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Unidade II - Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho

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Prévia do material em texto

Ergonomia e Segurança 
do Trabalho
Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª M.e Cristhiane Eliza dos Santos
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Rosemary Toffoli
5
•	Introdução à unidade
•	O surgimento do trabalho assalariado
•	Regulamentação do trabalho no Brasil
O conteúdo desta unidade foi elaborado de maneira a propiciar sua participação efetiva nas 
atividades.
Leia o conteúdo sugerido, procure se aprofundar no conteúdo complementar com artigos, 
vídeos e filmes.
Essa dinâmica vai colocá-lo no caminho da construção do seu próprio conhecimento. Esse 
é o único caminho no sentido de obter não somente informações “regulamentares”, mais 
obter, sim, a “ampliação do tamanho do seu mundo” que é verdadeiramente emancipadora.
Participe dos fóruns. O compartilhamento de informações e de pontos de vista é de grande 
 · Esta unidade tem por objetivo apresentar e introduzir os 
conceitos elementares sobre as origens do trabalho assalariado, 
como ele nasceu e como se transformou até a presente data. 
Apresenta também o “marco legal” da legislação vigente no 
Brasil sobre saúde e segurança no trabalho, bem como suas 
implicações.
Legislação e Gestão de Ergonomia e 
Segurança do Trabalho
•	As normas regulamentadoras
•	Aplicação das normas regulamentadoras
•	Regulamentação do trabalho no Brasil
•	Segurança do trabalho – Comunicação de 
Acidente do Trabalho – CAT
6
valia na construção e consolidação do seu conhecimento, além de ser, incondicionalmente, 
um exercício de cidadania e democracia!
Como o curso está estruturado
•	Os assuntos abordados nas unidades estão apresentados de forma tão objetiva quanto 
possível. Seus tópicos mais importantes estão enfatizados por elementos gráficos.
•	Todas as lições apresentam:
•	Um texto introdutório dando uma ideia geral da matéria que será enfocada;
•	Seções expositivas, dividindo didaticamente a matéria em temas ordenados;
•	Exercícios de fixação de aprendizagem.
Como Você deve Estudar
•	Tenha em mente que vários períodos curtos de estudo são mais producentes que um 
único período longo.
 
 Atenção
Reserve quatro períodos por semana para trabalhar com o curso.
Passe de 50 min há uma hora estudando de cada vez ou, se preferir, apesar da sugestão, 
estude às 4h/a em um dos dias da semana com uma pausa de 20 min entre cada 2h/a.
•	Cada assunto é cuidadosamente planejado para ordenar as informações necessárias ao 
entendimento da matéria – sua capacidade de assimilar um conteúdo depende de quão 
bem você aprendeu a precedente.
•	O domínio do assunto estudado se dá por meio do estudo repetido. O ideal é sentir-se a 
vontade a seu respeito a ponto ser possível reproduzi-lo.
•	Responda os exercícios de recapitulação no final de cada unidade.
7
Contextualização
Um dos principais objetivos no mundo de hoje é a 
produção máxima com um custo mínimo. Isso vale tanto 
para os países subdesenvolvidos, que buscam de alguma 
maneira alternativas que possam melhorar os seus custos 
para, eventualmente, alcançar o crescimento, quanto 
para os países desenvolvidos, que buscam o controle 
econômico, mas, muitas vezes, esse interesse deixa de 
lado o bem-estar do ser humano e, para isso, é necessário 
que exista algo que possa tratar da segurança do mesmo.
Com isso, podemos pensar nos conceitos de segurança 
e de ergonomia que podem e devem atuar em conjunto 
com um fator imprescindível na redução dos custos: a 
tecnologia.
A fim de regulamentar as relações entre empregador 
e empregado e a fim de conter a exploração do 
trabalho humano, o governo brasileiro, a exemplo 
de outros governos, procurou formalizar as regras de 
desenvolvimento do trabalho em humano em ambientes 
específicos com o objetivo de proteger e manter a vida 
do trabalhador.
Figura 2
Fonte: http://www.dicasfree.com/multa-artigo-467-clt/
Existem normas que definem essa relação. Essas normas são conhecidas como Normas 
Regulamentadoras e advém da Consolidação das Leis do Trabalho, sancionada pelo então 
Presidente da República Federativa do Brasil, Getúlio Vargas, em 1943.
Figura 1
Fonte: 3.bp.blogspot.com/_BBEFnC3wpps/
S92Qy0cUMiI/AAAAAAAAKu8/aWl6pz7jY1k/s400/
dia+do+trabalho+mmp795_trabalho2.gif
8
Unidade: Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
1. Introdução à unidade
Já afirmamos anteriormente que o conceito de ergonomia remonta a história do homem 
na Terra. O trabalho para o homem nômade era sair à caça. Todavia, seu “trabalho” era de 
subsistência, não era remunerado.
Quando surge o trabalho remunarado, ou seja, o trabalho humano assalariado, surge também 
a preocupação com eficiência, competitividade e lucros. Muitas vezes, a preocupação com lucros 
roubam a cena de tal forma que não há espaço para preocupação com o trabalho humano 
nem tão pouco com as condições de trabalho desse “trabalho humano”e, corre-se o risco de 
promover até a exploração do trabalho humano. Com o passar do tempo e o desenvolimento 
da sociedade houve a necessidade de formalizar em forma de lei as relações entre empregador 
e empregado.
2. O surgimento do trabalho assalariado
Para esclarecer o trecho supracitado, é preciso fazer uma viagem no tempo. Nos primeiros 
séculos da idade média, no feudalismo, quando houve uma migração da mão de obra no campo 
para as cidades, as terras dos feudos, em algumas situações, foram arrendadas e o trabalho 
humano passou a ser assalariado. Os artesãos e os pequenos comerciantes não moravam 
dentro dos feudos, moravam fora em comunidades conhecidas como burgos. Esses burgos 
deram o nome à classe fianceiramente privilegiada conhecida como burguesia. Os habitantes 
dos burgos passaram a se preocupar em aumentar a área de suas operações; procuram expandir 
seus negócios em outros mercados (localidades fora da vizinhança que então negociavam). A 
burguesia acumulava riquesas a partir da expansão de suas operações que era basicamente o 
comércio. Nesse cenário surge a figura dos “detentores dos meios de produção” que tinham 
como objetivo principal obter lucros a partir desses meios de produção. A utilização dos meios 
de produção com o objetivo de gerar lucros (acumular riquesas) é a definição de capitalismo.
Havia quem detinha os meios de produção e havia também uma franca expansão dos 
mercados consumidores.
Com a “onda do capitalismo comercial” invadindo o mundo e ainda, na Inglaterra, uma 
ceara fértil com a descoberta da bomba hidráulica e a máquina a vapor em um momento 
em que havia mão de obra disponível, matéria prima abundante (carvão) e um governo com 
politicas favoráveis, explode a Revolução Industrial, advento que reinventaria, definitivamente, 
a face do mundo em termos de consumo e produção.
No cenário da Revolução Industrial, os dententores dos meios de produção eram os donos 
de indústrias que tinham como sua maior preocupação o lucro, a acumulação de riquesas 
a partir da utilização desses seus meios de produção e da utilização do trabalho humano. O 
mundo estava em efervescência e a possibilidade de acumular riquesas era “deslumbrantemente 
possível”. Foi nesse cenário que, equivocadamente ou não, houve a exploração do trabalho 
humano na forma de longas jornadas de trabalho, até 18 horas por dia, trabalho feminino e 
9
infantil além de frequentemente algumas organizações exporem seus trabalhadores a castigos 
físicos. Mesmo com a Adminsitração Cintífica de Taylor essas questões não foram amenizadas. 
E, frequentemente e, equivocadamente, muitas pessoas acreditavam que era o taylorismo que 
empunha essa dinâmica ao trabalho. Em resposta ao taylorismo veio Elton Mayo com o “Efeito 
Hawthorne” conforme na unidade anterior.
Ao redor do mundo, governos se mobilizaram para, de alguma maneira, impor limites a 
relação capital trabalhoou, empregador empregado, a fim de acabar com a exploração do 
trabalho humano.
Na Itália, surge a “Carta del Lavoro” no governo de Benito Mussolini.
3. Regulamentação do trabalho no Brasil
Em 1939, Getúlio Vargas cria a Justiça do Trabalho.
Presidente	Getúlio	Vargas
Fonte:	http://pt.wikipedia.org/wiki/Consolida%C3%A7%C3%A3o_das_Leis_do_Trabalho
Em 1 de maio de 1943, Getúlio Vargas, Presidente da República 
Federativa do Brasil, sanciona o Decreto-Lei nº 5.452 criando a 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é a principal norma legislativa 
brasileira referente ao Direito do Trabalho e ao Direito Processual 
do Trabalho que tem como objetivo principal a regulamentação das 
relações individuais e coletivas do trabalho, nela, na CLT, previstas.
O Decreto-Lei nº 5.452 foi assinado em pleno Estádio de São 
Januário, (Clube de Regatas Vasco da Gama), na cidade do Rio de 
Janeiro. E estava lotado para a comemoração da assinatura da CLT.
Segue abaixo a transcrição do art. 1º da CLT:
Art.	 1º	 -	 Esta	 Consolidação	 estatui	 as	 normas	 que	 regulam	 as	
relações	individuais	e	coletivas	de	trabalho,	nela	previstas.
O termo “celetista”, derivado da sigla “CLT”, costuma ser utilizado 
Figura 2. Carteira de trabalho e 
Previdência Social
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/
Consolida%C3%A7%C3%A3o_das_
Leis_do_Trabalho
10
Unidade: Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
para denominar o indivíduo que trabalha com registro em carteira de trabalho.
As Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, regulamentam e fornecem 
orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho 
no Brasil.
4. As normas regulamentadoras
As Normas Regulamentadoras estão contidas no Capítulo V, Título II, da Consolidação 
das Leis do trabalho (CLT) e são relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. Foram 
aprovadas pela Portaria N.º 3.214, 08 de junho de 1978.
As Normas Regulamentadoras são de observância obrigatória por todas as empresas 
brasileiras regidas pela CLT e são elaboradas e modificadas por comissões tripartites (três lados) 
específicas compostas por representantes do governo, empregadores e empregados.
As Normas Regulamentadoras organizam-se conforme segue:
Normas Regulamentadoras:
•	NR 1 Disposições Gerais;
As	NRs	são	de	observância	obrigatória	pelas	empresas	privadas	e	públicas	e	pelos	órgãos	
públicos	 de	 adminsitração	 direta	 e	 indireta,	 que	 possuam	 empregados	 regidos	 pela	
Consolidação	das	Leis	do	Trabalho	-	(CLT).	A	NR1	estabelece	a	importância,	funções	e	
competência	da	Delegacia	Regional	do	Trabalho.
•	NR 2 Inspeção Prévia;
Todo	estabelecimento	novo,	antes	de	iniciar	suas	atividades,	deverá	solicitar	aprovação	de	
suas	instalações	ao	órgão	do	Ministério	do	Trabalho	e	Emprego
•	NR 3 Embargo ou interdição;
A	Delegacia	Regional	do	Trabalho,	à	vista	de	 laudo	 técnico	do	serviço	competente	que	
demonstre	grave	e	iminente	risco	para	o	trabalhador,	poderá	interditar	estabelecimento,	
setor	de	serviço,	máquina	ou	equipamento,	ou	embargar	a	obra.	(CLT	Artigo	161	inciso	
3.6|3.4|3.7|3.8|3.9|3.10)
•	NR 4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
trabalho;
A	NR	4	estabelece	os	critérios	para	organização	dos	Serviços	Especializados	em	Engenharia	
de	 Segurança	 e	 em	 Medicina	 do	 Trabalho	 (SESMT),	 de	 forma	 a	 reduzir	 osacidentes	
de	 trabalho	e	as	doenças	ocupacionais.	Para	 cumprir	 suas	 funções,	o	SESMT	deve	 ter	
os	 seguintes	 profissionais:	 médico	 do	 trabalho,	 engenheiro	 de	 segurança	 do	 trabalho,	
enfermeiro	do	 trabalho,	 técnico	de	segurança	do	 trabalho,	auxiliar	de	enfermagem,	em	
quantidades	estabelecidas	em	função	do	número	de	trabalhadores	e	do	grau	de	risco.
11
•	NR 5 Comissão Interna de Previenção de Acidentes (CIPA);
As	empresas	privadas,	públicas	e	órgãos	governamentais	que	possuam	empregados	regidos	
pela	Consolidação das Leis do Trabalho	(CLT)	ficam	obrigados	a	organizar	e	manter	em	
funcionamento	uma	Comissão Interna de Prevenção de Acidentes	(CLT	Artigo	164	Inciso	
5.6|5.6.1|5.6.2|5.7|5.11	e	Artigo	165	inciso	5.8)	[3]	A	Comissão	Interna	de	Prevenção	
de	Acidentes	-	CIPA	-	tem	como	objetivo	a	prevenção	de	acidentes	e	doenças	decorrentes	
do	trabalho,	de	modo	a	tornar	compatível	permanentemente	o	trabalho	com	a	preservação	
da	vida	e	a	promoção	da	saúde	do	trabalhador.
•	NR 6 Equipamento de ProteçãoIndividual;
Para	 os	 fins	 de	 aplicação	 desta	 NR,	 considera-se	 Equipamento	 de	 Proteção	 Individual	
(EPI)	todo	dispositivo	de	uso	individual,	de	fabricação	nacional	ou	estrangeira,	destinado	a	
proteger	a	saúde	e	a	integridade	física	do	trabalhador.	A	empresa	é	obrigada	a	fornecer	aos	
empregados	gratuitamente.	(CLT	-	artigo	166	inciso	6.3	subitem	A	-	Artigo	167	inciso	6.2)	
•	NR 7 Programa de Contole Médico de Saúde Ocupacional;
Esta	 NR	 estabelece	 a	 obrigatoriedade	 da	 elaboração	 e	 implementação,	 por	 parte	 de	
todos	os	empregadores	e	instituições	que	admitam	trabalhadores	como	empregados,	do	
Programa	de	Controle	Médico	de	Saúde	Ocupacional	-	PCMSO,	cujo	objetivo	é	promover	
e	preservar	a	saúde	do	conjunto	dos	seus	trabalhadores.
•	NR 8 Edificações;
Esta	NR	estabelece	requisitos	técnicos	mínimos	que	devam	ser	observados	nas	edificações	
para	garantir	segurança	e	conforto	aos	que	nelas	trabalham.
•	NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
Esta	NR	estabelece	a	obrigatoriedade	da	elaboração	e	implementação,	por	parte	de	todos	os	
empregadores	e	instituições	que	admitam	trabalhadores	como	empregados,	do	Programa	
de	Prevenção	de	Riscos	Ambientais,	através	da	antecipação,	 reconhecimento,	avaliação	
e	consequente	controle	da	ocorrência	de	riscos	ambientais	existentes	ou	que	venham	a	
existir	no	ambiente	de	trabalho.
•	NR 10 Serviços em Eletricidade;
Esta	NR	estabelece	os	requisitos	e	condições	mínimas	exigidas	para	garantir	a	segurança	
e	 saúde	dos	 trabalhadores	que	 interagem	com	 instalações	 elétricas,	 em	 suas	 etapas	de	
projeto,	construção,	montagem,	operação	e	manutenção,	bem	como	de	quaisquer	trabalhos	
realizados	em	suas	proximidades.
•	NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem, e Manuseio de Materiais;
Esta	 NR	 estabelece	 normas	 de	 segurança	 para	 operação	 de	 elevadores,	 guindastes,	
transportadores	 industriais	e	máquinas	 transportadoras.	O	armazenamento	de	materiais	
deverá	obedecer	aos	requisitos	de	segurança	para	cada	tipo	de	material.
12
Unidade: Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
•	NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
Esta	NR	 estabelece	 os	 procedimentos	 obrigatórios	 nos	 locais	 destinados	 a	máquinas	 e	
equipamentos,	como	piso,	áreas	de	circulação,	dispositivos	de	partida	e	parada,	normas	
sobre	proteção	de	máquinas	e	equipamentos,	bem	como	manutenção	e	operação.
•	NR 13 Caldeiras e vasos de Pressão;
Esta	NR	estabelece	os	procedimentos	obrigatórios	nos	locais	onde	se	situam	as	caldeiras	
de	 qualquer	 fonte	 de	 energia,	 projeto,	 acompanhamento	 de	 operação	 e	 manutenção,	
inspeção	e	supervisão	de	inspeção	de	caldeiras	e	vasos	de	pressão,	em	conformidade	com	
a	regulamentação	profissional	vigente	no	país.
•	NR 14 Fornos;
Esta	NR	estabelece	os	procedimentos	mínimos,	fixando	construção	sólida,	revestida	com	
material	refratário,	de	forma	que	o	calor	radiante	não	ultrapasse	os	limites	de	tolerância,	
oferecendo	o	máximo	de	segurança	e	conforto	aos	trabalhadores.
•	NR 15 Atividades e Operações Insalubres;
Esta	NR	estabelece	os	procedimentos	obrigatórios,	nas	atividades	ou	operações	insalubres	
que	são	executadas	acima	dos	limites	de	tolerância	previstos	na	Legislação,	comprovadas	
através	 de	 laudo	 de	 inspeção	 do	 local	 de	 trabalho.	 Agentes	 agressivos:	 ruído,	 calor,	
radiações,	pressões,	frio,	umidade,	agentes	químicos.
•	NR 16 Atividadese Operações Perigosas;
Esta	NR	estabelece	os	procedimentos	nas	 atividades	 exercidas	pelos	 trabalhadores	que	
manuseiam	 e/ou	 transportam	 explosivos	 ou	 produtos	 químicos,	 classificados	 como	
inflamáveis,	substâncias	radioativas	e	serviços	de	operação	e	manutenção.
•	NR 17 Ergonomia;
Esta	NR	visa	estabelecer	parâmetros	que	permitam	a	adaptação	das	condições	de	trabalho	
às	características	psicofisiológicas	dos	trabalhadores,	de	modo	a	proporcionar	um	máximo	
de	 conforto,	 segurança	 e	 desempenho	 eficiente,	 incluindo	 os	 aspectos	 relacionados	 ao	
levantamento,	transporte	e	descarga	de	materiais,	ao	mobiliário,	aos	equipamentos	e	às	
condições	ambientais	do	posto	de	trabalho	e	à	própria	organização	do	trabalho.
•	NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
Esta	NR	estabelece	diretrizes	de	ordem	administrativa,	de	planejamento	e	de	organização,	
que	objetivam	a	implementação	de	medidas	de	controle	e	sistemas	preventivos	de	segurança	
nos	processos,	nas	condições	e	no	meio	ambiente	de	trabalho	na	indústria	da	construção.
•	NR 19 Explosivos;
Esta	NR	estabelece	os	procedimentos	para	manusear,	transportar	e	armazenar	explosivos	
de	uma	forma	segura,	evitando	acidentes.
13
•	NR 20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis;
Esta	 NR	 estabelece	 a	 definição	 para	 líquidos	 combustíveis,	 líquidos	 inflamáveis	 e	 Gás	
de	petróleo	liquefeito,	parâmetros	para	armazenar,	como	transportar	e	como	devem	ser	
manuseados	pelos	trabalhadores.
•	NR 21 Trabalhos a céu aberto;
Esta	NR	estabelece	os	critérios	mínimos	para	os	serviços	realizados	a	céu	aberto,	sendo	
obrigatória	 a	 existência	 de	 abrigos,	 ainda	 que	 rústicos	 com	 boa	 estrutura,	 capazes	 de	
proteger	os	trabalhadores	contra	intempéries.
•	NR 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração;
Esta	 NR	 estabelece	 sobre	 procedimentos	 de	 Segurança	 e	 Medicina	 do	 Trabalho	 em	
minas,	determinando	que	a	empresa	adotará	métodos	e	manterá	locais	de	trabalho	que	
proporcionem	 a	 seus	 empregados	 condições	 satisfatórias	 de	 Segurança	 e	Medicina	 do	
Trabalho.
•	NR 23 Proteção Contra Incêndios;
Esta	NR	estabelece	os	procedimentos	que	todas	as	empresas	devam	possuir,	no	tocante	
à	proteção	contra	 incêndio,	 saídas	de	emergência	para	os	 trabalhadores,	equipamentos	
suficientes	para	combater	o	fogo	e	pessoal	treinado	no	uso	correto.
•	NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
Esta	 NR	 estabelece	 critérios	 mínimos,	 para	 fins	 de	 aplicação	 de	 aparelhos	 sanitários,	
gabinete	sanitário,	banheiro,	cujas	instalações	deverão	ser	separadas	por	sexo,	vestiários,	
refeitórios,	cozinhas	e	alojamentos.
•	NR 25 Resíduos Industriais;
Esta	 NR	 estabelece	 os	 critérios	 para	 eliminação	 de	 resíduos	 industriais	 dos	 locais	 de	
trabalho,	através	de	métodos,	equipamentos	ou	medidas	adequadas,	de	 forma	a	evitar	
riscos	à	saúde	e	à	segurança	do	trabalhador.
•	NR 26 Sinalização de Segurança;
Esta	NR	tem	por	objetivos	fixar	as	cores	que	devam	ser	usadas	nos	locais	de	trabalho	para	
prevenção	de	acidentes,	identificando,	delimitando	e	advertindo	contra	riscos.
•	NR 27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do 
Trabalho;
Esta	NR	 estabelecia	 que	 o	 exercício	 da	 profissão	 de	 técnico	 de	 segurança	 do	 trabalho	
dependia	de	registro	no	Ministério	do	Trabalho,	fosse	efetuado	pela	SSST,	com	processo	
iniciado	através	das	DRT.	[2]
Esta	NR	foi	revogada	pela	portaria	Nº	262	de	29	de	maio	de	2008	(DOU	de	30	de	maio	
de	 2008	 –	 Seção	 1	 –	 Pág.	 118).	De	 acordo	 com	 o	Art.	 2º	 da	 supracitada	 portaria,	 o	
14
Unidade: Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
registro	profissional	será	efetivado	pelo	Setor	de	Identificação	e	Registro	Profissional	das	
Unidades	Descentralizadas	do	Ministério	do	Trabalho	e	Emprego,	mediante	requerimento	
do	interessado,	que	poderá	ser	encaminhado	pelo	sindicato	da	categoria.	O	lançamento	do	
registro	será	diretamente	na	Carteira	de	Trabalho	e	Previdência	Social	–	CTPS.
•	NR 28 Fiscalização e Penalidades;
Esta	NR	estabelece	que	fiscalização,	embargo,	interdição	e	penalidades,	no	cumprimento	
das	disposições	legais	e/ou	regulamentares	sobre	segurança	e	saúde	do	trabalhador,	serão	
efetuadas	obedecendo	ao	disposto	nos	decretos	leis.
•	NR 29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário;
Esta	 NR	 regulariza	 a	 proteção	 obrigatória	 contra	 acidentes	 e	 doenças	 profissionais,	
alcançando	as	melhores	condições	possíveis	de	segurança	e	saúde	dos	trabalhadores	que	
exerçam	 atividades	 nos	 portos	 organizados	 e	 instalações	 portuárias	 de	 uso	 privativo	 e	
retroportuárias,	situadas	dentro	ou	fora	da	área	do	porto	organizado.
•	NR 30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário;
Esta	norma	aplica-se	aos	trabalhadores	das	embarcações	comerciais,	de	bandeira	nacional,	
bem	 como	 às	 de	 bandeiras	 estrangeiras,	 no	 limite	 do	 disposto	 na	Convenção	 n.º	 147	
da	Organização	 Internacional	 do	 Trabalho	 -	Normas	Mínimas	 para	Marinha	Mercante,	
utilizado	no	transporte	de	mercadorias	ou	de	passageiros,	inclusive	naquelas	utilizadas	na	
prestação	de	serviços,	seja	na	navegação	marítima	de	longo	curso,	na	de	cabotagem,	na	
navegação	interior,	de	apoio	marítimo	e	portuário,	bem	como	em	plataformas	marítimas	e	
fluviais,	quando	em	deslocamento.
•	NR 31 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, 
Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura;
Esta	NR	tem	por	objetivo	estabelecer	os	preceitos	a	serem	observados	na	organização	e	no	
ambiente	de	trabalho,	de	forma	a	tornar	compatível	o	planjamento	e	o	desenvolvimento	
das	atividades	da	agricultura,	pecuária,	silvicultura,	exploração	florestal	e	aqüicultura	com	
a	segurança	e	saúde	e	meio	ambiente	do	trabalho.	[2]
Para	 fins	 de	 aplicação	 desta	 NR	 considera-se	 atividade	 agro-econômica,	 aquelas	 que	
operando	na	transformação	do	produto	agrário,	não	alterem	a	sua	natureza,	retirando-lhe	
a	condição	de	matéria	prima.
•	NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde;
Esta	 NR	 tem	 por	 finalidade	 estabelecer	 as	 diretrizes	 básicas	 para	 a	 implementação	 de	
medidas	de	proteção	à	segurança	e	à	saúde	dos	trabalhadores	dos	serviços	de	saúde,	bem	
como	daqueles	que	exercem	atividades	de	promoção	e	assistência	à	saúde	em	geral.
Para	fins	de	aplicação	desta	NR,	entende-se	como	serviços	de	saúde	qualquer	edificação	
destinada	à	prestação	de	assistência	à	saúde	da	população,	e	todas	as	ações	de	promoção,	
recuperação,	assistência,	pesquisa	e	ensino	em	saúde	em	qualquer	nível	de	complexidade.
A	responsabilidade	é	solidária	entre	contratante	e	contratado	quanto	ao	cumprimento	da	
NR	32.	A	conscientização	e	colaboração	de	todos	é	muito	importante	para	prevenção	de	
15
acidentes	na	área	da	saúde.
As	atividades	relacionadas	aos	serviços	de	saúde	são	aquelas	que,	no	entendimento	do	
legislador,	apresentam	maior	risco	devido	à	possibilidade	de	contato	com	microorganismos	
encontrados	 nos	 ambientes	 e	 equipamentos	 utilizados	 no	 exercício	 do	 trabalho,	 com	
potencial	de	provocar	doenças	nos	trabalhadores.
Os	 trabalhadores	diretamente	envolvidos	 com	estes	 agentes	 são:	médicos,	 enfermeiros,	
auxiliares	e	 técnicos	de	enfermagem,	atendentes	de	ambulatórios	e	hospitais,	dentistas,	
limpeza	 e	manutenção	 de	 equipamentos	 hospitalares,	motoristas	 de	 ambulância,	 entre	
outros	envolvidos	em	serviços	de	saúde.
•	NR 33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;
Esta	NR	tem	por	objetivo	estabelecer	os	requisitos	mínimos	para	identificação	de	espaços	
confinados	e	o	reconhecimento,	avaliação,	monitoramento	e	controle	dos	riscos	existentes,	
de	 forma	 a	 garantir	 permanentemente	 a	 segurança	 e	 saúde	 dos	 trabalhadores	 e	 que	
interagem	direta	ou	indiretamente	nestes	espaços.
Espaçoconfinado	é	qualquer	 área	ou	ambiente	não	projetado	para	ocupação	humana	
contínua,	 que	 possua	 meios	 limitados	 de	 entrada	 e	 saída,	 cuja	 ventilação	 existente	
é	 insuficiente	 para	 remover	 contaminantes	 ou	 onde	 possa	 existir	 a	 deficiência	 ou	
enriquecimento	de	oxigênio.
•	NR 34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e 
Reparação Naval;
Esta	NR	trata	de	nove	procedimentos	de	trabalhos	executados	em	estaleiros:	trabalho	a	
quente;	montagem	e	desmontagem	de	andaimes;	pintura;	jateamento	e	hidrojateamento;	
movimentação	de	cargas;	instalações	elétricas	provisórias;	trabalhos	em	altura;	utilização	
de	radionuclídeos	e	gamagrafia;	e	máquinas	portáteis	rotativas.
Esta	 NR	 tem	 por	 finalidade	 estabelecer	 os	 vários	 requisitos	mínimos	 e	 as	medidas	 de	
proteção	à	segurança,	à	saúde	e	ao	meio	ambiente	de	trabalho	nas	atividades	da	indústria	
de	construção	e	reparação	naval.
•	NR 35 Trabalho em Altura;
A	NR-35	estabelece	os	requisitos	mínimos	e	as	medidas	de	proteção	para	o	trabalho	em	
altura,	como	o	planejamento,	a	organização	e	a	execução,	a	fim	de	garantir	a	segurança	e	a	
saúde	dos	trabalhadores	com	atividades	executadas	acima	de	dois	metros	do	nível	inferior,	
onde	haja	risco	de	queda.
•	NR 36 (AINDA NÃO APROVADA) – Norma Regulamentadora sobre Abate e 
Processamento de Carnes e Derivados.
Disponibiliza	 para	 consulta	 pública	 o	 texto	 técnico	 básico	 de	 criação	 da	 Norma	
Regulamentadora	sobre	Abate	e	Processamento	de	Carnes	e	Derivados	pela	Portaria	N.º	
273	de	16	de	agosto	de	2011.
16
Unidade: Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
5. Aplicação das normas regulamentadoras
Nesse contexto vamos discorrer sobre a NR-10 (serviços em eletricidade), NR-11 (transporte, 
movimentação, armazenagem e manuseio de materiais), NR-15 (atividades e operações 
insalubres) e vamos nos aprofundar na NR-17 (ergonomia).
5.1. NR-10 - Serviços em eletricidade.
Conforme cita SESI, 2008, a NR-10, Norma Regulamentadora emitida pelo Ministério 
do Trabalho e Emprego do Brasil, tem como objetivo garantir a segurança e a saúde dos 
trabalhadores que interagem com instalações e serviços em eletricidade.
A NR-10 abrange todas as fases da produção de energia elétrica e todos os trabalhos realizados 
com eletricidade ou em suas proximidades: geração, transmissão, distribuição e consumo, 
incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações 
elétricas, e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades.
A NR10, em sua edição dada pela portaria MTE 598 de 07/12/2004, define que o empregador 
deve:
•	Elaborar	e	manter	um	Prontuário	das	Instalações	Elétricas	(PIE);
•	Elaborar	procedimentos	de	trabalho	a	nível	gerencial	e	de	execução	de	serviços;
•	Elaborar	relatório	técnico	de	inspeções,	com	recomendações	e	cronograma	de	adequações	dos	
itens	do	PIE;
•	Ministrar	treinamento	específico	aos	trabalhadores	em	eletricidade;	e
•	Fornecer	equipamento	de	proteção	individual	adequado.
 
 Atenção
As principais inovações da edição atual da NR-10 são a obrigatoriedade de:
•	Bloqueios	para	serviços	em	instalações	elétricas	desenergizadas;
•	Vestimentas	 adequadas	 à	 atividade	 e	 que	 contemplem	 a	 inflamabilidade,	 condutividade	 e	
influências	eletromagnéticas;
•	Ordem	de	serviço	específica,	com	local	e	data;
•	Uso	de	técnicas	de	análise	de	risco;	e
•	Instrução	 formal	 aos	 trabalhadores	 não	 relacionados	 às	 instalações	 elétricas,	 porém	 com	
atividades	em	zona	livre	e	na	vizinhança	de	zona	controlada.
17
A NR10 definiu que só podem exercer atividades com eletricidade os trabalhadores 
qualificados, ou capacitados e os profissionais habilitados, após um treinamento obrigatório e 
com anuência formal da empresa.
O anexo II na NR10 determina que seja obrigatório para todos os profissionais com trabalhos 
em eletricidade os seguintes treinamentos:
•	Curso	Básico	-	Segurança	em	instalações	e	serviços	com	eletricidade,	com	carga	horária	de	40	
horas,	para	todos	os	trabalhadores;
•	Curso	Complementar	-	Segurança	no	Sistema	Elétrico	de	Potência	(SEP)	e	em	suas	proximidades,	
com	carga	horária	de	40	horas,	para	os	profissionais	que	exercem	atividades	no	Sistema	Elétrico	
de	Potência	ou	em	suas	proximidades.
Todos os trabalhadores devem passar por um treinamento de reciclagem bienalmente (a cada 
2 anos).
5.1.1. Importante:
•	 O	Prontuário	de	Instalações	Elétricas	é	uma	das	grandes	novidades	da	NR	10.	A	
idéia	é	reunir	um	conjunto	de	documentos	técnicos	que	caracterizem	a	existência	
de	documentação	atualizada	sobre	as	instalações,	os	serviços	e	os	profissionais	
autorizados	a	intervir	nessas	instalações.
•	 Muitas	dúvidas	 têm	surgido	sobre	o	que	é	o	prontuário	ou	como	elaborá-lo.	O	
glossário	da	NR	10,	que	 integra	o	próprio	 texto	da	norma,	define	o	prontuário	
como	 um	 “sistema	 organizado	 de	 forma	 a	 conter	 uma	 memória	 dinâmica	 de	
informaçõespertinentes	às	instalações	e	aos	trabalhadores”.	Não	existe	um	formato
•	 preestabelecido.	Cabe	à	empresa	estabelecer	os	critérios	para	sua	composição	e	
formatação.
•	 Alguns	dos	documentos	já	são	exigidos	por	outras	normas	regulamentadoras	ou	
estão	integrados	aos	sistemas	administrativos	da	empresa,	como	pode	ser	o	caso	
das	especificações	dos	equipamentos	de	proteção	individual	e	da	comprovação	
de	qualificação	dos	profissionais.
•	 Entretanto,	 ao	 optar	 pela	 palavra	 prontuário,	 não	 podemos	 fugir	 do	 seu	
significado.
•	 Por	isso,	parece	evidente	que	a	norma	nos	determina	a	existência	de	um	lugar	onde	
todos	esses	documentos	possam	estar	reunidos	e	disponíveis	aos	trabalhadores	
(10.2.6	 e	 10.14.4)	 e	 à	 fiscalização	 (10.14.5).	Este	 lugar	 pode	 ser	 uma	pasta,	
um	fichário,	um	arquivo,	um	armário,	enfim,	qualquer	local	que	possa	conter	o	
conjuntode	documentos	relacionados	nos	subitens	da	norma.
•	 A	norma	estabelece	prescrições	complementares	para	as	empresas	que	operem	
eminstalações	ou	equipamentos	integrantes	do	sistema	elétrico	de	potência	ou	
querealizem	trabalhos	em	proximidade	desse	sistema.
•	 O	 aterramento	 continua	 sendo	 a	 principal	 proteção	 coletiva	 contra	 os	
contatosacidentais	que	ocorram	com	equipamentos	e	instalações	e	se	caracteriza	
pela	instalação	de	condutores	de	proteção	(“fio	terra”)	interligando	todas	as	partes	
metálicas	de	uma	 instalação	que	estejam	sujeitas	a	esses	contatos	acidentais	e	
conectando-os	aos	barramentos	de	terra.	Esses	barramentos	de	terra,	por	sua	
vez,	devem	estar	conectados	à	malha	de	aterramento	da	edificação,	constituída,	
na	maioria	das	vezes,	por	hastes	metálicas	cravadas	no	solo	e	interligadas	por	
condutores	de	cobre.
18
Unidade: Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
5.2. NR-11 - Transporte, movimentação, armazenagem e 
manuseio de materiais.
Conforme cita SESI, 2008 a Norma Regulamentadora 11, cujo título é Transporte, 
Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais, estabelece os requisitos de segurança 
a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à 
armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica, quanto manual, de modo 
a evitar acidentes no local de trabalho. 
Essa NR foi redigida devido ao grande número de acidentes, causados pelos equipamentos de 
içamento e transporte de materiais, ocorridos com a crescentemecanização das atividades que 
motivaram um aumento da quantidade de materiaismovimentados no ambiente de trabalho. A 
NR 11 tem a sua existência jurídicaassegurada no nível de legislação ordinária, nos artigos 182 
e 183 da CLT.
5.2.1. Importante:
As	normas	 técnicas	da	ABNT	NBR	13543	e	NBR	6327,	que	 tratam	dos	aspectos	 técnicos	
envolvidos	 na	 utilização	 de	 equipamentos	 para	 movimentação	 de	 materiaise	 cabos	 de	 aço,	
devem	ser	consultadas.
Os	equipamentos	deiçamento	de	cargas	devem	ser	projetados	para	o	uso	
seguro,	em	todas	as	condições	operacionais,	possuindo	todos	os	dispositivos	
de	 segurançanecessários.	 Devem	 ser	 inspecionados	 periodicamente	 e	
passar	por	manutenções	preventivas	e	corretivas.	Estes	equipamentos	são	
constituídos,	principalmente	de:
•	Guinchos	(gaiolas	de	içar,	plataformas	e	cubas);
•	Gruas,	elevador,	blocos	de	roldana	ou	outros	dispositivos	com	ganchos;
•	Acessórios,	 tais	 como:	 correntes,	 ganchos,	 garfos,	 elevadores,	 grampos,	
caixas	para	elevação	de	materiais	e	equipamentos	similares.
O	gancho,	apesar	de	merecer	uma	atenção	especial,	pois	é	a	parte	mais	fraca	dosistema	de	
içamento,	não	quebra	de	repente.	Ele	sofre	uma	deformação,	que	pode	ser	acompanhada	nas	
inspeções	periódicas.	Sempre	que	possível,	deve	ser	usado	gancho	de	segurança	com	trava	ou	
gancho	específico	para	o	serviço	a	ser	feito.
Os	cabos	de	aço	são	muito	utilizados	nas	operações	industriais	e	mereceminspeções	rigorosas	
e	 freqüentes.	Sinais	de	deterioração	 indicam	a	necessidade	de	 troca	 imediata.	O	mais	 grave	
deles	é	a	corrosão,	principalmente	quando	a	mesma	seinicia	no	interior	do	cabo.	Outras	causas	
freqüentes	de	desgaste	incluem:	fadiga	do	material,	sobrecarga,	falta	de	lubrificação	e	dobras.
As	inspeções	dos	cabos	de	aço	podem	ser	subdivididas	em	freqüentes	e	periódicas.	No	caso	
de	se	detectar	um	dano	no	cabo	de	aço,	o	mesmo	deverá	ser	retirado	deserviço	ou	submetido	a	
uma	inspeção	por	uma	pessoa	qualificada.
19
As	 inspeções	 devem	 ser	 determinadas	 pelo	 engenheiro	 responsável	 pela	 obra	 oupessoa	
qualificada	e	que	seja	responsável	pela	manutenção	e	instalação	dos	cabosde	aço,	baseando-se	
em	fatores	tais	como:	a	expectativa	de	vida	do	cabodeterminada	pela	experiência	anterior	ou	em	
instalações	similares;	agressividade	do	meio	ambiente;	relação	entre	a	carga	usual	de	trabalho	e	
a	capacidade	máxima	doequipamento;	e	freqüência	de	operações	e	exposição	a	trancos.
5.3. NR-15 Atividades e operações insalubres.
Conforme cita SESI, 2008 a Norma Regulamentadora 15, cujo título é Atividades e Operações 
Insalubres, define em seus anexos, os agentes insalubres, limites de tolerância e os critérios 
técnicos e legais para avaliar e caracterizar as atividades e operações insalubres e o adicional 
devido para cada caso.
Nesse cenário cabe a seguinte pergunta: Qual o objetivo da NR 15? Apresentar	os	limites	de	
tolerância	e	os	requisitos	técnicos	visando	à	caracterização	de	atividade	ou	operação	insalubre	
visando	o	pagamento	de	adicional	de	insalubridade.
5.3.1. Importante:
Quando	são	estabelecidos	limites	de	tolerância,	a	insalubridade	é	caracterizada	
pela	perícia	através	da	avaliação	ambiental,	considerando,	conforme	o	caso,	o	
tempo	de	exposição	e	a	proteção	individual	destinado	a	minimizar	a	exposição	
ao	agente.
O	 adicional	 de	 insalubridade	deve	 ser	 pago	mesmo	que	 a	 remuneração	do	 trabalho	 seja	
superior	à	soma	do	salário	mínimo	(ou	profissional)	mais	o	adicional.	Salvo	se	esta	superioridade	
advier,	 exatamente,	 do	 seu	 pagamento.	 Existe	 divergência	 no	 pensamento	 jurídico	 sobre	 o	
pagamento	de	adicional	de	insalubridade	ou	periculosidade	no	pagamento	de	horas	extras.
	Recentemente,	o	MTE	reconheceu	o	critério	objetivo	da	National	 Institute	 for	Occupation	
Safety	and	Health	(Niosh)	e	American	National	Standards	Institute	(Ansi)	para	avaliação	do	nível	
de	atenuação	dos	protetores	auriculares.	Nestes	ensaios,	é	considerada	a	colocação	do	protetor	
por	pessoas	comuns,	da	mesma	forma	que	ele	seria	utilizado	pelos	 trabalhadores.	 	Para	este	
método,	foi	estabelecida	a	taxa	de	atenuação	de	ruído	uso	próprio	chamado	de	Noise	Reduction	
Rate	-	Self	Feet	(NRRsf).	Existem	diversos	fatores	práticos,	no	uso	real,	que	levam	à	redução	da	
eficácia	durante	o	uso	dos	protetores	auriculares.	São	eles:
1 - Colocação	 e	 ajustes	 inadequados	 devido	 à	 existência	 de	 protetores	 desconfortáveis,	
motivação	baixa	ou	treinamento	ineficiente	do	trabalhador;
2 - Tamanho	incorreto:	especialmente	no	caso	de	protetores	de	inserção,	em	alguns	casos	
pode	ser	necessário	que	o	indivíduo	utilize	tamanhos	diferentes	para	cada	canal	auditivo	
(isso	ocorre	com	uma	pequena	porcentagem	da	população);
3 - 	 Interferências	 e	 incompatibilidade:	 podem	 ocorrer	 em	 caso	 de	 uso	 de	 óculos	 de	
segurança	 ou	 pessoais,	 excesso	 de	 cabelo,	 ou	 barba,	 que	 prejudiquem	 o	 selo	 dos	
protetores	circum-auriculares	junto	à	face;
4 - Reajuste	e	hábitos	operacionais:	os	protetores	auriculares	podem	ser	deslocados	ou	mal	
20
Unidade: Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
posicionados	durante	a	jornada	de	trabalho,	pois	neste	período	os	trabalhadores	falam	
e	 comem,	 resultando	 no	movimento	 das	mandíbulas,	 causando	 a	 perda	 da	 selagem	
circumauricular	ou	afrouxamento	das	inserções;
Deterioração:	 é	 um	 fato	 natural	 decorrente	 do	 uso.	 Pode	 ocorrer	 o	 endurecimento	 das	
partes	plásticas	dos	protetores,	alteração	em	contato	com	a	cera	do	ouvido,	rachadura	e	outros.
As	almofadas	dos	protetores	podem	ter	sua	pressão	exercida	diminuída	com	o	tempo,	pelo	
afrouxamento	do	suporte.	É	evidente	que	são	necessárias	inspeções	freqüentes	para	se	prevenir	
a	degradação	da	atenuação,	devido	a	este	e	muitos	outros	fatores.
Tempo	de	utilização	real	do	protetor:	os	valores	assumidos	para	os	níveis	de	ruído	que	atingem	
o	ouvido	com	o	EPI	se	referem	a	uma	utilização	durante	100%	da	jornada	de	trabalho.
5.4. NR-17 – Ergonomia
Conforme cita SESI, 2008 a Norma Regulamentadora 17, cujo título é Ergonomia, visa 
estabelecer parâmetrosque permitam a adaptação das condições de trabalho às condições 
psicofisiológicasdos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança 
edesempenho eficiente. A NR 17 tem a sua existência jurídica assegurada, em nível delegislação 
ordinária, nos artigos 198 e 199 da CLT.
5.4.1. Documentos complementares:
•	ABNT	NBR	5413	-	Iluminância	de	interiores.
•	Capítulo	V	do	Título	II	da	CLT	-	Refere-se	à	Segurança	e	Medicina	do	Trabalho.
•	CLT	Título	III	Normas	Especiais	do	Trabalho.	Capítulo	I	–	Disposições	especiais	sobre	duração	e	
condições	de	trabalho	e	Capítulo	III	-	Da	Proteção	do	Trabalho	da	Mulher.
•	Convenção	 OIT	 127	 -	 Peso	 máximo	 das	 cargas	 que	 podem	 ser	 transportadas	 por	 um	 só	
trabalhador.
•	Instrução	Normativa	 INSS/DC	nº98,	 de	 05	 de	 dezembro	 de	 2003	 –	Aprova	Norma	Técnica	
sobre	Lesões	por	Esforços	Repetitivos	(LER)	ou	Distúrbios	Osteomoleculares		Relacionados	ao	
Trabalho	(DORT)	em	substituição	da	Ordem	de	Serviço	INSS/DSS	nº	606/98.
•	Nota	Técnica	MTE/SIT/DSST	nº	060,	de	03/09/01	-	Ergonomia	–	 indicação	de	postura	a	ser	
adotada	na	concepção	de	postos	de	trabalho.
•	Portaria	MPAS	nº	4.062,	de	06/08/87	-	Reconhece	a	Tenossinovite	como	doença	do	trabalho.
•	Portaria	MTb	nº	3.751,	de	23/11/1990	-	Alteração	já	efetuada	no	texto.
5.4.2. Perguntas e respostas comentadas
5.4.2.1. O que é ergonomia?
Ergonomia é a disciplina científica que diz respeito ao entendimento das interaçõesentre os 
21
homens e os outros elementos de um sistema e a profissão que aplica teorias,princípios, dados 
e métodos para projetar de modo a otimizar o bem-estar dos homense a eficiência total do 
sistema.
5.4.2.2. O empregador está obrigado a realizar análise ergonômica?
Sim, a avaliação ergonômica dos postos e métodos de trabalho é um dos documentosobrigatórios 
que podem ser exigidos pelos Auditores Fiscais do Trabalho.
5.4.2.3. O que deve conter uma análise ergonômica?
A análise ergonômica do trabalho, também conhecida pela sigla AET, deve conter asseguintes 
etapas:
Análise da demanda e do contexto;
•	Análise	global	da	empresa	no	seu	contexto	das	condições	técnicas,	econômicas	e	sociais;
•	Análise	da	população	de	trabalho;
•	Definição	das	situações	de	trabalho	a	seremestudadas;
•	Descrição	das	tarefas	prescritas,	das	tarefas	reais	e	das	atividades;
•	Análise	das	atividades	-	elemento	central	do	estudo;
•	Diagnóstico;
•	Validação	do	diagnóstico;
•	Recomendações;
•	Simulação	do	trabalho	com	as	modificações	propostas;
•	Avaliação	do	trabalho	na	nova	situação.
5.4.2.4. O que é considerado transporte manual de carga para fins de aplicação 
da NR 17?
Segundo o item 17.2.1.1 da NR 17, transporte manual de cargas designa todotransporte 
no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador,compreendendo o 
levantamento e a deposição da carga.
5.4.2.5. O que é considerado transporte manual regular de carga para fins de 
aplicação da NR 17?
De acordo com o item 17.2.1.2 da NR 17, transporte manual regular de cargas designa 
toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de formadescontínua, o 
transporte manual de cargas.
22
Unidade: Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
5.4.2.6. Qual a idade de enquadramento do chamado trabalho jovem previsto 
na NR 17?
Conforme o item 17.2.1.3 da NR 17, trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade 
inferior a dezoito anos e maior de quatorze anos.
5.4.2.7. Quais as restrições da mulher para o trabalho manual de carga?
Segundo o item 17.2.5 da NR 17, quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados 
para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deveráser nitidamente inferior 
àquele admitido para os homens, para não comprometer a suasaúde ou sua segurança.
Quais os cuidados a serem tomados com equipamentos utilizados noprocessamento eletrônico 
de dados com terminais de vídeo de forma habitual epermanente?
De acordo com o item 17.4.3, os seguintes cuidados devem ser tomados:
Condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela doequipamento à 
iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, eproporcionar corretos ângulos de 
visibilidade ao trabalhador;
O teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo aotrabalhador ajustá-lo de 
acordo com as tarefas a serem executadas;
A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados demaneira que as 
distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejamaproximadamente iguais.
5.4.2.8. Quais os cuidados a serem tomados com equipamentos utilizados 
noprocessamento eletrônico de dados com terminais de vídeo de forma 
eventual?
Conforme o item 17.4.3.1 da NR 17, quando os equipamentos de processamentoeletrônico 
de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente, poderãoser dispensadas as 
exigências previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza dastarefas executadas e levando-
se em conta a análise ergonômica do trabalho.
5.4.2.9. Quais os cuidados a serem tomados no ambiente de trabalho que 
exijamsolicitação intelectual e atenção constantes?
De uma forma geral, as condições ambientais de trabalho devem estar adequadas 
àscaracterísticas psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a serexecutado. 
Segundo o item 17.5.2 da NR 17, nos locais de trabalho onde sãoexecutadas atividades que 
exijam solicitação intelectual e atenção constante, tais como:
Salas de controle, Iaboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise deprojetos, 
dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
•	Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na norma ABNT NBR 10152;
•	Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23ºC;
23
•	Velocidade do ar não-superior a 0,75 m/s;
•	Umidade relativa ao ar não-inferior a 40%.
5.4.3.0. Onde se encontram as orientações a serem seguidas no ambiente 
detrabalho com relação à iluminação?
De acordo com o item 17.5.3.3, os níveis mínimos de iluminamento a serem observadosnos 
locais de trabalho são os valores de iluminância estabelecidos na norma ABNTNBR 5413.
5.4.3.1. Quais os cuidados a serem tomados nas atividades e métodos 
detrabalho que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica dos membros?
Segundo o item 17.6.3, nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática oudinâmica 
do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir daanálise ergonômica 
do trabalho, deve ser observado o seguinte:
•	Todo	e	qualquer	sistema	de	avaliação	de	desempenho	para	efeito	de	remuneração	e	vantagens	de	
qualquer	espécie	deve	levar	em	consideração	as	repercussões	sobre	a	saúde	dos	trabalhadores;
•	Devem	ser	incluídas	pausas	para	descanso;
•	Quando	do	retorno	ao	trabalho,	após	qualquer	tipo	de	afastamento	igual	ou	superior	a	15	dias,	
a	exigência	de	produção	deverá	permitir	um	retorno	gradativo	aos	níveis	de	produção	vigentes	
na	época	anterior	ao	afastamento.
5.4.3.2. Onde se encontram os requisitos a serem seguidos pelos 
empregadoresque desenvolvam atividade comercial utilizando sistema de 
auto-serviço echeckout como supermercados, hipermercados e comércio 
atacadista?
A NR 17 possui o Anexo 1 disponibilizado no endereço eletrônico
(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17_anexo1.pdf) com os 
requisitos técnicos e legais a serem seguidos pelos empregadores.
5.4.3.2. Onde se encontram os requisitos a serem seguidos pelos 
empregadoresque desenvolvam atividade de teleatendimento - telemarketing?
A NR 17 possui o Anexo 2 disponibilizado no endereço eletrônico
(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17_anexo2.pdf) com os 
requisitos técnicos e legais a serem seguidos pelos empregadores.
5.4.3. Importante:
Em muitas indústrias, os turnos de trabalho estão tornando-se mais comuns, 
o que, inevitavelmente, cria problemas com efeitos na saúde e na vida social. 
24
Unidade: Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
Poucas pessoas se adaptam adequadamente, devido às alterações em seus “relógios biológicos” 
e em sua vida cotidiana.
•	O turno de trabalho é necessário nas situações em que a produção contínua não pode ser 
interrompida por razões técnicas e/ou econômicas ou quando o trabalho exercido envolve 
interesses da coletividade, como, por exemplo, serviços de transporte, hospitais e outros serviços 
de utilidade pública.
•	Os trabalhadores de turno podem sofrer condições de sono alteradas, problemas estomacais 
e outros. Este tipo de trabalho pode trazer outros distúrbios no ritmo biológico normal. A 
temperatura do corpo, por exemplo, varia durante o dia, tendo, normalmente, sua mínima de 
manhã e sua máxima à noite. Isto coincide com outras mudanças no sistema circulatório, nos 
tecidos, nas atividades hormonais e cerebrais que estão adequadas para o trabalho durante o 
dia e sono durante a noite.
•	Este ritmo biológico não se inverte completamente na mudança dos turnos. Sabe-se que a 
adaptação completa não acontece, mesmo depois de várias semanas. Esta é a razão pela qual 
o trabalho noturno é mais penoso e porque o sono do dia é mais curto e menos compensador 
que o sono normal da noite.
•	O trabalho em turno deve ser programado e adaptado para evitar que o trabalhador se isole 
socialmente. Para melhorar as condições dos trabalhadores por turnos, é recomendável agir em 
duas áreas:
•	Melhorar a programação dos turnos:
1 - Reduzir a carga horária de trabalho;
2 - Permitir maior flexibilidade, de modo a permitir que os trabalhadores escolham seu 
turno de trabalho no caso de turnos fixos;
3 - Garantir o revezamento. Uma variação com mais equipes geralmente é mais favorável, 
já que ela reduz a necessidade de ajuste e a frequência de turnos noturnos;
4 - Adequar períodos de descanso adequados entre os turnos;
5 - Garantir dias de descanso, principalmente aos finais de semana;
6 - Variar o período dos turnos.
Melhorar as condições de trabalho e de vida:
1 - Fixar pausas para as refeições e outros intervalos durante o turno;
2 - Fornecer lugares para comer e outrasinstalações com comidas quentes e bebidas;
3 - Fornecer serviços de transporte;
4 - Assegurar serviços de primeiros socorros e supervisão médica;
5 - Fornecer locais para descanso e lazer durante os intervalos de trabalho;
6 - Melhorar as condições de vida;
7 - Melhorar o acesso à atualização profissional e às atividades sociais.
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6. Segurança do trabalho – Comunicação de Acidente do
Trabalho – CAT
A Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente na Lei nº 5.316/67, 
com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/95, regulamentada pelo 
Decreto nº 2.172/97.
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença 
profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de 
omissão.
Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e exato 
preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não apenas do 
ponto de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social e é 
regulamentado pela PORTARIA Nº 5.051, de 26 de fevereiro de 1.999.
CAT é um formulário que a empresa deverá preencher comunicando o acidente do trabalho, 
ocorrido com seu empregado, havendo ou não afastamento, até o primeiro dia útil seguinte ao 
da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa.
6.1. Recomendações gerais:
Em face dos aspectos legais envolvidos, recomenda-se que sejam tomadas algumas precauções 
para o preenchimento da CAT, dentre elas:
 · Não assinar a CAT em branco;
 · Ao assinar a CAT, verificar se todos os itens de identificação foram devida e corretamente 
preenchidos;
 · O atestado médico da CAT é de competência única e exclusiva do médico;
 · O preenchimento deverá ser feito a máquina ou em letra de forma, de preferência com 
caneta esferográfica;
 · Não conter emendas ou rasuras;
 · Evitar deixar campos em branco;
 · Apresentar a CAT, impressa em papel, em duas vias ao INSS, que reterá a primeira via, 
observada a destinação das demais vias;
O formulário “Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT” poderá ser substituído por 
impresso da própria empresa, desde que esta possua sistema de informação de pessoal mediante 
processamento eletrônico, cabendo observar que o formulário substituído deverá ser emitido 
por computador e conter todas as informações exigidas pelo INSS.
 � A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho, ocorrido com seu empregado, 
havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, 
em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável entre 
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Unidade: Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
o limite mínimo e o teto máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada 
nas reincidências, aplicada e cobrada na forma do artigo 109 do Decreto nº 2.173/97. 
Deverão ser comunicadas ao INSS, mediante formulário “Comunicação de Acidente do 
Trabalho – CAT”, as seguintes ocorrências:
a- Acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do trabalho – CAT 
inicial;
b- Reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do 
trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS 
– CAT reabertura;
c- Falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, ocorrido 
após a emissão da CAT inicial – CAT comunicação de óbito.
A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT, preenchido em seis 
vias, com a seguinte destinação:
1ª via – ao INSS;
2ª via – à empresa;
3ª via – ao segurado ou dependente;
4ª via – ao sindicato de classe do trabalhador;
5ª via – ao Sistema Único de Saúde – SUS;
6ª via – à Delegacia Regional do Trabalho – DRT.
 � A entrega das vias da CAT compete ao emitente da mesma, cabendo a este comunicar 
ao segurado ou seus dependentes em qual Posto do Seguro Social foi registrada a CAT.
 � Tratando-se de trabalhador temporário, a comunicação referida neste item será feita 
pela empresa de trabalho temporário.
No caso do trabalhador avulso, a responsabilidade pelo preenchimento e encaminhamento 
da CAT é do Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO e, na falta deste, do sindicato da categoria.
Para este trabalhador, compete ao OGMO e, na sua falta, ao seu sindicato preencher e 
assinar a CAT, registrando nos campos “Razão Social/Nome” e “Tipo” (de matrícula) os dados 
referentes ao OGMO ou ao sindicato e, no campo “CNAE”, aquele que corresponder à categoria 
profissional do trabalhador.··.
No caso de segurado especial, a CAT poderá ser formalizada pelo próprio acidentado 
ou dependente, pelo médico responsável pelo atendimento, pelo sindicato da categoria ou 
autoridade pública.
São autoridades públicas reconhecidas para esta finalidade: os magistrados em geral, os 
membros do Ministério Público e dos Serviços Jurídicos da União e dos Estados, os comandantes 
de unidades militares do Exército, Marinha, Aeronáutica e Forças Auxiliares (Corpo de Bombeiros 
e Polícia Militar).
27
Quando se tratar de marítimo, aeroviário, ferroviário, motorista ou outro trabalhador 
acidentado fora da sede da empresa, caberá ao representante desta comunicar o acidente.
Tratando-se de acidente envolvendo trabalhadores a serviço de empresas prestadoras de 
serviços, a CAT deverá ser emitida pela empresa empregadora, informando, no campo próprio, 
o nome e o CGC (Cadastro Geral de Contribuintes) ou CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa 
Jurídica) da empresa onde ocorreu o acidente.··.
É obrigatória a emissão da CAT relativa ao acidente ou doença profissional ou do trabalho 
ocorrido com o aposentado por tempo de serviço ou idade, que permaneça ou retorne à 
atividade após a aposentadoria, embora não tenha direito a benefícios pelo INSS em razão do 
acidente, salvo a reabilitação profissional.
Neste caso, a CAT também será obrigatoriamente cadastrada pelo INSS.
Tratando-se de presidiário, só caberá a emissão de CAT quando ocorrer acidente ou doença 
profissional ou do trabalho no exercício de atividade remunerada na condição de empregado, 
trabalhador avulso, médico-residente ou segurado especial.
Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, 
seus dependentes, o sindicato da categoria, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade 
pública.
A comunicação a que se refere este item não exime a empresa da responsabilidade pela falta 
de emissão da CAT.
Todos os casos com diagnóstico firmado de doença profissional ou do trabalho devem ser 
objeto de emissão de CAT pelo empregador, acompanhada de relatório médico preenchido 
pelo médico do trabalho da empresa, médico assistente (serviço de saúde público ou privado) 
ou médico responsável pelo PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – 
previsto na NR nº 7), com descrição da atividade e posto de trabalho para fundamentar o nexo 
causal e o técnico.
No caso de doença profissional ou do trabalho, a CAT deverá ser emitida após a conclusão 
do diagnóstico.
Quando a doença profissional ou do trabalho se manifestar após a desvinculação do 
acidentado da empresa onde foi adquirida, deverá ser emitida CAT por aquela empresa, e na 
falta desta poderá ser feita pelo serviço médico de atendimento, beneficiário ou sindicato da 
classe ou autoridade.
A CAT poderá ser apresentada no Posto do Seguro Social – PSS mais conveniente ao 
segurado, o que jurisdiciona a sede da empresa, do local do acidente, do atendimento médico 
ou da residência do acidentado.
Deve ser considerada como sede da empresa a dependência, tanto a matriz quanto a filial, 
que possua matrícula no CGC ou no CNPJ, bem como a obra de construção civil registrada por 
pessoa física.
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Unidade: Legislação eGestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
6.2. Comunicação de reabertura
As reaberturas deverão ser comunicadas ao INSS pela empresa ou beneficiário, quando 
houver reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho 
ou doença ocupacional comunicado anteriormente ao INSS.
Na CAT de reabertura deverão constar as mesmas informações da época do acidente, exceto 
quanto ao afastamento, último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão, que serão 
relativos à data da reabertura.
Comunicação de óbito
O óbito decorrente de acidente ou doença ocupacional, ocorrido após a emissão da CAT 
inicial ou da CAT reabertura, será comunicado ao INSS através da CAT comunicação de óbito, 
constando a data do óbito e os dados relativos ao acidente inicial. Anexar a Certidão de Óbito 
e, quando houver, o laudo de necropsia.
Figura 3. Formulário parcial de Comunicação de Acidente do Trabalho
Fonte: http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html
29
Material Complementar
Com o objetivo de consolidar as informações obtidas nesse ambiente, sugiro que façam uso 
do seguinte material:
 
 Explore
Ministério do trabalho e do emprego – Normas Regulamentadoras
http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm
Ministério da Previdência Social – CAT (Comunicação de acidente do trabalho)
http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297
Legislação Comentada
http://pro-sst1.sesi.org.br/portal/main.jsp?lumPageId=FF80808127E-
00DDF0128412778E572D3
 
 Explore
Vídeo da NR-35 comentada
http://www.youtube.com/watch?v=NPQ3BFN60js
Vídeo aula NR-10 (instalações elétricas)
http://www.youtube.com/watch?v=dIVw8mFwdHA
O ser humano aprende com exemplos e contra exemplos. Veja exemplos “criativos” 
de como instalações elétricas NÃO DEVEM SER FEITAS!
http://www.youtube.com/watch?v=PwAEgdrPHk8
Vide NR-11 (movimentação e armazenagem)
http://www.youtube.com/watch?v=zxdZTvRwVfU
http://www.youtube.com/watch?v=4I5L6OHPdJo
Vídeo aula NR-15 (insalubridade) 
http://www.youtube.com/watch?v=dIVw8mFwdHA
30
Unidade: Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho
 
 Explore
Vídeo aula NR-17 (ergonomia)
http://www.youtube.com/watch?v=C2IG7YRZS1E
Vídeo sobre Revolução Industrial - I
http://www.youtube.com/watch?v=meSQG6bNvOM
Administração Científica de Taylor
http://www.youtube.com/watch?v=JZq9a_r4C3M
Fábrica da Ford e o Modelo – T
http://www.youtube.com/watch?v=8caU8gvD6Dc
Elton Mayo e a Escola das Relações Humanas
http://www.youtube.com/watch?v=KOGrcLx5W-g&feature=fvsr
31
Referência
SESI, Departamento Regional da Bahia, “Legislação Comentada”, 2008.
http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html
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Anotações
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