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Administração de Conflitos Sócio-Ambientais O autor François Ost no livro “A Natureza à Margem da Lei: a ecologia à prova do Direito” identifica a crise ambiental como uma crise de representação da Natureza, caracterizando-a como uma crise de vínculo e de limite. Tendo em vista essa afirmação de que forma podemos relacionar a separação entre a natureza e as relações sociais aos conflitos socioambientais? Podemos relacionar a separação entre a natureza e as relações sociais aos conflitos socioambientais entendendo os sentidos atribuídos à Natureza pelos atores sociais envolvidos em cada caso. Um primeiro segmento defende que a cultura é definida pela Natureza através do Determinismo biológico. Já a corrente iluminista do século XVIII buscava desvelar as leis que determinam o funcionamento da Natureza através da Razão ou do conhecimento racional e entendia a Natureza como objeto a ser conhecido e dominado pelo Homem e questiona a existência de uma única Natureza, apontando para a existência de diversas significações sobre o ambiente natural. A objetivação da Natureza, guiada pelos ideais iluministas não é capaz de perceber o que nos une à Natureza. O movimento ambientalista defende o ideal de um retorno às origens e propaga o ideal de que “não é a terra que pertence ao Homem, mas o homem que pertence à Terra (mãe-Terra)” e coloca a crise ambiental atual como uma crise de representação da Natureza ou seja uma crise ecológica em razão do modelo de evolução cultural ao qual se atribui sérios prejuízos ambientais. Com o surgimento das demandas ambientais aflorou a defesa de comportamentos “mais naturais.” que se refere como Deep ecology (Ecologia Profunda), em diferenciação a reivindicações tidas como meramente reformistas, que seriam shallow ecology (Ecologia rasa).
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