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D Internacional - Aula 03

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Disciplina: CCJ0056 - DIREITO INTERNACIONAL
AULA 03: PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
1
1.3.3. As pessoas internacionais
A) Noção:
Pessoa Internacional:
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
2
 1.3.3.1 Conceito de pessoa: personalidade 
A) Correntes sobre a Personalidade Jurídica Internacional:
Existem duas correntes sobre a existência de personalidade jurídica internacional: uma admite a existência de personalidade, defendendo que existem normas gerais que estabelecem condições para que determinados entes adquiram personalidade jurídica e assim tornem-se sujeitos de direito, e outra corrente que nega a existência dessas normas gerais como condição.
Segundo Celso Mello tais condições seriam: 
“Fins compatíveis” com a sociedade internacional,
Ter uma organização que lhe permita entrar em relações com os demais sujeitos de DI,
Ser responsável pelos seus atos (direitos e deveres)
Ex: Estados e a Convenção Pan-americana sobre Direitos e Deveres dos Estados (Montevidéu, 1933):
Artigo 1
O Estado como pessoa de Direito Internacional deve reunir os seguintes requisitos.
 
I. População permanente.
II. Território determinado.
III. Governo.
IV. Capacidade de entrar em relações com os demais Estados.
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
3
1.3.3.1 Conceito de pessoa: personalidade Segundo Rezek tais condições seriam: 
Relação imediata e direta com o direito internacional que habilita a titularidade de direitos e deveres internacionais e garante a personalidade jurídica de direito das gentes.
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
 
4
 1.3.3.1 Conceito de pessoa: personalidade e capacidade
Personalidade Jurídica- requisitos que tornam um ente, sujeito de DI.
Capacidade - realização de atos válidos no plano jurídico internacional. Também chamada de capacidade de agir. 
Artigo 34 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça:
Só os Estados poderão ser partes em questões perante a Corte.  
É POSSÍVEL TER PERSONALIDADE JURÍDICA INTERNACIONAL E NÃO TER CAPACIDADE?
 
Ex: indivíduos e Tribunais Internacionais, Conselho de Tutela da ONU.
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
5
1.3.3.2 Classificação das pessoas internacionais segundo Rezek:
Estados Soberanos: equiparando-se a Santa Sé.
Organizações Internacionais.
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
6
 1.3.3.2 Classificação das pessoas internacionais segundo Celso Mello:
As PI seriam classificadas, segundo Celso Mello, em:
A)      Coletividades estatais: Estados.
B)      Coletividades interestatais: 
C)       Coletividades não estatais:
a) Beligerantes-
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
7
b) Insurgentes-
c) Vaticano- 
d) Outros – Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Soberana Ordem de Malta...
D) Indivíduos.
8
Organizações Internacionais:
Organizações Interestatais: formadas por Estados (Ex: entes dos quais vários Estados participam). É sujeito de DI.
Organizações Não Governamentais: tem ação no direito internacional, mas não são sujeitos de direito internacional. Algumas possuem status consultivo em organismos interestatais. Ex: Ong’s.
9
XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO O sistema global de Direitos Humanos foi pensado para proteger as vítimas de violações ou ameaças de violações dos direitos humanos. Daí os variados mecanismos que buscam proteção ou reparações em face de diferentes violências. Contudo, dentro do sistema global há um tratado internacional que instituiu um órgão de caráter permanente e independente voltado especificamente para o julgamento e a punição de indivíduos agressores e não diretamente para a proteção das vítimas. Assinale a opção que indica esse órgão.
 
 A)Corte Internacional de Justiça “Corte de Haia” instituída pela Carta das Nações Unidas.
 
B) Conselho de Segurança da ONU, instituído pela Carta das Nações Unidas.
 
C) Tribunal Penal Internacional, instituído pelo Estatuto de Roma.
 
D) Corte Europeia dos Direitos dos Homens, instituída pela Convenção Europeia dos Direitos do Homem.
10
FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do Trabalho - Pela doutrina tradicional, qual dos entes abaixo NÃO é considerado sujeito de direito internacional:
a)	Estados
b)	Organizações Internacionais
c)	Santa Sé
d)	Empresas multinacionais
11
 Caso concreto 2
Analise o texto abaixo retirado do voto de A.A. Cançado Trindade, proferido na Corte Interamericana de Direito Humanos no caso da Comunidade Indígena Sawhoyamaxa versus Paraguay:
“...No universo do Direito Internacional dos Direitos Humanos, é o indivíduo quem alega ter seus direitos violados, quem alega sofrer os danos, quem tem que cumprir com o requisito do prévio esgotamento dos recursos internos, quem participa ativamente da eventual solução amistosa, e quem é o beneficiário (ele ou seus familiares) de eventuais reparações e indenizações.
(...). No presente domínio de proteção, todo jus internacionalista, fiel às origens históricas de sua disciplina, saberá contribuir para o resgate da posição do ser humano como sujeito de direito das gentes dotado de personalidade e plena capacidade jurídicas internacionais".
Responda a pergunta abaixo: 
No que se refere ao trecho do voto de Antônio Augusto Cançado Trindade, responda:
- Com base no conceito de sujeito de direito internacional e no de uma sociedade internacional aberta, como defende Celso Mello, discorra sobre a posição do ser humano como sujeito de Direitos, refletindo sobre sua personalidade e sobre sua capacidade para agir no plano internacional. 
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
12
NORMA INTERNACIONAL:
Regras + Princípios (manifestação da consciência jurídica dos povos).
A norma internacional tem natureza costumeira ou convencional.
Crescente importância do Jus Cogens no DIP MODERNO (normas imperativas, de autoridade absoluta que outras não podem derrogar). Ex: proibição do genocídio, tortura, escravidão.
Sistema Jurídico Internacional
13
Características:
Ordem pública para a satisfação do interesse comum dos integrantes da SI;
Não admite derrogação (*), a não ser por nova norma imperativa;
Para sua aceitação basta uma ampla maioria abrangendo os diferentes “tipos” de Estados (diversidade);
Anti-positivista, pois aniquila os tratados “injustos”, mesmo que formalmente válidos;
Criam obrigações internacionais erga omnes (para todos);
Problema da identificação (conteúdo);
Ragazzi: a matéria a qual ela se relaciona contém considerações de ordem moral e não apenas legal. (valores)
Crescente importância do Jus Cogens no DIP MODERNO
14
 “É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza.”
Artigo 53 da Convenção de Viena sobre Tratados (1969)
Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito Internacional Geral (jus cogens)
15
Questão 17
Com relação à chamada “norma imperativa de Direito Internacional geral”, ou jus cogens, é correto afirmar que é a norma:
(A) prevista no corpo de um tratado que tenha sido ratificado por todos os signatários, segundo o direito interno de cada um. 
(B) reconhecida pela comunidade internacional como aplicável a todos os Estados, da qual nenhuma derrogação é permitida. 
(C) aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e aplicável a todos os Estados membros, salvo os que apresentarem reserva expressa. 
(D) de direito humanitário, expressamente reconhecida pela Corte Internacional de Justiça, aplicável a todo e qualquer Estado em situação de conflito. 
IV EXAME DE ORDEM UNIFICADO: PROVA TIPO 01/BRANCA
16
 
1.3.4. As fontes do Direito Internacional 
1.3.4.1. Fontes e fundamentos: distinção
Parte minoritária da doutrina apresentauma confusão entre os fundamentos e as fontes do Direito Internacional. Os fundamentos do Direito Internacional são os pontos de onde o DIP retira sua legitimidade e sua obrigatoriedade os motivos e fatos que justificam e dão causa a essa legitimidade e obrigatoriedade, quais as razões jurídicas da aceitação e obrigatoriedade do Direito Internacional por parte de toda a sociedade internacional enquanto as fontes determinam do que se compõe o Direito Internacional Público buscam determinar de onde provêm as regras jurídicas internacionais.
FUNDAMENTOS SUBJETIVISTAS X OBJETIVISTAS X JUSNATURALISTAS
 Os fundamentos subjetivistas se baseiam na vontade dos próprios Estados (concepção moderna, Estado soberano). Ex: tratados.
Os fundamentos para os objetivistas está para além da vontade. Ex: Kelsen. Existência de norma superior que vincula...
Os fundamentos para os jusnaturalistas surge do elemento sociável do Estado, desde sua criação, da natureza dos povos.
 
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
17
1.3.4.2. Fontes formais e materiais:
Fontes Formais do DIP: lugar onde surge o Direito. Processos de formulação do conteúdo de certa regra. Fato ou ato que tem a capacidade de produzir regras. Ex: Tratados.
Fontes Materiais do DIP: Elementos históricos, econômicos, sociais, ou seja, tudo que influencia ao aparecimento das fontes formais que são responsáveis pela formação das regras do DIP.
18
 1.3.4.3. O Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça 
O Artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça tornou-se referência no estabelecimento das fontes do DIP.
Artigo 38
A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: 
a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;
c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;
d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.
A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem. 
Outros: atos unilaterais como fonte.
Ex: Crise dos Mísseis de 1962 e o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares de 1968. 
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
19
 QUESTÃO OBJETIVA 32 EXAME OAB/RJ.
Segundo o Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do direito internacional as convenções internacionais;
a. o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a jurisprudência, de forma auxiliar.
b. o costume internacional, os princípios gerais de direito, os atos unilaterais e as resoluções das organizações internacionais.
c. o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais, resoluções das organizações internacionais, decisões judiciárias e a doutrina.
d. o costume internacional, os princípios gerais de direito, as decisões judiciárias e a doutrina, de forma auxiliar, admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir ex aequo et bono, se as partes concordarem.
Gabarito: d.
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
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 Tratados (Convenções) – 
Os tratados são considerados atualmente a fonte mais importante do DI, não só devido à sua multiplicidade mas também porque geralmente as matérias mais importantes são regulamentadas por eles. É hoje considerado a fonte do DI mais democrática, porque há participação direta dos Estados na sua elaboração (Bedjaoui). Os tratados só podem ser definidos pelo seu aspecto formal, porque todos os assuntos podem ser regulamentados por normas convencionais internacionais. 
A convenção sobre direito dos tratados concluída em Viena, em 1969 dá a seguinte definição: 
 
"tratado significa um acordo internacional concluído entre Estados em forma escrita e regulado pelo DI, consubstanciado em um único instrumento ou em dois ou mais instrumentos conexos qualquer que seja a sua designação específica" .
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
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1.3.4.3. Costume internacional: fundamento, elementos constitutivos, características e interpretação. 
O costume internacional surge do fato de que os Estados adotavam certas atitudes porque eram cômodas ou respondiam a uma necessidade. Gradativamente, foi se tomando consciência de que a repetição da prática era boa para a ordem social.
O costume é lento e assim vem perdendo força atualmente, já que as mudanças estão ocorrendo com muita rapidez. No entanto, o DI surgiu sob a forma de costume internacional, o que comprova sua importância como fonte de DI.
O costume internacional pode ser geral (utilizado por um amplo número de sujeitos internacionais) ou local (por exemplo, entre dois países).
 
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
22
1.3.4.3. Costume internacional: fundamento, elementos constitutivos, características e interpretação. 
 
A doutrina assevera que o costume e formado por um elemento material e outro subjetivo. 
O Elemento material –
O elemento subjetivo- opinio juris sive necessitatis
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
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Caso Concreto 1
O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte Internacional de Justiça procedimento judicial internacional contra o Estado indiano, relativo a certos direitos de passagem pelo território deste último Estado de súditos portugueses (militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados por Portugal com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto de Damão, para acesso aos encraves de Dadra e Nagar-Aveli. O Estado português alega que havia um costume [internacional] local que concedia um direito de passagem pelo território indiano a seus nacionais e às forças armadas até Dadra e Nagar-Aveli. A alegação de fundo é a de que o Estado indiano quer anexar estes dois territórios portugueses, ferindo seus direitos soberanos sobre eles. Os indianos sustentam que, segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o governante de Maratha e posteriores decretos exarados por este governante, os direitos portugueses não consistiam na soberania sobre os mencionados encraves, para os quais o direito de passagem é agora reclamado, mas apenas num "imposto sobre o rendimento".
Quando o Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha, encontraram os portugueses ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os britânicos aceitaram tal posição, não reclamando qualquer tipo de soberania, como sucessores de Maratha, mas não fizeram um reconhecimento expresso de tal situação ao Estado português. Tal soberania foi aceita de forma tácita e subseqüentemente reconhecida pelo Estado indiano, portanto as vilas Dadra e Nagar-Aveli foram tidas como territórios encravados portugueses, em território indiano.
A petição portuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi largamente utilizado durante a soberania britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no período pós-britânico. Os indianos alegam que mercadorias, com exceção de armas e munições, passavam livremente entre o Porto de Damão (território português) e ditos encraves, e que exerceram seu soberano poder de regulamentação impedindo qualquer tipo de passagem, desde a derrubada do governo português em ditos encraves. (Pereira, L. C. R. Costume Internacional: Gênese do Direito Internacional. Rio de Janeiro: Renova, 2002, p. 347 a 349 – Texto adaptado).
Diante da situação acima e dos dados apresentados, responda:
1)      De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de direito internacional Público é aplicável a fim de dar solução ao litígio?
2)      Como ela é definida?
3)      Qual o elemento que a torna norma jurídica?
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
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1.3.4.3. Costume internacional: fundamento,elementos constitutivos, características e interpretação. 
 
Características dos Costumes:
a) "prática comum" - no sentido de que ele resulta da repetição uniforme de certos atos na vida internacional;
b) "prática obrigatória" - ele é direito que, em consequência, deve ser respeitado pelos membros da sociedade internacional;
c) "prática evolutiva" - o costume possui uma" plasticidade" que lhe permite se adaptar às novas circunstâncias sociais;
PESSOAS INTERNACIONAIS E FONTES DO DIP
25
Derrogação  regra geral dos conflitos de lei no tempo. O costume geral é derrogado pelo particular se dispõe sobre a mesma matéria, a não ser que o costume geral seja norma jus cogens.
Hierarquia  não existe hierarquia entre fontes de DI. Tratado pode revogar costume (raro) e vice-versa.
Término  Tratado que o codifica ou revoga /novo costume /pela dessuetude.
26
1.3.4.3. Costume internacional: fundamento, elementos constitutivos, características e interpretação. 
 
Prova:
 O costume se prova pelas declarações políticas, correspondência diplomática, etc. Atualmente defende-se que as recomendações das organizações internacionais expressariam um costume, não pela repetição de atos, mas pela simultaneidade e multiplicidade dos Estados que participam em sua votação. O costume surge neste caso de modo consciente. A ONU tem tido um papel centralizador na formação do costume. Quem alega é que deve provar.
 
Interpretação:
O costume não possui métodos precisos de interpretação, o que permite uma grande "liberdade política" para os seus intérpretes (Serge Sur). Para Carlos Fernández Casadevante Romaní o processo de interpretação tem três fases:
 a) determinação da sua existência; 
b) a qualificação das práticas como costume; 
c) a determinação do conteúdo.
FONTES DO DIP
27
 
1.3.4.4. Atos unilaterais (enquanto atos auxiliares)
Conceito: Manifestação de vontade de um sujeito de DI, que surte efeitos jurídicos. Têm sua eficácia condicionada a ser público e ao fato de que o Estado que a elabore tenha intenção de se obrigar.
Soft Law: Com relação aos atos unilaterais é relevante discorrer sobre a importância dos atos unilaterais das Organizações Internacionais na contemporaneidade e seus efeitos na nova corrente do Direito Internacional Público. Soft law, droit doux (direito flexível).
Ex: declarações, resoluções, recomendações, decisões.
 
 
 FONTES DO DIP
28
Costume instantâneo X Costume selvagem
	- No costume selvagem, exige-se os elementos prática repetida no TEMPO e a opinio juris. Há que existir a prática para que se forme a opinio juris.
	- No costume instantâneo: o elemento opinio juris vem antes da prática e independe do tempo. Essa ideia surgiu da reivindicação de países novos de que resoluções de órgãos como a Assembleia Geral da ONU fossem considerados costumes.
EX: “Declaração sobre o a independência dos países e dos povos coloniais”, a “Estratégia para a primeira década das Nações Unidas para o desenvolvimento”, e a “Resolução sobre a soberania permanente sobre os recursos naturais”.
Costume instantâneo X Costume selvagem
29
Costume instantâneo X Costume selvagem
	- No costume selvagem, independentemente do momento do surgimento, se existentes os elementos, há norma. Verifica-se a existência da norma.
	- No costume instantâneo, verifica-se o momento de seu nascimento.
30
Jurisprudência: As decisões judiciárias a que se refere o art. 38 do Estatuto da Corte da Haia significam, em sentido estrito, o conjunto das decisões arbitrais que se têm proferido, há séculos, no deslinde de controvérsias entre Estados; e ainda o conjunto das decisões judiciárias proferidas, com igual propósito, a partir do início do século XX.
31
1- Qual é o conceito de pessoa de direito internacional?
2-Comente as mudanças ocorridas quanto ao papel dos Estados no Direito Internacional Púbico antes e após a Segunda Guerra Mundial:
3-Que novos sujeitos apareceram na sociedade internacional durante o século XX? Qual o motivo da inserção desses novos atores como sujeitos de direito internacional?
4- Aponte as duas correntes sobre a Personalidade Jurídica Internacional:
5- Segundo Rezek tais condições para a existência de personalidade jurídica internacional seriam:
6- O que é personalidade jurídica e capacidade jurídica no Direito Internacional?
7- É possível ter personalidade jurídica e não ter capacidade no DIP? É possível a representação no DIP? Explique:
Estudo Dirigido:
32
8- Qual é a diferença de classificação das pessoas internacionais levando-se em consideração o posicionamento de Rezek e Celso Mello?
9- É comum a presença de notícias sobre o “Estado do Vaticano” nos diferentes meios de comunicação. Segundo a doutrina majoritária é correta a denominação do Vaticano enquanto “Estado”? Explique a posição do Vaticano na sociedade internacional:
10- Qual diferença entre Organizações Internacionais (também chamadas de organizações transnacionais, intergovernamentais) e as Organizações não governamentais?
11- Qual a natureza das normas de Direito Internacional?
12- A doutrina mais atual vem discutindo a inserção do conceito de jus cogens no Direito Internacional Público, muito embora alguns doutrinadores façam críticas quanto à difícil identificação do conteúdo do jus cogens. Diante de tais afirmativas, descreva o conceito de jus cogens:
33
13- Conceitue fontes formais e fontes materiais do Direito Internacional Público:
14- Segundo o Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, aponte quais as fontes do Direito Internacional Público?
15- Qual a fonte subsidiária do Direito Internacional presente no Art. 38 da CIJ segundo a doutrina?
16- Segundo os doutrinadores do Direito Internacional as fontes apontadas no Art. 38 da CIJ que se tornou paradigma para a identificação das fontes do DIP, não apresentam a característica da taxatividade. Explique esta afirmativa relacionando-a com pelo menos uma das características da sociedade internacional (as características da sociedade internacional estão presentes na aula 02):
17- Qual é a definição de tratado presente na convenção sobre direito dos tratados concluída em Viena (CVT), em 1969 dá a seguinte definição: 
18- Qual é o elemento material (objetivo) e subjetivo do costume?
19- Qual é a diferença entre costume e uso? Qual é a relação entre esta diferenciação e a presença do opinio jures?
20- Quais as características do costume?
21- Descreva resumidamente o opinio jures:
34
22- Existe hierarquia entre as fontes do Direito Internacional?
23- A quem cabe a prova da existência de um costume em determinada relação jurídica?
24 – Quais os elementos necessários para a eficácia dos atos unilaterais enquanto fontes do Direito Internacional?
25- Doutrina “novíssima” é a que postula a existência da “soft law” no Direito Internacional Público bem como do “costume instantâneo”. O que seria a “soft law” ou direito flexível e o costume instantâneo?
26- Segundo o Art. 38 da CIJ, o que seria jurisprudência enquanto fonte de Direito Internacional?
35

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