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Atuação Junto ao Idoso - Slides de Aula

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Unidade I
ATUAÇÃO JUNTO AO IDOSO
Profa. Amarilis Tudella
Introdução
 Nesta disciplina voltaremos o nosso 
olhar à questão do idoso, pensando 
nas intervenções desenvolvidas em prol 
dele, bem como na compreensão que 
o cenário internacional tem sobre ele. 
Estudaremos as intervençõesEstudaremos as intervenções 
desenvolvidas pelo Estado brasileiro 
junto à população idosa e as ações que 
foram sendo organizadas pela sociedade 
civil nos últimos anos.
 Esta disciplina é fundamental para Esta disciplina é fundamental para 
aqueles que serão assistentes sociais, já 
que é visível o envelhecimento da 
população brasileira. 
Idoso: uma nova realidade
 Estima-se que hoje, no Brasil, segundo 
dados do Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística (IBGE), 9,1% da população 
seja composta por idosos. Outro dado é 
que, a cada dez anos, o percentual de 
idosos se amplia consideravelmenteidosos se amplia consideravelmente. 
Logo, estima-se que esse percentual se 
eleve ainda mais e que, no ano de 2050, 
nosso país já possua 70 idosos para 
cada 100 crianças.
Idoso: uma nova realidade
 Com essa tendência, podemos inferir 
que a quantidade de idosos pobres 
também será ampliada. Por conseguinte, 
diante desse quadro, faz-se necessária 
a intervenção do assistente social e 
também basal sua formação nessa áreatambém basal sua formação nessa área, 
tanto em prol das categorias de idosos 
mais empobrecidos quanto na efetivação 
dos direitos sociais de outros idosos que 
tenham sido vítimas de negligência ou 
de violência.de violência.
Ações junto ao idoso
 É necessário pontuar que as ações 
desenvolvidas junto aos idosos durante 
muitos anos em nosso país e em todo 
mundo foram engendradas pela caridade 
de alguns grupos particulares e por 
intervenções organizadas pela Igrejaintervenções organizadas pela Igreja 
Católica. Assim sendo, retornando 
à história de nosso país e de outras 
nações, veremos que nos tempos mais 
remotos o Estado não se ocupava da 
intervenção direta em segmentosintervenção direta em segmentos 
empobrecidos, incluindo o dos idosos. 
Ações junto ao idoso
 Temos idosos sendo agredidos por seus 
filhos e pessoas com as quais têm 
contato e vínculos de afinidade. 
 As principais ações que foram sendo 
desenvolvidas para atender aos idosos 
durante muitos anos em nosso país e em 
todo mundo foram engendradas pela 
caridade de alguns grupos particulares e 
por intervenções organizadas pela Igreja 
Católica.
 Ações estatais iniciaram a partir de 1970.
O idoso e o capitalismo
 Atualmente, por infelicidade, os idosos 
ainda são compreendidos por muitas 
pessoas como seres humanos sem 
utilidade. Essa tendência tornou-se maior 
a partir do desenvolvimento do sistema 
capitalista em que as pessoas sãocapitalista, em que as pessoas são 
consideradas importantes com base no 
espaço que ocupam no processo 
produtivo. 
 O idoso é visto como alguém sem 
utilidadeutilidade.
O idoso e a Antiguidade
 O povo grego valorizava muito a 
juventude e os benefícios que o fato de 
ser jovem supostamente traria, 
chegando, assim, a discriminar os mais 
velhos. 
 Foi na Grécia Antiga que foi criado o 
gerontokomeion, que seria, nos termos 
de Christophe (2009), um espaço 
destinado pelos gregos ao cuidado dos 
idosos. Apesar de não haver muitos 
espaços como esse foi o povo gregoespaços como esse, foi o povo grego 
que iniciou a consolidação desses 
espaços para cuidado dos idosos 
durante a Antiguidade. 
O idoso e a Antiguidade
 Santos (2005) nos indica que nas 
civilizações mais primitivas havia a crença 
de que a pobreza, a miséria, a doença, a 
catástrofe e mesmo a velhice eram 
consideradas castigo dos deuses. No 
caso essa era uma forma de compreendercaso, essa era uma forma de compreender 
o idoso pautada na crença em valores 
místicos que orientavam, muitas vezes, o 
homem naquele período. Tais 
compreensões, no entanto, não eram 
hegemônicas, ou seja, ao passo que haviahegemônicas, ou seja, ao passo que havia 
povos que tinham respeito em demasia 
por seus idosos, havia outros que não 
compreendiam esse estágio da 
vida de uma forma positiva. 
A caridade e o idoso
 Como Aristóteles, Platão, Sêneca e Cícero 
se preocupavam com a ajuda necessária 
aos segmentos mais vulneráveis da 
sociedade, dentre os quais os idosos, 
recomendavam que a caridade se 
mostrasse suficiente para atender as suasmostrasse suficiente para atender as suas 
demandas, sendo essa percebida como 
algo positivo para os seres humanos, ou 
melhor, algo que devia ser estimulado.
Outras formas de entender o idoso
 Oliveira (2007) diz que, em algumas 
comunidades mais primitivas, os idosos 
eram considerados responsáveis pela 
transmissão da cultura e dos valores 
religiosos às populações mais jovens, 
pois eram considerados detentores dopois eram considerados detentores do 
saber de seu povo e devido a isso 
deveriam orientar e disciplinar os mais 
jovens que pertencessem à mesma 
cultura.
A velhice: algo raro na Antiguidade
 De sorte que eram poucos aqueles que 
conseguiam atingir idade avançada, ou 
seja, eram raros os que conseguiam ser 
de fato considerados idosos. A velhice 
era rara no mundo antigo, tanto que não 
era comum a convivência entre avós eera comum a convivência entre avós e 
netos.
 Já Santos (2005) chama a nossa atenção 
para o fato de que nas sociedades 
primitivas eram altos os índices de 
mortalidade tudo era muito rudimentarmortalidade, tudo era muito rudimentar, 
inclusive a medicina e até as doenças 
mais simples podiam matar as pessoas 
devido à ignorância quanto aos cuidados 
médicos necessários.
Cultura africana
 Nas sociedades africanas, por exemplo, 
o idoso era considerado o transmissor 
da cultura tradicional, herdada das 
gerações dos seus antepassados pelos 
mais jovens. Essa transmissão estava 
assentada em diversos contosassentada em diversos contos, 
provérbios e também nas inúmeras 
lendas do povo africano (NUNES, 2003).
 O idoso deveria participar e opinar em 
todas as atividades envolvendo a aldeia.
 Os idosos eram considerados anciãos e 
tratados como reis. Havia a crença de 
que o idoso, após sua morte, ainda 
continuaria influenciando o bom 
desenvolvimento da aldeia.
Japão e o idoso
 Esse mesmo respeito em relação ao 
cuidado e à atenção com os idosos por 
muito tempo foi observado na cultura 
japonesa. Atualmente, temos visto que 
esse respeito ao idoso, infelizmente, 
também tem diminuído no Japãotambém tem diminuído no Japão. 
 Um ministro japonês diz que idosos 
doentes devem “morrer rapidamente” 
para o bem da economia, que os 
cuidados de saúde para doentes mais 
idosos significam um custoidosos significam um custo 
desnecessário para o país e que a estes 
pacientes deveria ser permitido morrer 
rapidamente.
Egito, Oriente Médio, Israel, Índia, 
China, Império Romano e hebreus
 Essas sociedades têm em comum a 
compreensão e a defesa da necessidade 
de um maior respeito à população idosa. 
 Em Roma, a família romana era 
condicionada a ajudar os mais 
necessitados e, sobretudo, era 
determinado que as famílias cuidassem 
de seus idosos, garantindo a eles a 
atenção de todas as suas necessidades. 
Imaginava-se que somente os idosos 
poderiam dar continuidade àpoderiam dar continuidade à 
transmissão da cultura.
Judeu e o idoso
 O povo judeu, por sua vez, não fugia 
ao pensamento difundido entre os demais 
povos, mas tinha uma especificidade em 
relação a eles: o que sustentava a atenção 
e a preocupação com os velhos era o 
argumento religioso Pautados noargumento religioso. Pautados no 
cristianismo que, por sua vez, está 
ancorado no conhecimento produzido 
em uma série de livros tidos como santos, 
se buscavaa justificativa para o maior 
respeito e atenção aos segmentos dosrespeito e atenção aos segmentos dos 
mais velhos.
Idade Média e o idoso
 Segundo Almeida (2005) nos informa, 
houve uma série de mudanças no padrão 
de desenvolvimento econômico e social 
de grande parcela da sociedade, que 
culminaram na formação do feudalismo 
como sistemacomo sistema.
 Nesse momento de desenvolvimento do 
gênero humano era importante que 
todos fossem capazes para o trabalho, 
ou seja, era fundamental possuir 
compleição física e estado saudáveiscompleição física e estado saudáveis 
para se engajar nessa forma de 
organização social.
Interatividade
As principais ações que foram sendo 
desenvolvidas para atender aos idosos 
durante muitos anos em nosso país e em 
todo mundo foram engendradas:
a) Pela caridade de alguns grupos 
particulares.
b) Por intervenções organizadas pela Igreja 
Católica.
c) Pelo Estado.
d) As alternativas “a” e “b” estão corretasd) As alternativas a e b estão corretas.
e) As alternativas “b” e “c” estão corretas.
O capitalismo e o idoso
 Os idosos que não podiam mais 
trabalhar eram atendidos pela caridade, 
desenvolvida por grupos de particulares 
e, sobretudo, pela Igreja Católica. 
Para que pudessem sobreviver, eram 
encaminhados aos retiros e aos asilosencaminhados aos retiros e aos asilos, 
instituições nas quais havia loucos, 
mendigos e pobres. Como eram atendidos 
pela caridade da época, não eram 
considerados cidadãos, ou seja, não 
possuíam cidadania, atendendo ao quepossuíam cidadania, atendendo ao que 
estava disposto na Lei dos Pobres de 
1597. 
O capitalismo e o idoso
 Os idosos eram humilhados por não 
conseguirem mais suprir suas 
necessidades e, nesses espaços onde 
permaneciam reclusos, o tratamento que 
recebiam era precário, vexatório e 
humilhantehumilhante.
 Santos (2005) nos diz que os idosos que 
não podiam mais trabalhar ainda eram 
atendidos, prioritariamente, pela 
caridade privada, mas foi nesse período 
que começaram a surgir as intervençõesque começaram a surgir as intervenções 
por parte do Estado, ainda minoritárias 
nesse sentido.
Idade Moderna e o idoso
 De acordo com Pessoa (2007), um fator 
importante que vivenciamos na Idade 
Moderna foi o surgimento da geriatria e 
da gerontologia, a partir da década de 
1970, na França. 
 Lembra Almeida (2005) que temos tido 
recentemente um esforço de organismos 
internacionais como a Organização das 
Nações Unidas (ONU) e a Organização 
Mundial de Saúde (OMS) em prol da 
defesa dos direitos da população idosadefesa dos direitos da população idosa, 
empreendidos desde a década de 1990, 
período em que o mundo passou a olhar 
para a questão do idoso de uma 
forma diferente. 
Políticas públicas para idosos
 Os cuidados estão, por sua vez, 
relacionados à satisfação das 
necessidades básicas para a 
sobrevivência do idoso, satisfação 
essa que deve ser oferecida pela família 
ou pela sociedade A autorrealizaçãoou pela sociedade. A autorrealização 
é a possibilidade de realização pessoal, 
profissional e cultural do idoso e, por fim, 
a dignidade trata do direito a uma vida 
digna. 
 A promoção da independência requer A promoção da independência requer 
políticas públicas que garantam a 
autonomia física e financeira, ou seja, o 
acesso aos direitos básicos de 
todo ser humano.
Idoso: um consumidor
 Para Pessoa (2007), no entanto, essas 
ações eram organizadas pensando 
inicialmente no idoso que poderia 
consumir produtos nas áreas indicadas 
anteriormente. Havia no documento em 
questão uma forte conotação dequestão uma forte conotação de 
fortalecimento do idoso para o trabalho 
ou para a sua aposentadoria, desde que 
observados os valores reais necessários 
à sobrevivência, ou seja, há a 
potencialização da figura do idosopotencialização da figura do idoso 
consumidor.
O Brasil e o idoso
 No Brasil, durante muito tempo, o que 
prevaleceu foi a intervenção de grupos 
particulares ou vinculados a uma 
determinada religião na realização de 
qualquer ação junto aos idosos. 
 O Estado, durante grande parte do tempo, 
mostrou-se retraído frente a essa 
problemática. 
 Esteve relacionado à institucionalização 
dos idosos, ou seja, às práticas que 
viabilizavam o acolhimento em 
organizações asilares. 
Período colonial
 As primeiras intervenções de que se tem 
notícia foram empreendidas durante o 
regime colonial.
 Diante de clamores como esse no ano de 
1794, foi criado, no Rio de Janeiro, então 
capital do Brasil, a Casa dos Inválidos 
(ARAUJO; SOUZA; FARO, 2010). 
 Inicialmente, a Casa dos Inválidos não 
estava destinada a atender idosos 
pobres ou abandonados, mas sim a 
prestar os cuidados necessários a 
soldados idosos. 
 Obrigação da família.
República Velha
 No âmbito da legislação, durante o 
governo da República Velha, conforme 
nos indica Escobar (2009), tivemos o 
reconhecimento da aposentadoria como 
um direito social do trabalhador e, a 
partir de então os idosos quepartir de então, os idosos que 
trabalhassem em determinadas 
categorias, em tese, deveriam possuir o 
direito de se aposentar. Nasceu nesse 
contexto uma relação entre idoso e 
aposentadoria, o que resultou na atitudeaposentadoria, o que resultou na atitude 
de muitos países de reduzir a 
intervenção junto ao idoso a um regime 
previdenciário.
Década de 1930
 Na década de 1930, com o fim do padrão 
de governo oligárquico até então 
adotado, emergiu o governo de Getúlio 
Vargas, mas no âmbito das ações junto 
aos segmentos desvalidos, dentre os 
quais os idosos observamos a mesmaquais os idosos, observamos a mesma 
inércia dos governos anteriores.
 Escobar (2009) aponta que as ações do 
Estado eram realizadas apenas por meio 
de convênios formados com instituições 
particulares e mesmo isso não era umaparticulares e mesmo isso não era uma 
prática comum, fazendo com que grande 
parte de idosos permanecesse sem 
qualquer tipo de auxílio por 
parte do Estado Varguista. 
Vargas: década de 1930
 No ano de 1934, Vargas promulgou a 
Constituição Brasileira, em que havia 
o artigo 121, que se referia à população 
idosa. No artigo, lemos “instituição de 
previdência, mediante atribuição igual 
à da União do empregador e doà da União, do empregador e do 
empregado, a favor da velhice”.
Estado ditatorial
 No período de 1946 a 1964, o Estado 
ditatorial quase não desenvolveu 
intervenções junto a esse segmento, que 
estava ainda limitado à dependência dos 
familiares, dos serviços e doações da 
caridade ou entregues à própria sortecaridade ou entregues à própria sorte. 
Em São Paulo, em 1964, foi criada a 
Santa Casa de Misericórdia, que foi 
constituída como um serviço específico 
para prestar atendimento gerontológico, 
e se constitui como mais um exemplo dee se constitui como mais um exemplo de 
uma intervenção de origem privada 
administrada pela caridade. 
1970
 No ano de 1970, o Estado definiu que 
deveria ser prestada assistência aos 
idosos que contribuíssem com a 
Previdência Social. No mesmo ano, 
definiu-se a criação da renda mensal 
vitalícia uma pensão que era concedidavitalícia, uma pensão que era concedida 
a idosos com mais de 70 anos, 
independente de contribuição que 
tivessem dado ao sistema de seguridade 
social, desde que fosse comprovado que 
os mesmos não podiam arcar com suaos mesmos não podiam arcar com sua 
subsistência. 
O idoso não previdenciário e a LBA
 Decorrente desse processo e devido à 
quantidade crescente de idosos, em 9 de 
novembro de 1979 foi publicada a 
portaria 25. Segundo essa portaria, os 
idosos não contemplados pelo regime 
previdenciário deveriam ser atendidosprevidenciário deveriam ser atendidos 
pela Assistência Social, na épocaprestada pela Legião Brasileira de 
Assistência (LBA). 
 Foi somente na década de 1980 que os 
direitos sociais dos idosos foramdireitos sociais dos idosos foram 
amplamente alcançados. 
1980
 A organização da Associação Nacional 
de Gerontologia, que organizou uma 
série de seminários pelo país e colocou 
em debate a questão do idoso, estimulou 
o debate e suas discussões foram 
extremamente relevantes para aextremamente relevantes para a 
elaboração da lei 8842/94, conhecida 
também como Política Nacional do Idoso 
ou PNI.
 A Constituição Brasileira, no item 
relacionado à Seguridade Social fazrelacionado à Seguridade Social, faz 
menção à velhice, compreendendo que é 
responsabilidade do Estado atuar em 
prol desse segmento Política 
de Assistência Social.
Idoso: pessoas a partir de 60 anos 
de idade
 Na referida lei é posto que devemos 
compreender por idosas as pessoas 
que possuem mais de 60 anos de idade. 
Além de definir o segmento social do 
idoso, a lei foi elaborada com a finalidade 
de assegurar os direitos das pessoasde assegurar os direitos das pessoas 
idosas, buscando, assim, favorecer sua 
inserção familiar e comunitária, bem como 
oferecer a possibilidade de uma vida 
autônoma e independente, ou ainda, 
conforme está posto no artigo 1o:conforme está posto no artigo 1 : 
“A Política Nacional do Idoso tem por 
objetivo assegurar os direitos sociais do 
idoso, criando condições para promover 
sua autonomia, integração e participação 
efetiva na sociedade” (BRASIL, 1994). 
Lei no 8.842/94
 Observamos que a responsabilidade 
pelo idoso é conferida à família, ao 
Estado e à sociedade, ou seja, é uma 
responsabilidade partilhada entre as 
diversas esferas da sociedade. 
 Manter a vivência familiar e comunitária 
dos atendidos, ou seja, a prática de 
inclusão em asilos ou instituições de 
longa permanência deve ser considerada 
uma possibilidade apenas quando todos 
os outros recursos disponíveis não maisos outros recursos disponíveis não mais 
se mostrarem capazes de atender à 
demanda. 
Interatividade
A responsabilidade pelo idoso é conferida 
à família, ao Estado e à sociedade, ou seja, 
é uma responsabilidade partilhada entre 
as diversas esferas da sociedade. 
Estamos nos referindo à Lei:
a) LOAS.
b) BPC.
c) 8842/94.
d) 320/94.
e) NDA.
Ministério do Desenvolvimento 
Social e Combate à Fome e à 
Pobreza
 Segundo a Lei no 8.842/94, a 
responsabilidade maior por coordenar e 
organizar toda a Política Nacional do 
Idoso é da Secretaria Nacional de 
Assistência e Promoção Social ou do 
órgão que ocupe essa incumbência noórgão que ocupe essa incumbência no 
governo. Hoje, esse órgão denomina-se 
Ministério do Desenvolvimento Social 
e Combate à Fome e à Pobreza que 
também é o órgão responsável por 
coordenar a PNI.coordenar a PNI.
Conselhos dos idosos
 A lei disciplina que os conselhos de idoso 
devem ser instituídos nos estados, nos 
municípios e no Distrito Federal e devem 
ser órgãos permanentes, com composição 
paritária com representação de entidades 
governamentais e não governamentais egovernamentais e não governamentais e 
ainda devem constituir-se como 
instâncias participativas e deliberativas, 
ou seja, com poder de decisão sobre a 
política elaborada em prol do idoso. Cabe, 
segundo a lei, ao conselho realizar asegundo a lei, ao conselho realizar a 
formulação, a supervisão e a avaliação 
das políticas que são destinadas ao idoso.
SUS
 Já a intervenção da área da Saúde deve 
acontecer por meio do Sistema Único 
de Saúde, ou SUS. Caberia ao SUS 
organizar ações preventivas em relação 
a doenças típicas da senilidade, além de 
dispor sobre normas e fiscalizar serviçosdispor sobre normas e fiscalizar serviços 
destinados a idosos, inclusive, no que 
diz respeito ao atendimento hospitalar. 
Currículo escolar
 No campo da educação é feita uma série 
de recomendações: adequação do 
currículo a idosos que desejam estudar, 
inserção nos currículos escolares de 
temas relacionados ao envelhecimento 
para que assim o preconceito em relaçãopara que assim o preconceito em relação 
aos idosos seja extinto, inserção de 
disciplinas de gerontologia e geriatria 
nos currículos dos cursos superiores, 
utilização dos meios de comunicação 
social para a discussão sobre osocial para a discussão sobre o 
envelhecimento, oferecimento de 
informações via sistema a distância para 
idosos e criação de universidades abertas 
para a terceira idade.
Idoso e mercado de trabalho
 No campo do trabalho e da Previdência 
Social recomenda-se a intervenção com 
objetivo de criar mecanismos para a 
inclusão do idoso no mercado de trabalho.
 Em relação à habitação e ao urbanismo, 
reza a lei que nos programas 
habitacionais deve ser destinado um 
percentual de habitações em regime de 
comodato aos idosos. Também destaca-se 
que há necessidade de adaptar as 
moradiasmoradias.
Cultura, esporte e lazer
 No que concerne à cultura, ao esporte e 
ao lazer é enfatizada a necessidade de 
que o idoso acesse os bens culturais da 
sociedade, participando inclusive de 
eventos culturais e também 
desenvolvendo atividades relacionadas àdesenvolvendo atividades relacionadas à 
cultura. 
 Por fim, em relação à Justiça, destaca-se 
a importância da defesa dos direitos 
sobretudo no sentido de evitar a 
ocorrência de abusos e lesõesocorrência de abusos e lesões. 
Estatuto do idoso
 A Lei 10.741, de 1o de outubro de 2003, 
conhecida como Estatuto do Idoso, foi 
organizada com o objetivo de 
regulamentar os direitos dos idosos e não 
apenas dos idosos pobres, pois busca 
proteger todos os idosos brasileirosproteger todos os idosos brasileiros.
Direitos dos idosos
 O idoso goza de todos os direitos 
fundamentais inerentes à pessoa 
humana, inclusive da proteção integral 
sobre a qual versa essa legislação, que 
lhe assegura todas as oportunidades 
e facilidades para preservação de suae facilidades para preservação de sua 
saúde física e mental, para seu 
aperfeiçoamento moral, intelectual, 
espiritual e social, em condições de 
liberdade e dignidade.
PNI
 A Lei 10.741/2003 assevera alguns 
pontos já tratados na Política Nacional 
do Idoso, por exemplo, ao destacar no 
parágrafo único do artigo 3o que os 
idosos têm prioridade absoluta no 
atendimento em órgãos públicos naatendimento em órgãos públicos, na 
formulação de políticas sociais, na 
destinação de recursos para as ações 
propostas em política social, na 
consolidação de formas de convivência 
com gerações mais jovens, nocom gerações mais jovens, no 
atendimento familiar em vez do 
atendimento asilar.
BPC
 A assistência social, segundo o Estatuto 
do Idoso, deve ser prestada no âmbito 
do que está disposto pela Lei Orgânica 
da Assistência Social, ou Lei 8.742/93, e 
ainda segundo o que é posto pela Política 
Nacional do Idoso e do Sistema ÚnicoNacional do Idoso e do Sistema Único 
de Saúde. No âmbito da assistência social, 
especificamente, destaca-se a importância 
do Benefício de Prestação Continuada, 
ou BPC, que consiste no fornecimento 
de uma pensão equivalente a um saláriode uma pensão equivalente a um salário 
mínimo para os idosos com 65 anos 
ou mais e que possuam renda per capita 
familiar inferior a ¼ do salário 
mínimo. 
As ações assistenciais à Lei 
Orgânica da Assistência Social 
(LOAS) ou Lei 8.742/1993
 A Política Nacional de Assistência Social 
de 2004 e a Tipificação Nacional dos 
Serviços Socioassistenciais. No caso do 
atendimento ao idoso, é importante ainda 
o Decreto no 6.168, de 24 de julho de 2007, 
que regulamenta a pensão especial paraque regulamenta a pensão especial para 
pessoas com hanseníase e o Plano de 
Ação para Enfrentamento da Violência 
contra a Pessoa Idosa, documento esse 
elaboradopela Secretaria Especial de 
Direitos Humanos.Direitos Humanos. 
Centros de convivência
 No caso, os Centros de Convivência 
para Idosos são espaços que 
desenvolvem ações para tal segmento 
durante o dia. Os idosos não moram 
nesses espaços, como acontece nos 
acolhimentos institucionaisacolhimentos institucionais.
SUAS
 Os serviços de proteção social especial 
são divididos em duas categorias: 
proteção social especial de média e alta 
complexidade. A média complexidade está 
relacionada a serviços que são 
executados junto a indivíduos que alémexecutados junto a indivíduos que, além 
da situação de vulnerabilidade social, 
também experienciam a fragilidade nos 
vínculos comunitários e familiares, já os 
serviços de alta complexidade são 
direcionados a indivíduos e pessoas que,direcionados a indivíduos e pessoas que, 
além das situações de vulnerabilidade 
social, da exclusão, também são vítimas 
da perda dos vínculos familiares 
e comunitários. 
No âmbito da média complexidade, 
temos os serviços
 Serviço de orientação e apoio familiar.
 Plantão social.
 Abordagem de rua.
 Cuidado no domicílio.
 Serviço de habilitação e reabilitação na 
comunidade de pessoas com deficiência.
 Medidas socioeducativas em meio aberto 
(prestação de serviços à comunidade -
PSC e liberdade assistida – LA) 
(BRASIL, 2004, p. 38).
Já os serviços de proteção social 
especial de média complexidade 
apontados são os seguintes
 Atendimento integral institucional.
 Casa lar.
 República.
 Casa de passagem.
 Albergue.
 Família substituta.
 Família acolhedora.
 Medidas socioeducativas restritas e 
privativas de liberdade (semiliberdadeprivativas de liberdade (semiliberdade, 
internação provisória e sentenciada).
 Trabalho protegido (BRASIL, 2004, p. 38).
Interatividade
O BPC consiste no fornecimento de uma 
pensão equivalente a um salário mínimo 
para os idosos com:
a) 65 anos ou mais e que possuam renda 
per capita familiar inferior a ¼ do salário 
mínimo.
b) Qualquer renda familiar.
c) Idosos que comprovem que moram 
sozinhos.
d) Idosos que sejam impossibilitados dad) Idosos que sejam impossibilitados da 
vida diária independente.
e) As alternativas “a” e “c” estão corretas.
Abrigo ou asilo
 A partir de então não se usa mais a 
denominação abrigo ou asilo, mas 
atendimento integral institucional ou 
acolhimento institucional, destinado a 
uma série de grupos sociais, dentre os 
quais os idosos O documento destacaquais os idosos. O documento destaca 
que o acolhimento só deve acontecer 
quando todas as outras possibilidades 
dentro do núcleo familiar forem 
esgotadas.
SUS
 Consta que, no âmbito do SUS, deverão 
ser executadas ações de proteção social 
integral ao idoso, prestadas por meio dos 
serviços de atenção básica e de elevada 
complexidade. As ações devem ser 
organizadas de forma intersetorial eorganizadas de forma intersetorial e 
devem favorecer a participação e o 
controle para que os idosos também 
participem da gestão da política de saúde. 
Saúde da família
 Observamos assim o programa Saúde da 
Família que trabalha de forma preventiva 
em unidades descentralizadas e as 
Unidades de Pronto Atendimento que 
atendem às emergências.
 O programa Melhor em Casa é custeado 
pelo Governo Federal, mas demanda 
contrapartida de estados e municípios. Os 
municípios, aliás, devem colocar pessoas 
responsáveis para acompanhar as ações 
da equipe Cada equipe deve atender umada equipe. Cada equipe deve atender uma 
média de 60 pacientes e precisa ser 
composta pelos seguintes profissionais: 
médicos, enfermeiros, técnicos em 
enfermagem e fisioterapeuta.
Aposentadoria
 A aposentadoria por idade é devida aos 
trabalhadores da zona urbana desde que 
completem 65 anos, no caso do homem, 
e 60 anos, no caso da mulher. Já o 
trabalhador que reside na zona rural 
poderá requerê la aos 60 anos sendopoderá requerê-la aos 60 anos, sendo 
homem e 55 sendo mulher. Além disso, 
é necessário comprovar a realização de 
189 contribuições mensais com o regime 
previdenciário.
Aposentadoria
 Já a aposentadoria por tempo de 
contribuição admite duas possibilidades: 
integral ou proporcional. A aposentadoria 
integral demanda que o homem tenha 
contribuído, ao menos, 35 anos com o 
regime previdenciário e a mulher noregime previdenciário e a mulher, no 
mínimo, 30 anos. Já a aposentadoria 
proporcional exige que se combine a 
contribuição com o regime 
previdenciário ao quesito da idade. 
Estados e municípios
 Estados e municípios precisam organizar 
suas políticas de saúde em benefício 
do idoso. Cabe a cada ente federado uma 
série de atribuições, mas compete ao 
Governo Federal a organização geral das 
intervençõesintervenções. 
Experiências internacionais
 As Políticas de Atendimento aos Idosos 
têm mais qualidade e se diferenciam 
do Brasil na forma de concessão dos 
benefícios e na longevidade deste.
 No Brasil, as políticas sociais são 
acanhadas e desconectadas das demais 
políticas e os idosos carentes sofrem 
discriminação na família e na sociedade 
como um todo.
Interatividade
Estados e municípios precisam organizar 
suas políticas de saúde em benefício do 
idoso. Cabe a cada ente federado uma série 
de atribuições, mas compete ao(à) ______ a 
organização geral das intervenções. 
Complete a lacuna com a alternativaComplete a lacuna com a alternativa 
correta.
a) Governo Federal.
b) Gestão tripartite.
c) Estado.c) Estado.
d) Município.
e) Sociedade civil.
ATÉ A PRÓXIMA!

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