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APOSTILA SCFV-converted

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“Atuando na Materialização da Proteção 
Social Básica” 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís- MA, 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA SISTEMATIZAÇÃO DO MATERIAL: 
 
 
Instrutoras (Assistentes Sociais): 
 
 
Márcia Barbalho Teixeira Rêgo 
 
Kelem Regina Lima da Silva 
 
Rosângela da.S de Lima 
 
Silvana Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVISÃO FINAL: 
 
Arlete de Brito Abreu 
 
Superintendente da Gestão do SUAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTA TÉCNICA DE ESCLARECIMENTO 
 
 
 
 
 
Esta apostila reúne conteúdo sobre o SCFV, prestando-se a subsidiar os 
participantes da capacitação realizada com enfoque no Serviço de Convivência e 
Fortalecimento de Vínculos-SCFV, sendo o conteúdo uma 
sistematização/adaptação das fontes teóricas utilizadas no percurso formativo da 
capacitação. 
Tendo a equipe técnica, responsável por ministrar a capacitação, realizado 
um trabalho pedagógico de planejamento do curso, sistematizando o conteúdo em 
uma sequência coerente, com a finalidade de alcançar o objetivo pretendido pelo 
curso ministrado. Assim sendo, justificamos a utilização do conteúdo presente nesta 
apostila, prezando pelo reconhecimento e veracidade dos direitos autorais do 
conteúdo, onde serão citadas as fontes “Referência” ao final da explanação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SCFV 
 
 
 
 
 
 
 IDENTIFICAÇÃO DA CAPACITAÇÃO 
 
Órgão Responsável: Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social – SEDES/MA 
Nome: Capacitação sobre o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - 
SCFV 
Carga Horária: 40 horas 
Público-alvo: Orientadores sociais, coordenadores e técnicos de referência do 
SCFV 
Ementa: Política de Assistência Social e as seguranças afiançadas; Serviço de 
Convivência e Fortalecimento de Vínculo; Convivência Familiar e Comunitária; 
Metodologia e Planejamento das ações socioeducativas. Temas transversais e o 
SCFV. 
Objetivos do Curso: Contribuir para fortalecer e aprimorar o trabalho dos 
profissionais que atam diretamente na gestão, planejamento e execução do SCFV, a 
partir da compreensão da concepção de convivência familiar e comunitária e das 
ações de proteção social que viabilizam um conjunto de bens sociais, serviços e 
benefícios não materiais que se situam no conjunto dos serviços socioeducativos 
que se constituem no caráter principal do SCFV. 
• Fornecer aos participantes conhecimentos teórico-metodológicos e práticos 
para a execução do SCFV nos municípios. 
• Aprimorar o processo de planejamento do SCFV com base nos eixos 
estruturantes do serviço: CONVIVÊNCIA SOCIAL; DIREITO DE SER; 
PARTICIPAÇÃO; 
• Promover a integração e a troca de experiências entre os participantes. 
Metodologia: Exposição teórica com uso de slides, seguida de debate, dinâmicas 
de grupo e oficinas de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 - A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E AS 
SEGURANÇAS AFIANÇADAS: SEGURANÇA DE CONVÍVIO 
NA PROTEÇÃO SOCIAL 
2 - CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS: O 
QUE É O SCFV?
3 - METODOLOGIA E PLANEJAMENTO DO SCFV COM 
BASE EM PERCURSOS E NOS EIXOS NORTEADORES
REFERÊNCIAS
ANEXOS
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
Partindo da perspectiva político-pedagógica apoiada nos princípios e 
diretrizes da Política de Educação Permanente dos Trabalhadores do Sistema Único 
da Assistência Social-SUAS, que visa o aprimoramento da gestão, a qualificação 
dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais. E considerando a 
importância precípua do trabalho social preventivo, implementado através da 
Proteção Social Básica-PSB, sobretudo, da execução dos serviços, é que foi 
elaborada a proposta de capacitação sobre o Serviço de Convivência e 
Fortalecimento de Vínculos – SCFV, de forma que este seja melhor compreendido 
na sua inteireza dos conceitos, e de como na prática as ações e o percurso 
metodológico desse serviço devem ser executados, de modo a colaborar com a 
materialização da Proteção Social Básica-PSB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E AS 
SEGURANÇAS AFIANÇADAS: SEGURANÇA DE CONVÍVIO 
NA PROTEÇÃO SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
1. A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E AS SEGURANÇAS AFIANÇADAS: 
SEGURANÇA DE CONVÍVIO NA PROTEÇÃO SOCIAL 
1.1. A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 Principais Marcos Normativos e Regulatórios da Assistência Social: 
 
1. Constituição Federal – 1988 nos art. 203 e 204 
2. LOAS – 1993 
3. PNAS – 2004 
4. NOB/SUAS – 2005 
5. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais – através da resolução 
109/ 2009 
6. Protocolo de Gestão Integrada entre Serviços e Benefícios no SUAS– 2009 
7. Lei Nº 12.435, de 06 de julho de 2011 (Altera a LOAS e dispõe sobre a 
organização da Assistência Social). 
A Política Nacional de Assistência Social – PNAS foi aprovada em 22 de 
setembro de 2004, pelo Conselho Nacional de Assistência Social. Busca incorporar 
as demandas presentes na sociedade brasileira no que tange à responsabilidade 
política, objetivando tornar claras suas diretrizes na efetivação da assistência social 
como direito de cidadania e responsabilidade do Estado. 
Trata-se de uma política pública não contributiva, que visa garantir o atendimento 
das necessidades básicas dos segmentos populacionais que vivenciam situação de 
risco, pobreza e/ou vulnerabilidade social. É, portanto, direito do cidadão e dever do 
estado, assim como a educação, a saúde, o trabalho. 
 Artigo 1º da Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS 
É uma política realizada através de um conjunto integrado de ações de 
iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades 
básicas 
 NOB/SUAS – 2005 /2012 
 
 
 
 
 
Publicado em 15/07/05, a Norma Operacional Básica do Sistema Único de 
Assistência Social – NOB/SUAS, regulamente o disposto da PNAS e define os 
parâmetros para a regulamentação do Sistema Único de Assistência Social - SUAS. 
 O SUAS Representou: 
Um novo modelo de gestão: Supõe um pacto federativo, com definição de 
competências dos entes das esferas de governo; 
Nova lógica de organização das ações: por níveis de complexidade, por 
território, considerando regiões e portes de municípios; 
 Forma de operacionalização da LOAS, que viabiliza o sistema 
descentralizado e participativo e a regulação, em todo o território nacional. 
Sistema articulador e provedor de ações em diferentes níveis de 
complexidade: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial; 
 A Resolução Nº 109, de 1 de novembro de 2009 aprova a Tipificação 
Nacional de Serviços Socioassistenciais. 
Art. 1º. Aprovar a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, 
conforme anexos, organizados por níveis de complexidade do SUAS: Proteção 
Social Básica e Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade, de acordo 
com a disposição abaixo: 
 
SU
A
S
PROTEÇÃO 
SOCIAL BÁSICA
PROTEÇÃO 
SOCIAL ESPECIAL
MÉDIA 
COMPLEXIDADE
ALTA 
COMPLEXIDADE
 
 
 
 
 
RISCO
VULNERABILIDADE
 
 Proteção Social Básica 
A Proteção Social Básica que tem como objetivo prevenir situações de RISCO 
por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de 
vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população que vive em situação de 
VULNERABILIDADE SOCIAL decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, 
precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou fragilização de 
vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento no TERRITÓRIO. 
 Proteção Social Especial 
É a modalidade de atendimento assistencial destinado à famílias e indivíduos 
que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de 
abandono, maus tratos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento 
de medidas socioeducativas, situação de rua e situação de trabalho infantil. 
CONCEITOS DISTINTOS, MAS INTRISECAMENTE RELACIONADOSFATORES DE RISCO 
 
 EX: 
• Violência intrafamiliar; 
• Negligência; 
• Maus tratos; 
• Violência, abuso ou exploração sexual; 
• Trabalho infantil; 
• Discriminação por gênero, etnia ou qualquer outra condição ou identidade; 
• Fragilização ou rompimento de vínculos familiares ou comunitários; 
• Vivência em situação de rua; 
• Afastamento de crianças e adolescentes do convívio familiar em decorrência de 
medidas protetivas; 
• Atos infracionais de adolescentes com consequente aplicação de medidas 
socioeducativas; 
• Privação do convívio familiar ou comunitário de idosos, crianças ou pessoas com 
deficiência em instituições de acolhimento; 
• qualquer outra privação do convívio comunitário vivenciada por pessoas 
dependentes (crianças, idosos, pessoas com deficiência), 
 ainda que residindo com a própria família. 
 
 
 
RISCO
RISCO
Probabilidade ou a 
eminência de um evento 
acontecer e, 
consequentemente, está 
articulado com a disposição 
ou capacidade de antecipar-
se para preveni-lo, ou de 
organizar-se para minorar 
seus efeitos 
VULNERABILIDADE
Segundo a PNAS (2004), 
a vulnerabilidade se 
constitui em situações ou 
ainda em identidades 
(características) que 
podem levar a exclusão 
social dos sujeitos.
TERRITÓRIO
Enquanto espaço vívido, 
incorporando as relações 
sociais, no qual se 
materializam 
desigualdades, relações 
de poder, riscos, 
vulnerabilidades e 
potencialidades.
 
 
 
 
 
 
 A VULNERABILIDADE PODE OCORRER EM DIFERENTES SENTIDOS 
 
 EX: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 QUANTO AO TERRITÓRIO?.. 
 
 
• Insuficiência de Renda 
• Relações familiares fragilizadas 
• Presença de tráfico no território 
• Presença de pessoa incapaz de desenvolver 
atividades de autocuidado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPONDA: Quais os fatores de vulnerabilidade cujo 
enfrentamento e superação requerem, 
fundamentalmente, ações específicas da Política de 
Assistência Social? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ATIVIDADE EXEMPLIFICADA 
 
 A compreensão do 
 conteúdo até aqui 
 apresentado... 
 
 
 
 
 
 
Analise as duas famílias a seguir, e identifique a Vulnerabilidade e Risco 
Social presente em cada uma: 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES NORTEADORAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O CARÁTER DAS AÇÕES DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA 
 
 
 
PROTETITIVA
•Centra esforços em intervenções que visam amparar, apoiar, auxiliar,
resguardar, defender o acesso das famílias e seus membros aos direitos.
PROATIVA
•Compreende a tomada de iniciativa e promoção de ações antecipadas 
ou imediatas frente a situações de vulnerabilidades e risco.
PREVENTIVA
•Ação antecipada baseada no conhecimento do território, dos 
fenômenos e de suas características específicas culturais, 
econômicas e sociais.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Sistema Único de Assistência Social – SUAS –, a Proteção Social 
Básica opera garantindo seguranças de convívio, acolhida e 
sobrevivência, ou seja, evitando, prevenindo riscos sociais, perigos e 
incertezas para grupos vulneráveis, tanto do ponto de vista material 
quanto do ponto de vista relacional. 
➢ Dimensão relacional: apoia-se no direito ao convívio e é assegurada ao 
longo do ciclo de vida por meio de um conjunto de serviços locais que 
visam à convivência, à socialização e ao acolhimento em famílias cujos 
vínculos familiares e comunitários não foram rompidos (PNAS, 2004). 
➢ Dimensão material: condições precárias de vida, privação de renda e 
privação de acesso aos serviços públicos. 
RESPONDA: QUEM SÃO OS GRUPOS CONSIDERADOS VULNERAVÉIS 
DEVIDO AO SEU CICLO DE VIDA? 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2.SEGURANÇAS SOCIOASSISTENCIAIS/AFIANÇADAS 
A provisão das Seguranças Socioassistenciais pressupõem que as ofertas 
disponibilizadas pelo SUAS contribuam para o desenvolvimento das capacidades e 
autonomia dos usuários, o fortalecimento das relações no âmbito da família e da 
comunidade e a ampliação do acesso a direitos socioassistenciais e das redes de 
relacionamento no território onde vivem e convivem. 
 
 Segurança de Convívio 
Diz respeito à efetivação do direito à convivência familiar e à proteção da 
família, com vistas ao enfrentamento de situações de isolamento social, 
enfraquecimento ou rompimento de vínculos familiares e comunitários, situações 
discriminatórias e estigmatizantes. 
O reconhecimento de situações de desproteção social cujo impacto é maior 
entre pessoas ou grupos familiares que apresentam características socialmente 
desvalorizadas e discriminadas (deficiência, raça-etnia, religião, orientação sexual, 
 
 
 
 
 
situação civil, etc.), agravadas por condições precárias de vida, pela privação de 
renda ou de acesso aos serviços públicos. 
A segurança de convívio, garantida aos usuários pela PNAS, diz respeito à 
efetivação do direito à convivência familiar e à proteção da família, com vistas ao 
enfrentamento de situações de isolamento social, enfraquecimento ou rompimento 
de vínculos familiares e comunitários, situações discriminatórias e estigmatizantes. 
O enfrentamento a essas situações é realizado por meio de ações centradas 
no fortalecimento da autoestima, dos laços de solidariedade e dos sentimentos de 
pertença e coletividade. 
O direito ao convívio é assegurado, ao longo do ciclo de vida, por meio de 
um conjunto de serviços locais que visam à convivência, à socialização e à acolhida 
de famílias cujos vínculos familiares e comunitários devem ser protegidos. 
No âmbito da assistência social, há o reconhecimento de situações de 
desproteção social cujo impacto é maior entre pessoas ou grupos familiares que 
apresentam características socialmente desvalorizadas e discriminadas (deficiência, 
raça-etnia, religião, orientação sexual, situação civil, etc.), agravadas por condições 
precárias de vida, pela privação de renda ou de acesso aos serviços públicos. 
 Segurança de Renda 
Operada por meio da concessão de auxílios financeiros e da concessão de 
benefícios continuados, nos termos da lei, para cidadãos não incluídos no sistema 
contributivo de proteção social, que apresentem vulnerabilidades decorrentes do 
ciclo de vida e/ou incapacidade para a vida independente e para o trabalho; 
 Segurança de Acolhida 
Provida por meio da oferta pública de espaços e serviços para a realização da 
Proteção Social Básica e Especial, devendo as instalações físicas e a ação 
profissional conter: 
 
 
 
 
 
 
a) condições de recepção; 
b) escuta profissional qualificada; 
c) informação; 
d) referência; 
e) concessão de benefícios; 
f) aquisições materiais e sociais; 
g) abordagem em territórios de incidência de situações de risco; 
 h) oferta de uma rede de serviços e de locais de permanência de indivíduos e 
famílias sob curta, média e longa permanência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PENSE!!!! 
 
 Como você avalia a oferta das seguranças afiançadas em seu 
 Município? 
 COM RELAÇÃO À SEGURANÇA DE CONVÍVIO, 
quais os pontos positivos e que precisam melhorar? 
RESPOSTA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS: 
O QUE É SCFV? 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A arte de viver é simplesmente a arte 
de conviver... simplesmente, disse eu? Mas 
como é difícil!” 
Mário Quintana 
 
 
 
 
 
 
2. CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS: O QUE É SCFV? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONCEPÇÃO DE CONVIVÊNCIA 
Convivência é a ação de conviver (viver em companhia de outro ou outros). 
No seu sentido lato, trata-se de um conceito relacionado com a coexistência pacífica 
e harmoniosa de grupos humanos num mesmo espaço. 
O ser humano é um ser social. Nenhuma pessoa vive absolutamenteisolada 
do resto, uma vez que a interação com outros indivíduos é imprescindível para o 
bem-estar e a saúde. A convivência, de qualquer forma, pode ser difícil devido às 
diferenças de todo o tipo (sociais, culturais, económicas, etc.) que existem entre os 
homens. 
 CONCEPÇÃO DE VÍNCULO 
Um vínculo (do latim vincŭlum) é uma união, relação ou ligação de uma 
pessoa ou coisa com outra. A noção de vínculo, sinônimo de “laço”. 
 
 
 
 
 
 
Convivência 
é forma 
Vínculo é 
resultado 
ATENTE PARA OS 
CONCEITOS!!! 
 
 
 
 
 
As ações de PSB organizam-se em torno do 
CRAS, uma unidade pública estatal e 
descentralizada da Política de Assistência 
Social. Cabem aos CRAS duas funções 
exclusivas: gestão territorial e execução do 
PAIF. 
“A construção da concepção de convivência e Fortalecimento de Vínculos é de 
extrema relevância porque contribui para o entendimento de que lidar com 
vulnerabilidades do campo relacional é uma responsabilidade pública e que uma 
política que busca combater a desigualdade e promover o desenvolvimento humano 
tem o papel central nesse diálogo” (Aldaíza Sposati). 
 Convivência e Fortalecimento de Vínculos 
Atributo da condição humana e da vida moderna, que se dá entre sujeitos de 
direito, que se constituem na medida em que se relacionam. 
 
2.1.Estrutura do SCFV 
 O que é o SCFV? 
É um serviço da PSB do 
SUAS, regulamentado pela 
Tipificação Nacional de Serviços 
Socioassistenciais (Resolução 
CNAS nº 109/2009). 
Foi reordenado em 2013 por meio da Resolução CNAS nº 01/2013. 
É um serviço ofertado de modo contínuo e ininterrupto e está associado 
principalmente com a segurança de convívio. Tem por objetivo estimular o 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. 
A fim de complementar o trabalho social 
com famílias realizado pelo PAIF¹ e PAEFI², há 
o SCFV, que também compõe a proteção 
social básica, com vistas a prevenir a 
ocorrência de situações de risco social e 
fortalecer os vínculos familiares e comunitário. 
 
 
¹Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), e o ²Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e 
Indivíduos (PAEFI). 
 
 
 
 
 
O SCFV organiza-se em grupos, de modo a ampliar as trocas culturais e de 
vivências entre os usuários, assim como desenvolver o seu sentimento de pertença 
e de identidade. 
É fundamental não perder de vista o caráter preventivo e proativo desse 
serviço que, como os demais serviços de Proteção Social Básica, antecipa-se às 
situações de desproteção familiar e àquelas constatadas no âmbito público, 
oferecendo aos usuários alternativas emancipatórias para o enfrentamento da 
vulnerabilidade social. Os encontros do SCFV são situações de convivência para 
diálogos e fazeres que constituem algumas dessas alternativas. Nessa direção, 
esses encontros são um espaço para promover: 
processos de valorização/reconhecimento: estratégia que considera as 
questões e os problemas do outro como procedentes e legítimos; 
escuta: estratégia que cria ambiência – segurança, interesse, etc. – para que 
os usuários relatem ou partilhem suas experiências; 
produção coletiva: estratégia que estimula a construção de relações 
horizontais – de igualdade -, a realização compartilhada, a colaboração; 
exercício de escolhas: estratégia que fomenta a responsabilidade e a 
reflexão sobre as motivações e interesses envolvidos no ato de escolher; 
tomada de decisão sobre a própria vida e de seu grupo: estratégia que 
desenvolve a capacidade de responsabilizar-se, de negociar, de compor, de rever e 
de assumir uma escolha; 
diálogo para a resolução de conflitos e divergências: estratégia que 
favorece o aprendizado e o exercício de um conjunto de habilidades e capacidades 
de compartilhamento e engajamento nos processos resolutivos ou restaurativos; 
reconhecimento de limites e possibilidades das situações vividas: 
estratégia que objetiva analisar as situações vividas e explorar variações de escolha, 
de interesse , de conduta, de atitude, de entendimento do outro; 
experiências de escolha e decisão coletivas: estratégia que cria e induza 
atitudes mais cooperativas a partir da análise da situação, explicitação de desejos, 
medos e interesses; negociação, composição, revisão de posicionamentos e 
capacidade de adiar realizações individuais. 
 
 
 
 
 
 Objetivos do SCFV: 
• Complementar o trabalho social com famílias, prevenindo a ocorrência 
de situações de risco social e fortalecendo a convivência familiar e 
comunitária; 
• Prevenir a institucionalização e a segregação de crianças, 
adolescentes, jovens e idosos, em especial, das pessoas com 
deficiência, assegurando o direito à convivência familiar e comunitária; 
• Promover acessos a serviços setoriais, em especial das políticas de 
educação, saúde, cultura, esporte e lazer existentes no território, 
contribuindo para o usufruto dos usuários aos demais direitos; 
• Oportunizar o acesso às informações sobre direitos e sobre 
participação cidadã, estimulando o desenvolvimento do protagonismo 
dos usuários; 
• Possibilitar acessos a experiências e manifestações artísticas, 
culturais, esportivas e de lazer, com vistas ao desenvolvimento de 
novas sociabilidades; 
• Promover acesso a benefícios e serviços socioassistenciais, 
fortalecendo a rede de proteção social de assistência social nos 
territórios; 
• Favorecer o desenvolvimento de atividades intergeracionais, 
propiciando trocas de experiências e vivências, fortalecendo o respeito, 
a solidariedade e os vínculos familiares e comunitários. 
 A natureza do SCFV 
O SCFV possui caráter PREVENTIVO e PROATIVO, assim como os 
demais serviços da PSB, antecipa-se às situações de desproteção familiar e 
àquelas constatadas no âmbito público. 
• Pautado na defesa e afirmação de direitos; 
• Desenvolvimento de capacidades e potencialidades; 
• Enfrentamento das vulnerabilidades sociais. 
 
 
 
 
 
 
O SCFV se articula com o PAIF e tem em comum o objetivo de fortalecer 
vínculos; 
 
Todo o grupo familiar poderá ser atendido e/ou acompanhado pelo PAIF ou 
PAEFI, quando for o caso, e ter paralelamente um ou mais membros 
participando do SCFV. 
Não há impedimentos para que os usuários do SUAS participem de ambos 
os serviços simultaneamente, já que o SCFV é complementar ao trabalho 
social realizado com as famílias no PAIF e PAEFI e cada um deles tem 
frentes de atuação distintas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RESPONDA: Como você compreende a relação do SCFV com o PAIF? Qual a 
diferenciação quanto as ações desenvolvidas por cada Serviço? 
 
 
 
 
PAIF 
Consiste em um serviço de 
acompanhamento às famílias no 
CRAS. Entre os propósitos do PAIF 
está o de fortalecer o papel 
protetivo das famílias, de maneira 
que sejam protagonistas sociais e 
capazes de responder pelas 
atribuições de sustento, guarda e 
educação de suas crianças, 
adolescentes e jovens, bem como 
de garantir a proteção aos seus 
demais membros. 
 
SCFV 
é a promoção de momentos de 
convivência entre os usuários nos 
grupos, encontros por meio dos 
quais seja possível exercitar 
escolhas, reconhecer limites e 
possibilidades, produzir 
coletivamente, valorizar o outro, 
construir projetos de vida, entre 
outras vivências que 
encaminharão os usuários para 
conquistas pessoais e coletivas no 
decorrer de sua vida 
 
 COMPLEMENTARIEDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÚBLICO PRIORITÁRIO DO SCFV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EXEMPLIFICANDO ALGUMAS SITUAÇÕES PRIORITÁRIAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RESPONDA: Quais as principais situações prioritárias atendidas no SCFV do seu 
município? Como se dá a articulação entre o SCFV e o PAIF no trabalho para com 
esse público?Ressalta-se que há relação do SCFV com o PETI e a Proteção Social Básica-
PSB, tem um papel fundamental na prevenção do ingresso e da reincidência de 
crianças e adolescentes no trabalho, inserindo no SCFV, com prioridade, aqueles 
retirados do trabalho precoce. 
Assim, a participação das crianças e dos adolescentes retirados do trabalho 
infantil no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e/ou em outras 
atividades socioeducativas da rede é considerada estratégia fundamental para a 
interrupção do trabalho infantil e para a oferta de novas oportunidades de 
desenvolvimento às crianças e aos adolescentes. 
A equipe técnica (PAIF e PAEFI) ao fazer encaminhamentos de usuários para 
o SCFV deve avaliar e indicar a situação vivenciada que o trouxe até o atendimento 
socioassistencial, assumindo a responsabilidade pelo acompanhamento familiar. 
 
 
As situações prioritárias devem ser 
documentadas em prontuários ou registros 
específicos, resguardando o sigilo profissional, 
tanto do ponto de vista da formalização e 
documentação do atendimento ao usuário e 
acompanhamento técnico quanto para 
fiscalização externas. 
 
 
 EQUIPE DO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE 
VINCULOS – SCFV. 
 
• Técnico de Referência – profissional de nível superior que integra a equipe do 
CRAS para ser referência aos grupos do SCFV. Conforme a Resolução 
CNAS nº 17/2011; 
• Orientador Social – função exercida por profissional de, no mínimo, nível 
médio. Conforme a descrição apresentada na Resolução CNAS nº 9/2015. 
 
 
 
 
 
• Facilitadores de Oficinas – função exercida por profissional com formação 
mínima de nível médio, de contratação opcional. 
 
 ATRIBUIÇÕES DOS TÉCNICOS DE REFERÊNCIA 
• Planejamento do SCFV; (em conjunto com orientadores e educadores sociais 
e usuários da PAS) 
• Atividades com os familiares dos usuários do SCFV; 
• Realização de reuniões periódicas (SCFV e PAIF); 
• Acompanhamento dos usuários do serviço; 
• Encaminhamento para acesso aos direitos sociais e inserção em outras 
políticas públicas; 
• Acompanhar a execução do planejamento e do serviço. 
 
 ATRIBUIÇÕES DO FACILITADOR DE OFICINAS 
 
 Responsável pela realização de oficinas de convívio por meio do esporte, 
lazer, arte e cultura e outras. É de contratação opcional. 
 
 ACESSO AO SCFV: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LOCAL DO SCFV 
 
• No CRAS, desde que tenha espaço compatível para desenvolver o serviço 
sem prejudicar a oferta do PAIF. 
• Outra unidade pública como Centro de Convivência. 
• Entidade de assistência social inscrita no Conselho de Assistência Social do 
município, que esteja na área de abrangência do CRAS e seja a ele 
referenciada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O referenciamento na PSB visa, sobretudo, tornar factível a articulação dos 
demais serviços ao PAIF. Tal articulação possibilita a operacionalização e a 
organização do atendimento e/ou acompanhamento das famílias dos usuários do 
SCFV e dos participantes de outros programas, projetos e benefícios da PSB. 
Assim, é preciso o estabelecimento de fluxos de encaminhamento e de repasse 
de informações sobre as famílias entre o PAIF e esses serviços. 
 
 
RESPONDA : Elabore o fluxograma e/ou mapa da Rede Socioassistêncial do seu 
munícipio. 
 
 
 
 EX: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
METODOLOGIA E PLANEJAMENTO DO SCFV COM BASE 
EM PERCURSOS E NOS EIXOS NORTEADORES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PLANEJAMENTO DO SCFV EM PERCURSOS, OBSERVANDO O CICLO 
DE VIDA DOS USUÁRIOS. 
 
CRIANÇAS DE ATÉ 6 ANOS
Busca desenvolver atividades com as crianças, seus familiares e a
comunidade, a fim de fortalecer vínculos de afetividade e cuidado e
prevenir a ocorrência de situações de exclusão social e de risco, em
especial a violência doméstica e o trabalho infantil, sendo complementar e
diretamente articulado ao PAIF.
CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 6 A 15 ANOS
Objetiva promover a convivência, a formação para a participação e
cidadania, o desenvolvimento do protagonismo e da autonomia das
crianças e adolescentes, a partir dos interesses, das demandas e das
potencialidades dessa faixa etária. As intervenções devem ser pautadas em
experiências lúdicas, culturais e esportivas como formas de expressão,
interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social,
ADOLESCENTES DE 15 A 17 ANOS
Objetiva fortalecer a convivência familiar e comunitária e contribuir para o
retorno ou a permanência dos adolescentes na escola, por meio do
desenvolvimento de atividades que estimulam a convivência social, a
participação cidadã e uma formação geral para o mundo do trabalho.
JOVENS DE 18 A 29 ANOS
Objetiva fortalecer vínculos familiares e comunitários,
assegurando espaços de referência para o convívio
grupal, comunitário e social e o desenvolvimento de
relações de afetividade, solidariedade e respeito mútuo, de
modo a desenvolver a sua convivência familiar e
comunitária.
 
 
 
 
 
 
 
 ATIVIDADE - Tomando por 
referência um CICLO DE VIDA, elabore um 
planejamento, de modo a obter o alcance do 
objetivo de trabalho com a faixa etária 
específica. Considere na elaboração do 
planejamento o trabalho com base nos 
EIXOS norteadores do SCFV. 
 
 
ADULTOS DE 30 a 59 ANOS 
Objetiva fortalecer vínculos familiares e comunitários, desenvolvendo
ações complementares, assegurando espaços de referência para o
convívio grupal, comunitário e social;
Desenvolve relações de afetividade, solidariedade e encontros
intergeracionais de modo a desenvolver a convivência familiar e
comunitária.
PESSOAS IDOSAS
Deve estar pautado nas características, interesses e demandas
dessa faixa etária e levar em consideração que a vivência em
grupo, as experimentações artísticas, culturais, esportivas e de
lazer, bem como a valorização das experiências vividas constituem
formas privilegiadas de expressão, interação e proteção social.
As atividades com os participantes dessa faixa etária devem incluir
vivências que valorizem as suas experiências e que estimulem e
potencializem a capacidade de escolher e decidir.
 
 
 
 
 
• Para crianças de até 6 anos: As atividades podem ser realizadas em dias 
úteis, feriados ou finais de semana, diariamente ou em dias alternados. Os 
grupos devem ter atividades previamente planejadas em turnos de até 1h30 
por dia. 
• Para adolescentes e jovens de 15 a 17 anos: As atividades podem ser 
realizadas em dias úteis, feriados ou finais de semana, em turnos de até três 
horas. 
• Para jovens de 18 a 29 anos: Atividades em dias úteis, feriados ou finais de 
semana, em horários programados, conforme demanda. 
• Para adultos de 30 a 59 anos: Atividades em dias úteis, feriados ou finais de 
semana, em horários programados, conforme demanda. 
• Para adultos de 30 a 59 anos: Atividades em dias úteis, feriados ou finais de 
semana programados, conforme demanda. 
• Para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos: De acordo com a Tipificação 
Nacional de Serviços Socioassistenciais, as atividades poderão ser 
realizadas em dias úteis, feriados ou finais de semana, em turnos diários de 
até quatro horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO DE SER 
 
 
 EIXOS NORTEADORES DO SCFV 
 
 
 
 
 
 
 
 PARTICIPAÇÃO CONVIVÊNCIA SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 DIREITO DE SER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO COM BASE EM PERCURSOS E 
NOS EIXOS NORTEADORES DO SCFV. 
 
 
 O SCFV necessita ser planejado de forma coletiva, 
 com a participação ativa do técnico de referência, 
 dos orientadores sociais e dos usuários, 
 buscando assegurar a qualidade e efetividadedos objetivos do serviço. 
 
Os grupos do SCFV não são aglomerados aleatórios de usuários. A 
composição dos grupos deve estar alinhada aos objetivos específicos do SCFV para 
cada faixa etária, 
A constituição dos grupos demanda a avaliação do técnico de referência do 
CRAS, a fim de que os usuários sejam inseridos em grupos mais adequados às suas 
vivências, necessidades e potencialidades. Nessa avaliação, o profissional deverá 
considerar o ciclo de vida do usuário, as vulnerabilidades e as situações de risco por 
ele vivenciadas, as características dos demais integrantes do grupo, a quantidade 
mínima de tempo em que o usuário deverá permanecer no serviço – por dia, por 
semana -, a quantidade máxima de usuários por grupo, entre outros aspectos. 
Na fase de planejamento das atividades, devem ser identificadas as 
demandas de cada grupo em específico e quais atividades serão desenvolvidas para 
que determinados objetivos sejam alcançados, considerando os eixos orientadores 
do serviço. Também deve ser estipulado um cronograma para a execução das 
atividades do grupo com prazo de finalização. 
EXEMPLO: Um percurso para um grupo de usuários de 6 a 9 anos, em que 
se pretenda trabalhar aspectos do eixo “Convivência Social”, pode ter previsão de 
duração de um semestre (seis meses), 
No planejamento desse percurso, a partir do conhecimento que a equipe de 
referência tem dos usuários do grupo – tanto das vulnerabilidades que vivenciam, 
 
 
 
 
 
quanto de suas potencialidades, da qualidade das interações realizadas entre os 
usuários, entre outros fatores, deverá identificar os objetivos que pode e/ou deve 
atingir, considerando as aquisições previstas para os usuários na Tipificação 
Nacional dos Serviços Socioassistenciais. 
Pode-se dizer, então, que o percurso diz respeito aos objetivos a serem 
alcançados por um grupo, por meio de algumas atividades, no decorrer de um 
período determinado. Assim, será possível, ao final do percurso, avaliar se os 
objetivos foram alcançados e se os usuários daquele grupo continuarão a participar 
do serviço em um próximo percurso. 
As atividades são planejadas a partir de três eixos norteadores: 
• Convivência social; 
 • Direito de ser; 
 • Participação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONVIVÊNCIA SOCIAL 
É o principal eixo do serviço, traduz a essência dos serviços da PSB e 
volta-se ao fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. As ações e 
atividades inspiradas nesse eixo devem estimular o convívio social e familiar, 
aspectos relacionados ao sentimento de pertença, à formação da identidade, à 
construção de processos de sociabilidade, aos laços sociais, às relações de 
cidadania, etc. 
Convivência Social 
 
 
 
 
 
SUBEIXOS DO EIXO “CONVIVÊNCIA SOCIAL” 
• capacidade de demonstrar emoção e ter autocontrole; 
• capacidade de demonstrar cortesia; 
• capacidade de comunicar-se; 
• capacidade de desenvolver novas relações sociais; 
• capacidade de encontrar soluções para os conflitos do grupo; 
• capacidade de realizar tarefas em grupo; 
• capacidade de promover e participar da convivência social em família, grupos 
e território. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTICIPAÇÃO 
O objetivo é estimular, mediante a oferta de atividades planejadas, a 
participação dos usuários nos diversos espaços da vida pública, inclusive no 
SCFV, passando pela família, comunidade e escola, tendo em mente o seu 
desenvolvimento como sujeito de direitos e deveres. 
O EIXO “PARTICIPAÇÃO” TEM COMO SUB-EIXOS: 
• Participação no serviço; 
• Participação no território; 
• Participação como cidadão 
 
Participação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO DE SER 
O eixo “direito de ser” estimula o exercício da infância e da adolescência, de 
forma que as atividades do SCFV devem promover experiências que 
potencializem a vivência desses ciclos etários em toda a sua pluralidade. 
SUBEIXOS DO EIXO “DIREITO DE SER” 
• direito a aprender e experimentar 
• direito de brincar; 
• direito de ser protagonista; 
• direito de adolescer; 
• direito de ter direitos e deveres; 
• direito de pertencer; 
• direito de ser diverso; 
• direito à comunicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Podemos dizer, então, que o percurso diz respeito aos objetivos a serem 
alcançados por um grupo, por meio de algumas atividades, no decorrer de um 
período determinado. Assim, será possível, ao final do percurso, avaliar se os 
objetivos foram alcançados e se os usuários daquele grupo continuarão a participar 
do serviço em um próximo percurso, tem como propósito possibilitar que o 
Orientador Social possa administrar a execução das atividades em meio ao seu 
grupo, bem como abrir espaço para que os participantes possam opinar participando 
do planejamento das atividades do dia, uma vez que, embora o Percurso atenda a 
uma sequência cronológica em sua disposição, nada impede que os usuários 
escolham para o dia uma atividade que tenha mais a ver com suas dúvidas ou 
situações que estejam relacionadas ao dia a dia. 
 
O planejamento como base em percursos tem por objetivos: 
 Objetivo Geral 
• Orientar e avaliar o desenvolvimento das atividades do percurso; 
 
 
 
 
 
Objetivos Específicos 
• Motivar a participação nas atividades, 
• Abrir espaço para a participação no planejamento das atividades e escolha 
dos temas 
• Acompanhar e registrar a participação individual de cada usuário no percurso 
Esclarecer os objetivos dos temas sugeridos para serem trabalhados ao longo 
do ano 
Por que é importante planejar as ações/atividades dos grupos do SCFV 
antes de executá-las? 
A Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2009, p. 9) aponta que o 
SCFV é uma “forma de intervenção social planejada, que cria situações 
desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas 
histórias e vivências individuais e coletivas, na família e no território”. 
A Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2009, p. 9) aponta que o 
SCFV é uma “forma de intervenção social planejada, que cria situações 
desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas 
histórias e vivências individuais e coletivas, na família e no território”. 
 
 
 
 
 
 
 
End. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social. Caderno de Orientações. Serviço de 
Proteção e Atendimento Integral à Família e Serviço de Convivência e 
Fortalecimento de Vínculos: Articulação Necessária na Proteção Social – Brasília, 
DF: MDS, Secretaria Nacional de Assistência Social, 2016. 
 
Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social. Concepção de convivência e 
fortalecimento de vínculos – Brasília, DF: MDS, Secretaria Nacional de Assistência 
Social, 2017. 
 
Caderno de Orientações Técnicas para o aperfeiçoamento da gestão do Programa 
de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI. Ministério do Desenvolvimento Social. 
Brasília, 2018. 
 
Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS (1993); 
 
 
Política Nacional de Assistência Social – PNAS (2004); 
 
Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social – NOB/SUAS 
(2005); 
 
Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência 
Social – NOB-RH/SUAS (2012) 
 
Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Resolução CNAS Nº 109, de 11 
de novembro de 2009; 
 
“Lei do SUAS”. Lei Nº 12.435, de 6 de julho de 2011 que altera a LOAS e dispõe 
sobre a organização da Assistência Social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS

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