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Análise das Demonstrações Financeiras

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ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS 
 
 
Professor: Robson Simões 
e-mail: professor.contabilidade@yahoo.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 2 
 
 
SUMÁRIO 
Assunto Pag. 
1 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (FINANCEIRAS) 
1.1 - Introdução 
1.2 - Balanço Patrimonial 
1.3 - DRE – Demonstração do Resultado Do Exercício 
1.4 - DLPA – Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados 
1.5 – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
1.6 - Demonstração dos Fluxos De Caixa 
1.7 - Demonstração do Valor Adicionado 
1.8 – Notas Explicativas 
 
2 – ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (CONTÁBEIS) 
2.1 – Introdução 
2.2 – Motivos para a Análise Financeira 
2.3 – Estática Patrimonial 
2.4 – Dinâmica Patrimonial 
2.5 – Ajustes e Reclassificações Contábeis 
 
3 – ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 
3.1 - Análise Vertical 
3.2 – Análise Horizontal 
 
4 – ESTUDO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA 
4.1 – Introdução 
4.2 – Índices de Liquidez 
4.2.1 – ILC - Índice de Liquidez Corrente 
4.2.2 – ILS - Índice de Liquidez Seca 
4.2.3 – ILG - Índice de Liquidez Geral 
4.2.4 – ILI - Índice de Liquidez Imediata 
4.3 – Índices de Estrutura do Capital 
4.3.1 – Imobilização do Patrimônio Líquido 
4.3.2 – Imobilização dos Recursos a Longo Prazo e do PL 
4.3.3 – Particip. de Capital de Terceiros s/Recursos Próprios 
4.3.4 – Composição de Endividamento 
 
 
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4.4 - Índices de Atividade 
4.4.1 – Prazo Médio de Recebimento de Vendas 
4.4.2 – Prazo Médio de Pagamento de Compras 
4.4.3 – Prazo Médio de Renovação de Estoques 
4.4.4 – Ciclo Financeiro 
4.4.5 – Ciclo Operacional 
4.4.6 – Quociente de Posicionamento Relativo 
 
5 – ESTUDO DA SITUAÇÃO ECONÔMICA 
5.1 – Introdução 
5.2 – Índices de Lucratividade 
5.2.1 – IMB – Índice de Margem Bruta 
5.2.2 – IML – Índice de Margem Líquida 
5.2.3 – IMO – Índice de Margem Operacional 
 
5.3 – Índices de Rentabilidade 
5.3.1 – TRI (ou ROI) – Taxa de Retorno Sobre Investimento 
5.3.2 – TRPL (ou ROE) – Taxa de Retorno Sobre o P.L. 
 
6 - PLANO DE CONTAS 
 
BIBLIOGRAFIA 
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1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (FINANCEIRAS) 
1.1 INTRODUÇÃO 
O Artigo 176 da Lei nº 6.404/76 estabelece que, ao final de cada Exercício 
Social, a diretoria da empresa deve elaborar, com base na Escrituração mercantil, 
as seguintes Demonstrações Financeiras, que deverão exprimir com clareza a 
situação do Patrimônio da empresa e as mutações ocorridas no Exercício: 
a) Balanço Patrimonial; 
b) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados; 
c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
d) Demonstração do Resultado do Exercício; 
e) Demonstração dos Fluxos de Caixa; 
f) Demonstração do Valor Adicionado; 
g) Notas Explicativas. 
Em substituição à Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, as 
empresas podem elaborar a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. 
A Demonstração do Valor Adicionado é obrigatória somente para as 
Sociedades Anônimas de Capital Aberto. Todas as Demonstrações Financeiras 
elaboradas pela empresa deverão ser transcritas no livro Diário. 
As Sociedades Anônimas de Capital Aberto (que têm autorização para 
negociar seus títulos no mercado de capitais) são obrigadas a publicar seus 
Resultados anualmente, nos jornais de maior circulação do país. Assim, as 
Demonstrações de cada Exercício devem ser publicadas com a indicação dos 
valores correspondentes às Demonstrações do Exercício anterior. 
As Demonstrações Financeiras devem ainda ser complementadas por Notas 
Explicativas e por outros quadros analíticos ou Demonstrações Contábeis 
necessários ao bom esclarecimento da Situação Patrimonial e do Resultado do 
Exercício. 
Nas Demonstrações, as contas semelhantes podem ser agrupadas e os 
pequenos saldos podem ser agregados, desde que sua natureza seja indicada e que 
não ultrapassem um décimo do valor do respectivo grupo de contas. Mas é vedada 
a utilização de designações genéricas, como Diversas Contas ou Contas-
correntes. 
 
1.2 BALANÇO PATRIMONIAL 
O Balanço Patrimonial é a Demonstração Financeira que evidencia, 
resumidamente, o Patrimônio da empresa, quantitativa e qualitativamente. 
Veja o que estabelece o artigo 178 da Lei nº 6.404/76. 
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“Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos 
do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a 
análise da situação financeira da companhia. 
§1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de 
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: 
I – ativo circulante; 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. 
§2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
I – passivo circulante; 
II – passivo não-circulante; e 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, 
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e 
prejuízos acumulados.” 
Veja a seguir um modelo do Balanço Patrimonial no qual apresentamos os 
grupos e os subgrupos em que se dividem o Ativo e o Passivo, bem como as Contas 
Redutoras (ou Retificadoras) mais comuns do Ativo e/ou do Passivo. A relação das 
demais contas você encontra no tópico 9 (Plano de Contas) de nossa apostila. 
 
CONTAS 
EXERCÍCIO 
ATUAL 
$ 
EXERCÍCIO 
ANTERIOR 
$ 
ATIVO 
ATIVO CIRCULANTE 
 
 
 
 
DISPONIBILIDADES 
 Caixa 
 Bancos conta Movimento 
 Aplicações de Liquidez Imediata 
 
 
 
 
 
 
CLIENTES 
 Duplicatas a Receber 
 (-) Provisão p/Créditos de Liq. Duvidosa 
 
 
 
 
OUTROS CRÉDITOS 
 Promissórias a Receber 
IMPOSTOS A RECUPERAR 
 ICMS a Recuperar 
INVEST. TEMP. A CURTO PRAZO 
 Ações de Outras Empresas 
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ESTOQUES 
 Estoque de Mercadorias 
DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE 
 Aluguéis Passivos a Vencer 
 Juros Passivos a Vencer 
 Prêmios de Seguros a Vencer 
 Propagandas e Publicidade a Vencer 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO NÃO-CIRCULANTE 
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 Duplicatas a Receber 
 Promissórias a Receber 
 Créditos com Pessoas Ligadas 
 Outros Créditos 
 
 
 
 
 
 
 
 
INVESTIMENTOS 
 Participação na Empresa A 
IMOBILIZADO 
 Computadores 
 (-) Depreciação Acum. de Computadores 
 Imóveis 
 (-) Depreciação Acumulada de Imóveis 
 Instalações 
 (-) Depreciação Acumulada de 
Instalações 
 Móveis e Utensílios 
 (-) Deprec. Acum. de Móveis e Utensílios 
 Veículos 
 (-) Depreciação Acumulada de Veículos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTANGÍVEL 
 Fundo de Comércio 
 (-) Amort. Acum. de Fundo de Comércio 
 Marcas e Patentes 
 (-) Amort. Acum. de Marcas e Patentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL DO ATIVO 
 
 
 
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CONTAS 
EXERCÍCIO 
ATUAL 
$ 
EXERCÍCIO 
ANTERIOR 
$ 
PASSIVO 
PASSIVO CIRCULANTE 
 
 
 
 
OBRIGAÇÕES A FORNECEDORES 
 Duplicatas a Pagar 
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 
 Bancos conta Empréstimo 
OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 
 Impostos e Taxas a Recolher 
 Provisão para Imposto de Renda 
 Provisão para Contribuição Social 
 
OBRIG. TRABALH. E PREVIDENC. 
 Salários a Pagar 
 Encargos Sociaisa Recolher 
 
OUTRAS OBRIGAÇÕES 
 Contas a Pagar 
 Aluguéis a Pagar 
 
PARTICIPAÇÕES E DEST. DO LUCRO 
 Partic. dos Empregados a Pagar 
 Dividendos a Pagar 
 
PASSIVO NÃO-CIRCULANTE 
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 Duplicatas a Pagar 
 Promissórias a Pagar 
 Empréstimos/Financiamentos a Pagar 
 Débitos com Pessoas Ligadas 
 Outros Débitos 
 
 
 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
CAPITAL SOCIAL 
 Capital Social 
 (-) Capital a Integralizar 
 
 
 
 
RESERVAS DE CAPITAL 
AJUSTES DE AVALIAÇ. PATRIMONIAL 
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RESERVAS DE LUCROS 
(-) AÇÕES EM TESOURARIA 
(-) PREJUÍZOS ACUMULADOS 
TOTAL DO PASSIVO 
 
Você pode observar no modelo de Balanço Patrimonial que tanto no Ativo 
quanto no Passivo, existem contas precedidas de sinal negativo (-). São as Contas 
Redutoras ou Retificadoras do Ativo e do Passivo. 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA: 
Com base no Balancete de Verificação abaixo, retirado do Razão da empresa 
Office Blanc S/A., levantado em 31 de dezembro de x1, elabore o Balanço 
Patrimonial: 
 
Nº CONTAS 
SALDO 
DEVEDOR CREDOR 
01 Caixa 30.000 
02 Bancos conta Movimento 706.000 
03 Duplicatas a Receber 400.000 
04 Provisão p/Crédito de Liquidação Duvidosa 6.000 
05 Estoque de Mercadorias 1.663.500 
06 Prêmios de Seguros a Vencer 21.500 
07 Móveis e Utensílios 800.000 
08 Depr. Acumul. de Móveis e Utensílios 240.000 
09 Veículos 960.000 
10 Depr. Acumul. de Veículos 576.000 
11 Fundo de Comércio 144.000 
12 Amort. Acumul. de Fundo de Comércio 14.400 
13 Duplicatas a Pagar 686.100 
14 Impostos e Taxas a Recolher 19.000 
15 INSS a Recolher 8.000 
16 FGTS a Recolher 2.400 
17 Salários a Pagar 30.000 
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Nº CONTAS 
SALDO 
DEVEDOR CREDOR 
18 Dividendos a Pagar 268.355 
19 Capital Social 2.700.000 
20 Reservas de Lucros 174.745 
 TOTAIS 4.725.000 4.725.000 
 
Lembretes: 
1) Atentar para as contas de natureza devedora e credora, lembrando-se 
sempre que o total dos débitos deve ser igual ao total dos créditos; 
2) Verificar quais contas que pertencem ao Ativo e quais contas pertencem ao 
Passivo, sem se esquecer das contas redutoras ou retificadoras que, 
pertencem a um determinado grupo de contas (Ativo ou Passivo), mas 
possuem saldo inverso ao da natureza de saldo do seu grupo, ou seja, uma 
conta retificadora do Ativo possui saldo credor, justamente para reduzir ou 
retificar as contas do Ativo que possuem saldo devedor. Da mesma forma, 
as contas redutoras ou retificadoras do Passivo possuem saldo devedor, 
inversamente a natureza de saldo das contas do Passivo que é credora. 
 
Companhia: Office Blanc S/A. 
BALANÇO PATRIMONIAL 
Exercício Findo em: 31 de dezembro de x1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.3 DRE – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
Essa Demonstração evidencia o Resultado que a empresa obteve (Lucro ou 
Prejuízo) no desenvolvimento de suas atividades durante um determinado período, 
geralmente igual a um ano. 
Veja o que estabelece o artigo 187 da Lei nº 6.404/76: 
“Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
I – a receita bruta de vendas e serviços, as deduções das vendas, os 
abatimentos e os impostos; 
II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e 
serviços vendidos e o lucro bruto; 
III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das 
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; 
V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão 
para o imposto; 
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VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e as 
partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros e de instituições 
ou fundos de assistência ou previdência de empregados que não se caracterizem 
como despesa; 
VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por aço do 
capital social.” 
 
EXEMPLO PRÁTICO: 
 Com base na relação de contas a seguir, extraída do livro Razão da empresa 
Office Blanc S/A., em 31/12/x1, na qual constam contas já encerradas (Contas de 
Resultado) e abertas (Contas Patrimoniais), elaborar a Demonstração do Resultado 
do Exercício. 
 Vendas................................................................... 
 Impostos e Contribuições sobre Vendas...................... 
 Custos das Mercadorias Vendidas (CMV)...................... 
 Fretes e Carretos..................................................... 
 Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa........... 
 Juros Passivos......................................................... 
 Juros Ativos............................................................. 
 Aluguéis Passivos..................................................... 
 Amortização............................................................ 
 Depreciação........................................................... 
 Encargos Sociais...................................................... 
 Material de Expediente.............................................. 
 Prêmios de Seguro................................................... 
 Salários.................................................................. 
 Provisão para Contribuição Social............................... 
 Provisão para o Imposto de Renda............................ 
 Número de ações em circulação que compõem o Capital 
Social, para o cálculo do Lucro Líquido por Ação do 
Capital: 1.650.000 ações. 
1.929.975 
496.000 
336.500 
30.000 
6.000 
5.000 
45.000 
139.000 
11.925 
225.250 
71.000 
25.000 
 15.000 
200.000 
 37.663 
94.159 
 
 
Para elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício, devemos reunir as 
contas de Despesas e de Receitas em seus respectivos grupos, conforme conta da 
própria demonstração. 
Para isso é sempre aconselhável o uso do Plano de Contas. 
Veja como devemos agrupar as contas para a solução deste exemplo: 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
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Despesa com Vendas 
 Fretes e Carretos 
 Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa 
 Total 
30.000 
6.000 
36.000 
 
 Despesas Gerais e Administrativas 
 Aluguéis Passivos 
 Encargos Sociais 
 Material de Expediente 
 Prêmios de Seguro 
 Salários 
 Depreciação 
 Amortização 
 TOTAL 
139.000 
71.000 
25.000 
15.000 
200.000 
225.250 
11.925 
687.175 
 
Despesas Financeiras 
 Juros Passivos 
 Total 
5.000 
5.000 
 
 Receitas Financeiras 
 Juros Ativos 
 Total 
45.000 
45.000 
 
Uma vez reunido os principais grupos de contas, podemos elaborar agora a 
Demonstração do Resultado do Exercício, conforme abaixo: 
 
Companhia: Office Blanc S/A. 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
Exercício findo em 31 de dezembro de x1. 
 
1 RECEITA OPERACIONAL BRUTA 1.929.975 
 Venda de Mercadorias e/ou Prestação de Serviços 1.929.975 
2 DEDUÇÕES E ABATIMENTOS (496.000) 
 Abatimentos Concedidos 
 Vendas Canceladas 
 Descontos Incondicionais Concedidos 
 Impostos e Contribuições sobre Vendas(496.000) 
3 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (1 – 2) 1.433.975 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
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4 CUSTOS OPERACIONAIS (336.500) 
 CMV e/ou Custo dos Serviços Prestados (336.500) 
5 LUCRO BRUTO (3 – 4) 1.097.475 
6 DESPESAS OPERACIONAIS (683.175) 
 Despesas com Vendas (36.000) 
 Despesas Gerais e Administrativas (687.175) 
 Despesas Financeiras (5.000) 
 ( + ) Receitas Financeiras 45.000 
 Outras Despesas Operacionais 
7 OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 
8 LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL (5 – 6 + 7) 414.300 
9 OUTRAS RECEITAS 
10 OUTRAS DESPESAS 
11 RESULTADO DO EXERC. ANTES DO IR (8 + 9 – 10) 414.300 
12 PROVISÃO PARA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (37.663) 
13 PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA (94.159) 
14 RESULTADO DO EXERCÍCIO APÓS IR ( 11 – 12 – 13) 282.478 
15 PARTICIPAÇÕES 
 Debêntures 
 Empregados 
 Administradores 
 Partes Beneficiárias 
 Contrib. p/Instit. ou Fundos de Assist. ou Previd. de 
Empreg. 
 
16 REVERSÃO DE JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO 
17 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (14 – 15 + 16) 282.478 
18 LUCRO LÍQ. OU PREJ. POR AÇÃO DO CAPITAL 0,1711987 
1.4 DLPA – DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS 
A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) é um relatório 
contábil que tem por finalidade evidenciar o saldo inicial da Conta “Prejuízos 
Acumulados”, os ajustes de Exercícios anteriores, as reversões de reservas, o Lucro 
Líquido do Exercício e a sua destinação. A definição está prevista no artigo 186 da 
Lei nº 6.404/76. 
 
1.5 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é um relatório 
contábil que visa evidenciar as variações ocorridas em todas as contas que 
compõem o Patrimônio Líquido em um determinado período. 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
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A Lei nº 6.404/1976 não fixa um modelo de DMPL que deva ser utilizado 
pelas empresas; entretanto, menciona essa demonstração no §2º do artigo 186, 
quando permite que a DLPA seja incluída nela, se elaborada e publicada pela 
companhia. Assim, as mesmas informações que a Lei determina para a DLPA, 
devem constar na DMPL, considerando que nesta, as informações serão relativas à 
movimentação de todas as contas do Patrimônio Líquido. 
 
1.6 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é um relatório contábil que tem 
por fim evidenciar as transações ocorridas em um determinado período e que 
provocaram modificações no saldo da conta Caixa e equivalentes de Caixa. 
Trata-se de uma demonstração sintetizada dos fatos administrativos que 
envolvem os fluxos de dinheiro ocorridos durante um determinado período, 
devidamente registrados a débito (entradas) e a crédito (saídas) da conta Caixa e 
equivalentes de Caixa. 
Fluxos de Caixa, portanto, compreendem o movimento de entradas e saídas 
de dinheiro da empresa. 
A Lei nº 6.404/1976 também não fixou um modelo de DFC a ser observado 
por todas as empresas. Ela limitou-se a estabelecer no inciso I do artigo 188, que a 
DFC deverá indicar no mínimo as alterações ocorridas durante o Exercício, no saldo 
de Caixa e equivalentes de Caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 
três fluxos: das operações, dos financiamentos e dos investimentos. 
Existem dois métodos que podem ser adotados para a estruturação da DFC: 
Indireto e Direto. 
O § 6.º do art. 176 estabelece que a companhia fechada com patrimônio 
líquido (PL), na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000 (dois milhões de reais) 
não será obrigada a elaborar e publicar a DFC. 
 
1.7 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é um relatório contábil que 
evidencia o quanto de riqueza uma empresa produziu, isto é, o quanto ela 
adicionou de valor aos seus fatores de produção, e o quanto e de que forma essa 
riqueza foi distribuída (entre empregados, Governo, acionistas, financiadores de 
Capital), bem como a parcela da riqueza não distribuída. 
Deste modo, a DVA tem por fim demonstrar a origem da riqueza gerada pela 
entidade, e como essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores que 
contribuíram, direta ou indiretamente, para sua geração. 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
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O valor adicionado que é demonstrado na DVA, corresponde à diferença 
entre o valor da Receita de vendas e os Custos dos recursos adquiridos de 
Terceiros. 
Assim, o valor adicionado gerado em cada empresa em um determinado 
período representa o quanto essa empresa contribuiu para a formação do Produto 
Interno Bruto (PIB) do país no referido período. 
Segundo o inciso “V” do artigo 176 da Lei nº 6.404/1976, somente as 
companhias de capital aberto estão obrigadas a elaboração da DVA. 
 
1.8 NOTAS EXPLICATIVAS 
As Notas Explicativas são esclarecimentos que visam complementar as 
Demonstrações Financeiras e informar os critérios contábeis utilizados pela 
empresa, a composição dos saldos de determinadas contas, os métodos de 
depreciação, os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais etc. 
As Notas Explicativas facilitam a interpretação dos dados contidos nas 
Demonstrações Financeiras. Para fins de publicação, elas devem ser apresentadas 
logo após as Demonstrações Financeiras. 
As Notas Explicativas estão previstas nos parágrafos 4º e 5º do artigo 176 
da Lei nº 6.404/1976. 
 
2 – ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (CONTÁBEIS) 
2.1 INTRODUÇÃO 
A análise financeira (contábil) é o exame das informações obtidas por meio 
das demonstrações financeiras (contábeis). No entanto ela não deve ser restrita a 
isto, devendo abranger todos os fatores que possam interferir na situação 
financeira de uma empresa. Sendo assim, o analista deve ter compreensão de 
outras disciplinas como economia, administração geral, marketing, algumas 
particularidades de direito, entre outros conhecimentos. 
Os motivos para a análise das demonstrações contábeis podem ser variados. 
Podemos tentar entender a evolução dos números durante o planejamento 
estratégico da empresa, para a elaboração de um plano de negócios ou de um 
plano de ação, para a avaliação de uma empresa, para a análise de 
competitividade, em atividades de fusões ou aquisições, para a concessão de 
créditos ou para a análise da criação de valor – que demanda o estudo das 
rentabilidades do negócio. 
Também é preciso compreender que, nem sempre, o futuro é continuação 
do passado e que, nem sempre, as informações contábeis passadas refletem o que 
irá ocorrer depois. É preciso ter senso crítico para identificar as mudanças 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 17 
 
contextuais que podem atrapalhar a análise da evolução dos números passados 
apresentados nas demonstrações contábeis. 
 
2.2 MOTIVOS PARA A ANÁLISE FINANCEIRA 
Os objetivos da análise das demonstrações contábeis podem assumir 
diferentes configurações. A análise financeira pode ser empregada para mensurar 
riscos de créditos de correntes e potenciais clientes; julgar o desempenho esperado 
das firmas ou monitorar o progresso da firma em alcançar os objetivos desejados. 
Uma grande quantidade de exemplos com diferentes motivos para a condução da 
análise de demonstrações pode ser apresentada: 
a) Planejamento estratégico: envolveria a necessidade de identificação da 
estrutura econômica do negócio, da mensuração da performance das 
diferentes unidades da empresa e da análise de competitividade. Para isso 
seria preciso entender o crescimento das vendas e a evolução da 
rentabilidade, dos fluxos de caixa e do nível de utilização dos ativos; 
b) Desenvolvimento do plano de negócios: associado à projeção dos 
demonstrativos financeiros de projetos, à avaliação da viabilidade econômica 
do negócio, com a análise das projeções de fluxo de caixa, estimativas de 
valor terminal e obtenção de taxas de descontoajustadas ao risco; 
c) Avaliação do negócio: envolveria a estimativa de um preço para a 
operação, geralmente por meio de um fluxo de caixa descontado, da análise 
de transações comparáveis e de padrões financeiros; 
d) Análise de competitividade: associada à estimativa da estrutura de custo 
para os competidores e à identificação de restrições financeiras; 
e) Fusões e aquisições: envolveria a busca pela estimativa de um preço de 
negociação, associado à quantificação do valor da decisão estratégica de 
aquisição. Envolve projeções sobre o fluxo de caixa combinado e o valor 
conjunto do negócio, o que também demanda o cálculo de taxas de 
desconto e análise de índices. 
 
Embora muitas possam ser as razões apontadas para a análise das 
demonstrações contábeis do negócio, dois principais grupos de motivos podem ser 
caracterizados. 
 
f) Análise de crédito: preocupa-se com o curto prazo, focando-se na análise 
da liquidez e do fluxo de caixa, preocupando-se com uma eventual 
incapacidade do negócio em honrar suas obrigações; 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 18 
 
g) Análise de criação de valor: enfatiza o longo prazo e se preocupa com a 
discussão dos efeitos sobre a rentabilidade do negócio. 
 
2.3 ESTÁTICA PATRIMONIAL 
Na Análise das Demonstrações utilizamos os mais variados meios para 
proporcionar aos usuários os conhecimentos que necessitam em seu processo 
decisório. Um desses meios sãos os demonstrativos da estática patrimonial. 
A estática patrimonial é o estudo do patrimônio considerado sem movimento 
em um dado momento na sua estrutura qualitativa e quantitativa, isto é, nos seus 
elementos e nos seus componentes e valores. 
A estática patrimonial procura demonstrar num dado momento, a estrutura 
e a composição patrimonial da empresa. 
A principal demonstração da estática patrimonial e que iremos trabalhar no 
desenvolvimento do nosso programa é o Balanço Patrimonial. 
O Balanço Patrimonial é a demonstração utilizada para refletir a posição 
financeira e patrimonial da empresa em dado momento e que também procura 
demonstrar a posição de bens, direitos e obrigações da empresa, demonstrando e 
evidenciando a situação líquida do patrimônio. 
 
2.4 DINÂMICA PATRIMONIAL 
A dinâmica patrimonial estuda as variações da situação líquida da empresa 
com a finalidade de demonstrar como os diversos fatos ocorridos durante um 
determinado período de tempo podem ter provocado alterações na situação líquida 
das entidades em duas características distintas, a saber: 
a) Variações provenientes das operações com os sócios; 
b) Variações provenientes das operações da empresa. 
Operações com os sócios da entidade representam, basicamente, 
aumentos ou retiradas de capitais e distribuições de lucros. São eventos que não 
alteram a elaboração da demonstração do resultado do exercício. 
Operações com a empresa provocam a geração de riqueza e derivam de 
uma série de conceitos fundamentais para a apuração do resultado de uma 
entidade num determinado período de tempo. 
As demonstrações contábeis da dinâmica patrimonial têm por objetivo 
apresentar a evolução dos fenômenos patrimoniais em determinado período, 
evidenciando as variações provocadas pelos fatos ocorridos neste mesmo período. 
Dentre as demonstrações Dinâmicas existentes, iremos trabalhar com a 
Demonstração do Resultado do Exercício. 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 19 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício caracteriza-se por ser um 
relatório contábil que procura demonstrar o resultado obtido em determinado 
período de tempo através da confrontação entre as receitas e despesas/custos 
desse mesmo período. 
 
2.5 AJUSTES E RECLASSIFICAÇÕES CONTÁBEIS 
As particularidades das demonstrações contábeis demandam cuidados 
adicionais, anteriores ao estudo dos números nelas contidos. É preciso conferir a 
coerência de alguns valores e de algumas informações. Ajustes diversos podem ser 
precisos, como os que envolvem movimentação de contas do curto para o longo 
prazo ou vice-versa ou ainda a correção de valores imprecisos, como os ativos de 
realização difícil ou impossível. 
Após os ajustes é que podemos dar início à análise dos números contidos 
nas demonstrações contábeis das empresas. 
Para poder estudar com maior confiabilidade os dados apresentados nos 
demonstrativos contábeis e financeiros de qualquer entidade são necessários 
alguns cuidados, ajustes e reclassificações. Veja os exemplos apresentados a 
seguir: 
 
a) Duplicatas Descontadas: representam, na verdade, um empréstimo para 
o capital de giro. Caso os emitentes das duplicatas descontadas junto às 
instituições financeiras não as quitem, caberá à entidade que as descontou 
assumir estes compromissos. Logo, devem ser retiradas do ativo circulante e 
alocadas no passivo circulante; 
b) Empréstimos feitos a interligadas: se estiverem classificados no ativo 
circulante, deverão ser alocados para o realizável a longo prazo. Como 
existe uma relação direta entre credores e devedores, normalmente as 
operações não têm data fixa para a quitação. Por precaução, devem ser 
transferidos para longo prazo; 
c) Empréstimos recebidos de diretores ou interligadas: se existirem 
valores registrados no exigível a longo prazo, deverão ser realocados no 
passivo circulante. Corresponde a uma situação inversa à anterior. Já que 
existe uma relação direta entre a entidade devedora e seus credores, estes 
valores podem ser exigidos a qualquer momento. Logo, torna-se necessário 
o ajuste; 
d) Deduções do Patrimônio Líquido: correspondem a contrapartida a 
valores não realizáveis do ativo e que devem ser baixados do balanço 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 20 
 
patrimonial. As principais retificações dos ativos patrimoniais estão 
presentes a seguir: 
 Bens obsoletos: bens sem valor de uso ou venda, que, porém, 
continuam registrados no balanço patrimonial. Devem ser excluídos 
da análise financeira, da mesma forma que a contrapartida no 
patrimônio líquido; 
 Débitos não cobráveis: feitos por diretores, cotistas e solidários ou 
de empresa do mesmo grupo econômico cuja realização seja 
duvidosa; 
 Depósitos judiciais: valores depositados em juízo, enquanto a 
empresa discute dívidas de caráter fiscal, trabalhista ou de outro 
tipo; 
 Excessos na reavaliação de bens do imobilizado: quando os 
ativos estiverem registrados por valor acima daquele considerado 
razoável, deve ser feita uma retificação; 
 Insuficiência da provisão para devedores duvidosos: ou mesmo 
no caso da inexistência dessa provisão. Os valores provisionados 
devem ser coerentes com a situação operacional e financeira da 
entidade. Quando a provisão for considerada inadequada, deve ser 
feito ajuste, com a contrapartida devidamente abatida do valor do 
patrimônio líquido; 
 Outros valores de difícil realização: eventuais bens e direitos de 
realização impossível ou improvável devem ser excluídos dos ativos, 
com a conseqüente dedução do patrimônio líquido. 
e) Despesa do Exercício Seguinte: por se tratar de uma despesa antecipada 
que será consumida pela empresa no próximo ano, ela é classificada no 
Ativo Circulante. No entanto, não se transformará em dinheiro. Essa 
despesa reduzirá o lucro do próximo exercício e, conseqüentemente, o 
Patrimônio Líquido. Essa despesa, entretanto, de maneira geral tem valor 
irrelevante, imaterial em relação ao Ativo Circulante, não melhorando por si 
só a situação financeira da empresa, pois seu acréscimo (ao Ativo 
Circulante) é, sem dúvida, imaterial. Sendo assim, esse ajuste só deve ser 
feito em caso de o valor ser relevante. 
 
Obs.: os ajustes no Patrimônio Líquido geralmente são feitos em 
contrapartida a conta reserva de lucros. 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 21 
 
 Para ilustrara importância dos ajustes iniciais feitos antes da análise das 
demonstrações contábeis, considere o exemplo da Beleléu Indústrias Ltda. Segue 
abaixo o Balanço Patrimonial apresentado pela contabilidade da empresa. 
 
Ativos $ Passivos $ 
Ativo Circulante 
Caixa 
Clientes 
(-) PDD 
(-) Duplicatas Descontadas 
Estoques 
Empréstimos a Controladas 
Subtotal AC 
 
800,00 
1.800,00 
(360,00) 
(720,00) 
2.400,00 
800,00 
4.720,00 
Passivo Circulante 
Fornecedores 
Financiamentos CP 
Salários a Pagar 
Subtotal PC 
 
1.500,00 
800,00 
900,00 
3.200,00 
Ativo Não-Circulante 
Veículos 
(-) Depr. Acum. Veículos 
Subtotal ANC 
 
6.600,00 
(1.320,00) 
5.280,00 
Passivo Não-Circulante 
Empréstimos de Diretores 
Financiamentos LP 
Subtotal PNC 
 
1.200,00 
2.800,00 
4.000,00 
Patrimônio Líquido 
Capital 
Reserva de Lucros 
Subtotal PL 
 
1.000,00 
1.800,00 
2.800,00 
Total dos ativos 10.000,00 Total dos passivos e PL 10.000,00 
 
Uma análise inicial dos números contidos no Balanço Patrimonial da empresa 
demanda a realização de alguns ajustes iniciais. 
 
Ajuste (a). É preciso mover as duplicatas descontadas do ativo circulante 
para o passivo circulante. As duplicatas descontadas correspondem a empréstimo 
para o capital de giro e devem ser alocadas no passivo circulante. É preciso 
observar a mudança do sinal dos números da conta de duplicatas descontadas. 
 
Origem ou débito: Duplicatas descontadas (AC) $ 720,00 
Destino ou crédito: Duplicatas descontadas (PC) $ 720,00 
 
 Ajuste (b). Empréstimos feitos a controladas precisam ser deslocados do 
ativo circulante para o ativo não circulante, em decorrência da relação direta entre 
credores e devedores. 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 22 
 
 Destino ou débito: Empréstimos a controladas (ANC) $ 800,00 
 Origem ou crédito: Empréstimos a controladas (AC) $ 800,00 
 
 Ajuste (c). É preciso mover os empréstimos recebidos de diretores ou 
interligadas do passivo não-circulante para o passivo circulante em função da 
relação direta entre a entidade devedora e seus credores. 
 
 Destino ou crédito: Empréstimos de Diretores (PC) $ 1.200,00 
 Origem ou débito: Empréstimos de Diretores (PNC) $ 1.200,00 
 
´ Assim ficou o novo balanço após os ajustes “a”, “b” e “c”. 
 
Ativos $ Passivos $ 
Ativo Circulante 
Caixa 
Clientes 
(-) PDD 
Estoques 
Subtotal AC 
 
 
800,00 
1.800,00 
(360,00) 
2.400,00 
4.640,00 
Passivo Circulante 
Fornecedores 
Financiamentos CP 
Salários a Pagar 
Duplicatas Descontadas 
Empréstimos de Diretores 
Subtotal PC 
 
 
1.500,00 
800,00 
900,00 
720,00 
1.200,00 
5.120,00 
Ativo Não-Circulante 
Empréstimos a Controladas 
Veículos 
(-) Depr. Acum. Veículos 
Subtotal ANC 
 
800,00 
6.600,00 
(1.320,00) 
6.080,00 
Passivo Não-Circulante 
Financiamentos LP 
Subtotal PNC 
 
 
2.800,00 
2.800,00 
Patrimônio Líquido 
Capital 
Reserva de Lucros 
Subtotal PL 
 
1.000,00 
1.800,00 
2.800,00 
Total dos ativos 10.720,00 Total dos passivos e PL 10.720,00 
 
Agora, procedam aos ajustes “d”, “e” e “f” abaixo e elaborem o novo balanço 
após os ajustes. 
(d) Cerca de 30% do estoque da empresa é formado por mercadorias 
obsoletas, sem valor de mercado; 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 23 
 
(e) Do valor existente no grupo contas a receber de clientes, $ 200,00 
correspondem ao cliente Trambique é Com. Nós Ltda., que faliu 
recentemente; 
(f) Do valor remanescente do contas a receber, é preciso assumir uma 
provisão para devedores duvidosos igual a 25%. 
 
Resolução: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 24 
 
Ativos $ Passivos $ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 25 
 
3 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 
As análises horizontal e vertical consistem nas duas formas mais 
elementares de análise de demonstrativos financeiros que existem. Assumem um 
parâmetro (ano inicial na análise horizontal ou total dos ativos na análise vertical) 
como base, calculando os demais dados analisados em relação ao parâmetro 
estudado. 
Quando fazemos a divisão de uma grandeza por outra 
 
 
 ), nossos 
olhos lêem no sentido vertical 
 
 
 ), daí chamamos de Análise Vertical, 
considerando dados de um mesmo período (ou de um mesmo ano). 
Quando comparamos os indicadores de vários períodos (vários semestres, 
anos...), analisamos a tendência dos índices. Nesse caso, chamamos de Análise 
Horizontal. Por exemplo: 
 Ano Ano Ano 
 20x7 20x8 20x9 
Índice → 
 
 
 1,50 1,46 1,39 
 
A tendência desse índice é piorar. Assim, fizemos uma Análise Horizontal. 
Essas técnicas de indicadores, análises vertical e horizontal, serão utilizadas nas 
Análises das Demonstrações Contábeis. 
 
3.1 ANÁLISE VERTICAL 
A análise vertical estuda a estrutura de composição dos itens ao longo do 
tempo. Para isso, como base, assume o total dos ativos ou o total dos passivos e PL 
igual a 100% no Balanço Patrimonial ou Receitas Líquidas iguais a 100% na DRE e 
a partir desta conta assumida como base (100%) analisa a evolução dos números. 
 
Fórmula: 
AV = 
Valor do item do BP ou DRE no ano atual X 100 
Valor Base 
 
 
 
 
 
 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 26 
 
Exemplo: 
Tomemos como base as demonstrações contábeis abaixo. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO 
ANO 1 
$ 
ANO 2 
$ 
ANO 3 
$ 
ATIVO CIRCULANTE 
 Disponibilidades 
Clientes 
Estoques 
Subtotal do Ativo Circulante 
12 
12 
12 
36 
8,25 
18 
24,75 
51 
9 
15 
15 
39 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 
 Aplicações Realizáveis a Longo Prazo 
Investimentos 
Imobilizado 
Subtotal do Ativo Não Circulante 
8 
9 
80 
97 
7 
12 
82 
101 
5 
13 
84 
102 
TOTAL DO ATIVO 133 152 141 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
PASSIVO 
ANO 1 
$ 
ANO 2 
$ 
ANO 3 
$ 
PASSIVO CIRCULANTE 
 Empréstimos de Curto Prazo 
Fornecedores 
Impostos de Curto Prazo 
Subtotal do Passivo Circulante 
11,4 
8 
3,6 
23 
24,1 
14,85 
4,05 
43 
11,5 
10 
4,5 
26 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
 
 Empréstimos de Longo Prazo 
Subtotal do Passivo Não-Circulante 
10 
10 
9 
9 
15 
15 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 Subtotal do Patrimônio Líquido 100 100 100 
TOTAL DO PASSIVO E P.L. 133 152 141 
 
Para análise vertical do Balanço Patrimonial, o total dos ativos e ou dos 
passivos e P.L. assumem base igual a 100%. A partir desse total todos os demais 
percentuais são calculados. Veja como fica. 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 27 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO 
ANO 1 
% 
ANO 2 
% 
ANO 3 
% 
ATIVO CIRCULANTE 
 Disponibilidades 
Clientes 
Estoques 
Subtotal do Ativo Circulante 
9 
9 
9 
27 
5,5 
12 
16,5 
34 
6 
11 
11 
39 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 
 Aplicações Realizáveis a Longo Prazo 
Investimentos 
Imobilizado 
Subtotal do Ativo Não Circulante 
6 
7 
60 
73 
4,5 
7,5 
54 
66 
3,5 
9 
59,5 
72 
TOTAL DO ATIVO 100 100 100 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
PASSIVO 
ANO 1 
% 
ANO 2 
% 
ANO 3 
% 
PASSIVO CIRCULANTE 
 Empréstimos de Curto Prazo 
Fornecedores 
Impostos de Curto Prazo 
Subtotal do Passivo Circulante 
8,5 
6 
2,5 
17 
16 
9,5 
2,5 
28 
8 
7 
3 
18 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
 
 Empréstimos de Longo Prazo 
Subtotal do Passivo Não-Circulante 
8 
8 
6 
6 
11 
11 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 Subtotal do Patrimônio Líquido 75 66 71 
TOTAL DO PASSIVO E P.L. 100 100 100 
 
Pela análise acima, no ano 1, é possível percebernos ativos a relevância dos 
recursos investidos no Imobilizado (60%). Nos Passivos e P.L. é possível perceber a 
relevância dos recursos captados por meio do P.L. (75%). 
Porém, uma compreensão mais efetiva da evolução dos números da 
empresa mediante o uso da análise vertical pode ser feita pela análise da evolução 
cronológica dos percentuais nos demais anos. 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 28 
 
A análise da evolução da composição percentual dos ativos da empresa 
revela um crescimento notável das contas operacionais relativas a Clientes e 
Estoques do ano 1 para o ano 2 e uma posterior redução do ano 2 para o ano 3. 
Por outro lado, a análise da evolução da composição percentual dos passivos 
e P.L. da empresa igualmente revela um crescimento notável das contas 
operacionais relativas a fornecedores e impostos de curto prazo do ano 1 para o 
ano 2 e uma posterior redução do ano 2 para o ano 3. Também é possível perceber 
uma evolução dos Empréstimos de Longo Prazo, que subiram sua participação de 
8% no ano 1 para 11% no ano 3. 
Quando a análise vertical da Demonstração de Resultados é executada, a 
receita líquida assume base igual a 100%. Veja o exemplo abaixo. 
 
DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
DO EXERCÍCIO 
ANO 1 
$ 
ANO 2 
$ 
ANO 3 
$ 
(+) 
(-) 
(=) 
(-) 
(=) 
(-) 
 
 
(=) 
(-) 
(=) 
Receita Bruta 
Deduções 
Receita Líquida 
CMV 
Lucro Bruto 
Despesas Operacionais 
Administrativas e Comerciais 
Financeiras 
LAIR (Lucro antes do I.R.) 
I.R. 
LL (Lucro Líquido) 
288 
-43,2 
244,8 
-144 
100,8 
-13,14 
-11 
-2,14 
87,66 
-26,298 
61,362 
324 
-48,6 
275,4 
-178,2 
97,2 
-21 
-17,69 
-3,31 
76,2 
-22,86 
53,34 
360 
-54 
306 
-180 
126 
-14 
-11,35 
-2,65 
112 
-33,6 
78,4 
 
DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
DO EXERCÍCIO 
ANO 1 
% 
ANO 2 
% 
ANO 3 
% 
(+) 
(-) 
(=) 
(-) 
(=) 
(-) 
(=) 
(-) 
(=) 
Receita Bruta 
Deduções 
Receita Líquida 
CMV 
Lucro Bruto 
Despesas Operacionais 
LAIR (Lucro antes do I.R.) 
I.R. 
LL (Lucro Líquido) 
118 
-18 
100 
-59 
41 
-5 
36 
-11 
25 
118 
-18 
100 
-65 
35 
-8 
27 
-8 
19 
118 
-18 
100 
-59 
41 
-5 
36 
-11 
25 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 29 
 
 Percebe-se na análise vertical uma elevação do CMV e das despesas do ano 
2 em relação aos demais anos. O percentual das deduções permanece o mesmo ao 
longo dos anos. 
 
NOTA: Na análise vertical, é importante destacar o uso da receita líquida como 
denominador empregado no cálculo dos percentuais. A forma líquida da receita 
apresenta um número menos impreciso que a receita bruta, já que traz um número 
deduzido das eventuais devoluções, descontos ou impostos sobre vendas. 
 
 Em relação à analise vertical da DRE é importante destacar que alguns 
números da coluna dos percentuais recebem denominações especiais. 
 Índice de margem bruta: o percentual referente ao resultado ou lucro 
bruto (lucro bruto por vendas líquidas) costuma ser denominado de índice de 
margem bruta. 
 Índice de margem líquida: por fim, o percentual referente ao lucro líquido 
(lucro líquido por vendas líquidas) costuma ser denominado de índice de margem 
líquida. 
 
DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
DO EXERCÍCIO 
ANO 1 
% 
ANO 2 
% 
ANO 3 
% 
Lucro Bruto (índice de margem bruta) 
LL (índice de margem líquida) 
41 
25 
35 
19 
41 
25 
 
3.2 ANÁLISE HORIZONTAL 
A análise horizontal estuda a evolução das contas patrimoniais e/ou contas 
de resultados ao longo do tempo, onde o ano inicial assume um valor-base igual a 
100% e os valores nos demais anos são calculados em relação ao valor do ano-
base. Outra forma seria calcular as variações percentuais em relação ao ano-base. 
 
NOTA: O uso da análise horizontal pode ser feito de duas formas distintas: 
mediante o cálculo de um percentual em relação aos números do ano-base ou 
mediante o cálculo de uma variação percentual (o percentual subtraído de 100%). 
No nosso estudo vamos utilizar a primeira forma aqui mencionada. 
Fórmula: 
AH = 
Valor do item do BP ou DRE no ano atual X 100 
Valor do item do BP ou DRE no ano base 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 30 
 
Exemplo: 
Tomemos como base as mesmas demonstrações utilizadas no exemplo do 
cálculo da análise vertical. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO 
ANO 1 
% 
ANO 2 
% 
ANO 3 
% 
ATIVO CIRCULANTE 
 Disponibilidades 
Clientes 
Estoques 
Subtotal do Ativo Circulante 
100 
100 
100 
100 
69 
150 
206 
142 
75 
125 
125 
108 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 Aplicações Realizáveis a Longo Prazo 
Investimentos 
Imobilizado 
Subtotal do Ativo Não Circulante 
100 
100 
100 
100 
88 
133 
103 
104 
63 
144 
105 
105 
TOTAL DO ATIVO 100 114 106 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
PASSIVO 
ANO 1 
% 
ANO 2 
% 
ANO 3 
% 
PASSIVO CIRCULANTE 
 Empréstimos de Curto Prazo 
Fornecedores 
Impostos de Curto Prazo 
Subtotal do Passivo Circulante 
100 
100 
100 
100 
211 
186 
113 
187 
101 
125 
125 
113 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
 Empréstimos de Longo Prazo 
Subtotal do Passivo Não-Circulante 
100 
100 
90 
90 
150 
150 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 Subtotal do Patrimônio Líquido 100 100 100 
TOTAL DO PASSIVO E P.L. 100 100 100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 31 
 
DRE - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
DO EXERCÍCIO 
ANO 1 
% 
ANO 2 
% 
ANO 3 
% 
(+) 
(-) 
(=) 
(-) 
(=) 
(-) 
(=) 
(-) 
(=) 
Receita Bruta 
Deduções 
Receita Líquida 
CMV 
Lucro Bruto 
Despesas Operacionais 
LAIR (Lucro antes do I.R.) 
I.R. 
LL (Lucro Líquido) 
100 
100 
100 
100 
100 
100 
100 
100 
100 
113 
113 
113 
124 
96 
160 
161 
155 
87 
125 
125 
125 
125 
125 
107 
103 
124 
128 
 
Em relação aos ativos, é possível perceber um grande crescimento do ano 1 
para o ano 2 das contas clientes (evoluiu para 150%) e estoques (evoluiu para 
206% do valor do ano 1). Porém, ambas as contas se reduzem para 125% do valor 
originalmente apresentado no ano 1. É também notável a evolução dos 
investimentos, que aumentam para 133% no ano 2 e para 144% no ano 3. 
 Já a análise horizontal dos passivos demonstra uma substancial evolução 
dos Empréstimos de Curto Prazo (eleva-se para 211%) e dos Fornecedores (evolui 
para 186%) do ano 1 para o ano 2. Porém, os empréstimos de longo prazo são 
reduzidos para 90%. Do ano 2 para o ano 3 percebe-se que os Empréstimos de 
Curto Prazo caem para 101% e a conta Fornecedores cai para 125%. Porém, são 
elevados para 150% do valor do ano 1 (ano-base). 
 A análise da evolução patrimonial da DRE demonstra uma evolução das 
vendas brutas e líquidas para 113% no ano 2 (crescimento de 13%) e para 125% 
no ano 3 (crescimento de 25%). No ano 2 é possível perceber um crescimento mais 
que proporcional do CMV (evolui para 124%) e a conseqüente redução do lucro 
bruto para 96%. Este crescimento do CMV poderia ser explicado por piores 
compras, com custos mais altos, ou piores vendas, com descontos maiores e preços 
menores. No ano 2, é notável a evolução das despesas (160%), com crescimento 
(60%) muito maior que o crescimento (13%) das vendas. O lucro é reduzido para 
87% (queda de 13% em relação ao ano-base). Porém, no ano 3, a evolução do 
CMV indica igualdade em relação às vendas (percentuais iguais a 125%) e o lucro 
líquido evoluiu para 128%. A análise sugere que a empresa “perdeu as rédeas” da 
sua operação no ano 2, voltando a bem controlá-la no ano 3. 
 A análise vertical e análise horizontal fornecem insights (percepções) iniciais 
sobre a situação da empresa. Porém, essa análise pode ser ampliada com o uso dos 
indicadores que veremos mais a frente. 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 32EXERCÍCIOS: 
1) A principal finalidade da análise horizontal é: 
a. ( ) Determinar a evolução de elementos das Demonstrações Contábeis 
e caracterizar tendências. 
b. ( ) Determinar a relação de uma conta com o todo de que faz parte. 
c. ( ) Determinar quocientes de liquidez, endividamento, rotatividade e 
rentabilidade 
d. ( ) Determinar índices-padrão de crescimento de contas do balanço. 
e. ( ) N.D.A. 
 
2) Preencha as linhas pontilhadas a seguir, fazendo uma análise vertical, 
considerando: 
a) Total do ativo igual a 100%. 
ATIVO Em $ Em % 
Circulante 
Disponível 
Duplicatas a Receber 
Estoque 
Aplicações Financeiras 
800 
1.200 
1.500 
1.500 
__________ 
__________ 
__________ 
__________ 
 Total 5.000 __________ 
 
 
Não Circulante 
Realizável a Longo Prazo 
Investimentos 
Imobilizado 
Intangível 
2.000 
2.200 
800 
1.000 
__________ 
__________ 
__________ 
__________ 
 Total 6.000 __________ 
Total do Ativo 11.000 100 
 
 
 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 33 
 
b) Total das vendas líquidas igual a 100%. 
Demonstração do Resultado do Exercício Em $ Em % 
Receita Líquida de Vendas 
( - ) CMV 
=> Lucro Bruto 
( - ) Despesas Operacionais 
=> Lucro Operacional 
( - ) Outras Despesas 
=> Lucro Antes do Imposto de Renda 
( - ) Provisão para o I.R. e CSLL 
=> Lucro Líquido 
10.000 
(4.000) 
6.000 
(2.300) 
3.700 
 1.000 
2.700 
 (288) 
2.412 
100 
__________ 
__________ 
__________ 
__________ 
__________ 
__________ 
__________ 
__________ 
3) Quando buscamos encontrar a relação percentual de um elemento com o 
todo de que faz parte, estamos utilizando o método de análise de balanço 
denominado: 
a. ( ) Análise por meio de quocientes. 
b. ( ) Análise vertical. 
c. ( ) Análise horizontal. 
d. ( ) Índices padrão. 
e. ( ) N.D.A. 
4) Observe a Demonstração abaixo e examine o relatório de Análise da Cia. 
Bom Preço. 
 20X1 % 20X2 % 
Vendas Líquidas 50.000 100 100.000 100 
( - ) CMV (15.000) (30) (40.000) (40) 
Lucro Bruto 35.000 70 60.000 60 
( - ) Despesas Operacionais 
 De vendas (5.000) (10) (8.000) (8) 
 Depreciação (4.000) (8) (6.000) (6) 
 Despesas Financeiras (1.000) (2) (3.000) (3) 
Lucro Operacional 25.000 50 43.000 43 
( - ) Imposto de Renda e CSLL (2.000) (4) (13.000) (13) 
Lucro Líquido 23.000 46 30.000 30 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 34 
 
 No relatório seguinte, indique o que é Análise Horizontal e Análise Vertical. 
a) O lucro líquido caiu significativamente de 46% para 30% das vendas 
líquidas. 
R.: 
b) As despesas mais significativas do ano 20X2 são: 8% como Despesa de 
Vendas; 6% como Depreciação e 3% como Despesas Financeiras. 
R.: 
c) A maior queda foi no Lucro Bruto de 70% para 60%. 
R.: 
 
5) Os ativos da Jabiraca Ltda. correspondem, exclusivamente, ao que a 
empresa possui em bancos, contas a receber e estoques. Entre o final do 
ano antepassado e o final do ano passado, a análise horizontal do balanço 
indicou que o total dos ativos cresceu 30%. Sabendo que o grupo contas a 
receber e estoques cresceu 20%, calcule o que se pede nas questões 
seguintes. 
I. Qual foi o crescimento anual dos valores mantidos na conta bancos? 
a) Menor que 10%. 
b) Menor que 20%. 
c) Entre 20 e 25%. 
d) Entre 25 e 30%. 
e) Maior que 30%. 
 
II. Na análise vertical do balanço feita no final do ano passado o que é 
possível perceber quando os números são comparados com a análise vertical 
do ano antepassado? 
a) O percentual do grupo contas a receber aumentou. 
b) O percentual dos estoques aumentou. 
c) O percentual do grupo contas a receber ficou estável. 
d) O percentual do contas a receber tornou-se igual ao do estoque. 
e) O percentual do estoque foi reduzido. 
 
 
 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 35 
 
4 ESTUDO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA 
4.1 INTRODUÇÃO 
Uma das mais desafiadoras tarefas da gestão financeira de qualquer 
empresa faz referência à gestão dos recursos líquidos capazes de assegurar todos 
os pagamentos futuros. 
Uma forma de analisar a solvência ou capacidade de uma empresa realizar 
os seus pagamentos planejados pode ser feita com o auxílio dos índices de liquidez, 
também chamados de índices de solvência, que buscam analisar a capacidade da 
empresa em cumprir seus compromissos acertados, como o pagamento de 
fornecedores; quitação de empréstimos e financiamentos bancários. O estudo da 
solvência consiste, basicamente, em analisar o relacionamento entre fontes 
diferentes de capital. Seus principais quocientes costumam ser apresentados por 
meio dos índices de liquidez corrente, liquidez seca, liquidez geral e liquidez 
imediata. 
 
4.2 ÍNDICES DE LIQUIDEZ 
São utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, 
constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus 
compromissos. Essa capacidade de pagamento pode ser avaliada, considerando: 
longo prazo, curto prazo ou prazo imediato. 
 
4.2.1 ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE 
Geralmente, a forma mais comum para se analisar a relação entre os ativos 
e os passivos de curto prazo pode envolver o cálculo simples do capital de giro 
(CDG), também conhecido como capital circulante líquido (CCL). 
Embora o CDG, na realidade, não seja um índice, já que apresenta um valor 
em unidades monetárias, $, ele é comumente usado na medição de liquidez de 
curto prazo da empresa. 
O CDG ou CCL pode ser calculado como: 
CDG ou CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante 
Outra forma comumente usada para analisar a relação entre ativos e 
passivos circulantes consiste no cálculo do índice de liquidez corrente (ILC). 
O ILC mostra a capacidade de pagamento da empresa a Curto Prazo, por 
meio da fórmula: 
ILC = 
Ativo Circulante 
Passivo Circulante 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 36 
 
É importante realçar alguns aspectos relativos à liquidez corrente: 
a) O índice não revela a qualidade dos itens no Ativo Circulante, ou seja, se 
os estoques estão superavaliados, se são obsoletos, se os títulos a 
receber são totalmente recebíveis etc. 
b) O índice não revela o tempo entre os recebimentos e os pagamentos, ou 
seja, o índice por si só não mostra se os recebimentos da empresa 
ocorrerão na mesma época dos seus pagamentos, podendo assim uma 
empresa apresentar um ILC de 2,5 (aparentemente muito bom) e ainda 
sim estar em crise. 
 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição em seus ativos e 
passivos de curto prazo. 
ATIVO 31/12/X4 31/12/X5 PASSIVO 31/12/X4 31/12/X5 
Circulante 
 Caixa 
 Dupls.a Rec. 
 Estoques 
 
40.000 
150.000 
 390.000 
580.000 
 
10.000 
220.000 
 420.000 
650.000 
Circulante 
 Fornecedores 
 Salários a PG 
 Impostos a PG 
 Dividendos a 
PG 
 
 
200.000 
30.000 
60.000 
 50.000 
340.000 
 
220.000 
40.000 
6.000 
 14.000 
280.000 
 Para análise, vamos considerar: cálculo, interpretação e conceito. 
Cálculo: 
ILC = 
Ativo Circulante 
Passivo Circulante 
 
ILC 20X4 = 
580.000 
= 1,70 
340.000 
 
ILC 20X5 = 
650.000 
= 2,32 
280.000 
Interpretação: 
20x4 => ILC de 1,70 => para cada $ 1,00 de dívida, há 1,70 de dinheiro e valores 
que se transformarão em dinheiro (AC). 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 37 
 
20x5 => ILC de 2,32 => para cada $ 1,00 de dívida, há 2,32 de dinheiro e valores 
que se transformarão em dinheiro (AC). 
 
Conceito: 
Isoladamente, os índices de liquidez corrente superiores a 1,0, de maneira 
geral, são positivos. Conceituar o índice, todavia, sem outros parâmetros, é uma 
atitude bastante arriscada, por isso desaconselhável. 
Por exemplo: um ILC de 0,86 é deficiente para uma indústria, mas não o 
será para uma empresa de transporte coletivo. Uma empresa deônibus 
(transportes) não apresenta itens como Duplicatas a Receber (pois não vende a 
prazo) e Estoques (pois não opera com mercadorias). Assim, seu Ativo Circulante 
está enxugado de dois itens que normalmente engordam esse grupo na indústria e 
no comércio. 
 
4.2.2 ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA 
Se a empresa sofresse uma total paralisação de suas vendas, ou se seu 
Estoque se tornasse obsoleto, quais seriam as chances de pagar suas dívidas com 
Disponível e Duplicatas a Receber? 
O índice de liquidez seca exclui o Estoque em sua fórmula. 
Fórmula: 
ILS = 
Ativo Circulante - Estoque 
Passivo Circulante 
 
Exemplo: 
 Vamos utilizar os mesmos dados utilizados na composição dos ativos e 
passivos do cálculo do índice de liquidez corrente acima. 
Cálculo: 
ILS = 
Ativo Circulante - Estoque 
Passivo Circulante 
 
ILS 20X4 = 
580.000 – 390.000 
= 0,56 
340.000 
 
ILS 20X5 = 
650.000 – 420.000 
= 0,82 
280.000 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 38 
 
Interpretação: 
20x4 => ILS de 0,56 => para cada $ 1,00 de dívida de PC, a empresa dispõe de $ 
0,56 de Ativo Circulante, sem os Estoques. 
20x5 => ILC de 0,82 => para cada $ 1,00 de dívida de PC, a empresa dispõe de $ 
0,56 de Disponível + Duplicatas a Receber. 
 
Conceito: 
Nem sempre um Índice de Liquidez Seca baixo é sintoma de situação 
financeira apertada. Veja, por exemplo, um supermercado, cujo investimento em 
Estoques é elevadíssimo, em que não há Duplicatas a Receber (pois só vende a 
vista). Nesse caso, esse índice só pode ser baixo. Devemos insistir na comparação 
com índices do mesmo ramo de atividade (índice-padrão), para conceituar qualquer 
índice. A fim de determinarmos se um índice de liquidez seca de um supermercado 
é bom, precisamos comparar seu índice com o índice dos demais supermercados. 
 
NOTA: O banqueiro gosta muito desse índice, porque se eliminam os estoques. O 
Estoque é o item mais manipulável no balanço. O Estoque pode tornar-se obsoleto 
(antiquado) a qualquer momento. Ele ainda é, as vezes, um item perecível. 
 
4.2.3 ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL 
O Índice de Liquidez Geral (ILG) possui o propósito de estudar a saúde 
financeira da empresa no longo prazo. Basicamente, compara todas as 
possibilidades de realizações de ativos da empresa (a Curto e Longo Prazo), sem 
incluir aqueles essencialmente necessários para a manutenção da entidade 
(Investimentos, Imobilizados e Intangíveis), com todas as obrigações de fato 
existentes da empresa. 
Porém, há certos investimentos classificados nos ativos não-circulantes que, 
em caso de extrema necessidade financeira da empresa poderiam ser realizadas 
para atender estas necessidades. Nesta situação, estes investimentos liquidáveis 
deveriam fazer parte do numerador do ILG. 
Fórmula: 
ILG = 
Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo 
Passivo Circulante + Passivo Não-Circulante 
 
Podemos entender o ILG como “quanto reais temos a receber para cada um 
real que temos a pagar”. Em uma análise de evolução temporal da empresa, 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 39 
 
quanto mais reduzido o índice se tornar, maior a preocupação com as dívidas e as 
perspectivas de solvência do negócio. 
 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição em seus ativos e 
passivos de curto e longo prazo. 
ATIVO 31/12/X4 31/12/X5 PASSIVO 31/12/X4 31/12/X5 
Circulante 
 Caixa 
 Dupls.a Rec. 
 Estoques 
 
40.000 
150.000 
 390.000 
580.000 
 
10.000 
220.000 
 420.000 
650.000 
Circulante 
 Fornecedores 
 Salários a PG 
 Impostos a PG 
 Dividendos a PG 
 
 
200.000 
30.000 
60.000 
 50.000 
340.000 
 
220.000 
40.000 
6.000 
 14.000 
280.000 
Não-Circulante 
 Real. a LP 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível 
 
50.000 
60.000 
70.000 
 30.000 
210.000 
 
40.000 
50.000 
60.000 
 30.000 
180.000 
Não-Circulante 
 Financiamentos 
 
Patrim. Líquido 
 Capital Social 
 Res. De Lucros 
 
 
100.000 
 
 
300.000 
 50.000 
350.000 
 
150.000 
 
 
340.000 
 60.000 
400.000 
Total 790.000 830.000 790.000 830.000 
Cálculo: 
ILG = 
Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo 
Passivo Circulante + Passivo Não-Circulante 
 
ILG 20X4 = 
580.000 + 50.000 
= 1,43 
340.000 + 100.000 
 
ILG 20X5 = 
650.000 + 40.000 
= 1,60 
280.000 + 150.000 
 
Interpretação: 
20x4 => ILG de 1,43 => para cada $ 1,00 de dívida de Curto e Longo prazo, há $ 
1,43 de valores a receber a Curto e Longo Prazo. 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 40 
 
20x5 => ILG de 1,60 => para cada $ 1,00 de capital de terceiros, há $ 1,60 de 
Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo. 
 
Conceito: 
As divergências em datas de recebimento e de pagamento tendem a 
acentuar-se quando analisamos períodos longos, ou seja, o recebimento do Ativo 
pode divergir consideravelmente do pagamento do Passivo; isso, sem dúvida, 
empobrece o indicador. 
Todavia, se apreciarmos uma série de vários anos, a análise será 
enriquecida. Se uma empresa apresentar numa série de anos o índice de LG 
decrescente, mesmo considerando essas divergências, o indicador se tornará útil, 
pois podemos compreender a perda paulatina do poder de pagamento geral da 
empresa. 
Como os demais, a LG não deve ser vista isoladamente. Pode ser que, num 
ano em que a empresa adquira um vultuoso financiamento, investindo-o totalmente 
em seu Ativo Imobilizado, reduza sensivelmente sua LG, o que aumentará 
consideravelmente o Exigível a Longo Prazo (Passivo Não-Circulante), mas não 
aumentará o AC e o RLP. Com o tempo, porém, seu Imobilizado deverá gerar 
Receita (e conseqüentemente Lucro), aumentando o AC e melhorando a capacidade 
de pagamento a Curto e a Longo Prazo. 
 
LEMBRETES: 
a) Em análise, não devemos considerar qualquer índice isoladamente (devemos 
associar os índices entre si); 
b) Devemos apreciar o indicador em uma série de anos, pelo menos três; 
c) Devemos comparar os índices encontrados com índices-padrão, ou seja, 
índices das empresas concorrentes (mesmo ramo de atividade). 
 
4.2.4 ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDITA 
O Índice de Liquidez Imediata (ILI) representa o valor que a empresa dispõe 
imediatamente para saldar suas dívidas de curto prazo. As disponibilidades 
representam os recursos que já estão convertidos em dinheiro como caixa e bancos 
ou que poderiam ser convertidos em dinheiro com grande liquidez, como as 
aplicações de liquidez imediata. 
O ILI é um índice bastante conservador, onde o numerador representa os 
fundos imediatamente disponíveis e o denominador equivale às obrigações com 
vencimento de 30, 60, 90 ... até 360 dias. 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 41 
 
ILI = 
Disponibilidades (Caixa + Bancos + Aplicações de Curtíssimo Prazo) 
Passivo Circulante 
 
Exemplo: 
Vamos usar o mesmo balanço que temos usado e que se trata do balanço 
acima utilizado para o cálculo do ILG. 
 
Cálculo: 
ILI = 
Disponibilidades (Caixa + Bancos + Aplicações de Curtíssimo Prazo) 
Passivo Circulante 
 
ILI 20X4 = 
40.000 
= 0,12 
340.000 
 
ILI 20X5 = 
10.000 
= 0,04 
280.000 
 
Interpretação: 
20x4 => ILI de 0,12 => para cada $ 1,00 de dívida de Curto prazo, há $ 0,12 de 
disponibilidades. 
20x5 => ILI de 0,04 => para cada $ 1,00 de dívida de Curto prazo, há $ 0,04 de 
valores em caixa e/ou bancos e/ou aplicações de curtíssimo prazo. 
 
Conceito: 
Para efeito de análise, é um índice sem muito realce, pois relacionamos 
dinheiro disponível com valores, que vencerão em datas das mais variadas 
possíveis, embora a Curto Prazo. Assim, temos contas que vencerão daqui a 360 
dias, e que não se relacionam com a disponibilidade imediata. 
Sem dúvidas a empresa deverá manter certos limites de segurança, não 
desejando o analista obter índices altos, pois oCaixa e Bancos perdem o poder 
aquisitivo com a inflação. Nem sempre reduções sucessivas nesse índice significam 
situações constrangedoras; podem significar uma política mais rígida de disponível 
e, até mesmo, uma redução do limite de segurança. Sucessivas reduções na 
Liquidez Imediata, com constantes e crescentes atrasos no pagamento a 
fornecedores (detectados mediante informações comerciais obtidas na praça), já 
são um indicador relevante de dificuldades financeiras. 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 42 
 
EXERCÍCIOS: 
1) Estudos mostram que o índice de Liquidez Corrente é o que menos indica se 
uma empresa caminha rumo à falência. Por que a Liquidez Corrente não pode 
ser considerada um bom indicador? 
R. : 
 
 
 
 
2) O gerente do Banco Precavido S.A. suspende um empréstimo que seria 
concedido ao Supermercado Progresso Ltda. porque o seu índice de Liquidez 
Seca é 0,30 enquanto que outras empresas de diversos ramos de atividade tem 
índice superior a 1,00. A atitude do gerente está correta? Por que? 
R.: 
 
 
 
 
3) Uma empresa tem Ativo Circulante de $ 1.800.000 e Passivo Circulante de $ 
700.000. Se fizer uma aquisição extra de mercadorias, a prazo, na importância 
de $ 400.000, seu índice de Liquidez Corrente será de: 
a. ( ) 3,1. 
b. ( ) 1,6. 
c. ( ) 4,6. 
d. ( ) 2,0. 
e. ( ) N.D.A. 
 
4) A Bordadura Artigos Finos Ltda. apresenta uma evolução crescente do seu 
Índice de Liquidez Corrente e uma evolução decrescente do seu índice de 
Liquidez Seca. Assinale a alternativa que seria a melhor explicação para este 
fato. 
a. ( ) Redução das Vendas. 
b. ( ) Aumento das Vendas. 
c. ( ) Elevação dos estoques. 
d. ( ) Redução da conta fornecedores. 
e. ( ) Manutenção das vendas estáveis. 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 43 
 
5) Todos os ativos de uma empresa cresceram. Porém, o seu ILC aumentou e o 
seu ILS diminuiu. O que é INCORRETO afirmar? 
a. ( ) O crescimento do AC foi maior do que o do PC. 
b. ( ) Os estoques cresceram menos que os demais AC. 
c. ( ) Os indicadores de liquidez costumam ser associados à solvência da 
empresa. 
d. ( ) Estoques e AC cresceram de forma diferente. 
e. ( ) PC e AC cresceram de forma diferente. 
 
6) Minha empresa acabou de vender a vista uma parcela substancial dos seus 
estoques. O preço de venda foi igual ao custo unitário de aquisição. O que é 
correto afirmar? 
a. ( ) O AC aumentou. 
b. ( ) O AC diminuiu. 
c. ( ) O ILC foi reduzido. 
d. ( ) O ILS aumentou. 
e. ( ) O CDG aumentou. 
 
7) Os últimos balanços da Tagarela S.A. indicam ILI aumentando e ILC estável. 
O que pode explicar esta situação? 
a. ( ) Venda a prazo de estoques sem lucro. 
b. ( ) Venda lucrativa e a vista de estoques. 
c. ( ) Venda a vista de estoques sem lucros. 
d. ( ) Venda de estoques a prazo com prejuízo. 
e. ( ) Venda de estoques a vista com prejuízo. 
 
8) Uma empresa possui os mesmos valores em todos os anos de ILC e ILS. O 
que pode explicar este fato? 
a. ( ) Estoques altos. 
b. ( ) Ativos maiores que passivos. 
c. ( ) Estoques baixos. 
d. ( ) Grandes lucros. 
e. ( ) Estoques inexistentes. 
 
 
 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 44 
 
4.3 ÍNDICES DE ESTRUTURA DO CAPITAL 
Este grupo de índices evidencia a situação financeira da entidade, isto é, 
procura apontar os grandes caminhos das decisões financeiras em termos de 
obtenção e aplicação de recursos e também como se encontra o nível de 
endividamento. 
Um aspecto importante a se destacar é que o sucesso de muitas empresas 
depende do sucesso da administração financeira das mesmas, especialmente de um 
bom gerenciamento, a fim de se obter um equilíbrio, na estrutura de capitais, entre 
os recursos de terceiros e os recursos próprios. 
 
4.3.1 IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Este índice, também conhecido como IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL 
PRÓPRIO, mostra quanto do Patrimônio Líquido foi investido no Ativo Imobilizado. 
Indica quantos reais a empresa imobilizou para cada $ 1,00 de Patrimônio 
Líquido. 
Fórmula: 
IPL = 
Imobilizado 
Patrimônio Líquido (PL) 
 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição: 
Ativo Imobilizado => $ 4.458,00 
Patrimônio Líquido => $ 9.500,00 
 
IPL = 
4.458,00 = 0,47 ou 47% 
9.500,00 
Interpretação: 
Para cada $ 1,00 do P.L., $ 0,47 foi aplicado no imobilizado. Quanto menor, 
melhor. 
É interessante a empresa manter um patrimônio líquido suficiente para cobrir o 
imobilizado e que haja sobra para financiar o seu ativo circulante. 
 
4.3.2 IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS DE LONGO PRAZO E DO PL 
Esse Índice demonstra qual o percentual de recursos Não-Correntes (Passivo 
Não-Circulante + Patrimônio Líquido) que foram destinados à aplicação no Ativo 
Imobilizado. 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 45 
 
A Imobilização de Recursos Permanentes também é conhecida como 
Imobilização de Recursos Não-Correntes. 
Indica quantos reais a empresa aplicou no Imobilizado para cada $ 1,00 de 
Passivo Não-Circulante e de P.L. 
Fórmula: 
IRP = 
Imobilizado 
PNC + PL 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição: 
Ativo Imobilizado => $ 4.458,00 
Passivo Não-Circulante => $ 2.560,00 
Patrimônio Líquido => $ 9.500,00 
 
IRP = 
4.458,00 = 0,36 ou 36% 
2.560,00 + 9.500,00 
 
Interpretação: 
Para cada $ 1,00 do PNC e do P.L., $ 0,36 foi aplicado no imobilizado. Quanto 
menor, melhor. 
 
4.3.3 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS SOBRE RECURSOS 
PRÓPRIOS 
Neste quociente encontram-se relacionados os dois grandes blocos 
componentes das fontes de recursos que a empresa possui: Capital de Terceiros e 
Capital Próprio. Da sua análise é possível se detectar quanto a empresa tomou de 
capitais de terceiros para cada $ 1,00 de capital próprio investido. 
Fórmula: 
PCT = 
Capital de Terceiros (PC + PNC) 
Capital Próprio (PL) 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição: 
Passivo Circulante => $ 7.800,00 
Passivo Não-Circulante => $ 3.500,00 
Patrimônio Líquido => $ 9.500,00 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 46 
 
PCT = 
7.800,00 + 3.500,00 = 1,1894 ou 118,94% 
9.500,00 
Interpretação: 
Para cada $ 1,00 de Capital Próprio, a empresa possui $ 1,18 de Capital de 
Terceiros. Quanto menor, melhor. 
 
4.3.4 COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO 
Indica quanto da dívida total da empresa deverá ser pago em curto prazo, 
isto é, as obrigações a curto prazo comparadas com as obrigações totais. 
Fórmula: 
CE = 
Passivo Circulante 
Passivo Circulante + PNC 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição: 
Passivo Circulante => $ 7.800,00 
Passivo Não-Circulante => $ 3.500,00 
 
PCT = 
7.800,00 = 0,6902 ou 69,02% 
7.800,00 + 3.500,00 
 
Interpretação: 
Para cada $ 1,00 de dívida da empresa, $ 0,69 vence a curto prazo, ou seja, num 
período inferior a um ano. 
A interpretação do índice de CE é no sentido de que “quanto maior, pior”, mantidos 
constantes os demais fatores. A razão é que quanto mais dívidas para pagar a curto 
prazo, maior será a pressão para a empresa gerar recursos para honrar seus 
compromissos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 47 
 
4.4 ÍNDICES DE ATIVIDADE 
4.4.1 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS 
O prazo médio de recebimento de vendas é o período compreendido entre o 
momento em que foram efetuadas as vendas e o momento do pagamento dessas 
vendas. Indica quanto tempo em média a empresa leva para receber as suas 
vendas. Neste caso devemos estar atentos para a quantidade de vendas a prazo e 
os prazos concedidos. Quanto maior os prazos concedidos, e maior a quantidade de 
vendas a prazo, pior para a empresa, pois o seu prazo de recebimento será 
bastante dilatado, comprometendo dessa forma o seucapital de giro. A fórmula 
utilizada para o cálculo do prazo médio de recebimento é a seguinte: 
Fórmula: 
PMRV = 
Duplicatas a Receber x 360 
Vendas Brutas 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição: 
Duplicatas a Receber => $ 220.000,00 
Vendas Brutas => $ 800.000,00 
 
PMRV = 
220.000 x 360 = 99 dias 
800.000 
Interpretação: 
A empresa espera, em média, 99 dias para receber suas vendas. De modo geral, 
quanto menor, melhor. 
 
4.4.2 PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE COMPRAS 
O prazo médio de pagamento é o período compreendido entre o momento 
em que foram efetuadas as compras e o momento de seu pagamento. Para esse 
cálculo utilizaremos a seguinte fórmula: 
Fórmula: 
PMPC = 
Duplicatas a Pagar x 360 
Compras 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição: 
CMV-Custo da Mercadoria Vendida => $ 650.000,00 
Estoque Inicial de Mercadorias => $ 390.000,00 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 48 
 
Estoque Final de Mercadorias => $ 420.000,00 
Fornecedores => $ 220.000,00 
 
CMV = Ei + Co – Ef 
650.000 = 390.000 + Co – 420.000 
Co = 650.000 – 390.000 + 420.000 = 680.000 
 
PMPC = 
220.000 x 360 = 116 dias 
680.000 
 
Interpretação: 
A empresa demora, em média, 116 dias para pagar suas compras. De modo geral, 
quanto maior, melhor. 
 
4.4.3 PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES 
Mostra o prazo médio que mercadorias e/ou produtos ficam parados no 
estoque ao longo do ano, considerando o período desde a entrada da mercadoria 
e/ou produto até a saída da mercadoria ou produto acabado. 
Fórmula: 
PMRE = 
Estoques (final) x 360 
CMV 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição: 
CMV-Custo da Mercadoria Vendida => $ 650.000,00 
Estoque Inicial de Mercadorias => $ 390.000,00 
Estoque Final de Mercadorias => $ 420.000,00 
 
PMRE = 
420.000 x 360 = 232 dias 
650.000 
Interpretação: 
Em média, a cada 232 dias a empresa renova o seu estoque. De modo geral, 
quanto menor, melhor. 
 
4.4.4 CICLO FINANCEIRO 
Ciclo financeiro, também chamado de ciclo de caixa, é o tempo decorrido do 
momento em que a empresa efetua o pagamento das compras de mercadorias aos 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 49 
 
seus fornecedores até o momento em que ela recebe o valor das vendas efetuadas 
aos seus clientes. 
Fórmula: 
CF = PMRV + PMRE - PMPC 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição: (valores dos exemplos acima) 
PMRV => 99 dias 
PMPC => 116 dias 
PMRE => 232 dias 
 
CF = 99 + 232 - 116 = 215 dias 
Interpretação: 
A empresa leva em média 215 dias entre o pagamento das compras até o 
recebimento das vendas de mercadorias. De modo geral, quanto menor, melhor. 
 
4.4.5 CICLO OPERACIONAL 
O ciclo operacional (CO) é mais amplo, englobando desde a data das 
compras até o recebimento de clientes, sem descontar o PMPC. Ele é representado 
pela soma PMRE + PMRV: 
Fórmula: 
CO = PMRV + PMRE 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição: (valores dos exemplos acima) 
PMRV => 99 dias 
PMRE => 232 dias 
 
CO = 99 + 232 = 331 dias 
Interpretação: 
A empresa leva em média 331 dias entre as compras até o recebimento das vendas 
de mercadorias. De modo geral, quanto menor, melhor. 
 
 
 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 50 
 
4.4.6 QUOCIENTE DE POSICIONAMENTO RELATIVO 
A relação entre os prazos médios de pagamento e recebimento de uma 
empresa é de fundamental importância para o bom desenvolvimento da atividade 
empresarial. A melhor forma de analisar a relação entre esses índices é através do 
Posicionamento Relativo. 
O posicionamento relativo confronta os Prazos de Pagamento e 
Recebimento, demonstrando se a empresa recebe suas vendas antes ou depois de 
ter que pagar pelas mercadorias e/ou matérias-primas. Este indicador se apresenta 
favorável quando o quociente entre os Prazos Médios de Pagamento e Recebimento 
for menor que 1. 
Fórmula: 
IPR = 
PMRV Prazo Médio de Recebimento de Vendas 
PMPC Prazo Médio de Pagamento de Compras 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição: (valores dos exemplos acima) 
PMRV => 99 dias 
PMPC => 116 dias 
PMRV = 
99 = 0,85 
116 
Interpretação: 
Quanto menor, melhor. Isso implica em uma menor necessidade de capital de giro 
para a empresa. Se ele for menor que 1, isso demonstra que a empresa recebe de 
seus clientes em um prazo menor do que paga aos seus fornecedores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 51 
 
EXERCÍCIOS: 
1) Uma empresa possui valor médio de Duplicatas a Receber de R$ 4.300.000,00. 
Sabendo-se que as Vendas Brutas foram na ordem de R$ 24.967.741,94, qual o 
prazo médio de recebimento das vendas? 
(a) 60 dias. 
(b) 61 dias. 
(c) 62 dias. 
(d) 63 dias. 
(e) 64 dias. 
 
2) A Cia. Analistas apresentou os seguintes dados durante o exercício de 2010. 
Estoque inicial de mercadorias no valor de R$ 300.000,00 e Estoque final de 
mercadorias no valor de R$ 100.000,00. O CMV (Custo das Mercadorias 
Vendidas) foi de R$ 700.000,00. Sabendo-se que o saldo médio da conta 
Fornecedores durante o exercício foi de R$ 159.722,22, qual o prazo médio de 
pagamento de compras? 
(a) 192 dias. 
(b) 575 dias. 
(c) 82 dias. 
(d) 115 dias. 
(e) N.R.A. 
 
3) Usando os dados da questão acima, qual o prazo médio de renovação de 
estoques, ou seja, o prazo médio que a empresa leva para vender o seu 
estoque. 
(a) 72 dias. 
(b) 154 dias. 
(c) 257 dias. 
(d) 504 dias. 
(e) 51 dias. 
 
4) Uma empresa com PMRE igual a 20 dias e PMRV igual a 45 dias terá um ciclo 
operacional igual a: 
(a) 25 dias. 
(b) 65 dias 
(c) 35 dias. 
(d) Impossível calcular. 
(e) N.R.A. 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 52 
 
5) A Cia. Modelo possui ciclo operacional igual a 88 dias e PMPC igual a 90 dias. 
Nesse caso temos que: 
(a) O ciclo financeiro dessa empresa será de 178 dias. 
(b) A empresa terá que se financiar em 2 dias. 
(c) A Cia. tem uma folga financeira de 2 dias. 
(d) N.R.A. 
 
6) Sabendo-se que o estoque médio mensal estimado para 2011 da empresa 
Sapopemba S.A. é de R$ 9.836.400 e que a empresa demora, em média, 90 
dias para vender seus estoques e 60 dias para recebê-los (vendas a prazo), que 
o custo da mercadoria vendida representa 60% das vendas, qual será o valor 
médio de Duplicatas a Receber para 2011? 
(a) R$ 15.329.500. 
(b) R$ 12.560.400. 
(c) R$ 10.929.300. 
(d) É impossível calcular por falta de dados. 
 
 
Gabarito: 
1 - C 2 - D 3 - E 4 - B 5 - B 6 - C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise das Demonstrações Financeiras 
 
Professor: Robson Simões Página 53 
 
5 ESTUDO DA SITUAÇÃO ECONÔMICA 
5.1 INTRODUÇÃO 
Uma importante etapa da análise das demonstrações contábeis diz respeito 
à compreensão do quanto estamos ganhando. É preciso compreender o lucro, 
analisando de diferentes formas como o lucro bruto, o lucro operacional ou o lucro 
líquido. 
Quando lucros são calculados de forma relativa à receita líquida contida na 
DRE, podemos apresentar os índices de lucratividade, também denominados 
margens, e que buscam analisar os resultados auferidos pela empresa, geralmente 
comparados em relação às vendas. 
 
5.2 ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE 
5.2.1 IMB – ÍNDICE DE MARGEM BRUTA 
Este quociente revela o percentual remanescente da receita líquida, após a 
dedução do custo das mercadorias vendidas. Assim sendo, quanto maior se 
apresentar este índice, melhor para a empresa. 
A margem bruta é determinada pela fórmula: 
Fórmula: 
IMB = 
Lucro Bruto 
Vendas Líquidas 
Exemplo: 
Imagine uma empresa com a seguinte composição: 
Receita Bruta de Vendas => $ 335.300,00 
Receita Líquida de Vendas => $ 244.800,00 
Lucro Bruto => $ 100.800,00 
 
IMB

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