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ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 
 
Acadêmicos
1
 
Tutor Externo
2
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho aborda certas reflexões necessárias referente a Educação de Jovens e Adultos (EJA) 
da forma de como deve ser o artifício de ensinar, motivar e desinibir seus alunos a ler, entender e 
produzir textos, pois esses são os objetivos básicos do EJA. Se sabe que não pode haver construção 
de conhecimentos sem a intercessão do outro. Por meio desta visão, se faz essencial as 
contribuições das diversas teorias de vários pensadores na formação da prática dos profissionais, 
como a utilização de metodologias que encaminhe o professor ao processo pedagógico. Entre os 
objetivos se destaca a concepção do EJA como uma modalidade de ensino e seus atores principais: 
alunos e professores. Esta pesquisa também tem como objetivo a identificação e o conhecimento da 
forma que ocorre a educação de jovens e adultos atualmente, e qual sua contribuição no processo 
de aprendizagem, como na vida dos educandos, no aspecto de reflexão e revisão da metodologia 
aplicada além do seu verdadeiro papel da unidade de ensino na sociedade. Os resultados 
adquiridos nesta atividade, nos mostra que as prováveis causas para o abandono escolar são na 
sua grande parte relacionados em associar o trabalho com seus estudos, nos recursos didáticos 
utilizados, a inadequação da proposta de ensino as especificidades da EJA bem como a falta 
políticas públicas certas que garantem ao acesso e a permanência dos educandos na escola. 
 
Palavras-chave: Educação. Professor. Aluno. Jovens. Adultos. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A alfabetização de jovens e adultos sempre foi um desafio, tanto para os administradores 
governamentais, as universidades, os professores, quanto para a sociedade em geral. A Educação de 
Jovens e Adultos (EJA) no Brasil foi marcada por iniciativas e movimentos individuais de alguns 
grupos, órgãos públicos ou privados inclusive pesquisadores que estavam decididos a encarar o fato 
de que uma grande parte da população não teve a chance de frequentar o ensino da escola regular. 
A estrutura do conhecimento deve estra embasada nos aspectos sociais, econômicos, 
políticos e culturais, buscando construir um pensamento crítico e reflexivo, onde atitudes, 
capacidades e valores são necessários para que os indivíduos melhorem sua qualidade de vida e 
assim continuem aprendendo, buscando sempre uma vida digna e justa. 
A Educação de Jovens e Adultos possui sua trajetória marcada por diversos programas com 
ações descontínuas, na sua maioria não definida como escolarização. Com a aprovação da LDB nº 
9.394/96 (BRASIL, 1996) e das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e 
 
1
 Elisa Gabriela Kreitlow, Karine Raquel Barros de Lemos, Letícia Abreu da Cruz, Letícia Colombi 
2
 Patricia Kath 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Licenciatura em Pedagogia (PED1606) – Prática Interdisciplinar 
– 22/05/2019 
2 
 
Adultos, Parecer nº 11/2000, a EJA se caracterizou como sendo uma modalidade da educação 
básica que corresponde a atender jovens e adultos que não terminaram a educação básica ou não à 
frequentaram. Tais documentos trouxeram ampliações e alterações conceituais elaboradas desde a 
fim da década de 1980, quando se utilizou o termo Educação de Jovens e Adultos afim de 
determinar as ações conhecidas anteriormente como sendo Ensino Supletivo. (BRASIL, 2000). 
No Parecer do Conselho Nacional de Educação (BRASIL, 2000), a EJA também manifesta a 
concepção de buscar resgatar uma dívida com a sociedade de herança colonial, quando se 
preservou-se infelizmente uma educação em que se fortaleceu as desigualdades sociais. 
O ensino é uma ferramenta que faz com que a pessoa comece a enxergar a realidade que está 
a sua volta de uma forma mais crítica, atuando como um instrumento de transformação social. A 
EJA provém antes de mais nada de uma ânsia social, marcado pelas lutas de vários movimentos, 
com objetivo de buscar uma educação que atenda a todas as pessoas, desta forma, a EJA adquire 
uma figura de inclusão social, indo por meio do ensino, reintegrar pessoas na vida em sociedade, 
por exemplo, no que envolve o campo profissional. 
Os adultos são considerados como sujeitos em transformações constantes como um sujeito 
em constante transformação e, por isso, inacabado (FURTER, 1981; SILVA, 2004; SOUSA, 2007, 
CORDEIRO, 2009), necessita ter seguro seu direito subjetivo à educação, desde uma perspectiva 
que possibilite a sua educação como sendo uma condição em que se efetive ao longo da sua vida. 
Este trabalho se encontra dividido basicamente em três partes distintas e as considerações 
finais. No primeiro capítulo será abordado a temática da Educação de Jovens e Adultos em um 
contexto histórico. Se fez necessário conhecer e compreender alguns estudos desenvolvidos por 
diversos autores. Na segunda parte será realizada uma análise dos dados coletados, visando a 
compreensão com os teóricos estudados referente a Educação de jovens e adultos. Na terceira parte 
uma breve discussão sobre as metodologia e procedimentos de pesquisa utilizados. E finalmente, as 
considerações finais, onde será retratado as conclusões obtidas no desenvolvimento das pesquisas, 
não são conclusões prontas e inacabadas, e sim possibilidades que auxiliem na permanência dos 
alunos da Educação de jovens e Adultos na sala de aula, e até como incentivo, para estudos futuros. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Atualmente, a sociedade está passando por grandes transformações, sinalada pela 
globalização e as mudanças provocadas pela tecnologia nesta era de comunicação e informação. 
Com toda essa globalização permanece ainda como fundamento básico, o domínio de códigos da 
leitura e da escrita, tornando-se um imperativo ético, mais que dominar os códigos da modernidade, 
3 
 
ainda é fundamental o acesso a essas ferramentas, que sempre foi e é de suma importância para o 
homem. 
Ao falarmos em educação veremos que muitos passos foram dados, alguns em falso, outros 
levaram a acertos. A EJA (Educação de Jovens e Adultos) é um destes passos, nasce da tentativa de 
promover uma política pública comprometida com a sociedade como um todo, e não apenas com 
uma minoria. Sabe-se que a educação no período colonial era um privilégio de poucos, reservado 
aqueles que tinham melhores condições econômicas. 
Importantes lutas foram travadas para que a alfabetização fosse possível nas diversas regiões 
de nosso grande país, que ainda hoje luta por uma educação acessível e de qualidade. Afinal, de 
quem é a responsabilidade na promoção da educação? Antes de buscarmos a resposta, devemos nos 
aperceber que a educação é um direito de todo indivíduo, indiferente de sua classe social ou 
econômica. “A educação, por exemplo, no patamar de ser um direito de todos, é também dever do 
Estado e da família, sendo promovida e incentivada com a participação da sociedade, visando o 
desenvolvimento absoluto da pessoa”. (PACHECO, et. al., 2013, p.2). 
A EJA é um compromisso assumido pelo estado e pela sociedade na oportunidade de 
garantir este direito, levando o ensino aqueles e aquelas que por motivo ou outro não tiveram acesso 
quando de direito. 
 
2.1 EJA- MODALIDADE DE ENSINO 
 
A educação de jovens e adultos, EJA, trata-se de uma categoria do ensino fundamental e do 
ensino médio, no qual oferece possibilidade a oportunizar várias pessoas de que não obtiveram a 
chance de ter acessado o conhecimento científico na sua idade própria oportunizando jovens e 
adultos a iniciar ou continuar seus estudos, no entanto essa categoria de ensino visa garantir o 
direito dos que foram excluídos das escolas ou não puderam acessá-la. 
São vários os fatores que não possibilitaram a alfabetização na fase da infância no passar dos 
anos, o ser possui a necessidade de se inserir neste processo e busca a EJA (Educação de Jovense 
Adultos) ofertado pelas escolas públicas. Se falando em acesso a tal categoria de ensino, a 
legislação educacional determina que para em ingressar neste curso tem que possuir idade mínima 
de 15 anos completos para o ensino fundamental e de 18 para o ensino médio. De acordo com a 
Constituição Federal de 1988, no seu artigo 208 “o dever do estado com a educação será efetivado 
mediante a garantia de: Ensino fundamental obrigatório e gratuito para todos aqueles que não 
tiveram acesso na idade própria (...)” 
4 
 
Apesar de tal categoria ser oferecido de forma gratuita e ser garantido por lei, não diz que 
atenda a todas exigências específicas. A educação é muito complexa, mesmo com várias 
dificuldades em relacionar a teoria com a prática. 
“Não é possível atuar em favor da igualdade, do respeito ao direito à voz, à participação, à 
reinvenção do mundo, num regime que negue a liberdade de trabalhar, de comer, de falar, de 
criticar, de ler, de discordar, de ir e vir, a liberdade de ser”. (FREIRE, 2002, p.193). 
Para Paulo Freire (2002), a educação tinha que corresponder com a plena formação do ser 
humano, caracterizada por ele como preparação em direção da vida, formando valores, associados 
com uma proposta política de uma forma de pedagogia mais libertadora, essencial na construção de 
um espaço mais igualitário e justo. 
 
2.2 PAULO FREIRE – UM REFERENCIAL PARA A EJA 
 
Um dos mais renomados educadores brasileiros, Paulo Freire (2002), nunca aprovou que as 
práticas educacionais transmitissem aos indivíduos um saber pronto. Ele considerava que o ensinar 
deve mirar na ação do pensar e o concluir, alegando a reprodução de ideias, alfabetização teria que 
ser um sinônimo de reflexão, criticidade, argumentação e politização. As práticas educacionais que 
não envolverem a alfabetização nos níveis de escolarização “adequados”, as metodologias 
tradicionais não irão despertar o interesse do aluno, no EJA tais ações é uma invocação para se 
evadir da escola. 
Quando se pensa alfabetizar adultos, Freire (2000), considera a falta de sentido contida nas 
lições e atividades das cartilhas, contendo frases que não condizem com a realidade do educando 
em questão, que depois de trabalhar durante o dia todo, sentava em um banco escolar, preocupado 
com a água, gás, a energia elétrica, a alimentação e seu salário no fim do mês - e tinha que ficar 
escutando frases como “Vovô viu a uva” e “O boi baba e bebe”. Em que contribuíam estas frases 
no seu dia a dia? Aprender a ler e escrever para quê? Seria eminentemente importante que 
houvesse uma mudança. 
O pensamento de Paulo Freire está baseado em ver a educação como sendo um processo em 
que se ofereça libertação, e não domesticação. Freire nos convida a construção a uma forma nova de 
ver a educação num todo, e isto se realiza começando pela Educação de Jovens e Adultos. Sua 
metodologia também inclui sobre a necessidade de estabelecer-se uma associação entre os perfis 
dos educadores que trabalharam nos anos de 1960, com os perfis dos educadores de hoje que 
trabalham com a EJA (FREIRE, 2000). 
As fases do método proposto por Paulo Freire estavam: a fases de investigação, no qual a 
busca ocorra de forma conjunta entre o educador e o educando dos temas e palavras com mais 
5 
 
significados para a vida dos educandos, incluso em seu vocabulário como na sociedade em que 
vive; fase de tematização, constitui o momento que se toma compreensão do mundo, por meio da 
investigação frente aos significados sociais das apresentações textuais e as palavras e, a fases de 
problematização, espaço de que o educador propões desafios e inspira seu aluno a momento em que 
o professor desafia e inspira o aluno a exceder sua visão mágica e pouco crítica do mundo, em 
direção à um comportamento conceitualizado (FREIRE, 2000). 
 
2.3 O PERFIL DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 
 
Os jovens e adultos desta modalidade de ensino trazem consigo experiência e 
conhecimentos acumulados historicamente. Essas experiências culturais devem ser aproveitadas 
pelo professor, já que se faz necessário realizar uma ligação entre o que mais importa aos alunos 
com suas experiências referente ao conhecimento científico, para que ocorra uma educação voltada 
ao perfil desses alunos. 
As Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos (BRASIL. 2005) na 
sua versão preliminar evidenciam a compreensão sobre os perfis de seus educandos: 
 
Compreender o perfil do educando da EJA requer conhecer a sua história, cultura e 
costumes, entendendo-o como um sujeito com diferentes experiências de vida e que em 
algum momento afastou-se da escola devido a fatores sociais econômicos políticos e ou 
culturais. (BRASIL, 2005, p.33). 
 
De modo geral, aqueles que buscam a EJA afim de reassumir os estudos, são na maioria 
indivíduos da classe trabalhadora, que vivem a maior parte do subemprego ou mesmo 
desempregadas. Elas buscam na retomada dos estudos uma aspiração de galgar por melhores 
oportunidades de emprego, onde a EJA é uma possibilidade para isso. Na sua grande maioria, 
muitas vezes marginalizados pela sociedade escolar e marcados por histórias de índas e vindas em 
cursos anteriores, motivos que vão desde ordem pessoais, como cansaço depois de um dia cheio de 
trabalho, falta de estímulo, alimentação precária, até mesmo os que correspondem ao sistema de 
ensino, como metodologias inadequadas e recursos precários. 
Mesmo diante de todos as dificuldades citadas, esses indivíduos tem a experiência de vida 
no qual facilitará sua sobrevivência diante das dificuldade e desafios impostos. Importante destacar 
que os alunos da EJA desenvolvem conteúdos, se envolvem em práticas sociais, o que lhes falta é a 
sistematização destes conteúdos e práticas. As discussões referentes as dimensões políticas e sociais 
deverão ocorrer no momento que os jovens e o adulto tenham interesse para tal, assim ele estará 
engajado no contexto que ele se encontra inserido. 
6 
 
Contudo, ao se trabalhar com a EJA, o educador deve possuir a humildade necessária em 
acolher tais conhecimentos de que os alunos possuem e a compreensão para lidar com esses 
conhecimentos. Consequentemente, eles terão uma maior facilidade de aprendizagem se aquilo que 
estão lhe ensinando estiver estruturado com suas experiências de vida e o seu dia a dia. 
 
2.4 O EDUCADOR DA EJA 
 
Para Arbache (2001), a formação dos professores da EJA deve possuir um como foco 
específico naquilo que se refere ao conteúdo, a metodologia, a avaliação e o atendimento para este 
grupo bastante diversificado de alunos. Se sabe que muitas vezes a formação acadêmica em que o 
professor é graduado é incipiente. Para diminuir tal defasagem, muitas vezes se faz necessário 
realizar formações continuada no decorrer na sua carreira profissional afim de contribuir os jovens e 
adultos da EJA, nas trocas de experiências com os demais profissionais, desenvolver ações mais 
eficazes, realizando um projeto pedagógico para enfrentar as diversidades culturais dos alunos e, em 
consequência a melhora do desenvolvimento desses indivíduos. 
É preciso a compreensão e o respeito por essa pluralidade de culturas, suas identidades, 
aquilo que envolvem classe, os saberes e linguagens dos alunos, considerando sua aprendizagem 
histórica, pois conforme Arbache (2001, p.22): “Ver a educação de jovens e adultos tendo em 
consideração as especificidades e as diversidades culturais dos sujeitos que eles possuem torna-se, 
um caminho restaurado e transformador nesta área educacional”. 
Dessa maneira o educador de Jovens e Adultos pode contribuir com uma aprendizagem um 
pouco mais significativa se está preparado a atender os alunos nas suas especificidades, conhecendo 
seus alunos bem como suas necessidades. 
A Educação de Jovens e Adultos não poderá ser um fardo de que o aluno tem de carregar; 
necessita sim, de ser mais um apoio e incentivo na melhoriada sua vida. Portanto, cabe ao 
educador, ir em busca de maneiras de intervenções e transformações da realidade, indagando e 
problematizando, por meio de diálogos constantes com o aluno. 
A base do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor faz muita diferença; deverá se 
preocupar com seus alunos, afim de tirá-los da mesmice, independentemente de programas e 
políticas públicas. Educar de forma crítica depende da formação e do preparo do professor. 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Para Gil (2007, p.17), o procedimento de pesquisa pode ser definido como: “(...) 
procedimento sistemático e racional com o objetivo de oferecer respostas aos diversos problemas 
7 
 
propostos. A pesquisa se desenvolve por procedimento constituído de diversas, desde a formulação 
da problematização, apresentação e discussão dos resultados”. 
Com o propósito de conhecer e entender a modalidade de ensino EJA-educação de jovens e 
adultos, esta pesquisa possui com um dos principais objetivos conhecer a EJA na visão de alguns 
autores, entre eles, o educador Paulo Freire e conhecer um pouco mais sobre o público (alunos) que 
frequenta esta modalidade de ensino como os professores que trabalham com tal público. 
O alcance desses objetivos levou a produzir uma pesquisa exploratória, com pesquisa de 
natureza bibliográfica, fundamentada nos pressupostos teóricos do diagnóstico do conteúdo. É 
importante ressaltarmos que a pesquisa bibliográfica é aquela em que os dados apresentados 
provêm apenas de livros e artigos consultados. 
A pesquisa desenvolvida serviu de alicerce na formação da fundamentação teórica dos 
conceitos que norteiam a prática de educação da EJA. 
A pesquisa bibliográfica analisou os conceitos e pressupostos da EJA como uma modalidade 
de ensino e sua importância de inserção dos jovens e adultos na volta aos estudos e na sua inserção 
social, para que chegasse assim aos propósitos desta atividade. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Por meio deste estudo se buscou compreender a importância desta modalidade de ensino e 
como as metodologias utilizadas diariamente fazem todo sentido na vida dos educandos. 
Considerando que a modalidade de ensino EJA tem um importante papel na aprendizagem, acredito 
que o desenvolvimento desta pesquisa ajudou na compreensão do verdadeiro propósito e a maneira 
como é feito o trabalho na EJA, referente as políticas públicas e as práticas direcionadas a essa 
modalidade de ensino, no qual se destina a jovens e adultos em que não obtiveram acesso ao ensino 
na idade correta. 
Portanto a educação de jovens e adultos deve possibilitar igualdade de condições, afim de 
garantir a permanência dos alunos na escola. 
Se observa que os estudantes que integram a modalidade de ensino da EJA voltam às 
instituições de ensino buscando não apenas um certificado, além de aprender a ler e escrever 
querem adquirir uma formação mais crítica e social oferecida pelos estudos. Eles enxergam na 
escola uma possibilidade de melhorar seu futuro. 
A metodologia de Paulo Freire ressalta sobre o quanto é essencial conhecer o cotidiano do 
aluno e sua realidade, nesse sentido a associação afetiva, o conhecer o outro é muito importante em 
uma sala de aula. O estreitamento da distância ocorrido entre professor e aluno com certeza 
facilitará a confiança e o convívio auxiliando na cooperação de todos durante o aprendizado. 
8 
 
5 CONCLUSÕES 
 
O presente trabalho nos possibilitou a observação sobre o importante trabalho desenvolvido 
pela EJA no decorrer da sua história, como um grande instrumento no oferecimento de uma vida 
mais digna e de inclusão social. O caminho ainda é longo, tanto para os profissionais da educação 
como aos educandos. 
O ato de ensinar como o de aprender envolve um método coletivo de troca de ideias e 
experiências. A educação de jovens e adultos surgiu para tentar colocar nos trilhos um grupo de 
indivíduos que deixaram a escola mesmo antes de terminarem o ensino básico, na perspectiva de 
diminuir o número de seres neste contexto num determinado prazo. 
A educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino que demonstra que é possível 
modificar as linhas sociais por meio da educação, oferecendo aos jovens e adultos uma 
alfabetização consciente, importante na transformação dos indivíduos em seu exercício social. 
A Instituição da Educação de Jovens e Adultos possui como princípio proporcionar o acesso 
ao conhecimento e a seus educadores a incumbência de garantir que este faça acontecer. O 
professor possui um importante papel nesse processo, mas fica notório que a formação inicial e 
contínua ofereça condições essenciais e pertinentes a isso. Da mesma maneira que se requer do 
professor atualizações constantes para compreender e entender as especificidades da unidade escola 
como dos estudantes. 
Não se trata somente de modificações metodológicas afim de ter a atenção dos seus 
educandos (as) melhorando assim o aprendizado, mais também em considerar a finalidade da 
educação em que se objetiva transformar e emancipar o ser humano, o tornando mais humano neste 
processo educacional. 
Entendemos que a Educação para Jovens e Adultos (EJA) é um direito para o crescimento 
intelectual, profissional e humano para jovens e adultos de forma geral. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ARBACHE, Ana Paula. A Formação de educadores de pessoas jovens e adultos numa 
perspectiva multicultural crítica. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: Editora Papel Virtual, 
2001. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Promulgada em 5 de outubro 
de 1988. Brasília: DF, 1988. 
 
________. Ministério da Educação. Secretária do Estado e da Fazenda. Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Parecer 11/2000. Brasília: MEC/SEF, 2000. 
 
9 
 
________. Ministério da Educação. Secretária do Estado e da Fazenda. Lei de Diretrizes e Bases. 
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: MEC/SEF, 1996. 
 
________. Ministério da Educação e do Desporto. Diretrizes Curriculares para Educação de 
Jovens e Adultos. Brasília: MED, 2005. 
 
CORDEIRO, Denise. Juventude nas sombras: escola, trabalho e moradia em territórios de 
precariedades. Rio de Janeiro: Lamparina FAPERJ, 2009. 
 
FREIRE, Paulo. A importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 39ª ed. São 
Paulo: Cortez, 2000. 
 
FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. 27ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. 
 
FURTER, Pierre. Educação e reflexão. Petrópolis: Vozes, 1981. 
 
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
PACHECO, Kátia Dutra; et. al. Educação de jovens e adultos: O fazer docente perante o aumento 
da discência idosa. Revista eletrônica. Faculdade Metodista. 2013. 
 
SILVA, Nilce da. “Ser adulto”: alguns elementos para a discussão deste conceito e para a 36ª 
Reunião Nacional da ANPEd. In: Millenium – Revista do ISPV. Educação, Ciência e Tecnologia, 
n. 29, p.281-290, jun., 2004. 
 
SOUSA, Filomena Carvalho. O que é “ser adulto”: as práticas e representações sociais sobre o que 
é “ser adulto” na sociedade portuguesa. In: Revista Eletrônica. Acolhendo a Alfabetização nos 
Países de Língua Portuguesa. vol 1, nº2, p.55-69, mar/ago. São Paulo: USP, 2007.

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