 
de estratégias criativas e inovadoras 
para tornar suas aulas mais atraentes 
para os alunos, buscando engajá-los nas 
atividades e motivá-los a prosseguir no 
processo de construção de conhecimento. 
Os recursos educacionais digitais podem 
ser bons aliados nessa tarefa de apoiar os 
professores na elaboração de estratégias 
mais dinâmicas, sendo que muitos 
recursos desse tipo existem disponíveis, 
principalmente na internet.
Além disso, torna-se cada vez mais 
necessário contextualizar as situações 
de aprendizagem para que os alunos 
entendam os motivos por que estão 
trabalhando determinado assunto. Os 
conteúdos não devem mais ser abordados 
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos33/234
de forma desintegrada; ao contrário, eles 
devem estar integrados a um contexto 
maior, preferencialmente algo que faça 
sentido para o público de estudantes, 
como, por exemplo, propor a resolução 
de um problema da comunidade em que 
os conteúdos auxiliam na elaboração das 
estratégias de solução.
Lembrando Piaget, Vigotsky e Paulo Freire, 
grandes pesquisadores de educação, o 
aluno precisa ser envolvido no processo 
de ensino e aprendizagem no papel de 
protagonista e não passivo diante das 
propostas do professor. Os alunos precisam 
se posicionar nesse processo como 
autônomos, pesquisadores, responsáveis 
pela própria aprendizagem e construção 
do conhecimento. Além disso, devem 
também sentir-se responsáveis pelo 
compartilhamento de suas experiências 
e novos conhecimentos com o seu grupo, 
ampliando o trabalho colaborativo.
Dentro dessa proposta na qual o aluno 
assume um papel ativo no processo de 
ensino e aprendizagem, cabe ressaltar um 
fator muito importante, ou seja, a autoria. 
Os alunos devem ser incentivados para a 
produção de novos conteúdos para serem 
disponibilizados para outras pessoas, dando 
apoio à aprendizagem de outros grupos.
Essa autoria deve ser valorizada, 
reconhecida e disponibilizada 
gratuitamente para atingir o maior 
número de pessoas possível, ampliando as 
oportunidades de aprender para diferentes 
grupos em contextos diversos.
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos34/234
Se a autoria é importante no processo 
de ensino e aprendizagem pelos alunos, 
para o professor, ser autor deveria ser algo 
muito natural. Geralmente, os educadores 
produzem uma infinidade de materiais que 
são utilizados somente em suas turmas de 
alunos e guardados no armário durante o 
resto do ano.
Toda essa produção fica restrita a poucos 
enquanto poderia estar circulando pelas 
diversas instituições de ensino, apoiando 
outros professores em suas aulas ou 
auxiliando os alunos em suas pesquisas e 
momentos de estudo.
Geralmente, os professores sentem-se 
inseguros em compartilhar seus materiais 
desenvolvidos, porém não imaginam 
o quanto esses materiais poderiam 
beneficiar usuários inseridos num contexto 
em que essa produção ainda não é possível.
O conceito de REA vem para dar base 
a esses educadores, incentivando-
os a disponibilizarem seus recursos 
desenvolvidos e também promovendo 
oportunidades para que os alunos façam 
isso.
Para que esse compartilhamento e 
utilização de recursos de outros autores 
aconteça de forma correta e segura, é 
importante que você conheça quais são os 
tipos de licença existentes para os recursos 
educacionais abertos – REA – e como cada 
uma protege o recurso e o autor.
Apesar de serem considerados recursos 
educacionais livres, existem licenças com 
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos35/234
grau de abertura variado. Entendendo bem 
o funcionamento dessas licenças, você 
também poderá orientar seus alunos para 
um bom uso dos recursos e para que exerça 
o seu papel na sociedade.
Acompanhe nos textos a seguir detalhes 
sobre esse tema.
1 - Quais são os Tipos de 
Licença para Uso dos REA
Vimos anteriormente que os recursos 
educacionais abertos se caracterizam, 
essencialmente, por 4 tipos de liberdade 
de uso a eles atribuídos, chamados de 
“4Rs”, ou seja, revisar, reusar, remixar e 
redistribuir.
Apesar de o REA ser de acesso livre, 
ele possui graus de aberturas variados, 
definidos pelos tipos de licença: alguns 
permitem o total reuso do recurso, bem 
como modificação e compartilhamento; 
já outros restringem o uso comercial do 
recurso e também seu compartilhamento.
Vamos tratar destes tipos de licença agora.
A maior parte dos recursos disponibilizados 
na internet, mesmo os gratuitos, possuem 
um tipo de licença fechada chamada 
Copyright, ou seja, “todos os direitos 
reservados”, sinalizada por este símbolo 
“©”.
Esses recursos são protegidos e não 
permitem cópias, modificações e muito 
menos seu uso para fins comerciais.
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos36/234
Os REAs são classificados com um tipo 
de licença livre ou que estão em domínio 
público. Os que possuem licença livre são 
classificados como Creative Commons. 
Creative Commons refere-se ao um 
conjunto de licenças cujas características 
permitem a padronização de “vontades” 
do autor em relação à sua obra, ou seja, por 
meio destas licenças, o autor deixa claro 
qual é o grau de liberdade de uso que está 
atribuindo ao recurso que produziu.
Abaixo, estão os seis tipos de licenças 
de uso Creative Commonns, conforme 
publicado em seu site oficial:
Atribuição CC BY
Essa licença permite que outros distribuam, 
remixem, adaptem e criem a partir do seu 
trabalho, mesmo para fins comerciais, 
desde que lhe atribuam o devido crédito 
pela criação original. É a licença mais 
flexível de todas as licenças disponíveis. 
É recomendada para maximizar a 
disseminação e uso dos materiais 
licenciados.
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos37/234
Atribuição - Compartilha Igual  
CC BY-SA
Essa licença permite que outros remixem, 
adaptem e criem a partir do seu trabalho, 
mesmo para fins comerciais, desde que lhe 
atribuam o devido crédito e que licenciem 
as novas criações sob termos idênticos. 
Essa licença costuma ser comparada com 
as licenças de software livre e de código 
aberto “copyleft”. Todos os trabalhos novos 
baseados no seu terão a mesma licença, 
portanto quaisquer trabalhos derivados 
também permitirão o uso comercial. 
Essa é a licença usada pela Wikipédia 
e é recomendada para materiais que 
seriam beneficiados com a incorporação 
de conteúdos da Wikipédia e de outros 
projetos com licenciamentosemelhante.
Atribuição - Sem Derivações  
CC BY-ND
Essa licença permite a redistribuição, 
comercial e não comercial, desde que o 
trabalho seja distribuído inalterado e no 
seu todo, com crédito atribuído a você.
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos38/234
Atribuição - Não Comercial  
CC BY-NC
Essa licença permite que outros remixem, 
adaptem e criem a partir do seu trabalho 
para fins não comerciais, e embora os 
novos trabalhos tenham de lhe atribuir o 
devido crédito e não possam ser usados 
para fins comerciais, os usuários não têm 
de licenciar esses trabalhos derivados sob 
os mesmos termos.
Atribuição - Não Comercial -Compartilha 
Igual  
CC BY-NC-SA
Essa licença permite que outros remixem, 
adaptem e criem a partir do seu trabalho 
para fins não comerciais, desde que 
atribuam a você o devido crédito e que 
licenciem as novas criações sob termos 
idênticos.
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos39/234
Atribuição - Sem Derivações -Sem 
Derivados  
CC BY-NC-ND
Essa é a mais restritiva das nossas seis 
licenças principais, só permitindo que 
outros façam download dos seus trabalhos 
e os compartilhem desde que atribuam 
crédito a você, mas sem que possam 
alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los 
para fins comerciais.
Para saber mais
Creative Commonns: é uma organização não 
governamental sem fins lucrativos localizada 
na Califórnia, que tem como missão ampliar e 
disseminar a disponibilização de REA no mundo. 
Essa organização criou um conjunto de licenças 
para classificar os recursos educacionais abertos.
Domínio público: no Brasil, isso significa qualquer 
obra cujo prazo de proteção prescreveu, ou seja, 
que já se passaram 70 anos após a morte do autor.
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos40/234
2 - O que é e quais são os 
Direitos do Autor
Direito autoral (ECAD, 2015) “é um 
conjunto de prerrogativas conferidas por 
lei à pessoa física ou jurídica criadora da 
obra intelectual, para que ela possa gozar 
dos benefícios morais e patrimoniais 
resultantes da exploração de suas 
criações”.
Os direitos autorais estão sendo 
regulamentados pela Lei nº 9610 de 
1996, que está sofrendo alterações diante 
da nova realidade trazida pela internet e 
cultura de compartilhamento das obras. 
Essa lei trata não só de direitos econômicos 
ou patrimoniais relacionados ao autor, mas 
também de direitos morais.
Podemos citar alguns exemplos de obras 
que são protegidas pela lei dos direitos 
autorais, tais como: livros, recursos digitais 
de aprendizagem, jogos, softwares, 
músicas, artigos científicos, roteiros de 
cinema, filmes, peças teatrais, dentre 
outros.
Os direitos morais são todos aqueles 
diretamente ligados a assegurar ao autor 
a autoria da obra. Garantem ao autor o 
direito de reivindicar que sejam cumpridos 
a qualquer momento, como, por exemplo, 
Link
Link para site oficial: <https://br.creativecom-
mons.org/licencas/>
https://br.creativecommons.org/licencas/
https://br.creativecommons.org/licencas/
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos41/234
que seja citado seu nome ou símbolo, que 
seja garantida a originalidade da obra, ou 
seja, que ninguém pode modificá-la, ou 
ainda assegurar o direito de tirar a obra 
de circulação, se assim for sua vontade. 
Os direitos morais são intransferíveis e 
irrenunciáveis, ou seja, não se pode atribuir 
a outro a autoria da obra.
Já o direito patrimonial diz respeito, 
principalmente, à utilização econômica 
da obra. Somente o autor tem o direito de 
comercializar, publicar ou definir o destino 
de sua obra. Caso qualquer outra pessoa 
utilize essa obra, copiando, alterando ou 
comercializando sem a permissão expressa 
do autor, está infringindo a lei dos direitos 
autorais, o que pode lhe trazer penas 
previstas pela lei, desde o pagamento de 
multas até reclusão.
Ao contrário dos direitos morais, os direitos 
patrimoniais podem ser transferidos para 
outros ou mesmo renunciados pelo autor. 
Quando o autor abre mão dos direitos 
patrimoniais para que sua obra se torne 
um REA, a obra passa a ser classificada com 
uma das licenças Creative Commons vistas 
anteriormente, escolhida conforme o nível 
de liberdade que o autor quer dar à obra 
que está cedendo.
Cientes da legislação e dos direitos 
do autor, é extremamente importante 
ficarmos atentos a essas leis e também 
observarmos a prática dos alunos 
que precisam ser orientados sobre a 
importância do reconhecimento da autoria 
dos conteúdos que extraem da internet.
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos42/234
3 - O que é Software Livre e 
qual sua Importância para REA?
Software livre se refere à liberdade dos 
usuários de executarem, copiarem, 
distribuírem, estudarem, modificarem 
e aperfeiçoarem o software. Isso não 
significa que tenham de ser gratuitos.
Refere-se a quatro liberdades dadas aos 
usuários do software. O software só é 
considerado livre se ele possuir todas as 
liberdades citadas a seguir, conforme 
exposto no site REA:
• Liberdade 0: a liberdade de executar 
o programa, para qualquer propósito;
• Liberdade 1: a liberdade de estudar 
como o programa funciona, e 
adaptá-lo para as suas necessidades. 
Portanto, ter acesso ao código-
fonte é um pré-requisito para esta 
liberdade;
• Liberdade 2: a liberdade de 
redistribuir cópias com o objetivo de 
colaborar e apoiar outros usuários;
• Liberdade 3: a liberdade de 
aperfeiçoar o programa, e liberar os 
seus aperfeiçoamentos, de modo 
que toda a comunidade se beneficie. 
Link
ECAD: <http://www.ecad.org.br/>
Lei No. 9610 de 1996: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm>
http://www.ecad.org.br/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos43/234
Acesso ao código-fonte é um 
pré-requisito para essa liberdade 
também.
A comunidade REA prefere optar por 
softwares livres para desenvolver seus 
recursos, pois permitirá que todos possam 
utilizá-lo e, principalmente, alterá-lo, sem 
as restrições dos softwares proprietários.
Veja aqui uma lista de ferramentas de apoio 
à educação baseadas em softwares livres.
Para saber mais
Softwares proprietários: são aqueles cuja cópia, 
redistribuição ou modificação são em alguma 
medida restritos pelo seu criador ou distribuidor. 
A expressão foi cunhada em oposição ao 
conceito de software livre: <http://www.sti.fea.
usp.br/conteudo.php?i=555>
Link
REA: <http://www.rea.net.br>
Lista de ferramentas: <http://classe.geness.
ufsc.br/index.php/Indice:Geral>
http://www.sti.fea.usp.br/conteudo.php?i=555
http://www.sti.fea.usp.br/conteudo.php?i=555
http://www.rea.net.br
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/Indice:Geral
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/Indice:Geral
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos44/234
Glossário
Softwares proprietários: softwares proprietários: são aqueles cuja cópia, redistribuição ou 
modificação são em alguma medida restritos pelo seu criador ou distribuidor. A expressão foi 
cunhada em oposição ao conceito de software livre (STI-Fea).
Domínio público: no Brasil, isso significa qualquer obra cujo prazo de proteção prescreveu, ou 
seja, que já se passaram 70 anos após a morte do autor.
Trabalho colaborativo: quando os participantes da atividade percebem que são responsáveis, 
não somente pela sua aprendizagem, mas sentem-se também responsáveis em apoiar e 
facilitar a aprendizagem dos outros membros do grupo.
Questão
reflexão
?
para
45/234
Como você vê o conhecimento das leis dos direitos autorais 
pelos alunos? Acham que eles levam a sério tal questão? 
Reflita sobre maneiras de abordar esse assunto com os alunos 
para que fiquem atentos à sua prática.
46/234
Considerações Finais
Apesar de se caracterizarem por acesso livre, os REAs possuem níveis de 
liberdades que devem ser definidos pelo seu autor;
Creative Commons definem os tipos de licenças que o REA pode ter, 
contendoliberdade sem restrições ou com algumas restrições;
obras em domínio público também são REAs;
os softwares livres são importantes no desenvolvimento dos REAs 
porque garantem acesso a outros usuários que queiram utilizá-los e, 
principalmente, alterá-los, criando novas versões do REA.
Unidade 2 • Padrões de Licenças para Arquivos Abertos47/234
Referências 
CREATIVE Commons Brasil. Disponível em: <https://br.creativecommons.org/licencas/>. Acesso 
em: 20 ago. 2015.
MURPHY A. Open educational practices in higher education: Institutional adoption 
and challenges. Disponível em: <http://prezi.com/i6ae2nnuvqs_/openeducational-
practices-in-higher-education-institutional-adoption-andchallenges/?auth_
key=152945764e2c836741a3b63a10af3c313e61fe60>. Acesso em: 20 ago. 2015.
OPEN Educational Resources. Disponível em: <http://www.unesco.org/new/en/communication-
and-information/access-toknowledge/open-educational-resources/global-oer-logo/>. Acesso 
em: 20 ago. 2015.
SOUZA, M.F.C. Customização guiada: uma estratégia orientada a modelos para produção de 
objetos de aprendizagem. 2012. 256 Tese de Doutorado em 2012. – Centro de Tecnologia, 
Universidade Federal do Ceará, 2012. Disponível em: <http://www.teses.ufc.br/tde_busca/
arquivo.php?codArquivo codArquivo= 9033>. Acesso em: 20 ago. 2015.
UNESCO – Publicações sobre o estado-daartehttp://iite.unesco.org/publications/themes/oer/>. 
Acesso em:20 ago. 2015.
https://br.creativecommons.org/licencas/
http://prezi.com/i6ae2nnuvqs_/openeducational-practices-in-higher-education-institutional-adoption-andchallenges/?auth_key=152945764e2c836741a3b63a10af3c313e61fe60
http://prezi.com/i6ae2nnuvqs_/openeducational-practices-in-higher-education-institutional-adoption-andchallenges/?auth_key=152945764e2c836741a3b63a10af3c313e61fe60
http://prezi.com/i6ae2nnuvqs_/openeducational-practices-in-higher-education-institutional-adoption-andchallenges/?auth_key=152945764e2c836741a3b63a10af3c313e61fe60
http://www.unesco.org/new/en/communication-and-information/access-toknowledge/open-educational-resources/global-oer-logo
http://www.unesco.org/new/en/communication-and-information/access-toknowledge/open-educational-resources/global-oer-logo
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo codArquivo= 9033
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo codArquivo= 9033
48/234
Assista a suas aulas
Aula 2 - Tema: Tipos de Licenças dos REA - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
0d34a7c7a72ccb41d3b8d760a1fb5770>.
Aula 2 - Tema: Tipos de Licenças dos REA - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/
embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/023d1d95a-
64baa44bd06c2cd300cd14c>. 
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/0d34a7c7a72ccb41d3b8d760a1fb5770
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/0d34a7c7a72ccb41d3b8d760a1fb5770
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/0d34a7c7a72ccb41d3b8d760a1fb5770
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/023d1d95a64baa44bd06c2cd300cd14c
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/023d1d95a64baa44bd06c2cd300cd14c
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/023d1d95a64baa44bd06c2cd300cd14c
49/234
1. Escolha a alternativa correta sobre a questão de licenças dos REA:
a) Os REAs são livres, mas, apesar disso, podem possuir algumas restrições de uso 
determinadas pelo tipo de licença escolhida pelo autor.
b) REA sempre será livre e gratuito. Não se pode proibir nenhum tipo de uso.
c) As licenças de REA surgiram nos Estados Unidos e ainda não estão vigentes no Brasil.
d) Não existe nenhum tipo de licença específico para REA.
e) Somente é considerado REA a obra de domínio público.
Questão 1
50/234
2. O que são Creative Commons:
a) Ferramenta que permite desenvolver recursos educacionais de um modo criativo e 
inteligente.
b) Conjunto de critérios que determinam a o grau de criatividade utilizado na criação de REA.
c) Conjunto de licenças cujas características permitem a padronização de “vontades” do 
autor em relação à sua obra.
d) Aplicativo utilizado para armazenar REA disponíveis na internet.
e) Software de código aberto.
Questão 2
51/234
3. O que significa domínio público:
a) São os recursos criados por instituições públicas com recursos públicos.
b) São obras que já não estão mais disponíveis para acesso do público porque seu autor já 
morreu.
c) São livros, jogos, vídeos, cursos disponíveis em diferentes tipos de mídias e que só podem 
ser utilizados com a autorização do autor.
d) Obras que não estão mais sujeitas às leis dos direitos autorais, pois já se passaram 70 anos 
após a morte do autor.
e) Qualquer REA é de domínio público.
Questão 3
52/234
4. Em relação aos direitos morais sobre uma obra podemos afirmar que:
a) são aqueles que asseguram que a obra não possui conteúdo impróprio;
b) dizem respeito, principalmente, à utilização econômica da obra;
c) são sinônimo de REA;
d) são todos aqueles diretamente ligados a assegurar ao autor a autoria da obra;
e) direitos morais e patrimoniais não são utilizados em REA por esses serem de acesso livres.
Questão 4
53/234
5. Um software só é considerado software livre se disponibilizar um núme-
ro específico de liberdades aos usuários. Quantas liberdades são estas?
a) 2
b) 4
c) 5
d) 7
e) 8
Questão 5
54/234
Gabarito
1. Resposta: A.
Apesar de o REA ser de acesso livre, 
ele possui graus de aberturas variados, 
definidos pelos tipos de licença: alguns 
permitem o total reuso do recurso, bem 
como modificação e compartilhamento; 
já outros restringem o uso comercial do 
recurso e também seu compartilhamento.
2. Resposta: C.
Refere-se a um conjunto de licenças cujas 
características permitem a padronização 
de “vontades” do autor em relação à sua 
obra, ou seja, por meio dessas licenças, o 
autor deixa claro qual é o grau de liberdade 
de uso que está atribuindo ao recurso que 
produziu.
3. Resposta: D.
No Brasil, isso significa qualquer obra cujo 
prazo de proteção prescreveu, ou seja, que 
já se passaram 70 anos após a morte do 
autor.
4. Resposta: D.
São todos aqueles diretamente ligados 
a assegurar ao autor a autoria da obra. 
Garantem ao autor o direito de reivindicar 
que sejam cumpridos a qualquer momento, 
como, por exemplo, que seja citado seu 
nome ou símbolo, que seja garantida a 
originalidade da obra, ou seja, que ninguém 
pode modificá-la, ou ainda assegurar o 
direito de tirar a obra de circulação, se 
assim for sua vontade.
55/234
5. Resposta: B.
São quatro liberdades dadas aos usuários 
do software. O software só é considerado 
livre se ele possuir todas estas liberdades, 
que são numeradas de 0 a 3.
56/234
Unidade 3
Educação Holística
Objetivos
1. Apresentar Educação integral e sua 
relação com educação holística;
2. conhecer a visão holística;
3. entender os princípios da educação 
holística.
Unidade 3 • Educação Holística57/234
Introdução
Muito se tem discutido sobre propostas de educação integral atualmente.
Segundo o site Educação Integral:
A educação é por definição integral na medida em que deve atender a 
todas as dimensões do desenvolvimento humano e se dá como processo 
ao longo de toda a vida. Assim, educação integral não é uma modalidade 
de educação, mas sua própria definição (EI, 2015).
A partir dessa visão de que a educação precisa ser revista, considerando o estudante nas suas 
múltiplas dimensões: física, intelectual, social, emocional e simbólica, não cabe somente 
ao professor o papel de ensinar. São educadores todos aqueles que se relacionam com os 
estudantes, tais como o porteiro da escola, a merendeira, os monitores, os demais funcionários 
e também os outros alunos.
A educação integral prevê que o indivíduoaprenda em qualquer espaço, dentro e fora da 
sala de aula, e até mesmo quando está em seu tempo fora da escola. Tudo se transforma em 
oportunidade de aprendizagem, englobando os aspectos de construção da cidadania, ética, 
valores, entendimento e valorização da diversidade étnica, cultural, de gênero, dentre outros 
aspectos.
Unidade 3 • Educação Holística58/234
Além disso, a educação integral estimula 
a autonomia gradativa dos estudantes, 
visando que se tornem cidadãos 
habituados a tomarem decisões e se 
posicionarem no mundo.
Acontece um erro muito comum de achar 
que a escola que oferece período integral 
aos alunos está, consequentemente, 
praticando uma educação integral. A 
educação integral deve ser vista num 
sentido muito mais amplo, no qual o tempo 
que o estudante passa na escola é um dos 
pilares somente.
Ao contrário do cenário encontrado na 
maioria das escolas brasileiras, onde 
a educação está focada numa visão 
cartesiana e no reducionismo, conceitos 
que serão vistos mais adiante, a educação 
integral busca uma integração das 
disciplinas e conteúdos e uma ampliação 
da visão do estudante sobre o que está 
aprendendo, inserindo tais conteúdos, 
em um contexto maior, preferencialmente 
buscando resolver um problema que o 
afete ou à comunidade.
Paulo Freire pesquisou e nos relatou sobre 
a educação na atualidade e as mudanças 
necessárias para que atenda às demandas 
reais de aprendizagem dos estudantes. Ele 
assinala que:
Unidade 3 • Educação Holística59/234
Na visão “bancária” da educação, o “saber” é uma doação dos que se 
julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa 
das manifestações instrumentais da opressão – a absolutização da 
ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, 
segundo a qual esta se encontra sempre no outro (FREIRE,1983, p. 67).
É essa a visão que precisa ser mudada numa proposta de educação integral. Mudança que deve 
acontecer inclusive na visão dos estudantes, ou seja, de que existe alguém responsável por 
ensinar e a eles, cabe somente absorver esses ensinamentos, deixando sempre na mão do outro 
(professor) a responsabilidade por sua aprendizagem.
Na visão da educação integral, o aluno precisa, gradativamente, desenvolver autonomia em 
seu processo de construção do conhecimento, tendo no professor uma figura muito mais de 
suporte e mentoria do que de detentor de informações e responsável por ensiná-lo.
A educação integral está dando passos largos para ser implementada nas escolas públicas por 
meio de um programa criado pelo governo chamado Mais Educação, que prevê a implantação 
progressiva da educação integral nas escolas públicas mediante a participação da comunidade 
Unidade 3 • Educação Holística60/234
e através do PDDE (Programa Dinheiro 
Direto na Escola). 
Sabendo da importância que a educação 
integral tem para o nosso país, precisamos 
estudar suas raízes e, por esse motivo, 
aprofundaremo-nos nos princípios e 
conceitos envolvidos na visão Holística em 
educação, visão essa que está de acordo 
com as premissas estabelecidas para a 
implementação da educação integral.
Acompanhe conosco esta exploração 
e reflita sobre a origem da proposta da 
educação integral.
Link
Educação Integral: <http://educacaointegral.
org.br/conceito/>
Mais Educação: <http://portal.mec.gov.br/
dmdocuments/passoapasso_maiseducacao.
pdf>
PDDE: <http://portal.mec.gov.br/index.
php?option=com_content&view=article&i-
d=12320&Itemid=259>
http://educacaointegral.org.br/conceito/
http://educacaointegral.org.br/conceito/
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/passoapasso_maiseducacao.pdf
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/passoapasso_maiseducacao.pdf
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/passoapasso_maiseducacao.pdf
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12320&Itemid=259
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12320&Itemid=259
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12320&Itemid=259
Unidade 3 • Educação Holística61/234
Para saber mais
Mentoria: esse termo vem do inglês “mentoring” 
e originalmente é usado em empresas para 
representar o processo em que um funcionário 
mais experiente orienta um outro que está em 
processo de aprendizagem. Na educação, tem 
o mesmo objetivo, ou seja, num modelo em 
que o aluno assume a responsabilidade por seu 
aprendizado, poderia contar com um mentor, que 
é um guia, um mestre, um conselheiro, podendo 
ser o professor ou um aluno que já tenha 
desenvolvido as habilidades que visa adquirir.
1 – Visão Holística
Ainda vivemos a partir de um paradigma 
pautado no reducionismo e na visão 
cartesiana, e isso influencia diversas 
áreas, inclusive a forma como a educação 
acontece nas escolas, quando pensamos 
na fragmentação das disciplinas e dos 
conteúdos e da priorização da reprodução 
ao invés da reflexão e criação.
Unidade 3 • Educação Holística62/234
Diz Guimarães (apud CREMA, 1996, p. 21-22) que:
A fragmentação das informações tornou o mundo real muito deficiente, 
provocando no homem um vazio interior e mantendo em silêncio tudo 
aquilo que está próximo de nossos corações e incompetente para dizer 
qualquer coisa sobre Deus e a eternidade, deixando-nos pensar que não 
pertencemos a este mundo descrito pelo quadro cientifico, [...] permite 
que você imagine a manifestação total do universo como a de um relógio 
mecânico que, pelo o que sabe e crê a ciência, poderia continuar a 
funcionar do mesmo jeito sem responsabilidade [...] apenas nossos corpos 
parecem se enquadrar no quadro, pois está sujeito ás leis que o rege.
Isso tudo é o inverso do que propõe a visão holística que propõe um olhar para o todo e não 
para suas partes desintegradas, o que fica mais claro quando analisamos o significado da 
palavra “holismo”, que vem do grego holon e significa inteiro, integral, totalidade, realidade, 
que faz referência a um universo feito de conjuntos integrados, que não pode ser reduzido a 
simples soma de suas partes.
Unidade 3 • Educação Holística63/234
Nessa visão, o homem deve ser considerado em todos os seus aspectos: além do intelectual, 
também o físico, emocional, criativo, espiritual, dentre outros.
Crema nos traz os 4 princípios básicos sobre o paradigma holístico:
1. a consciência ordinária compreende apenas uma parte pequena da 
atividade total do espírito humano; 
2. a mente humana estende-se no tempo e espaço, existindo em unidade 
com o mundo que ela observa;
3. o potencial de criatividade e intuição são mais vastos do que 
ordinariamente se assume; e 
4. a transcendência é valiosa e importante na experiência humana e 
precisa ser abrangida na comunidade orientada pelo conhecimento 
(CREMA, 1989, p. 71-72).
Unidade 3 • Educação Holística64/234
Esses princípios nos mostram que, a partir da visão holística, para que o desenvolvimento do ser 
humano ocorra de forma integral, é necessário promover oportunidades de desenvolvimento 
de todos estes aspectos que contribuirão para que seja um cidadão preparado para os desafios 
do século XXI.
Vamos nos aprofundar agora sobre a visão holística especificamente na educação.
Para saber mais
Visão cartesiana: criada por Descartes, que acreditava que tudo poderia ser descrito pelas leis da física, 
tinha uma visão que o mundo funcionava como um relógio, composto por várias peças, que eram fáceis 
de entender; ao passo que essas partes são analisadas, passa-se a entender o todo. 
Reducionismo: teorias que afirmam que objetos, fenômenos, teorias ou significados complexos podem 
ser sempre reduzidos, ou seja, expressos em unidades diferentes a fim de explicá-los. Simplificando, 
sustenta que o todo pode ser explicado por suas partes.
Unidade 3 • Educação Holística65/234
2 – A Visão Holística na Educação
O paradigma holístico não é uma determinada corrente filosófica, e sim 
uma forma de se pensar, viver, e que prefere sinalizar a “holístico” como 
adjetivo ao invés de usaro substantivo “holismo” (CARDOSO, 1995, p. 11).
A famosa pergunta: “Que cidadão a escola quer formar?” pode servir de reflexão sobre o que 
mostraremos a seguir, ou seja, a importância da visão holística na educação.
A visão holística da educação vem sendo tratada por estudiosos há muito tempo, tais como 
Comenius (1592-1670), Rousseau (1712-1778), Pestalozzi (1746-1827) até chegar aos 
mais atuais, Piaget (1896-1980) e Paulo Freire (1921-1997). Apesar de não usarem o termo 
educação holística, as premissas que defendiam para uma educação eficiente e de qualidade 
remontam à visão holística da educação discutida atualmente.
Se analisarmos a frase trazida pela Gestalt: “O todo é mais do que a simples soma de suas 
partes”, também vê-se as raízes dessa ideia.
Unidade 3 • Educação Holística66/234
Essa frase traz uma visão de mundo 
integrado, supondo uma interdependência 
e inter-relação entre os fenômenos em 
todos os aspectos da vida. Refere-se a 
tratar o ser humano como um todo e não 
de forma fragmentada. Nessa visão, não é 
possível olhar o indivíduo em seu aspecto 
cognitivo sem dar atenção ao seu aspecto 
emocional e físico, por exemplo. O todo do 
indivíduo faz com que ele seja como for, 
mostra suas tendências, porque aprende 
melhor de determinada forma, porque 
apresenta determinadas dificuldades e 
porque se sai tão bem em determinados 
desafios.
Piaget é considerado um dos mais 
importantes pensadores de educação 
do século XX, trazendo os conceitos do 
construtivismo, que estabelece que a 
capacidade de aprender é desenvolvida e 
construída pelo aluno por meio do contato 
crítico com o conhecimento.
Já Paulo Freire traz toda a sua visão 
de uma pedagogia da autonomia em 
que a aprendizagem se dá a partir do 
conhecimento prévio do estudante e da 
sua leitura de mundo, sempre privilegiando 
um diálogo crítico, no qual o estudante é 
visto como agente da transformação da 
sua realidade, saindo da posição passiva de 
mero expectador para autor dentro de seu 
processo de construção de conhecimento.
Freire, em sua pedagogia da autonomia, 
afirma que a educação se dá pela 
criticidade dos estudantes, que devem 
ser incentivados a manter-se curiosos 
Unidade 3 • Educação Holística67/234
e inquietos diante do processo de produção de conhecimento. E isso tudo se dá por meio do 
diálogo sincero, aberto e amoroso entre professores e alunos.
Porém, o primeiro a usar o termo visão holística na educação foi o americano R. Miller (1997), 
para designar que a personalidade global de uma criança deve ser considerada na educação. 
Esse autor diz que a educação holística ocorre quando:
São consideradas todas as facetas da experiência humana, não só o 
intelecto racional e as responsabilidades de vocação e cidadania, mas 
também os aspectos físicos, emocionais, sociais, estéticos, criativos, 
intuitivos e espirituais da natureza do ser humano (YUS, 2002, p. 16).
Segundo Weil (1990, p. 31), “A educação tradicional tem uma tendência a condicionar as 
pessoas a viverem exclusivamente no mundo exterior, enquanto a proposta holística se orienta 
tanto para o exterior quanto para o interior”.
Isso confirma a importância para a proposta holística de desenvolver nos estudantes o hábito 
de olhar para dentro de si e analisar, por meio dos sentimentos e sensações, quais aspectos 
precisam de atenção enquanto se está aprendendo. Consiste no desenvolvimento de um fator 
Unidade 3 • Educação Holística68/234
muito importante, que é a conscientização sobre seu mundo interior, uma compreensão sobre 
o que sente e, ao mesmo tempo, como pode controlar os sentimentos.
As competências socioemocionais também tão discutidas atualmente por pesquisadores da 
educação e fazem parte desse olhar para dentro que o estudante precisa se habituar a ter e 
que deve ser incentivado e privilegiado pelo professor por meio de estratégias e projetos que 
fomentem tal ação.
Desenvolvem-se competências socioemocionais quando:
[...] tanto crianças como adultos aprendem a colocar em prática as 
melhores atitudes e habilidades para controlar emoções, alcançar 
objetivos, demonstrar empatia, manter relações sociais positivas e tomar 
decisões de maneira responsável, entre outros (PORVIR, 2015).
Algumas das competências socioemocionais são: autoestima, motivação, ética, sensibilidade, 
ansiedade, resiliência, persistência, criatividade, colaboração, dentre outras.
Unidade 3 • Educação Holística69/234
Com a finalidade de organização, 
dividiram-se essas competências em cinco 
domínios: 
• conscienciosidade: atitudes de 
responsabilidade, persistência, 
resiliência e outras;
• abertura a novas experiências: 
curiosidade, criatividade, não ter 
medo de errar etc.);
• amabilidade: cooperação; 
• estabilidade emocional: autocontrole;
• extroversão: sociabilidade. 
Pesquisas mostram que estudantes que 
possuem competências socioemocionais, 
como otimismo, resiliência e facilidade 
de socialização mais desenvolvidas, 
têm melhores resultados também no 
aspecto cognitivo. Por esse motivo, essas 
competências precisam ser levadas em 
conta dentro do processo de ensino e 
aprendizagem.
Além da importância do desenvolvimento 
das competências socioemocionais, é 
necessário promover uma mudança no 
papel do aluno dentro do processo de 
produção de conhecimento, ou seja, 
esse deve assumir um papel mais ativo, 
sentindo-se responsável e no comando 
de sua aprendizagem, sem atribuir ao 
professor a incumbência de ensiná-lo, mas 
indo em busca do conhecimento de forma 
autônoma.
Assim, também muda o papel do professor, 
que se posiciona no processo como um 
Unidade 3 • Educação Holística70/234
mediador da aprendizagem, um tutor que está disponível para sanar dúvidas e, ao mesmo 
tempo, que sugere novos desafios para tirar os alunos do equilíbrio cômodo. Assim,
O professor se transforma em perito, em conselheiro. Ele orienta mais 
do que ensina, dá exemplos por meio de seu próprio comportamento, 
mostra que tem profundamente integrado nele mesmo os princípios que 
recomenda (WEIL, 1990, p. 31).
Dessa forma, a relação professor-aluno tende a ser igualitária, aberta, dinâmica e não limitada 
por funções burocráticas ou regras autoritárias, além de buscar promover sempre um trabalho 
em parceria, em que aspectos de trabalho colaborativo e senso de comunidade são valorizados.
Nesse modelo, a autoavaliação também ganha força como forma de retroalimentar os alunos 
para que planejem seus próximos passos em busca de suas metas.
Nesse sentido, a educação holística busca preparar os estudantes para a vida do século XXI, 
enfatizando uma perspectiva global e os interesses humanos comuns. Contudo, cabe esclarecer 
que:
Unidade 3 • Educação Holística71/234
[...] a abordagem holística da educação não pretende ser uma nova 
verdade que detenha a chave das respostas para os problemas da 
humanidade. Ela é uma abertura para o novo, para a realização do ser 
humano (CARDOSO, 1995, p. 47).
Cabe ressaltar que, em um currículo pautado na visão da educação holística, as disciplinas 
não são mais separadas, como acontece na educação tradicional. O modelo passa a ser 
transdisciplinar, ou seja, todas as áreas convergem, todas as disciplinas estão relacionadas 
entre si e os professores trabalham de forma integrada, deixando de lado a visão individualista 
e compartimentada.
Todos os conceitos apresentados relacionados à visão holística da educação estão diretamente 
relacionados com o modelo de educação integral apresentado na introdução e que é hoje fator 
de estudo de diversos pesquisadores e tendência para as escolas brasileiras.
Unidade 3 • Educação Holística72/234
Para saber mais
Gestalt: Gestalt é uma palavra de origem alemã 
que pode ser traduzida aproximadamente como, 
“Forma Total” ou “Forma Global”. Surgiu no 
início do século passado, na Alemanha, e teve 
como principais expoentes Kurt Koffka (1886-
1940), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Max 
Werteimer (1880-1943). Significa uma integração 
de partesem oposição à soma do “todo”.
Link
Competências socioemocionais: <http://www.
porvir.org/especiais/socioemocionais/>
http://www.porvir.org/especiais/socioemocionais/
http://www.porvir.org/especiais/socioemocionais/
Unidade 3 • Educação Holística73/234
Glossário
Mentoria: esse termo vem do inglês “mentoring” e originalmente é usado em empresas para 
representar o processo em que um funcionário mais experiente orienta um outro que está em 
processo de aprendizagem. Na educação tem o mesmo objetivo, ou seja, num modelo no qual o 
aluno assume a responsabilidade por seu aprendizado, poderia contar com um mentor, que é um 
guia, um mestre, um conselheiro, podendo ser o professor ou um aluno que já tenha desenvolvido 
as habilidades que visa adquirir. 
Gestalt: Gestalt é uma palavra de origem alemã, que pode ser traduzida aproximadamente 
como, “Forma Total” ou “Forma Global”. Surgiu no início do século passado, na Alemanha, e 
teve como principais expoentes Kurt Koffka (1886-1940), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Max 
Werteimer (1880-1943). Significa uma integração de partes em oposição à soma do “todo”.
Reducionismo: teorias que afirmam que objetos, fenômenos, teorias ou significados complexos 
podem ser sempre reduzidos, ou seja, expressos em unidades diferentes, a fim de explicá-los. 
Simplificando, sustenta que o todo pode ser explicado por suas partes.
Visão cartesiana: criada por Descartes, que acreditava que tudo poderia ser descrito pelas leis da 
física, em sua perspectiva o mundo funcionava como um relógio, composto por várias peças, que 
são fáceis de entender e, ao passo que essas partes são analisadas, passa-se a entender o todo.
Questão
reflexão
?
para
74/234
Diante dos desafios enfrentados hoje para levar uma 
educação de qualidade para as instituições de ensino 
em todos os níveis, qual é sua visão sobre a viabilidade 
de implementação de um modelo como a educação 
integral consonante com os princípios da visão 
holística de educação?
75/234
Considerações Finais
Educação integral como tendência para a melhoria da qualidade da educação 
brasileira;
a visão holística, proposta contrária aos paradigmas reducionistas e 
materialistas, em que se baseia a educação brasileira;
educação holística que leva em consideração o ser humano como um todo, 
não só focando o aspecto cognitivo, mas os aspectos físicos, emocionais, 
criativos, espirituais, dentre outros.
a importância do desenvolvimento das competências socioemocionais para 
preparar o cidadão para os desafios do século XXI.
Unidade 3 • Educação Holística76/234
Referências 
CARDOSO, Clodoaldo Meneguello. A Canção da Inteireza: uma visão holística da educação. São 
Paulo: Summus, 1995.
CREMA, Roberto. Introdução à Visão Holística: breve relato de viagem do velho ao novo 
paradigma. São Paulo: Summus, 1989.
EI. Site Educação Integral. Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/conceito/>. Acesso 
em: 20 ago. 2015.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz 
e Terra, 1996.
_______. Pedagogia do Oprimido. 13. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. (Coleção O Mundo, 
Hoje, v. 21)
PORVIR. Disponível em: <http://www.porvir.org/especiais/socioemocionais/>. Acesso em: 1 set. 
2015.
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO: passo a passo. Cartilha. Brasil: Ministério da Educação, 
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2008. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/dmdocuments/passoapasso_maiseducacao.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2015.
http://educacaointegral.org.br/conceito/
http://www.porvir.org/especiais/socioemocionais/
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/passoapasso_maiseducacao.pdf
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/passoapasso_maiseducacao.pdf
Unidade 3 • Educação Holística77/234
WEIL, Pierre; AMBRÓSIO, Ubiratan; CREMA, Roberto. Rumo à nova transdisciplinaridade: Sistemas 
abertos de conhecimento. São Paulo: Summus, 1993.
YUS, Rafael. Educação Integral: uma educação holística para o século XXI. Tradução de Daisy Vaz 
de Moraes. Porto Alegre: Artmed, 2002.
__________. As comunidades de aprendizagem na perspectiva holística. Pátio. Revista 
Pedagógica. Porto Alegre: Artmed, ano VI, n. 24, nov. 2002/jan. 2003.
78/234
Assista a suas aulas
Aula 3 - Tema: Educação Holística - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
e7f6ea3c61db4977dc11c490320f0cde>.
Aula 3 - Tema: Educação Holística - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
af7d696002540944ea0cc244be3cf1b8>. 
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/e7f6ea3c61db4977dc11c490320f0cde
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/e7f6ea3c61db4977dc11c490320f0cde
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/e7f6ea3c61db4977dc11c490320f0cde
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/af7d696002540944ea0cc244be3cf1b8
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/af7d696002540944ea0cc244be3cf1b8
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/af7d696002540944ea0cc244be3cf1b8
79/234
1. Sobre educação integral, é FALSO afirmar que:
a) valoriza uma carga horaria maior na escola, ampliando as possibilidades de aprendizagem 
dos alunos;
b) visa atender a todas as dimensões do desenvolvimento humano e se dá como processo ao 
longo de toda a vida;
c) deve ser somente aplicada no ensino superior por causa da faixa etária dos alunos;
d) procura integrar todas as disciplinas e conteúdos, contextualizando a aprendizagem dos 
alunos;
e) leva em conta, além do aspecto cognitivo, também aspectos físicos e emocionais dos 
alunos em seu processo de aprendizagem.
Questão 1
80/234
2. Em uma proposta de educação integral, a quem cabe a responsabilidade 
de ensinar os alunos?
a) Somente aos professores, pois eles conhecem a técnica adequada para isso.
b) Os alunos devem aprender sozinhos, sem ajuda, para se tornarem responsáveis.
c) O aluno deve assumir a responsabilidade pela sua aprendizagem, porém conta com o apoio 
de todos os que estão ao seu redor: professores, outros alunos, funcionários da escola etc.
d) Aprendem usando videoaulas. Somente essa estratégia pode trazer os efeitos esperados 
para a produção do conhecimento.
e) Aprendem com jogos, vídeos, simulações com a vantagem de que não precisam mais 
frequentar a escola.
Questão 2
81/234
3. Sobre a Educação Integral:
a) Tem como premissa ter um olhar para o “todo”, assumindo que: “O todo é mais do que a 
soma das partes”, o que ajuda a contextualizar a aprendizagem dos alunos.
b) Reducionismo e visão cartesiana são os paradigmas que moldam este modelo de educação.
c) Entende que o currículo deve mesmo ser dividido em disciplinas e estas devem trabalhar 
separadamente para não confundir a cabeça do aluno.
d) Entende que o aluno, por estar nesse lugar, não tem autonomia para decidir o que aprender 
e como aprender. Cabe ao professor definir quais serão os conteúdos e ensiná-los.
e) Privilegia sempre o aspecto cognitivo, afinal a escola deve ensinar conteúdos curriculares 
que serão mais importantes que qualquer outra coisa no futuro profissional do aluno.
Questão 3
82/234
4. Sobre os 4 princípios básicos que regem o paradigma holístico, é FALSO 
afirmar que:
a) a consciência ordinária compreende apenas uma parte pequena da atividade total do 
espírito humano;
b) a mente humana estende-se no tempo e espaço, existindo em unidade com o mundo que 
ela observa;
c) o potencial de criatividade e intuição são mais vastos do que ordinariamente se assume;
d) objetos, fenômenos, teorias ou significados complexos podem ser sempre reduzidos, ou 
seja, expressos em unidades diferentes, a fim de explicá-los. Simplificando, sustenta que o 
todo pode ser explicadopor suas partes.
e) a transcendência é valiosa e importante na experiência humana e precisa ser abrangida na 
comunidade orientada pelo conhecimento.
Questão 4
83/234
5. O que é mentoria:
a) Um termo que vem do inglês “mentoring” e somente é usado em empresas.
b) Num modelo em que o aluno assume a responsabilidade por seu aprendizado, pode contar 
com um mentor, que é um guia, um mestre, um conselheiro, podendo ser o professor ou um 
aluno que já tenha desenvolvido as habilidades que visa adquirir.
c) Mentoria é utilizado nas empresas para se referir à “coordenação” ou “chefia”.
d) No processo de mentoria, os alunos devem seguir à risca as ordens do mentor, pois eles 
sabem o que é melhor para o aluno e não erram.
e) Mentoria é exatamente o que os professores já fazem nas aulas tradicionais.
Questão 5
84/234
Gabarito
1. Resposta: C.
Exceto a C, todas as demais alternativas 
apresentam características sobre a 
proposta de educação integral, pois “[...] a 
educação integral deve atender a todas as 
dimensões do desenvolvimento humano 
e se dá como processo ao longo de toda 
a vida” (EI, 2015). Além disso, deve ser 
implementada desde os anos iniciais da 
educação básica.
2. Resposta: C. 
São educadores todos aqueles que se 
relacionam com os estudantes, tais como 
o porteiro da escola, a merendeira, os 
monitores, os demais funcionários e 
também os outros alunos.
A educação integral prevê que o indivíduo 
aprenda em qualquer espaço, dentro e 
fora da sala de aula, e até mesmo quando 
está em seu tempo fora da escola. Tudo 
se transforma em oportunidade de 
aprendizagem quando ele assume o 
comando deste processo.
3. Resposta: A.
Educação integral, pois “[...] deve atender 
a todas as dimensões do desenvolvimento 
humano e se dá como processo ao longo 
de toda a vida” (EI, 2015), considerando o 
estudante nas suas múltiplas dimensões: 
física, intelectual, social, emocional e 
simbólica.
85/234
Gabarito
4. Resposta: D.
O conteúdo da alternativa D diz respeito 
ao paradigma reducionista, vigente hoje 
no modelo de escola tradicional, mas 
contrário ao paradigma holístico, que 
privilegia o olhar sobre o todo, numa 
análise mais ampla da realidade.
5. Resposta: B.
Mentoria é uma proposta de atuação 
docente no modelo de educação integral, 
validado pela educação holística, que 
prevê que o aluno precisa assumir a 
responsabilidade pela sua aprendizagem, 
podendo contar com o apoio de um tutor 
ou facilitador, que em alguns momentos 
é o professor e em outros podem ser os 
colegas de classe ou outro funcionário da 
escola.
86/234
Unidade 4
Visão de Teia/Rede
Objetivos
1. Apresentar as características da 
sociedade em rede;
2. conhecer o pensamento sistêmico;
3. entender os princípios da visão 
sistêmica na educação;
4. conhecer a proposta das cidades 
educadoras;
5. refletir sobre a contribuição dos REA 
na educação segundo o pensamento 
sistêmico.
Unidade 4 • Visão de Teia/Rede87/234
Introdução
“Todos os seres vivos são membros de comunidades ecológicas ligadas 
umas às outras numa rede de interdependência” (CAPRA, 1999, p.20).
Quando observamos os espaços à nossa volta, podemos notar que a ideia das redes está 
por toda a parte: malhas rodoviárias e ferroviárias, postos de saúde, sistemas de água e 
esgoto, sistema de energia elétrica, cadeias de lojas, franquias, redes de telefonia, redes de 
computadores, internet, dentre outras tantas.
Onde quer que encontremos sistemas vivos – organismos, partes de 
organismos ou comunidades de organismos – podemos observar 
que seus componentes estão arranjados à maneira de rede. Sempre 
que olhamos para a vida, olhamos para redes. [...] O padrão da vida, 
poderíamos dizer, é um padrão de rede capaz de auto-organização 
(CAPRA, 1999, p. 35).
Unidade 4 • Visão de Teia/Rede88/234
Para Manuel Castells, redes são:
[...] estruturas abertas capazes de expandir de forma ilimitada, integrando 
novos nós desde que consigam comunicar-se dentro da rede, ou seja, 
desde que compartilhem os mesmos códigos de comunicação (por 
exemplo, valores ou objetivos de desempenho). Uma estrutura social com 
base em redes é um sistema aberto altamente dinâmico suscetível de 
inovação sem ameaças ao seu equilíbrio (1999, p. 499).
Como visto, estamos rodeados pela ideia de redes, ou de grupos. Grupos de todos os tipos são 
formados em nossa sociedade, tais como o grupo religioso, escolar, profissional, esportivo, 
enfim, vivemos cercados por grupos e participamos deles a todo momento. Dentro de um 
grupo ou de uma rede, existe uma relação moral de confiança, de cooperação, comunicação e 
identificação. Identificamo-nos com as redes das quais participamos.
Unidade 4 • Visão de Teia/Rede89/234
Uma característica peculiar em todas as redes é a não linearidade, conforme afirma Capra:
A primeira e mais óbvia propriedade de qualquer rede é a sua não 
linearidade – ela se estende em todas as direções. Desse modo, as 
relações num padrão de rede são relações não lineares (1999, p.92).
Da mesma forma que não é linear, uma rede também não possui um centro, pois é composta 
por sistemas descentralizados, em que cada ponto pode se conectar com qualquer um outro 
que faça parte daquela rede, a qualquer momento. Isso define que o grau de liberdade dentro 
de uma rede é um fator muito valorizado, pois o integrante pode optar pelos caminhos que 
quer percorrer dentro da rede, conforme seus interesses e necessidades.
Dessa forma, podemos afirmar que as redes possuem múltiplas lideranças, pois seus 
integrantes assumem o papel de líder sempre que necessário para organizar uma tarefa ou 
coordenar um evento dentro da rede, abrindo espaço para que outros compartilhem dessa 
liderança. Essa forma de atuação faz das redes estruturas contrárias às hierarquias.
Vamos agora entender a origem dessa ideia das redes. Discordante do pensamento 
reducionista e mecanicista proposto por Descartes, Bacon e Newton, cuja proposta era 
Unidade 4 • Visão de Teia/Rede90/234
fragmentar tudo para estudar suas partes, dando pouca ou nenhuma importância para o todo, 
foi proposto em 1937 o pensamento sistêmico, pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy (ALVAREZ, 
1990). Bertalanffy criticava a divisão da ciência em áreas: Química, Física, Psicologia, dentre 
outras, já que a natureza não se divide dessa maneira. Unindo todas as áreas e verificando a 
interdependência entre elas, é possível explicar o todo de forma mais real.
O pensamento sistêmico passa a assumir grande importância, pois conforme afirma Capra:
Quanto mais estudamos os principais problemas de nossa época, 
mais somos levados a perceber que eles não podem ser entendidos 
isoladamente. São problemas sistêmicos, o que significa que estão 
interligados e são interdependentes. Por exemplo, somente será possível 
estabilizar a população quando a pobreza for reduzida em âmbito 
mundial. A extinção de espécies animais e vegetais numa escala massiva 
continuará enquanto o Hemisfério Meridional estiver sob o fardo de 
enormes dívidas (1999, p. 99).
Unidade 4 • Visão de Teia/Rede91/234
Portanto, para pensar na solução de problemas, é necessário um olhar mais amplo, 
contemplando todos os aspectos relacionados a ele e que podem influenciar sua mudança 
ou melhoria. Por esse motivo, partiremos agora para desenvolver o conceito de pensamento 
sistêmico e seu impacto na educação.
1. Pensamento Sistêmico
Do grego, a palavra sistema significa “colocar junto ao mesmo tempo” e pode ser explicada 
como “conjunto de elementos, concretos ou abstratos, intelectualmente organizados”. 
Portanto, trata-se de um encadeamento de eventos que se relacionam como em uma rede.
O Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, 
conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e 
efetuam determinada função (OLIVEIRA, 2002, p. 35).
Unidade 4 • Visão de Teia/Rede92/234
Ou então, conforme afirma Chiavenatto:
A palavra sistema denota um conjunto de elementos interdependentes

Outros materiais