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CLIMATÉRIO � CLIMATÉRIO � Na mulher, o processo de envelhecimento é marcado por uma mudança natural, mas que pode ser acompanhada por diversas consequências devido as mudanças psicossociais, de ordem afetiva, sexual, familiar, ocupacional, muitas vezes desagradáveis, e com grande impacto sobre a saúde. � Este período é denominado climatério e tem como ponto fundamental a ocorrência da menopausa, ocorrendo habitualmente entre os 40 e 65 anos CLIMATÉRIO Período de transição da etapa reprodutiva para não reprodutiva. Se relaciona a deficiência do hormônio estrogênio, que vai diminuindo nesse período. O climatério está dividido em três fases: • Perimenopausa: Início aproximadamente 45 anos, antes da parada definitiva da menstruação que já se apresenta irregular e é nessa fase que surgem os primeiros sintomas • Menopausa: Ausência de menstruação por um período de 12 meses consecutivos, em função da perda da atividade ovariana, ocorre por volta dos 51 anos. Pode ocorrer de forma precoce, antes dos 40 anos, a chamada falência ovariana precoce. • Pós-menopausa: Acontece depois da parada menstrual definitiva e seguirá pelo resto da vida da mulher. A consequência da queda da produção de estrógeno na pós-menopausa causa redução da secreção vaginal, provocando secura, irritação, prurido e dor nas relações sexuais. Climatério e Menopausa Esgotamento dos folículos ovarianos Deficiência hormonal (estrogênios) Dessincronização sinais neurais hipotálamo e SNC Sintomas desconfortáveis/ debilitantes Alterações sistêmicas CLIMATÉRIO A confirmação do climatério e menopausa é eminentemente clínica, sendo desnecessárias dosagens hormonais. Apenas em caso de dúvida diagnóstica, dosar FSH (valores acima de 40 mUI/ ml indicam hipofunção ovariana; valores inferiores não confirmam climatério). CLIMATÉRIO Manifestações transitórias Menstruais: o intervalo entre as menstruações pode diminuir ou pode estar aumentado; as menstruações podem ser abundantes e com maior duração. ● Neurogênicas: ondas de calor (fogachos), sudorese, calafrios, palpitações, cefaleia, tonturas, parestesias, insônia, perda da memória e fadiga. ● Psicogênicas: diminuição da autoestima, irritabilidade, labilidade afetiva, sintomas depressivos, dificuldade de concentração e memória, dificuldades sexuais e insônia. Alterações não transitórias ● Urogenitais: mucosa mais delgada, propiciando prolapsos genitais, ressecamento e sangramento vaginal, dispareunia, disúria, aumento da frequência e urgência miccional. ● Metabolismo lipídico: a mudança dos níveis de estrogênio na pós- menopausa é considerada como fator relevante na etiopatogenia da doença cardiovascular e das doenças cerebrovasculares isquêmicas; é comum haver aumento das frações LDL e TG e redução da HDL. CLIMATÉRIO Alterações não transitórias ● Metabolismo ósseo: há mudanças no metabolismo ósseo, variáveis de acordo com características genéticas, composição corporal, estilo de vida, hábitos (como tabagismo e sedentarismo) e comorbidades. As mudanças na massa e arquitetura ósseas costumam ser mais evidentes nas regiões da coluna e do colo do fêmur. ● Ganho de peso e modificação no padrão de distribuição de gordura corporal: tendência ao acúmulo de gordura na região abdominal (padrão androide). � Aumento da resistência à insulina � Alterações cardiovasculares � Alterações aterogênicas/lipídicas � Osteoporose � Dores articulares e musculares � Alterações urogenitais � Disfunção sexual � Vasomotores (fogachos e suores noturnos) � Alterações do sono � Aumento da fadiga � Depressão � Ansiedade � Estresse � Déficits cognitivos SINTOMAS CLIMATÉRIO •Principais riscos relacionados: • risco de doenças cardiovasculares: doença coronariana que pode levar ao infarto é a principal causa de morte, entre as mulheres climatéricas. • risco de osteoporose O estrogênio diminui a taxa de perda óssea que todas as pessoas possuem. Com a diminuição dos níveis de estrogênio ocorre maior perda óssea. CLIMATÉRIO Recomenda-se abordagem humanizada destas mulheres, com o mínimo de intervenção e uso de tecnologias duras possível, já que o reconhecimento do climatério é essencialmente clínico e a maior parte das manifestações pode e deve ser manejada com hábitos de vida saudáveis, medidas comportamentais e autocuidado. O envelhecer é um processo biológico, não patológico, exigindo dos profissionais da saúde o cuidado pautado em princípios éticos aliados a competências relacionais, aconselhamento, orientações e educação para a saúde e a qualidade de vida CLIMATÉRIO • Sintomas leves apenas medidas de auto-cuidado: • Uso de roupas leves e folgadas, para maior conforto durante as ondas de calor. • Ingestão abundante de água. • Prática de técnicas de relaxamento, para controle do estresse. • Uso de lubrificante vaginal. • Exercícios físicos regulares, a fim de preservar os ossos fortes e evitar o estresse. • Alimentação saudável • Controle de peso. • Procura de uma atividade prazerosa, para manter a mente saudável. ▪ Cortisol ▪ Estradiol, FSH, LH e Progesterona ▪ Glicemia, Colesterol ▪ Triglicerídeos, HDL, LDL ▪ Uréia, Creatinina, TGO e TGP Medidas hormonais e bioquímicas CLIMATÉRIO - Terapia de Reposição Hormonal (TRH) • A mulher para manter a sua saúde física e emocional, necessita repor aqueles hormônios que deixou de produzir e que lhe garantem saúde e vitalidade. • Mas nem todas as pacientes podem usar a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), existem contra-indicações que devem ser discutidas. Atenção às contraindicações e aos riscos a curto, médio e longo prazo da TRH, evitando o uso por período prolongado (manter pelo menor tempo possível) e interrompendo a TRH assim que os benefícios esperados tenham sido alcançados ou que os riscos e danos superem os benefícios. Contra-indicações: câncer de mama; câncer de endométrio; doença hepática grave; sangramento genital não esclarecido; história de tromboembolismo agudo e recorrente; hipertensão arterial não controlada; diabetes mellitus não controlado; endometriose; miomatose uterina CLIMATÉRIO - Terapia de Reposição Hormonal (TRH) ATENÇÃO O início de terapia estrogênica após 10 anos da menopausa e/ou em mulheres com idade superior a 59 anos deve ser evitado devido à associação com aumento do risco de doenças cardiovasculares nesses grupos de mulheres.
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