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Texto: Violência e prevenção na escola: as possibilidades da psicologia da libertação.
Pesquisa sobre as concepções dos professores de educação e as contribuições da psicologia a educação. Há três projetos de prevenção e intervenção psicossocial: voo da águia; risco e proteção: análise de indicadores para uma intervenção preventiva; Construindo as bases para a Prevenção primária no Brasil. O ato de violência se apresenta em quatro modalidades: física, psicológica, sexual e aquela que envolve qualquer tipo de abandono ou negligência.
Para o modelo ecológico o desenvolvimento humano se dava por meio de processos de interação recíproca da pessoa com o outro e com o meio. Para essa visão quando esse processo por algum motivo não acontece o desenvolvimento fica prejudicado.
No Brasil houve um estudo solido sobre as circunstâncias de violência em que se desenvolveram a maioria das crianças e adolescentes brasileiros. Azevedo explica a construção da violência como um fenômeno histórico. Essa concepção revela fundamentos materialistas para o entendimento das expressões de violência e de suas consequências. Nesse caso, a compreensão tem base na crítica da escola de Frankfurt que traz elementos da psicanalise para considerar a constituição do sujeito em uma realidade específica.
Por outro lado a psicologia Histórica-Cultural concebe que a materialidade das circunstâncias como parte do processo de desenvolvimento. Ela assegura a coexistência dos aspectos objetivos e subjetivos na constituição do sujeito. Essa teoria tem base Marxistas e enfatizar a história no interior da luta de classes e a dialética no sentido da superação da desigualdade e da mudança social. Na sociedade de classes organizada pela expropriação do trabalho, a violência é fundante das relações humanas, então, exploradas e oprimidas.
Martín Baró classifica a violência em três tipos: a violência delinquencial, a violência de repressão política e a violência de guerra. A violência delinquencial se refere ao impacto da desigualdade econômica e social. É um processo de deterioração de uma maioria em benefício de uma minoria. O processo de desenvolvimento que acontece circunstanciado por esse tipo de relação é um processo dinâmico.
Para psicologia da libertação a violência é um fenômeno estrutural, a volencia não pode ser vista como explicação ou solução. Martín Baró constrói um conceito de situação-limite que é ações, eventos ou práticas que prejudicam, impedem ou dificultam o desenvolvimento da criança no cenário escolar. E para ele e professores a situação-limite faz parte do desenvolvimento das crianças.
A prevenção é cunhada no meio da saúde. Albee pontua que a situação econômica e social pode ser a causa das doenças mentais e supera-la seria uma forma de prevenção. Assim, para Martín Baró a partir de Freire considera a situação- limite como uma forma de compreender o desenvolvimento das crianças imersos numa realidade de violência. Podendo daí serem capazes de múltiplas possibilidades de resolução, emancipação, desenvolvimento.