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AD2 - Teoria e Prática em Geografia III

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Nome: Fabiano Oliveira da Conceição
Matrícula: 18212140225
Polo Niterói
AD2 de Teoria e Prática em Geografia III
I. INTRODUÇÃO
Durante muito tempo as aulas de Geografia se resumiam às aulas expositivas e, quando muito, à utilização daqueles mapas amarelados e empoeirados que o professor ia buscar numa sala fechada. Depois, com o advento do projetor, esse passou a ser o objeto de inovação no processo de ensino-aprendizagem. Com isso a disciplina Geografia passou a receber a fama de aula entediante por parte de muitos alunos, dadas as repetições de conceitos muitas vezes tidos como pura memorização (afluentes de rios, altura de picos, etc.). Com a chegada dos avanços tecnológicos, o ato de lecionar essa disciplina ganhou novos contornos e isso levou os alunos a verem a ciência geográfica com outros olhos. A informática, especificamente, deu oportunidade aos professores de mostrar de modo mais concreto aos alunos a base do estudo da ciência geográfica:
No campo da cartografia, o computador não é apenas uma ferramenta para acelerar a criação de mapas de papel: ele representa um meio diferente de visualizar e interagir com mapas e de repensar como os mapas são apresentados. Segundo Peterson (1995), um produto cartográfico que permite interações com o usuário é um mapa interativo, ou seja, é uma forma de apresentação cartográfica assistida por computador que tenta imitar os mapas mentais, uma habilidade humana de visualizar lugares e distribuições. (Di Maio et Setzer, 2011) 
Dessa forma, os autores deixam claro que a interação que os alunos têm com o computador para a visualização cartográfica torna-se muito mais enriquecedora com o uso da máquina em vez de pura e simplesmente em papel. Desta feita, abordaremos a disciplina Geografia da População do Brasil para mostrar como o uso do Google Maps pode servir para ilustrar uma aula. 
II. DESENVOLVIMENTO
Usaremos como exemplo a visitação ao Cais do Valongo, localizado na cidade do Rio de Janeiro, local de desembarque de escravizados africanos de 1811 a 1831. Único vestígio material da chegada de escravos africanos às Américas, tombado pela UNESCO em 9 de julho de 2017. Sabemos que a disciplina Geografia da População do Brasil aborda, entre outros temas, a formação do povo brasileiro e, dessa forma, a chegada dos negros de África e a inserção destes no cenário carioca do século XVIII e XIX. No trajeto África-Brasil, muitos escravos não resistiam e chegavam ou mortos ou muito debilitados, assim sendo, quando chegavam aqui eram sepultados na Gamboa. Para que o alunado, por exemplo, do oitavo ano do ensino fundamental possa visualizar o percurso que os africanos escravizados faziam desde sua chegada ao antigo porto do Rio até o antigo cemitério dos pretos novos (como eram chamados tais mortos). Uma interdisciplinaridade seria possível na elaboração de uma aula de campo com essa turma do ensino fundamental (História e Geografia) de modo que seria abordada a transformação do espaço geográfico, mostrando como onde hoje é o chafariz do mestre Valentim, era, outrora o cais do porto em tempos remotos e, por onde, lamentavelmente, desembarcavam os escravizados oriundos de África. Assim, seria demonstrado como o espaço geográfico sofreu modificações nos fixos ao longo dos séculos e como o a pesquisa prévia nos computadores do laboratório de informática da escola fazendo uso do Google Maps poderia ilustrar tal mudança.
Imagem: Mapa do centro da cidade do Rio de Janeiro, na segunda década do séc.XIX.
A tecnologia espacial integrada à informática possibilita o surgimento e a rápida divulgação de um novo suporte para comunicação e produção de conhecimento, pois além de permitir a construção de imagens do passado, torna possível a simulação de imagens do futuro. (Di Maio et Setzer, 2011)
Como afirmam os autores na citação acima, com o apoio da tecnologia pode-se ver tanto como era o espaço geográfico do passado e como será no futuro. Ao se visualizar como eram os locais onde eram o cais do Valongo e o cemitério dos Pretos Novos no passado e hoje, fica clara essa relação. 
III. CONCLUSÃO
Na Geografia de décadas atrás esta disciplina era considerada entendiante e meramente decorativa e, infelizmente, na atualidade há muitos professores que insistem em manter o mesmo layout das aulas fazendo com que os alunos sigam achando a matéria desinteressante. 
Desta forma, vemos o quão necessário se faz que os recursos didáticos estejam disponíveis em suas diversas formas e perspectivas e ao alcance do professor para que este por sua vez faça seu papel de mediador do processo de ensino-aprendizagem no ambiente escolar. Sem nos esquecermos de que não só esses dispositivos precisam ter fácil acesso, mas cabe ao professor procurar e encontrar novos recursos e dispositivos para que as visões acerca das aulas tradicionais e cansativas de geografia se desfaçam. A cortina que permeia essa matéria curricular transpassa o ato de memorizar fatos por parte dos alunos, e simplesmente depositar os conteúdos programados por parte do professor. Tal cortina deve ser rasgada para que a geografia seja não só uma mera disciplina a ser cumprida, mas que seja o meio para capacitar a criança a conhecer o mundo e ser sujeito ativo nele, compreender os espaços geográficos construídos e modificados pelo homem além de ajudá-lo a formar sua consciência de cidadão.
REFERÊNCIAS
1. Di Maio, A. C. (2011), Educação, Geografia e o desafio de novas tecnologias.
2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Cais_do_Valongo (acesso em 15 de novembro de 2019).
3. https://pt.wikipedia.org/wiki/Cemit%C3%A9rio_dos_Pretos_Novos (acesso em 15 de novembro de 2019).

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