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1) Fluidoterapia

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19/02/2020
1
Fluidoterapia
Viçosa - MG
2020
Luiz Eduardo Duarte de Oliveira
Médico Veterinário Doutorando em Ciências Veterinárias
Departamento de Medicina Veterinária – UFLA
Professor do curso de Medicina Veterinária - Univiçosa
Centro Universitário de Viçosa
VET 240 – Clínica Médica de pequenos animais I
“A fluidoterapia é a prática de reposição de líquidos e 
eletrólitos a um animal que apresente desequilíbrio 
hídrico, eletrolítico e/ou ácido-básico.”
Introdução
• 1832 – Thomas Latta
• Tratamento de suporte
• Objetivos da fluidoterapia
• Fluidoterapia x soroterapia
• Água ≅ 60% do peso corporal
– De onde vem essa água?
– Variável conforme o tecido 
 Menor quantidade em pacientes obesos
– Variável conforme espécie, sexo, idade e estado fisiológico
Maior quantidade em animais jovens
Menor quantidade em animais idosos
Fêmeas x machos
Gestantes
Fisiologia dos líquidos corporais
• Distribuída em compartimentos:
Intracelular (40% do PC)
Extracelular (20% do PC)
• Líquido intersticial
• Plasma
• Líquido transcelular
• Essencialmente todas as células vivem em meio a LEC
— Íons e nutrientes necessários para a sobrevivência celular
• Interação entre os compartimentos – nível capilar
Fisiologia dos líquidos corporais
Fisiologia dos líquidos corporais
Permeabilidade vascular
Pressão hidrostática
Pressão osmótica
Pressão oncótica
Solutos
• Os íons representam aproximadamente 95% dos solutos
– Íon mais abundante do LEC é o NA+
– Íon mais abundante do LIC é o K+
Solutos
1 2
3 4
5 6
19/02/2020
2
DiBartola, 1992.
Composição iônica dos fluidos corporais Fluidos corporais e osmolaridade
Fluidos Corporais
Plasma, Interstício, Intracelular
Fluidos Corporais
Plasma, Interstício, Intracelular
Isotônicos em Condições 
Fisiológicas
Isotônicos em Condições 
Fisiológicas
Fluidoterapia e a desidratação
• Mas afinal, o que é desidratação?
• Ocorre quando a perda de fluidos supera a ingestão.
Desidratação
“Cuidado, a maioria dos distúrbios clínicos 
descritos como desidratação envolvem perdas 
combinadas de soluto e solvente”
 Cada paciente é único!
• Perdas imperceptíveis:
– Trato respiratório;
– Salivação
– Transpiração - cães e gatos*
 da temp. corporal
 Hiperventilação
 Febre
 Atividade física
Perdas de água
Aumentam as perdas 
imperceptíveis
• Perdas perceptíveis:
– Trato urinário e gastrintestinal
– Vômito
– Diarreia
– Hemorragia 
– Poliúria
Perdas de água
São geralmente acompanhadas de 
perda de eletrólitos
7 8
9 10
11 12
19/02/2020
3
• Isotônica:
– Perda de água é proporcional a de solutos 
perda de fluidos com a mesma osmolaridade que o LEC
– Não há transposição de fluidos
– Maioria das desidratações em cães e gatos
– Ex: vômito, diarreia,anorexia, glicosúria, doença renal...
Tipos de desidratação
• Hipotônica:
– Perda de solutos é maior que a de H2O 
perda hipertônica de fluido
– Transferência defluidos do LEC para o LIC.
– Ex: hipoadrenocorticismo
Tipos de desidratação
• Hipertônica:
– Perda de solutos é menor que a de água 
perda hipotônica de fluido
– Hipernatremia
– Cels perdem H2O para o LEC na tentativa de manter a isosmol.
– Ex: aumento das perdas imperceptíveis
Tipos de desidratação
• Anamnese:
– Houve vômito ou diarreia?
– Apresenta PU, PD ou anorexia?
– Houve perda de peso?
– O animal está fazendo uso de alguma medicação?
Diagnóstico da desidratação
• Exame físico:
– Turgor cutâneo
– Umidade das mucosas
– Posição dos olhos na órbita
– Frequência cardíaca
– Pulso
– TPC
Diagnóstico da desidratação
• Depende da quantidade de gordura, elastina subcutânea e 
volume intersticial;
• Posição do animal (estação, decúbito, sentado)
• Região do corpo (cabeça, tórax, lombar)
• Animais magros e idosos ( elastina)
• Vesícula urinária vazia ou cheia (função renal preservada?)
Cuidados ao avaliar o turgor cutâneo
13 14
15 16
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19/02/2020
4
• Depende da quantidade de gordura, elastina subcutânea e 
volume intersticial;
• Posição do animal (estação, decúbito, sentado)
• Região do corpo (cabeça, tórax, lombar)
• Animais magros e idosos (elastina)
• Vesícula urinária vazia ou cheia (função renal preservada?)
Cuidados ao avaliar o turgor cutâneo Diminuição do PC Parâmetros observados
Até 5% (não aparente) Turgor cutâneo normal ou discretamente reduzido. Enoftalmia 
ausente. Estado geral sem alteração ou levemente alterado. 
Apetite preservado. Animal alerta em posição quadrupedal.
6 a 8% (leve) Redução da elasticidade da pele (2 a 4 s). Enoftalmia leve. 
Animal ainda alerta.
8 a 10% (moderada) Redução da elasticidade da pele (6 a 10 s). Enoftalmia 
evidente. Extremidades frias. Mucosas secas. Animal em 
posição quadrupedal ou decúbito esternal. Apatia de 
intensidade variável.
10 a 12% (grave) Redução marcante da elasticidade da pele (> 10 s). Enoftalmia 
intensa. Extremidades frias. Mucosas secas. Tônus muscular 
reduzido ou ausente. Decúbito lateral. Apatia intensa.
>12% (gravíssima) Possível choque e óbito.
• Exames complementares:
– Exames laboratoriais
Hematócrito (HT)
Proteína total (PT) 
Densidade urinária
Dosagem de eletrólitos 
Hemogasometria
Diagnóstico da desidratação
Antes do inÍcio da fluidoterapia deve estar claro para o clínico o 
objetivo para a realização do procedimento
Basta se questionar:
1) O paciente está em choque?
2) O paciente está desidratado
3) O paciente consegue manter o consumo adequado de agua?
Fluidoterapia
1) Reanimação 2) Reidratação 3) Manutenção
Soluções empregadas na fluidoterapia
Solução com substâncias 
eletrolíticas e não 
eletrolíticas 
Cristalóides
SOLUÇÕES DE REPOSIÇÃO 
E MANUTENÇÃO 
Colóides
Solução com substâncias 
alto peso molecular 
(restritas ao plasma)
EXPANSORES PLASMÁTICOS
(HIPOALBUMINEMIA)
• Isotônicas
 Sol. NaCl 0,9%
 Sol. Ringer com lactato
 Sol. Ringer simples
 Solução de glicose 5%
Soluções cristalóides
• Hipertônicas
 Sol. NaCl 7,5%
 Sol. NaCl 10%
 Sol. NaCl 20%
19 20
21 22
23 24
19/02/2020
5
Soluções cristaloides isotônica
Fonte: HADDAD, 2005
• Sol. coloide proteica: albumina
• Sol. sintéticas:
Dextran 40 e 70
Polímeros de gelatina
— Haemaccel® e Polisocel®
Amido de hidroxietila
— Hetastarch®
Soluções coloidais
Contra-indicado
em pacientes com 
falência renal
Contra-indicado
em pacientes com 
coagulopatias
• A fluidoterapia é calculada para ser realizada em 24 horas
• Os cálculos devem ser repetidos a cada 24 horas
Por quê?
• O cálculo deve ser dividido em três etapas:
Quanto fluido deve ser administrado?
Manutenção + Reposição + Perdas contínuas
Volume total em 24 horas
• 1º Cálculo de reposição:
• Deve ser considerado o volume perdido (% de desidratação)
Ex:
Peso x % desidratação x 10 = volume em litros/24 hs
ex: 10 kg x 10% x 10 = 1 litro
Cálculo de fluidoterapia
• 2º Cálculo de manutenção:
• Quantidade necessária para manutenção da homeostasia
Peso do animal x constante = volume em litros/24 hs
Cálculo de fluidoterapia
Carnívoros: 
Adultos: 40-50 ml/kg/dia
Filhotes:70 ml/kg/dia
Neonatos e lactantes:150 ml/kg/ dia
• 3º Cálculo de perdas contínuas:
• Animal com vômito: 40 ml/kg/24hs
• Animal com diarreia: 50 ml/kg/24hs
• Animal com ambos: 60 ml/kg/24hs
Cálculo de fluidoterapia
25 26
27 28
29 30
19/02/2020
6
• Considerações gerais:
– Pacientes cardiopatas
– Pacientes em Insuficiência renal
– Pacientes em Hipoproteinemia
 Função renal e cardíaca normal: 10-15 ml/kg/hora
 Cardiopatas: máximo 4ml/kg/hora
 Choque ou hipotensão: cenas dos próximos capítulos...
Velocidade de administração
• Equipo macrogotas: 20 gotas = 1 ml
• Equipo microgotas: 60 gotas = 1 ml
Cálculo de gotejamento
20 gotas 1 ml
X gotas 0,34 ml
Calculamos que o animal precisa de 2000 ml em 24h.
2000 ÷ 24 = 83,33 ml em 1 hora
83,33 ml ÷ 60 min = 1,38 em 1 min
1,38 ml ÷ 4 = 0,34 ml em 15 segundos
X=6,8 gotas/ 15 seg
Correção do peso – pacientes obesos
Animal normal - 20% peso é gordura.
Animal obeso - 30% peso é gordura.
- Magro (Peso corporal x 1,0)- Normal (Peso corporal x 0,8)
- Obeso (Peso corporal x 0,7)
Correção do Peso  gordura
 Cuidado com a hiper-hidratação!
Vias de administração
Via oral
Via subcutânea
Via intravenosa
Via intraóssea
Via intraperitonial 
Severidade? 
Tipo de Fluido?
Experiência Técnica?
Suporte nutricional?
• Erro nos cálculos?
• Mudanças no casos clínico?
• Patência do cateter? 
• Posição do animal ou do equipo?
• Calibração da bomba de infusão?
Falhas na reidratação
• O paciente deve ser constantemente observado
• Pressão venosa central
• Assepsia para obtenção do acesso venoso
• Em caso de dor local ou Edema  substituir o cateter
• Nunca deixar o cateter no mesmo local por mais de 72 horas
• Avaliação do DU (1 – 2 ml/kg/hora)
• Caso animal anoréxico > 3 -5 dias 
(nutrição enteral ou parenteral deve ser considerada) 
Complicações da fluidoterapia
31 32
33 34
35 36
19/02/2020
7
• Hiper-hidratação – velocidade rápida 
– Corrimento nasal seroso
– Taquicardia
– Tosse
– Taquipneia
– Dispneia
– Crepitações pulmonares
Complicações da fluidoterapia Obrigado pela sua atenção!
luizeduardomedvet@gmail.com
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