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GRUPO SER EDUCACIONAL UNAMA – FACULDADE DA AMAZÔNIA CURSO DE FISIOTERAPIA Santarém – Pará Março de 2018 HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA Profa. Mestranda Eliane Marinho ORIGEM DA FISIOTERAPIA Na idade média (Sec. IV-XV) as diferenças incomodas são tratadas como algo que precisa ser exorcizado. Nobreza, Clero e camponeses. Culto da alma, do espírito. Corpo visto como recipiente e doenças como resultado de questões espirituais. Houve uma interrupção no avanço dos estudos no campo da saúde. Hospitais junto a mosteiros. Exercícios utilizados por clero e nobreza para “potência corporal”. Exercícios utilizados por burgueses e lavradores por diversão. ORIGEM DA FISIOTERAPIA Na antiguidade > diferenças incômodas > agentes físicos (recursos elétricos, movimentos do corpo, etc.). 2698 a.C. imperador chinês Hoong-Ti criou um tipo de ginástica curativa com exercícios respiratórios e exercícios para evitar a obstrução dos órgãos. Na medicina da Trácia e Grega, a terapia pelo movimento constituía uma parte fixa do plano de tratamento. Galeno (130-199 d.C.) corrigiu com uma ginástica corrigir o tóraxa de um rapaz e restabelecer s condições normais. ORIGEM DA FISIOTERAPIA No Renascimento (Sec. XV-XVI) a beleza física do homem e da mulher começam a ser valorizadas. Retomada dos estudos relativos ao cuidado com o corpo e a revitalização do culto ao físico. Preocupação com o tratamento do corpo e com a manutenção de corpos sãos. Propuseram exercícios para conservar um corpo saudável, regularidade no exercício, exercícios para indivíduos enfermos, exercícios individuais para convalescentes e exercícios para pessoas com ocupações sedentárias. Inicio das ações de “promoção da saúde” e “proteção específica”. ORIGEM DA FISIOTERAPIA No final do Renascimento (Após 1550) o interesse pela saúde corporal começa a especializar-se. Descoberta do Novo Mundo. Don Francisco (1779-1849) dividiu a ginástica em quatro pontos. Sendo o terceiro a cinesioterapia. Separação entre ginástica para os sãos e para os enfermos (salas de cura). Início do direcionamento da atuação da Fisioterapia para o tratamento de indivíduos lesados. ORIGEM DA FISIOTERAPIA Na industrialização (Séc. XVIII e XIX) ocorreu a mudança nas relações de trabalhado e iniciaram os acidentes de trabalhos e doenças relacionadas ao trabalho. Surgiu a idéia de atendimento hospitalar. Tratamentos com agentes físicos e farmacológicos para “resolver” as questões de saúde de trabalhadores doentes. Houve a predominância de uma assistência “curativa”, “recuperativa” e “reabilitadora”. Surgem as subdivisões da medicina, e surgem as bases de estudo da Fisioterapia (utilização do movimento – ginástica, para restaurar a saúde do corpo). FISIOTERAPIA NO BRASIL Em 1951 surgiu o primeiro Curso de Fisioterapia do Brasil, patrocinado pelo centro de estudos Raphael de Barros, cujo objetivo era formar técnicos em Fisioterapia. O primeiro curso de Fisioterapia surgiu em 1967 na Universidade de São Paulo, com duração de 3 anos, e a partir de 1980 este passou a ter a duração de 4 anos. Sendo que atualmente a duração é de 5 anos (2008). Em 1957 nasceu em São Paulo a Associação Paulista de Fisioterapeutas (APF). A Associação Brasileira de Fisioterapeutas (ABF) foi fundada a 19 de agosto de 1959 na capital de São Paulo. Em 1963 foi reconhecida pela World Confederation for Physical Therapy (WCPT). ORIGEM DA FISIOTERAPIA Na industrialização (Séc. XVIII e XIX) surgiram escolas de cinesioterapia durante a guerra, através de clínicas universitárias ortopédicas. As guerras produziram um grande número de pessoas sequelas e mutiladas que necessitavam ser reabilitadas. FISIOTERAPIA NO BRASIL A prática de Fisioterapia no Brasil iniciou-se no começo deste século, em 1919, quando foi fundado o Departamento de Eletricidade Médica pelo Professor Raphael de Barros da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Dez anos mais tarde, em 1929, o médico Dr. Waldo Rolim de Moraes instalou o serviço de Fisioterapia do Instituto do Radium Arnaldo Vieira de Carvalho no local do Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Ele ainda planejou e instalou, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o Serviço de Fisioterapia do Hospital das Clínicas de São Paulo. FISIOTERAPIA NO BRASIL Em 1963 o Ministério de Educação e Cultura (MEC) reconhece os cursos de Fisioterapia. O Decreto-Lei 938 de 13 de outubro de 1969 regulamentou a Fisioterapia no Brasil. A lei 6.316 de 17 de dezembro de 1975 – Cria sistema COFFITO e CREFITO. O Código de Ética Profissional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional foi aprovado pela Resolução COFFITO 10 de 3 de julho de 1978. Em 12 de agosto de 1980 foi expedida carta sindical pelo Ministério do Trabalho para legalização do Sindicato dos Fisioterapeutas (SINFITO). FISIOTERAPIA NO BRASIL A Fisioterapia no Brasil se confunde um pouco com a história da poliomielite e com o surgimento de recursos para tratar as sequelas dessa doença. A Escola de Reabilitação do Rio de Janeiro foi criada pela Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), em 1956, e foi a primeira instituição no País a oferecer em caráter regular um curso de graduação em Fisioterapia. Com o Parecer 388/63, elaborado para o Conselho Federal de Educação, e aprovado em 10 de dezembro de 1963 pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC), foi criado o 1º curso de Técnicos em Fisioterapia. FISIOTERAPIA NO BRASIL A Fisioterapia apresentou mudanças no decorrer dos 48 anos legais de profissão. No início, a profissão se baseava em livros de reabilitação e algumas técnicas, como Bobath, Kabat, etc. Hoje a prática clínica é necessariamente alicerçada em pesquisa e nos seus resultados, confirmando cada vez mais um interesse do fisioterapeuta na prática baseada em evidências. FISIOTERAPIA NO BRASIL A Fisioterapia, uma das áreas mais jovens da saúde, nasceu e vem se desenvolvendo no Brasil por meio dos esforços de uma categoria que, até 2004, era de aproximadamente 80 mil profissionais. Qualquer profissão que queira exercer sua autoridade profissional deve ter um amparo jurídico, baseado nas leis, portarias, pareceres e resoluções e deve também convencer a sociedade de que seus serviços são confiáveis. FISIOTERAPIA NO BRASIL A principal forma de convencer a sociedade que seus serviços são confiáveis, necessários, úteis, importantes e que, por isso mesmo, devem ser mantidos é dando sustentação científica às intervenções praticadas pela profissão. A sustentação científica é dada pelo conhecimento gerado nos institutos de pesquisas e programas de mestrado e doutorado, difundido nas revistas especializadas. FISIOTERAPIA stricto sensu No dia 20 de dezembro de 1996, o MEC, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autorizou oficialmente o funcionamento do primeiro mestrado brasileiro em Fisioterapia na Universidade de São Carlos (UFSCar). A partir disso, a fisioterapia passou a integrar formalmente a comunidade científica brasileira. Solidificação da fisioterapia junto à comunidade científica da grande área de ciências da saúde: criação da Associação Brasileira de pesquisa e Pós-Graduação em Fisioterapia (ABRAPG-Ft), o surgimento de Fóruns Nacionais de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu em Fisioterapia e a representação formal da área de fisioterapia e terapia ocupacional no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). FISIOTERAPIA stricto sensu FISIOTERAPIA stricto sensu • Avaliação CAPES • ENADE • Avaliação MEC e CEE • Avaliação Latu sensu FISIOTERAPIA stricto sensu No Brasil, existem atualmente dez programas de pós- graduação stricto sensu na área de fisioterapia e terapia ocupacional que oferecem mestrados acadêmicos e apenas doisoferecem também doutorado. PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM FISIOTERAPIA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM FISIOTERAPIA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM FISIOTERAPIA FISIOTERAPIA stricto sensu Área 21 da CAPES. A fisioterapia brasileira, além de ser uma profissão nova legalmente, é mais nova ainda como conhecimento científico. Há somente 14 anos ela foi inserida na comunidade científica brasileira. REFERÊNCIAS Site www.coffito.gov.br Cristiane de Carvalho Lima Calvalcante; Ana Rosa de Sousa Rodrigues; Thais Varanda Dadalto; Elirez Bezerra da Silva. Evolução científica da fisioterapia em 40 anos de profissão. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 24, n. 3, p. 513-522, jul./set. 2011. Amélia Pasqual Marques; Eugênio Lopes Sanches. Origem e evolução da fisioterapia: aspectos históricos e legais. Rev. Fisioter. Univ. , São Paulo, 1(1): 5-10, jul./dez.., 1994. http://www.coffito.gov.br/ Por hoje é só...