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MONOGRAFIA COMPLETA_VERSÃO FINAL

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14 
 
1.0 INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem por escopo a idealização de projeto de um Centro de 
Tratamento Oncológico. O mesmo consiste em um centro de atendimento para a 
população que sofre com o câncer, um mal para a humanidade. 
Essa doença é silenciosa e consiste em pequenos tumores que se iniciam em 
uma determinada parte do corpo e, com o seu crescimento, podem atingir outras 
partes do organismo, causando um mal maior. São duas espécies de tumores, 
dividindo-se em malignos e benignos, tendo cada um sua forma de ação no corpo 
humano e sua forma de tratamento. 
A área do projeto será na cidade de Piraju que fica localizada cerca de 340 km 
da capital do estado de São Paulo, próxima com a fronteira do Paraná. É uma cidade 
pitoresca tem grande referência no estado e no país devido a produção cafeeira. 
Conta com uma população aproximada de 30 mil habitantes. 
Seu nome deriva de Pira-yu que significa peixe-amarelo em tupi guarani em 
virtude da grande quantidade de peixes “dourados” encontrados no rio 
Paranapanema, que corta a cidade. Como referência a esse símbolo do município, há 
um monumento do peixe em uma das entradas da cidade. 
A escolha dessa cidade para a realização deste projeto se deu em virtude da 
necessidade diária da população de ter que se deslocar até a cidade mais próxima, 
em longos trajetos de ida e volta, para fazer o tratamento. 
 Esse terreno não está localizado próximo ao hospital pois, na área central da 
cidade, durantes o estudo não foi encontrado um outro local que atendesse a 
necessidade para o projeto. Piraju é uma cidade que está crescendo para os lados e 
dentro dela há o que se pode chamar de 3 cidades dentro de uma devido à sua 
extensão para todos os lados. 
Os hospitais, atualmente, estão passando por um grande problema: as filas. 
Estas atrasam o atendimento de muitas pessoas. Existem locais em que não há um 
espaço para cada atendimento separado, sendo tudo dentro do mesmo local; com 
isso, surgem as mencionadas filas e, nelas, pessoas que precisam dos atendimentos 
urgentes e não o conseguem, mesmo com prioridade sobre muitos casos. 
Esse projeto será destinado aos pacientes em tratamento de quimioterapia, 
radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia. 
15 
 
2.0 REVISÃO LITERÁRIA 
 
2.1. Conceito de saúde 
 
O termo saúde vem do latim “salus” que quer dizer “bom estado físico, 
saudação”. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde a ‘saúde é um estado de completo 
bem-estar físico, mental e social, e não, simplesmente, a ausência de doenças ou 
enfermidades.” 
A definição de saúde é como um direito à cidadania que está explícito na 
Constituição Federal de 1988, nos seguintes artigos: 196,197,198 e 199 da seção II. 
Tais artigos tratam do entendimento de saúde na compreensão política, econômica e 
social. Aplicou-se o direito do cidadão, à saúde, em seu mais amplo sentido, dando-
se relevância pública aos serviços de saúde, de acordo com o artigo 196 do Texto 
Constitucional: 
 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante 
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de 
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para 
sua promoção, proteção e recuperação. (BRASIL, 1988). 
 
A compreensão do termo saúde é essencial para favorecer a amplificação do 
conhecimento a respeito, no qual se insere o Sistema Único de Saúde. 
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos 
sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento 
para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Básica, até o transplante de 
órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do 
país. Nesse passo, depreende-se que esse sistema se baseia em três pilares: 
universalidade, igualdade de acesso e integralidade no atendimento. A criação do 
SUS foi, indiscutivelmente, uma grande conquista democrática. 
Seus princípios foram definidos na Lei Orgânica de Saúde, em 1990, baseado 
no artigo 198 da Constituição Federal de 1988. 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede 
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de 
acordo com as seguintes diretrizes: 
16 
 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades 
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
III - participação da comunidade. 
 
No Brasil é comemorado no dia 07 de abril o Dia Mundial da Saúde, instituído 
pela Assembleia Mundial da Saúde essa data, como maneira de lembrar o dia da 
fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS). 
 
2.1.2. Conceito de oncologia 
 
Diante do que foi visto a oncologia é um ramo da ciência médica que trabalha 
com os tumores e com o câncer. O termo oncologia tem sua derivação em dois 
sentidos, na palavra grega “onkos” (onco) que tem sentido de massa, volume, tumor 
e na expressão “logia” que expressa estudo. 
A oncologia está direcionada para a aparência de como o câncer se manifesta 
no organismo humano e qual é a melhor e mais apropriada forma de tratamento para 
cada tipo de neoplasia. No Brasil a Oncologia é também conhecida como 
Cancerologia. 
Ao profissional especializado no cuidado do câncer, dá-se o nome de 
oncologista, sendo este o responsável pelo questionamento geral na atenção do 
paciente e pela indicação do tratamento sistêmico adequado. 
O tratamento oncológico é obrigatoriamente realizado por paciente e devendo-
se apreciar as necessidades de cada um, com o tratamento oncológicos. Tais 
tratamentos se dividem em três objetivos: 
• Curativo: 
• Remissão da doença: 
• Cuidados paliativos: 
 
 
 
 
17 
 
2.1.3. Conceito de câncer 
 
Deve-se proceder uma análise e cancêr é o nome entregue ao grupo de mais 
de 100 doenças com o maior desenvolvimento confuso das células, que rodeiam os 
tecidos e órgãos e não é uma doença contagiosa. Eles se fracionam de forma 
acelerada e essas células derivam de maneira muito violenta e incontrolável 
constatando a formação de tumores, que podem avançar, rapidamente, para outras 
regiões do corpo conforme a figura 1. 
Os inumeros tipos de câncer equivalem aos numerosos tipos de células do 
organismo. No momento que elas começam nos tecidos epiteliais, como pele ou 
mucosas, são chamadas de carcinomas. Já nos tecidos conjuntivos, como ossos, 
músculos ou cartilagem, são designadas de sarcomas. 
Figura 1 – Formação do câncer 
 
Fonte: Google imagens. Disponível em: https://www.inca.gov.br/o-que-e-cancer . Acesso em 
11 de março de 2019, às 14:42. 
 
O câncer surge quando o aumento de células no corpo fica fora de controle e 
elas se dividem rapidamente (figura 2). Isso ocorre tanto por fatores ambientais, como 
por genéticos. O crescimento anormal das células, conforme vai tomando uma maior 
proporção, invadindo os tecidos e os órgãos, podendo também espalhar-se para 
outras regiões do corpo, além do local inicial, dando origem ao que se conhece por 
metástase. 
 
 
18 
 
 
 
 
Figura 2- Etapas do câncer 
 
Fonte: Ciclo Celular. Disponível em: < http://www.ciclocelular.com.br/cancer-definicoes-e-
estatisticas/>. Acesso em 18 de março de 2018, às 22:03. 
 
 Vem do grego da palavra karkínos, que tem como significado caranguejo, que 
era nomeado pelo povo santo a doença e como o animal. 
A interpretação do nome é que as veias inchadas que contornam a parte 
atingida pela doença tinham a aparência das patas de um caranguejo; dessa forma, 
faz-se uma correspondência com os nomes. Hipócrates, conhecido como o pai da 
medicina, viveu entre 460 a 377 a.C., na Grécia e tornou-se pioneiro a empregar esse 
termo nesse contexto. 
É valioso salientar que dia 08 de Abril é intitulado como o Dia Mundial de 
Combate ao Câncer, e dia 27 de Novembro é o Dia Nacional de Combate ao Câncer. 
O cânceré responsável por mais de 12% de todas as causas de óbito 
no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem da doença anualmente. 
Como a esperança de vida tem melhorado gradativamente, a incidência de 
câncer, estimada em 2002 em 11 milhões de casos novos, alcançará quase 
20 milhões em 2020, segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC). 
(TECNOLOGIA, Departamento de Ciência e et al. 2007) 
 
19 
 
É possível se entender que o câncer é o responsável pelo segundo maior índice 
de morte em todo o país, ficando atrás somente das doenças cerebrovasculares que, 
ainda hoje, encontram-se no rol das enfermidades consideradas crônicas. 
Contundo, mister se faz lembrar de que nem todo tumor é câncer, podendo 
aquele ser benigno ou maligno; essa distinção se dá pela fisionomia e arranjo das 
células afetas (figura 3). 
 Os chamados tumores benignos formam um conjunto de células modificadas 
que pouco atingem ou, até mesmo, nada influenciam no organismo. Apresenta, o 
tumor benigno, um crescimento organizado, lento e não invasivo, crescendo confinado 
no local de origem. Estão restritos a uma única massa tumoral, delimitada por uma 
cápsula ou tecidos adjacentes comprimidos, e não causam maiores agressões ao 
enfermo, pois este não corre o risco deste tumor se espalhar pelo corpo, ou seja, os 
tumores benignos não possuem capacidade se transformar em metástase. 
Dificilmente o tumor benigno torna-se maligno. 
Já o tumor maligno, por seu turno, é intitulado de câncer e, ainda pode ser 
denominado de cancro ou neoplasia maligna, manifesta-se da reprodução anormal do 
tecido, que não efetua a função biológica apropriada, ou seja, acontece um 
desenvolvimento desordenado das células. 
Após a cirurgia, os tumores malignos podem frequentemente reaparecer perto 
ou longe da região do tumor original, necessitando assim, de tratamentos adicionais 
como: quimioterapia e radioterapia. 
Pode-se entender que o crescimento do tumor maligno pode acontecer 
conforme: 
a) velocidade do crescimento tumoral; 
b) local onde o tumor se encontra; 
c) fatores constitucionais de cada pessoa; 
d) fatores ambientais. 
Os tumores poderão ser distinguidos em três fases: 
1º) fase pré-neoplástica (antes da doença de desenvolver), 
2º) fase pré-clínica ou microscópica (quando ainda não há sintomas), 
3º) fase clínica (quando apresenta sintomas). 
 
 
 
20 
 
 
 
 
Figura 3- Tumor Benigno X Tumor Maligno. 
 
Fonte: Google imagens. Disponível em: < https://medsimples.com/cancer/>. Acesso em 19 de 
março de 2019, às 21:16. 
Algumas razões de risco para a evolução do câncer estão associadas à origem 
externa, os chamados fatores ambientais, como: a) meio ambiente, b) ambiente 
ocupacional, c) ambiente de consumo, ambiente cultural e social; ou por origem 
interna, sendo fatores hereditários, que possui pré-disposição genética de 
desenvolver a doença. 
 
 
Figura 4- Tipos de câncer mais comum no Brasil entre homens e mulheres. 
 
Fonte: Google imagens. Disponível em:< http://www.oncoguia.org.br/conteudo/os-tipos-de-cancer-
mais-comuns-nas-mulheres-e-nos-homens/10209/7/>. Acesso em 19 de março de 2019, às 21:23. 
https://medsimples.com/cancer/
https://medsimples.com/cancer/
21 
 
O câncer é a doença que mais ocasiona óbitos no Brasil, superado, somente, 
pelas doenças cerebrovasculares. 
 
2.2. História dos Hospitais 
 
Os hospitais surgiram após um tempo em que não era usual o cuidado de 
pessoas enfermas de forma separada. Sua origem vem do latim “hospitalis”, cujo 
significado é “ser hospitaleiro”. Atualmente, a palavra é parecida com “nosocomium” 
que significa local de enfermos, isto é, asilos dos doentes. 
A arquitetura hospitalar foi guiada pelo estilo moderno, ao longo dos séculos 
XVII e XVIII. Além de mais, os hospitais dispunham de um arranjo antigo, com alta 
contaminação, instalações insalubres e ligadas, a qual não eram adequadas para a 
saúde e necessitavam de grandes mudanças. 
Muito antes que a medicina, a arquitetura foi a primeira arte a ocupar-
se do hospital. A idéia [sic] de que o doente necessita de cuidados e abrigo é 
anterior à possibilidade de lhe dispensar tratamento médico. E todas as 
cidades, em todas as épocas, mobilizaram-se para prover esta necessidade. 
(ANTUNES, 1989, p. 227/228). 
 
 No século XIX, na Inglaterra, manifesta-se uma nova concepção de 
hospital com a enfermeira Nightingale com adequadas ventilação e iluminação, com 
menos abarrotado de pacientes e orientada para a humanização dos enfermos. Essa 
nova característica era um salão prolongado e justo, com as camas arranjados 
verticalmente às paredes e nos limites cozinha e banheiros adequadamente 
ventilados. Contava com janelas de ambos os lados para uma ventilação e iluminação 
natural conveniente e o pé direito baixo para administração melhor da temperatura do 
local. Esse modelo marcou significativamente o século XIX e foi parâmetro no século 
XX. 
No século XIX, os hospitais conquistam uma disposição de formato de um 
pavilhão esticado, possibilitando uma ventilação e iluminação natural, concordava que 
isso solucionaria a parada da umidade e do ar. Sua volumetria era empregada para 
associar as proporções ideal para cada local, contando com os números de pacientes 
em cada setor, em virtude de garantir uma capacidade mínima de ar restaurado para 
cada paciente. 
22 
 
Era considerado a separação de patologias e os enfermos em divisões 
separadas. Além do que, os edifícios foram organizados no formato de pavilhões 
contando com três pavimentos cada um deles. 
Desta forma, seguindo essas peculiaridades a estrutura em pavilhão e 
segmentação em setores, podemos comprovar que o estilo contemporâneo foi 
incluído na arquitetura hospitalar. 
Gradualmente a forma de pavilhões foi sendo alterada por pequenos blocos 
verticais, após a metade do século XIX, no momento que surgiram os enormes 
“arranha céus”, na cidade de Chicago, EUA. Isso se deu ao elevado valores do terreno 
para a construção linear dos hospitais. Porém esse novo modelo de construção 
acarretou impactos como: custo de manutenção elevado, e a atenção com os 
ambientes humanizados foram deixados de lado nessa época. Por outro lado, a 
efetividade dos tratamentos fortaleceu, reduzindo o número de enfermos internados. 
No século XX, a organização em monoblocos resultou-se em inúmeros blocos. 
A atenção com a iluminação natural dentro dos hospitais revelou de grande 
relevância, entre vários pontos como a diminuição da contaminação e a redução dos 
custos. 
2.2.2. Considerações finais referentes à história 
 
Não são apenas os conhecimentos técnicos que se fazem necessários à 
elaboração de uma edificação hospitalar, mas também os aspectos humanos. Os 
arquitetos devem estar atentos em evitar que os pacientes sintam-se presos, 
angustiados, separados do meio externo e procurar fazer com que se sintam 
acolhidos, confortáveis, certos de que ao saírem, encontrarão um mundo à espera 
deles. Para isso, deve-se valer de pontos de sustentabilidade e conforto ambiental. 
Atualmente poucas edificações hospitalares estão de acordo com os aspectos 
ambientais e de sustentabilidade, os quais ainda utilizam ar condicionado e luz 
artificial. Porém encontra-se um crescimento de arquitetos tentando melhoras o 
espaço e suas condições de utilização de mundo mais humanizado. 
 
 
 
23 
 
 2.3. Tipos de tratamento do câncer 
 
O paciente com câncer é submetido a determinados tipos de tratamento, quais 
sejam, a quimioterapia, a radioterapia, a hormonioterapia e a imunoterapia, declinados 
abaixo. 
 
2.3.1. Quimioterapia 
 
É uma medicação que é aplicada para acabar com as células doentes que 
provocam os tumores. Essas substâncias se associam com o sangue e são guiados 
a todas as partes do corpo, eliminando as células doentes que estão produzindo o 
tumor e impossibilitando que elas se separem pelo corpo. 
Oremédio é efetuado por enfermeiras qualificadas e acompanhado pelas 
auxiliares de enfermagem. Pode ser aplicado das seguintes maneiras: 
Via oral (pela boca): O remédio é ingerido em comprimidos, cápsulas e líquidos 
pelo paciente. Essa forma de tratamento pode ser realizada em casa. 
Intravenosa (pela veia): Injetada diretamente na veia ou por um cateter na 
maneira de injeções ou no soro. 
Intramuscular (pelo músculo): ‘Aplicada por meio de injeções no músculo” 
Subcutânea (pela pele):” Aplicada por baixo da pele pelo meio de injeções” 
Intracraneal (pela espinha dorsal): “Usada em menos regularidade, mas é 
aplicada no líquor (líquido da espinha), pelo médico ou no centro cirúrgico. “ 
Tópico (sobre a pele ou mucosa): Pode ser líquido ou pomada e é aplicado na 
região afetada. 
O tempo do tratamento deriva de acordo com o que o médico e do tipo de tumor. 
E também se o paciente tiver alguma reação o tratamento não poderá ser suspenso. 
Exclusivamente o médico poderá suspender e dar o prazo para o fim do tratamento. 
A quimioterapia também pode ser indicada em outros tipos de tratamento como: 
• Quimioterapia Adjuvante: 
• Quimioterapia Neoadjuvante: 
• Quimioterapia para Doenças Metastática: 
 
24 
 
2.3.2. Radioterapia 
 
É uma medicação em que se aplicam radiações ionizantes, que são espécie de 
força que destroem ou impedem que as células do tumor cresçam. Esses feixes não 
são visíveis e ao longo da execução onde o paciente não sentirá nada. Esses raios 
podem ser de dois tipos: eletromagnéticos e os elétrons. 
Existem dois tipos de radioterapia: 
Radioterapia externa ou radioterapia convencional: o tratamento é realizado 
com a emissão de raios-X nos locais afetos em doses fragmentadas, por um período 
de 4 a 6 meses. 
Radioterapia interna ou Branquiterapia: Diferente do método anterior, a 
emissão da radiação é feita dentro do organismo, inserindo-se uma fonte radioativa 
no corpo do paciente. 
Durante o tratamento as células normais assim como as doentes também 
podem ser atingidas pela radioterapia, contudo elas podem se recuperar o que não 
acontece com as cancerígenas. É cautelosamente organizada de modo a cuidar do 
tecido saudável, o máximo possível. 
Os efeitos colaterais da radioterapia estão continuamente associados com a 
área do corpo tratada, a dose administrada e a capacidade das células saudáveis em 
se reparar o dano. 
Aguarda-se o começo das reações por volta de três semanas de tratamento. E 
após esse período começa a se instalar um processo inflamatório e dependendo da 
estrutura envolvida teremos os efeitos colaterais específicos. 
A radioterapia externa pode causar mais efeitos colaterais do que a radioterapia 
interna. É relevante destacar que a maioria dos pacientes terá apenas alguns dias dos 
efeitos colaterais. Com técnicas de tratamento atuais os efeitos colaterais agressivos 
são muitos raros. 
A radioterapia atinge os pacientes de maneira desigual e é difícil saber 
precisamente como cada um vai reagir ao tratamento. Para uns pacientes são leves 
e para outros podem ser mais agressivas. 
 
 
 
25 
 
2.3.3. Hormonioterapia 
 
A hormonioterapia é um tratamento que aplica remédios para impedir a ação 
desses hormônios e preservar que eles ativem as células do câncer a crescer. Pode 
ser proporcionado em comprimidos ou através de injeções subcutâneas. 
É especialmente usada no tratamento do câncer de mama e da próstata. A 
intervenção obstrui os efeitos dos hormônios masculinos e os femininos. Ela integra 
os benefícios vindos da cirurgia ou da radioterapia, atingindo melhores resultados para 
o paciente. As formas de hormonioterapia e o momento do seu uso resultará de 
diversos fatores relacionados ao tumor, a idade do paciente e ao risco de efeitos 
colaterais. 
É considerado que o paciente use a dosagem certa prescrita pelo médico e 
mantenha a estabilidade do uso. As doses em horários errados podem mudar a 
qualidade do remédio e causar efeitos colaterais indesejados. 
Ela é regularmente usada após a cirurgia como terapia adjuvante para ajudar a 
reduzir o risco da recaída da doença. 
 
 
2.3.4. Imunoterapia 
 
A imunoterapia constitui-se nos tratamentos que incentivam as próprias 
defesas normais do paciente, contribuindo com o sistema imunológico a combater e 
acabar as células tumorais. 
 Atualmente, no Brasil, é uma ferramenta reconhecida para tratar melanoma, 
câncer de pulmão e linfomas. 
Apresenta quatro tipos de imunoterapia contra o câncer: 
Anticorpos monoclonais: células de proteção humanas executadas em 
laboratório que podem atacar algumas partes exclusiva da célula tumoral. 
Inibidores dos check-points imunes: são drogas que na maior parte “freiam” o 
sistema imune, contribuindo a distinguir e atacar células de câncer. 
Vacinas contra o câncer: partes de algumas células tumorais alteradas em 
laboratórios sintetizando sua hostilidade e devolvidas ao paciente para incentivar o 
sistema protegido contra o câncer. 
26 
 
Imunoterapias não específicas: são remédios que incentivam a resposta do 
sistema imunológico contra células de câncer. Contudo, elas o fazem de uma forma 
mais geral, e não particular como as anteriores. 
De modo geral, a imunoterapia tem uma aceitação melhor do que a 
quimioterapia. 
 A imunoterapia ainda está em fase de estudos e pesquisas e passando por 
aprovação pelos órgãos competentes. 
A duração do tratamento varia de ação que as drogas estão exibindo na luta 
contra o câncer e da tolerância do paciente ao tratamento. Nas pesquisas têm sido 
utilizadas geralmente por até dois anos, no entanto o período ideal do tratamento 
ainda não foi determinado. 
A imunoterapia nos dias de hoje se converteu na estrela da oncologia clínica, 
com pesquisas e avanços muitos esperançosos. 
 
2.3.5. Humanização no auxílio ao tratamento 
 
A humanização está muito presente nos tratamentos e nos hospitais, porém em 
alguns isso não acontece pois são construções antigas que não tem uma forma de 
ampliar para o melhor atendimento da população que necessita desses 
medicamentos. 
Para melhor compreensão do tema será realizado uma pesquisa de campo. 
Com base na pesquisa a humanização seria o respeito, o carinho, o 
acolhimento, a tranquilidade e um lugar agradável ao paciente nesse momento tão 
complicado de sua vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
3.0 REFERÊNCIAS PROJETUAIS 
 
Para a leitura de um projeto é preciso tomar por base referências que estimulam 
a realizar um sonho para muitas pessoas, algo que nem se imagine que possam fazer. 
Neste trabalho serão utilizadas por referências as obras de João Filgueiras 
Lima e Norman Foster. 
 
3.1. JOÃO FILGUEIRAS LIMA- LELÉ 
 
Figura 5- João Filgueiras Lima 
 
Fonte: Google imagens. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/602205/falece-joao-
filgueiras-lima-o-lele/537cd4dac07a802121000169. Acesso em 09 de março de 2019, às 12:41. 
 
Lelé: Você sabe, recentemente eu estava fazendo uma reflexão para 
saber o por que eu comecei a trabalhar com planejamento hospitalar. 
Aí fui fazendo uma regressão para ver por que eu me tornei arquiteto. 
(...) Por que eu fui arquiteto? Eu estava na banda de música, tocando 
em boates, já tinha pedido demissão da escola militar e levava uma 
vida de boêmio. Mas eu tinha que arranjar um emprego de qualquer 
maneira, até para não ser muito desconsiderado pela família. Arranjei 
um emprego de escrevente-datilógrafo da Marinha. (...) Nesse 
emprego havia um subtendente, datilógrafo como eu, chamado 
https://www.archdaily.com.br/br/602205/falece-joao-filgueiras-lima-o-lele/537cd4dac07a802121000169
https://www.archdaily.com.br/br/602205/falece-joao-filgueiras-lima-o-lele/537cd4dac07a802121000169
https://www.archdaily.com.br/br/602205/falece-joao-filgueiras-lima-o-lele/537cd4dac07a802121000169
https://www.archdaily.com.br/br/602205/falece-joao-filgueiras-lima-o-lele/537cd4dac07a80212100016928 
 
Gastão. Eu tinha mania de fazer caricatura e ele então me induziu a 
fazer vestibular para arquitetura. (...) Então eu me inscrevi e fiz o 
vestibular. (...) Aí fui. (...), eu acabei passando ... (LIMA, João 
Filgueiras. 2000.) 
 
João Filgueira Lima (figura 5) nasceu no Rio de Janeiro no dia 10 de Janeiro 
de 1932, na capital fluminense. Ficou conhecido como Lelé. Estudou arquitetura e 
urbanismo na Escola Nacional de Belas Artes- ENBA e formou- se no ano de 1955. 
Após formado começou a trabalhar no Instituto dos Aposentados e Pensionistas como 
desenhista. 
No ano de 1957 foi convidado para mudar-se para Brasília onde seria a futura 
capital federal que estava no início de sua construção, porém antes de ir ele quis a 
aprovação do arquiteto Oscar Niemeyer (figura 6). 
Figura 6- Lelé e Oscar Niemeyer. 
 
Fonte: Google imagens. Disponível em: <https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/14305-
arquitetura-uma-experiencia-na-area-da-saude#foto-250879>. Acesso em 09 de março de 2019, às 
14:33. 
 
Em Brasília começou a trabalhar com Oscar e Lucio Costa no Plano Piloto que 
estava começando a ser implantado. Foi nessa época que ele começou a se projetar 
como arquiteto. Seu reconhecimento no ramo da arquitetura veio junto com o 
nascimento de Brasília. Nessa época, ele teve como grande referência Oscar 
29 
 
Niemeyer, que o ajudou após sua formação. Foi ao lado de Oscar que ele conheceu 
técnicas de desenho e matérias que futuramente começou a utilizar em suas obras. 
Lelé conheceu sua esposa Alda no ano de 1960, no mesmo ano que Brasília 
foi inaugurada. E em fevereiro de 1961 nasceu sua filha Luciana, vitima de uma 
paralisia cerebral que o fez ausentar-se da profissão e retornar ao Rio de Janeiro. 
No ano de 1963, Lelé e sua esposa Alda sofrem um acidente automobilístico, 
no qual ficaram internado para receberem tratamento médicos. Quando estava 
internado Lelé se aproximou do então médico Aloysio Campos da Paz no ano de 1964. 
Futuramente Aloysio assumiu a presidência da Fundação da Pioneiras Sociais do 
Hospital Sarah Kubitschek. Foi assim que aparecem as notáveis edificações 
hospitalares planejadas por Lelé. 
No ano de 2000 Lelé deu uma entrevista contando um pouco mais sobre sua 
vida e como iniciou a carreira de arquiteto. 
 
R.P.: E quando você entrou na escola? 
Lelé: Em 51. Me formei em 55 e em 57 fui para Brasília. Aí há coincidências, 
também. Por que eu fui para Brasília? Não foi porque eu acreditasse no Plano 
Piloto. É lógico que estávamos todos empolgados em fazer uma nova capital. 
Mas, na verdade, no Instituto dos Bancários, onde eu trabalhava com o Aldary 
Toledo, estavam procurando uma pessoa que pudesse ir para lá e ninguém 
queria. Naquela época, o carioca tinha 
horror a Brasília. Então, ficava aquela coisa: ‘’quem é que quer ir?’’ Tinha que 
ser um recém formado. ‘’O Lelé, o Lelé vai.’’ 
M.F.: Você já era Lelé? 
Lelé: Já. 
M.F.: Sempre? 
Lelé: Sempre. 
M.F.: Por que Lelé? 
Lelé: Havia um jogador do Vasco que chamava Lelé. Ele jogava na meia 
direita, que era a posição que eu jogava. 
M.F.: Você é vascaíno? 
Lelé: Não, não sou vascaíno, mas Lelé era do Vasco. Tinha até uma música: 
‘’É só dizer que é vascaíno, que é amigo do Lelé’’.(LIMA, João Filgueiras. 
2000.) 
 
No dia 21 de maio de 2014 vítima de um câncer de próstata, João Filgueira 
Lima, Lelé nos deixou. Estava internado no Hospital Sarah Kubitschek em Salvador. 
30 
 
Tinha 82 anos e deixou, viúva a arquiteta Alda Rabello Cunha, além das filhas Luciana, 
Sônia e a também arquiteta Adriana Rabello Filgueiras Lima, e os netos João, Gustavo 
e Paulo. 
Lelé: É, eu acho que sim, acho que se você destruir essa função do 
arquiteto, ele deixa de ser arquiteto. Quando o arquiteto se 
especializa – um planejador hospitalar, por exemplo – ele passa a ver 
o espaço hospitalar como um espaço tecnológico, em que ele tem 
que saber quais as funções de cada equipamento etc. Esse espaço 
começa a carecer de uma função humana, que é a questão primordial 
do arquiteto. Então eu acho que a relação primordial do arquiteto com 
os compromissos que ele deve ter, vamos dizer, com a parte artística 
e humana do prédio, é muito maior que a relação tecnológica que ele 
tem com o equipamento. É claro que o equipamento é um 
instrumento que vai ser usado ali, mas o fundamental é você criar um 
espaço em que o paciente se sinta bem, em que ele realmente esteja 
psicologicamente preparado para ser curado, senão não vai ser 
curado. Me parece que houve uma distorção enorme, na década de 
cinquenta, no espaço hospitalar. Foi quando começou o boom da 
tecnologia do pós-guerra e todas as grandes empresas que 
trabalhavam na produção de armamento passaram a trabalhar na 
produção de equipamentos hospitalares. Foi quando surgiu a 
radioterapia, a bomba de cobalto. A guerra sempre propicia esse 
desenvolvimento tecnológico, até porque todo mundo fica 
machucado. Mas, a partir de então, os hospitais passaram a só dar 
importância a essa parte, vamos dizer, tecnológica do tratamento. 
(LIMA, João Filgueiras. 2000.) 
 
 
3.1.1. Características Projetuais 
 
Lelé em suas obras utilizava uma arquitetura industrializada que não procurava 
uma reincidência uniforme da solução era uma técnica dinâmica e mutável. Foi uma 
investigação pela economia e pelo desenvolvimento de determinadas respostas a 
arquitetura se converte como a cada novo fazer, a cada obra nova, como acontece 
em um caminho do design automobilístico. 
31 
 
Em suas obras ele utilizava muito os “Sheds” que seria seguramente sua 
personalidade mais notável do seu ponto de vista sobre a arquitetura. Utilizava 
também muita ventilação e iluminação natural. 
 
3.1.2. Sistema Construtivo 
 
No início de sua carreira Lelé começou a utilizar a madeira no canteiro de obras 
para realizar os alojamentos dos operários em Brasília. Posteriormente introduziu o 
uso do concreto armado nos edifícios residenciais da Superquadras e nas instalações 
da Universidade de Brasília. Com a distinção por meios mais econômicos e de 
acessível manipulação, ocasionou-se ao aperfeiçoamento da argamassa armada, de 
uma característica de cimento com armadura uniforme. Então percebeu a aceleração 
de se desenvolver soluções técnicas que auxiliem a construção instantânea e em 
maior proporção. 
 
3.1.3 Materiais Construtivos 
 
No início Lelé estava com um dilema no uso do star system high-tech para 
combinar na construção. Seu cuidado com os princípios humanos e socioculturais, faz 
seu conceito de estruturas formais que resumem as necessidades programáticas e 
funcionais. 
Após um tempo Lelé passou a utilizar a sustentabilidade e o alinhamento como 
novo padrão para suas obras como temos o exemplo da rede de Hospitais Sarah 
Kubitschek. 
O emprego de normatização de medidas nas construções complexas e de 
grande porte tal como os hospitais demandam métodos edificantes: curto, funcional e 
justificativo. Desse modo, Lelé aplicou o sistema de modulação nos seus projetos na 
Rede Sarah Kubitschek (figuras 7, 8, 9 10,11 e 12), possibilitando organização e 
evolução da comunicabilidade projetistas. 
 
 
 
 
32 
 
Figura 7 -. SARAH Belém, PA- Imagem do parque infantil e uma vista do hospital. 
 
Fonte: Rede Sarah de Hospitais. Disponível em: < http://www.sarah.br/>. Acesso em 12 de 
março de 2019, às 14:45. 
 
Figura 8 -. SARAH Belo Horizonte. Vista do hospital 
 
Fonte: Rede Sarah de Hospitais. Disponível em: < http://www.sarah.br/>. Acesso em 12 de 
março de 2019, às 14:45. 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Figura 9 -. SARAH Belo Horizonte. Vista do hospital e da passarela que do acesso a ele por 
cima da rodovia. 
 
Fonte: Rede Sarah de Hospitais. Disponível em: < http://www.sarah.br/>. Acesso em 12 de 
março de 2019, às 14:45. 
 
Figura 10-. SARAH Brasília, DF, 1980. Vista lateral do hospital 
 
Fonte: Rede Sarah de Hospitais. Disponívelem: < http://www.sarah.br/>. Acesso em 12 de 
março de 2019, às 14:45. 
 
 
 
 
 
34 
 
 Figura 11 -. SARAH São Luís, MA, 1993. Vista lateral 
 
Fonte: Rede Sarah de Hospitais. Disponível em: < http://www.sarah.br/>. Acesso em 12 de 
março de 2019, às 14:45. 
 
Os hospitais atuais são fechados, da maneira que o conforto térmico e a 
iluminação tornam-se monitorados artificialmente (figuras 13 e 14). A iluminação e 
ventilação natural são motivos muito presentes e de maior importância nos hospitais 
atuais, proporcionando um ambiente leve, acolhedor aos pacientes e seus 
acompanhantes (figura 15 e 16). 
Outra questão que está sendo levada em conta é a construção de espaços 
verdes envolvendo os ambientes internos com o meio externo, contribuindo com o 
tratamento. 
Na Rede Sarah Kubitschek o partido arquitetônico usado foi: 
• Flexibilidade e extensibilidade da construção 
• Criação de espaço verdes 
• Flexibilidade das instalações 
• Iluminação natural e conforto térmico dos ambientes 
• Padronização de elementos da construção 
• Estrutura 
João Filgueiras Lima trabalhou por mais de 30 anos em projetos da Rede dos 
Hospitais Sarah Kubitschek. 
Criou uma arquitetura mais grosseira com o concreto aparente, estrutura 
metálica, pré-moldados e estrutura grandes. Após um tempo começa uma nova fase 
experimentando novos materiais como o aço e elementos plásticos. 
35 
 
Tem sua arquitetura conhecida por: componentes de pré-fabricação e 
industrializados, recursos de forma livres, regularmente sinuosa, usando os recursos 
de iluminação e ventilação naturais, o máximo possível, revertendo o ambiente 
convidativo e acolhedor, interagindo o paciente aos maiores espaços, até mesmo 
produzindo economia no uso do ar condicionado e diminuindo o risco de infecção 
hospitalar nos hospitais. 
Fora a Rede de hospitais Sarah Kubitschek Lelé teve outras obras como: 
agência de automóveis Disbrave, em Brasília (1965), o Hospital Regional de 
Taguatinga, no Distrito Federal (1968), as Secretarias do Centro Administrativo da 
Bahia, em Salvador (1973), o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, em Salvador (1997) 
e o Memorial Darcy Ribeiro, em Brasília (2009). 
 
Figura 12. Várias Situações do Elemento Pré-Fabricado de Laje / Montagem. Croqui. 
 
Fonte: Livro João Filgueiras Lima Lelé. Editorial Blau. Instituto Lino Bo e P. M. Bardi. Página 
128. São Paulo – SP. 2000. Foto: Scanner. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Figura 13. Sistema de Ventilação. Croqui. 
 
Fonte: Livro João Filgueiras Lima Lelé. Editorial Blau. Instituto Lino Bo e P. M. Bardi. Página 
192. São Paulo – SP. 2000. Foto: Scanner. 
 
Figura 14. Sistema de Iluminação e Ventilação. Croqui. 
 
Fonte: Livro João Filgueiras Lima Lelé. Editorial Blau. Instituto Lino Bo e P. M. Bardi. Página 
204. São Paulo – SP. 2000. Foto: Scanner. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
Figura 15. Sistema de Iluminação – Brasília Lago Norte. Croqui. 
 
Fonte: Livro João Filgueiras Lima Lelé. Editorial Blau. Instituto Lino Bo e P. M. Bardi. Página 
212. São Paulo – SP. 2000. Foto: Scanner. 
 
Figura 16. Conforto Ambiental. Croqui. 
 
Fonte: Livro João Filgueiras Lima Lelé. Editorial Blau. Instituto Lino Bo e P. M. Bardi. Página 
219. São Paulo – SP. 2000. Foto: Scanner. 
 
Temos que parar com essa ideia do arquiteto infalível. O arquiteto 
tem que errar. Aprender com o erro faz parte da nossa experiência. 
(LIMA, João Filgueiras. 2011.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
3.2. Norman Foster 
 
Figura 17- Norman Foster 
 
Fonte: Foster and Partners. Disponível em: 
https://www.fosterandpartners.com/studio/people/partnership-board/norman-foster/. Acesso em 19 de 
março, às 14:57 
A Foster + Partners entende que o melhor design vem de 
uma abordagem completamente integrada desde a concepção até a 
conclusão. Temos uma forte equipe criativa, em que engenheiros 
estruturais e ambientais trabalham ao lado dos arquitetos desde o 
início do processo de design. Ao fazê-lo, acreditamos que eles podem 
aprender um do outro e combinar seus conhecimentos para conceber 
soluções de design totalmente integradas. As equipes de design são 
apoiadas por inúmeras disciplinas internas, garantindo que 
possamos a base de conhecimento para criar edifícios 
ambientalmente sustentáveis e edificantes para usar. (PARTNERS, 
Foster +.) 
 
https://www.fosterandpartners.com/studio/people/partnership-board/norman-foster/
https://www.fosterandpartners.com/studio/people/partnership-board/norman-foster/
39 
 
É preciso dizer ainda que na formação de uma ideia-chave 
de um espaço aberto, isomorfo e multifuncional, onde é possível 
deslocar-se livremente, sem percursos preordenados e fixados pelo 
projeto, em uma complexidade totalmente visível dentro da qual é 
responsabilidade do indivíduo orientar-se (...). (N.FOSTER.1979.) 
 
Nasceu em 1º de junho de 1935, na cidade de Stockport na grande Manchester, 
Reino Unido, noroeste da Inglaterra, de família humilde. Era famoso arquiteto inglês 
(figura 17) renomado mundialmente pela sua forma ousada e sua preocupação com 
o meio ambiente. 
 Desde novo já evidenciava um dedicado e aplicado aluno. Mostrando sua 
afinidade pela arquitetura particularmente pelas obras de Frank Lloyd Wright, Ludwig 
Mies van der Rohe e Le Corbusier. Fez a faculdade de Arquitetura na Universidade 
de Manchester, formou-se me 1961. 
Terminou seu mestrado na Universidade de Yale em 1962, onde conheceu 
Richard Rogers, seu futuro parceiro comercial. 
No ano de 1963, começou a trabalhar com Richard Rogers, Sue Rogers, 
Georgie Wolton e Wendy Cheesman, onde criaram o “Team 4”. Norman casou-se no 
ano de 1964 com Wendy. Em 1967 ocorreu o fim do Team 4 e Foster e Wendy 
Cheesman construíram a Foster Associates que no futuro se transformou em Foster 
and Partners. 
Como arquiteto, você projeta para o presente, com consciência do passado, 
para um futuro que é essencialmente desconhecido. A agenda verde é 
provavelmente a agenda e a questão mais importante da atualidade (...) todos 
os projetos que, de algum modo, são inspirados por esta agenda, tratam de 
um estilo de vida comemorativo, de modo que determinam a qualidade de 
vida. (FOSTER, Norman. 2007.) 
 
Após a criação do seu escritório Norman foi reconhecido e premiado, em 1990 
levou o Prêmio de Arquitetura Contemporânea Mies van de Rohe, pelo projeto do 
Aeroporto de Londres Satnsted. No ano de 1997 recebeu a homenagem de Ordem do 
Mérito e em 1999 foi intitulado Barão reconhecido hoje em dia como “Barão Foster do 
Tâmisa”. Recebeu duas vezes o Prêmio Stirling e ficou reconhecido como o segundo 
arquiteto britânico a receber um prêmio de tamanha importância. Foster também 
ganhou o Prêmio Pritzker, conhecido como o “Nobel da arquitetura”. 
40 
 
 
(...) a sustentabilidade deve ser pensada com uma abordagem ‘’holística’’, 
que leve em conta o posicionamento e a função de um edifício, a flexibilidade 
e a duração, sua orientação, sua forma e estrutura, os sistemas de ventilação 
e aquecimento, os materiais empregados; tudo isso tem um impacto na 
qualidade de energia gasta para construir e manter um edifício.(FOSTER, 
Norman. 2005.) 
 
Seu escritório ficou conhecido no mundo por executar grandes projetos, com 
aspectos marcantes como: a) gigantescas estruturas metálicas utilizadas nas 
construções; b) sua imponência. c) a restauração e reurbanização. 
 
3.2.1. Características Projetuais 
 
Sua característica, em seus projetos, destaca o uso das mais avançadas 
tecnologias adequadas ao tema, concebendo assim, sempre explicações imaginárias 
para sanar eventuais problemas. 
Arquiteto pós-modernista, é considerado por sua arquitetura tecnológica, 
dinâmica e também por suas obras de caráter futurista, sofisticado e inovador. 
Portando-se em várias locais dos continentes, tem uma ampla diversidade 
arquitetônica, como: arranha-céus,importantes prédios e edifícios, pontes e viadutos, 
museus, aeroportos, estádios, galerias, escritórios, entre outros. 
É claro sua atenção com a sustentabilidade em seus trabalhos, oferecendo 
conceitos ecológicos e conscientes, pioneiro na formação de novos conceitos 
construtivos, 
Expondo linhas arrojadas e espontâneas, dando um ar futurista em seus 
projetos, nada é evidente vindo dele. 
 
3.2.2. Sistema Construtivo 
 
Nos anos 70, Foster foi um dos importantes fundadores da corrente 
arquitetônica nomeada high-tech (figura 18), que quer dizer alta tecnologia. 
O High-Tech, abreviatura de high technology, ocorreu, como 
tendência arquitetônica, a partir dos anos 70 e se constituiu em uma utilização 
de métodos, figuras, tecnologia e materiais da arquitetura e engenharia 
41 
 
industriais em programas comerciais e residenciais urbanos. Caracteriza-se 
pela exposição dos sistemas técnicos (elétricos. hidráulicos, climatização, 
circulação), uso intenso de cores vivas e acabamentos metálicos, vedações 
com painéis industrializados e vidro, nunca com processos tradicionais de 
alvenaria, por exemplo, grandes vãos e estruturas tensionadas. Esta 
exposição dos sistemas técnicos foi chamada, jocosamente, de poética do 
intestinismo. (COLIN, 2000, SP) 
 
Figura 18- O que seria High- Tech? 
 
 
Fonte: Apostila Virtual. Disponível em: 
<https://apostilavisual.files.wordpress.com/2013/10/tha-norman-foster-4-arq-ecologica.pdf >. Acesso 
em 19 de março, às 14:33. 
 
 
3.2.3. Materiais Construtivos 
 
Os materiais que Norman utilizava em suas obras eram: o aço, o concreto 
reforçado, painéis metálicos e a utilização de tecnologia inovadoras e atual nas 
industrias pesada, aceitada como soluções e preservadoras do meio ambiente. 
Também faz habitualmente o uso de estruturas metálicas, vidros e soluções 
sustentáveis. Norman Foster atualmente com 82 anos não pensa em se aposentar. 
Algumas obras de Foster são referências para muitos arquitetos atuais, 
conforme as figuras a seguir: 
 
 
 
https://apostilavisual.files.wordpress.com/2013/10/tha-norman-foster-4-arq-ecologica.pdf
https://apostilavisual.files.wordpress.com/2013/10/tha-norman-foster-4-arq-ecologica.pdf
42 
 
 
Figura 19. Stansted Airport. Stansted, UK, 1981 – 1991. Vista Aérea. 
 
Fonte: Foster + Partners. Disponível em: < http://www.fosterandpartners.com>. Acesso em 19 
de março de 2019, às 15:09. 
 
Figura 20. Stansted Airport. Stansted, UK, 1981 – 1991. Fachada 1. 
 
Fonte: Foster + Partners. Disponível em: < http://www.fosterandpartners.com>. Acesso em 19 
de março de 2019, às 15:09. 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
Figura 21. Stansted Airport. Stansted, UK, 1981 – 1991. Fachada 2. 
 
Fonte: Foster + Partners. Disponível em: < http://www.fosterandpartners.com>. Acesso em 19 
de março de 2019, às 15:09. 
 
Figura 22. Escritório Willis Faber & Dumas Headquarters. Ipswich, Reino Unido. 1971 – 1975. 
Fachada da esquina 
 
Fonte: Foster + Partners. Disponível em: < http://www.fosterandpartners.com>. Acesso em 19 
de março de 2019, às 15:09. 
 
 
 
 
44 
 
 
Figura 23. Sainsbury for Visual Arts. Norwich, Reino Unido. 1974 – 1978.Vista lateral 
 
Fonte: Foster + Partners. Disponível em: < http://www.fosterandpartners.com>. Acesso em 19 
de março de 2019, às 15:09. 
 
Figura 24. Carré d’Art. Nîmes, França. 1984 – 1993.Vista lateral 
 
Fonte: Foster + Partners. Disponível em: < http://www.fosterandpartners.com>. Acesso em 19 
de março de 2019, às 15:09. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
Figura 25. Reichstag. Berlim, Alemanha. 1992 – 1999.Vista frontal 
 
Fonte: Foster + Partners. Disponível em: < http://www.fosterandpartners.com>. Acesso em 19 
de março de 2019, às 15:10 
 
Figura 26. Viaduto de Millau. Millau, França. 1993 – 2004. Vista lateral 
 
Fonte: Foster + Partners. Disponível em: < http://www.fosterandpartners.com>. Acesso em 19 
de março de 2019, às 15:10 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
Figura 27. Ponte do Milénio. Londres, Reino Unido. 1996 – 2000. Vista lateral 
 
Fonte: Foster + Partners. Disponível em: < http://www.fosterandpartners.com>. Acesso em 19 
de março de 2019, às 15:10 
 
Figura 28. Sede de Swiss RE. Londres, Reino Unido. 1997 – 2004. Vista frontal 
 
Fonte: Foster + Partners. Disponível em: < http://www.fosterandpartners.com>. Acesso em 19 
de março de 2019, às 15:10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
Figura 29. Sede da Hearst Corporation. Nova York, EUA. 2000 – 2006. Vista lateral 
 
Fonte: Foster + Partners. Disponível em: < http://www.fosterandpartners.com>. Acesso em 19 
de março de 2019, às 15:10. 
 
 
Figura 30. Aeroporto de Pequim. Pequim, China. 2003 – 2008. Vista frontal 
 
Fonte: Foster + Partners. Disponível em: < http://www.fosterandpartners.com>. Acesso em 19 
de março de 2019, às 15:10 
 
‘Se você não fosse um otimista, seria impossível ser um 
arquiteto.’’ Norman Foster. 
 
3.3. Considerações Finais Referente aos arquitetos 
 
48 
 
A escolha desses arquitetos foi realizada devido ao uso de alguns sistemas e 
matérias construtivos que são compatíveis com o meu tema. 
Conseguimos concluir sobre os mesmos: 
a) João Filgueira Lima Lelé: Trabalhou uma arquitetura hospitalar mais 
humana, envolvendo o interno e o externo, acreditando no bem-estar dos pacientes 
influenciados pelo tratamento. Introduziu a ventilação e a iluminação natural, 
procurando sempre adequar a construção com as condições do conforto ambiental do 
local que estiver. 
 b) Norman Foster: Sua arquitetura foi muito clara no cuidado em gerar 
ambientes que a população consiga se sentir protegida, oferecendo em cada projeto 
a cultura e os valores existentes em cada local, assegurando assim, uma arquitetura 
inovadora, porém se preocupando com a iluminação e ventilação natural evidente em 
suas obras. 
Entre os principais conteúdos desses arquitetos podemos acolher os seguintes: 
a) Uso de concreto armado; 
b) Uso de estrutura metálica; 
c) Uso de aço, ferro, alumínio e vidro; 
d) Uso de formas livres e grandes; 
e) Uso de iluminação e ventilação naturais; 
f) Uso de uma arquitetura contemporânea, leve e sustentável; 
g) Integração do externo com interno e 
h) Preocupação com o meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
4.0. ESTUDO DE CASO 
 
 Com a intenção de realizar um com estudo de caso fez-se em uma 
detalhada análise quantitativa do local, de forma, a oferecer maior 
compreensão do que ali acontece, tais como: fatos políticos, fenômenos 
individuais e metodologia organizacionais. 
 Constitui uma forma de investigar as vantagens e as desvantagens, por 
meio de visitas realizadas, exploração e conversas executadas nos locais 
determinados, de maneira a prosperar para o futuro projeto. 
 Para a realização deste projeto os locais determinados como apoio 
foram: Santa Casa de Ourinhos Centro de Tratamento Oncológico, no 
município de Ourinhos/SP; 
 
4.1. SANTA CASA DE OURINHOS CENTRO DE TRATAMENTO 
ONCOLÓGICO- OURINHOS/SP 
 
Figura 31: Fachada do Hospital de Câncer de Ourinhos 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 A Santa Casa de Ourinhos- Hospital do Câncer de Ourinhos (figura 31) 
está localizado na cidade de Ourinhos/SP, na Rua dos Expedicionários, na esquina 
50 
 
com a Rua Cardoso Ribeiro. Atualmente o Hospital de Câncer de Ourinhos está 
gerenciando uma sub- sede em Assis. 
O local é conceituado como um ótimo ponto para seu destino, de fácil 
localização e acesso, com poluição sonora enorme dentro do edifício, ventilação e 
iluminação natural boa, além de estar localizado (figura 32) no centro da cidade e 
próximo a Santa Casa. 
 
Figura 32: Localização da Santa Casa de Ourinhos- Hospital de Câncer de Ourinhos- 
Ourinhos/SP 
 
Fonte: Google Maps. 
 
 O Hospital Oncológico localiza-se atualmente em um prédio antigo, já 
presente na cidade. Previamente o edifício já tinha sido utilizadopara área da saúde, 
sendo inicialmente o Hospital Dr. Monzillo, depois foi o Hospital da Unimed, fechando 
sucessivamente, resultando sem finalidade até a Santa Casa alugar e definir o edifício 
para tratamentos ambulatórias de oncologia. 
A oncologia na cidade de Ourinhos começou cerca de mais ou menos 10 anos 
atrás, contando com a grande apoio do médico Dr. Norberto de Souza Paes, 
especialista em radioterapia, que atualmente é o médico e chefe responsável por todo 
o setor oncológico de Ourinhos. 
Tudo iniciou na época em que o Dr. Norberto, quando ainda trabalhava no 
Hospital Amaral Carvalho em Jaú, onde residiu por 10 anos de sua carreira, ficou 
incomodado em ver pacientes de cidades distantes inclusive da sua cidade tendo que 
51 
 
viajar por horas para realizar o tratamento pois não havia um local mais próximo para 
essa realização, os pacientes ficavam muito cansados com a viagem. Vendo isso 
manifestou- se a intuição de criar algo associado aqui na cidade. 
Começou com um ambulatório voluntário pequeno que era dentro da própria 
Santa Casa, no qual prestava o serviços de atendimento básico, onde não conseguiria 
receitaria e nem solicitar exames. Mesmo com o aumento da procura, Dr Norberto 
teve que parar com os atendimentos por falta de recurso por se tratar de um 
ambulatório voluntário. 
Após algum tempo vendo o crescimento da procura a Santa Casa, alugou um 
prédio por um aluguel razoável por um período de 25 anos, reformulando-o e 
construindo o serviço quimioterápico. Atualmente foi comprado o terreno ao lado do 
atual prédio para a futura construção do novo edifício. 
Atualmente a Santa Casa de Ourinhos tem efetuado grandes investimentos 
nessa área, oferecendo assim cuidados especiais para os pacientes com câncer, por 
meio de tecnologias avançadas, equipes de profissionais médicos treinados e 
especializados no assunto. A aplicação gerou uma reforma de adaptação no prédio 
alugado, ocasionando melhorias para os pacientes e toda equipe atuante. 
A parte de administração dos pacientes é responsabilidade do Dr. Norberto, é 
ele quem faz o primeiro atendimento ao paciente e receita qual será o melhor 
tratamento para ele. Na parte de funcionários a responsável é a senhora Terezinha e 
nas compras de materiais, medicamentos e outros assuntos a responsável é a 
Glaucia. 
O edifício é constituído por três pavimentos, sendo eles: 1º) Logo na entrada 
principal localiza-se a recepção, sala de espera, banheiros, enfermaria, sala de 
atendimentos do sus e consultórios, sala administrativa; 2º) Na parte superior 
encontra-se uma recepção para os pacientes, sala de espera, banheiros, sala de 
consultórios médicos particulares, farmácia hospitalar, área de preparo do remédio da 
quimioterapia e a sala de aplicação da mesma. 3º) Na parte inferior da entrada 
funciona a radioterapia com uma entrada própria, uma recepção, sala de espera, 
banheiros, e também existe uma pequena área destinada aos funcionários, com uma 
pequena copa e vestiário. 
Como pertence a Santa Casa de Ourinhos, eles não possuem no edifício uma 
área destinada especificada para a lavanderia. Essa parte é levada no prédio da 
52 
 
Saúde Mental que eles oferecem um serviço de levar e buscar essas roupas todos os 
dias. Conforme a figura x temos uma noção de como é o fluxo do Hospital Oncológico. 
No Hospital Oncológico existem dois grupos de voluntários que arrecadam 
bolos, cafés, chás, bolachas e entre outros para servirem aos pacientes e 
acompanhantes todos os dias durante o tratamento. 
O hospital (figura 31) abre sua recepção às 06:30 para os pacientes que 
chegam de longe porém os atendimentos são de segunda a sexta-feira das 07:00 às 
17:00 no mais tarde ficam até às 18:00. 
Sobre o Hospital do Câncer de Ourinhos, em particular, o setor de ambulatórios 
de especialidades a quimioterapia, a oncologia clínica, a radioterapia e 
hormonioterapia. Apresenta duas áreas de tamanho adequado para poltronas 
especiais para os tratamentos, com ambiente climatizado e televisão. 
São efetuadas mensalmente cerca de 20 consultas, em média de 100 
procedimentos quimioterápicos, em volta de 120 procedimentos radioterápicos.1 
Dentro do Hospital do Câncer se oferece as seguintes atividades: 
quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, consultas com oncologistas clínicos e 
cirurgiões, consultas com hematologistas, dentistas, psicólogas entre outras 
especialidades médicas, equipe multidisciplinar, central de colonoscopia, endoscopia, 
diagnóstico por imagem, suporte em cardiologia e nefrologia e pronto atendimento. 
Segue a seguir o fluxograma da organização dos funcionários (tabela 1) e algumas 
imagens do Hospital Oncológico. (figuras 
33,34,35,36,37,38,39,40,41,42,43,44,45,46,47,48,49,50,51,52,53,54). 
 
Tabela 1: Fluxograma de funcionário 
FUNCIONÁRIOS 
Médico Administrativo, Técnicos e Enfermeiros 
Alta complexidade: • 8- Área de quimioterapia 
• 7- Área de radioterapia 
• 7-Área de colonoscopia 
 
1 Números passados mais ou menos pela funcionário que nos atendeu, pois varia conforme demanda, 
não tem como falar um números exato mensal pois altera mês a mês. 
53 
 
• 1-Oncologista clínico 
• 1- Cirurgião oncologista 
• 1- Hematologista 
• 1- Oncoradioterapeuta 
• 1 – Físico médico (radio) 
• 3- Serviços de limpeza 
• 1- Segurança noturno 
Média complexidade: Total= 26 funcionários 
• 3- Colonoscopista 
• 2- Urologista 
• 1- Mastologista 
• 1- Vascular 
• 1- Ortopedista 
• 1- Gastroenterologista 
• 1- Dentista 
• 1- Fisioterapeuta 
• 1- Nutricionista 
TOTAL- 43 pessoas trabalhado no 
Hospital de Câncer de Ourinhos/ SP. 
Total= 17 funcionários 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo Pessoal 
 
Figura 33: Maquina de processo da quimioterapia. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal. 
54 
 
Figura 34: Depósito quimioterapia. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
Figura 35: Sala de roupa suja e limpa. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
55 
 
Figura 36: Consultório odontológico. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal. 
 
Figura 37: Consultório médico. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
56 
 
Figura 38: Consultório médico. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
Figura 39: Consultório médico. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
Figura 40: Consultório médico. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
Figura 41: Centro de controle da radioterapia. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
Figura 42: Cozinha funcionários. 
 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
Figura 43: Copa funcionários. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
 
Figura 44: Deposito da quimioterapia. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
Figura 45: Passagem do remédio da quimioterapia. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
 
Figura 46: Sala de aplicação da quimioterapia. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal 
 
Figura 47. Sala de aplicação da quimioterapia. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal. 
65 
 
Figura 48: Quarto para repouso do paciente 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 
 
 
Figura 49: Cadeira para quimioterapia. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal 
 
Figura 50: Máquina de radioterapia. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal 
67 
 
 
Figura 51: Recepção particular do Centro de Oncologia. 
 
Fonte: AnaElisa Moreno. Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
 
Figura 52: Recepção particular do Centro de Oncologia. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
69 
 
 
Figura 53: Recepção particular do Centro de Oncologia. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70 
 
 
Figura 54: Cadeira de aplicação da quimioterapia. 
 
Fonte: Ana Elisa Moreno. Arquivo pessoal 
 
Após a visita pude constatar a diferença da recepção do convênios para a 
recepção do setor públicos, isso também acontece nos consultórios médicos onde os 
que atentem por convênios deixaram as salas mais arrumadas do que aqueles que 
atendem pelo setor público. Uma coisa que senti falta nesse local foi uma sala 
especializada para a colocação das roupas limpas que chegam da lavagem 
esterilizadas e prontas para o uso, daquelas que já foram utilizadas e estão sendo 
separadas para o setor especializado vir buscar. No prédio não tem nenhum contado 
com a natureza para todos os locais que olhamos só vemos os prédios vizinhos e a 
ruas de entorno. 
 
 
71 
 
4.2. GRAACC- GRUPO DE APOIO AO ADOLESCENTE E À 
CRIANÇA COM CÂNCER- SÃO PAULO/SP 
 
Figura 55: Fachada do Graacc 
 
Fonte: GRAAC. 
 
O Graacc (figura 55) está localizado na cidade de São Paulo /SP, com sua 
primeira construção na Rua Botucatu e inaugurado no ano de 1998. Sua história 
começou no ano de 1991 com a criação formal do GRAACC pela voluntária Léa Della 
e pelo engenheiro Jacinto Guildolin e pelo Dr. Sergio Petrilli. E no ano de 2013 foi 
inaugurado na Rua Pedro de Toledo a nova unidade contando com 8 andares e com 
isso o hospital dobra de tamanho. 
O local é conceituado como um ótimo ponto para seu destino, de fácil 
localização e acesso, quem está dentro do não escuta nada da poluição sonora da 
rua, ventilação e iluminação natural boa, além de estar localizado (figura x) na Vila 
Clementino. 
 
 
 
 
 
72 
 
Figura 56: Localização do GRAACC- São Paulo/SP 
 
Fonte: Google Maps. 
 
 
Figura 57: Fachadas do GRAACC- São Paulo/SP 
 
Fonte: GRAAC. 
 
73 
 
O GRAACC (figura 57) localiza-se atualmente em um prédio em dois prédios 
ligados por três rampas internas, com a intensão de construir mais uma parte para 
aumentar o atendimento para a população. 
Como já foi citado anteriormente o GRAACC surgiu no ano de 1991 com o 
voluntariado da Léa Della e pelo engenheiro Jacinto Guildolin e pelo Dr. Sergio Petrilli. 
No ano de 1998, começou uma parceria técnica-científica com a Universidade Federal 
de São Paulo onde os alunos que estão fazendo a residência vão para lá. 
Linha do tempo da criação do GRAACC: 
1991- Criação formal do GRAACC pela voluntária Léa Della Casa Mingione, 
pelo engenheiro civil Jacinto Guidolin e pelo Dr. Sergio Petrilli. 
1993- Inauguração da primeira casa de apoio 
1995- Início das obras do Hospital GRAACC 
1998- Após o investimento das empresas e parceiros, é inaugurado o Hospital 
GRAACC, o Instituto de Pediátrica, com 11 andares, em parceria técnico-cientifica 
com a UNIFESP. 
1999- Início das atividades do laboratório de criopreservação, do Centro de 
Transplante de Medula Óssea Instituto Ronald McDonald e do centro cirúrgico. 
2001- Início da atividades nos laboratórios de genética, biologia molecular e 
hematologia. 
2004- Inaugurada a primeira Quimioteca do Brasil, a Quimioteca Fundação Jari. 
2007- É inaugurada a Casa Ronald McDonald. O Hospital GRAACC começa a 
realizar a quimioterapia intra-arterial para retinoblastoma. 
2008- O Hospital do GRAACC passa a ser reconhecido como centro médico 
habilitado para transplante de Medula Óssea não aparentado. 
2009- Criação da Agência Transfusional 
2011- Cerca de R$ 36 milhões são captados e iniciam-se as obras de expansão 
hospitalar. 
2012- O hospital recebe habilitação do Ministério da Saúde de Unidade de Alta 
Complexidade em Oncologia (UNACON) 
2013- É inaugurado um novo prédio- Unidade Pedro de Toledo- com andares 
e o hospital dobra de tamanho. 
2014- Iniciam-se as atividades no Centro de Radioterapia Pediátrica do 
GRAACC 
74 
 
2015- Inaugurado o Centro de Neurocirurgia. 
 - O hospital chaga ao número de 500 transplantes de medula óssea 
realizados. 
 - O Pronto Atendimento é inaugurado com oito leitos de 
observação/urgência e um leito de emergência. 
2016- GRAACC completa 25 anos com índice de cura de cerca de 70% e 
inaugura a Sala de Simulação Realística. 
O hospital funciona de domingo a domingo das 07:00 às 18:00. Existem 
procedimentos que não realizados de segunda a sábado pois no domingo algumas 
áreas do hospital passa por uma limpeza geral. No GRAACC as crianças e os 
adolescentes vão todos os dias para receber o tratamento e voltam para casa, só 
ficam internados por alguns dias aqueles que passam por algum procedimento 
cirúrgico. 
E ele está preparado para receber crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, 
provenientes de todas as regiões do Brasil. 
O atendimento do hospital é aproximadamente 90% pelo SUS e 10% ficam 
entre os convênios e os particulares, a única pessoa que sabe o modo que o paciente 
deu entrada é o setor de assistência social, isso acontece para não gerar nenhuma 
diferença de atendimento entre eles. 
 O edifício na Unidade Botucatu –primeira unidade construída é constituído por 
oito pavimentos, sendo eles: 2º) Subsolo- Serviços; 1º) Subsolo- Centro de 
Diagnóstico por Imagem; Térreo)- Laboratório de Transplante de Medula Óssea; 1º) 
Andar- Consultórios/ SAC; 2º) Andar- Quimioteca 3º) Andar- Brinquedoteca/ 
Laboratórios de Hematologia 4º) Andar- Centro Cirúrgico 5º) Andar- Unidade de 
Internação/ Transplante de medula óssea 6º) Andar- Unidade de terapia intensiva- UTI 
7º) Andar-Unidade de Internação 8º) Andar- Laboratório de genética/ Cantinho da Paz. 
Já na Unidade Pedro de Toledo- edifício novo é constituído por seis pavimentos, 
sendo eles: 2º) Subsolo- Serviços; 1º) Subsolo- Radioterapia; Térreo) – Pronto 
Atendimento/ Triagem; 1º) Andar- Consultórios; 2º) Andar- Farmácia, escola móvel, 
anatomia patológica e a agencia Transfusional 3º) Andar- Voluntariado/ reabilitação/ 
central de material esterilizado 4º) Andar- Quartos 5º) Andar- Superintendência 
médica/ Superintendência administrativo- financeira/ Administração 6º) Andar- 
Auditório Fanny Fetter. 
75 
 
Até no último levantamento realizado pelo hospital: 39 mil consultas, 528 casos 
novos deram entradas, 3000 cirurgias, 69 transplantes de medulas, 20000 
quimioterapia e 8000 radioterapias. 
O GRAACC recebe 40% de ajuda do SUS porém isso não é o suficiente para 
atender todo o hospital, com isso ele conta com alguns parceiros como o Mc Donald 
que realiza um evento final do mês de Agosto que o dinheiro de todo os lanches sem 
os impostos são revertidos para lá, conta também com parte do dinheiro das vendas 
das revistas Sorria, com partes da restituição do imposto de renda de pessoas físicas 
e jurídicas. E também conta com eventos como jantares, corridas e jogos de futebol. 
Dentro do hospital também tem um bazar que toda a venda é destinada ao hospital. 
Fora isso existem artistas que ajudam o hospital com seu nome, dinheiro e também 
seu rosto como Reynaldo Gianecchini (também teve câncer e a área da radioterapia 
leva seu nome), Celso Zucatelli, Celso Portiolli entre outros famosos e empresas. 
Dentro do hospital existe a escola móvel, onde as crianças e os adolescentes 
tem um professor lecionando durante o tratamento. Por isso a importância de todos 
estarem matriculados em uma escola. E lá mesmo, no próprio hospital, é realizado o 
ENEM para aqueles que precisam fazer, sendo importante o local que eles estiverem 
recebendo o tratamento. Existe também o Cantinho da Paz um espaço ecumênico de 
apoio aos familiares e aos médicos nesse momento complicado. E para as crianças e 
bebês não sesentirem em um hospital ele contam com a brinquedoteca (figuras x,x,x) 
local onde eles brincam, usam o computador até eles serem chamados para a 
consultas, nesse local também elas recebem vistas de personagens que elas gostam 
como a turma da Mônica e uma vez por mês elas recebem a visita do Tailus um São 
Bernardo (figura x) que faz a alegria deles no tempo de sua visita. 
O GRAACC conta com dois espaços para as famílias ficarem, um está dentro 
do hospital mesmo com sofá, banheiro e uma pequena cozinha para eles passarem o 
dia lá e o outro é a Casa Ronald McDonald localizada no Planalto Paulista ela conta 
com 30 suítes e um transporte para levar esse paciente e seu responsável até o 
hospital. 
Toda o GRAACC é lúdico, ninguém usa branco lá e o chão é pintado como o 
rabo do camaleão de diversas cores. Na entrada do hospital tem um círculos 
pendurados que lembra o camaleão (figuras 
58,59,60,61,62,63,64,65,66,67,68,69,70,71,72,73,74,75). 
 
76 
 
Figura 58:Entrada do hospital GRAACC- São Paulo/SP 
 
Fonte: GRAACC. 
 
 
Figura 59:Desenhos realizados pelas crianças- São Paulo/SP 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
77 
 
Figura 60:Cantinho da leitura - São Paulo/SP 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
Figura 61:Brinquedoteca entrada- São Paulo/SP 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
78 
 
. Figura 62:Brinquedoteca- São Paulo/SP 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
Figura 63:Brinquedoteca- São Paulo/SP 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
 
79 
 
Figura 64:Brinquedoteca - São Paulo/SP 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
Figura 65:Brinquedoteca - São Paulo/SP 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
80 
 
Figura 66:Brinquedoteca- São Paulo/SP 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
Figura 67:Tailus- São Paulo/SP 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
81 
 
Figura 68:Planta baixa do projeto GRAACC- São Paulo/SP 
 
Fonte:https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/aflalogasperini-arquitetos-
hospital-graac-sao-paulo 
 
Figura 69:Planta do projeto GRAACC- São Paulo/SP 
 
Fonte:https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/aflalogasperini-arquitetos-
hospital-graac-sao-paulo 
 
 
 
 
82 
 
Figura 70:Planta do projeto GRAACC- São Paulo/SP 
 
Fonte:https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/aflalogasperini-arquitetos-
hospital-graac-sao-paulo 
 
Figura 71:Planta do projeto GRAACC- São Paulo/SP 
 
Fonte:https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/aflalogasperini-arquitetos-
hospital-graac-sao-paulo 
 
 
 
 
 
 
83 
 
Figura 72: Planta baixa do projeto GRAACC - São Paulo/SP 
 
Fonte:https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/aflalogasperini-arquitetos-
hospital-graac-sao-paulo 
 
Figura 73:Corte do projeto GRAACC- São Paulo/SP 
 
Fonte:https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/aflalogasperini-arquitetos-
hospital-graac-sao-paulo 
 
 
 
 
 
 
84 
 
Figura 74:Elevação do projeto GRAACC- São Paulo/SP 
 
Fonte:https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/aflalogasperini-arquitetos-
hospital-graac-sao-paulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
85 
 
Figura 75:Desenhos realizados pelas crianças- São Paulo/SP 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
Após a visita ao Hospital do GRAACC pude constatar como é realizado o 
tratamento de câncer e como a equipe lida com os pacientes sem diferenciar aqueles 
que tem estão lá por convênio particular ou pelo SUS. Como São Paulo não tem muito 
espaço o hospital é completamente verticalizado e até o momento não tem contado 
com a natureza para todos os locais que olhamos só vemos os prédios vizinhos e a 
ruas de entorno. No hospital o único problema encontrado é que os funcionários e 
voluntários entram pelo mesmo lugar que os paciente. 
 
 
 
86 
 
5.0 MÉTODO 
 
Esse trabalho foi realizado a partir de levantamento bibliografia confiável, 
artigos científicos retirados de outros TFGs e Monografias, sites, enfim, trabalhos 
relacionados com o tema, entre outros. 
Foi realizado também uma pesquisa de campo a fim de entender o que a 
população sente falta e gostaria que tivesse no centro, que auxiliariam no tratamento 
e nesse momento tão difícil na vida de todos. 
Com o resultado da pesquisa de campo, fica visível a falta de humanização 
dentro dos hospitais, uma vez que são construídos sem pensar nos que iriam utilizar 
do local: adultos, crianças e, até mesmo, bebês. Não são disponibilizados locais onde 
os usuários possam gozar de distração, esquecendo um pouco do fato de que estão 
dentro de um hospital. Local que só de ser mencionado, a depender da situação, já 
causa uma certa tristeza, um desespero para quem precisa realmente utilizar e não 
tem uma estrutura de acordo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
87 
 
 
 
6.0. PROPOSTA ARQUITETÔNICA 
 
Com um suporte para os pacientes humanizado, o projeto funciona de maneira 
aberta para a concepção de um Centro de Tratamento Oncológico consequentemente 
sendo a arquitetura uma peça chave para o projeto completo. 
 
A Oncologia é uma das áreas mais envolventes e fascinantes da Medicina, 
devido à sua complexidade, às suas múltiplas faces de apresentação, 
além do relacionamento com inúmeras outras áreas médicas. É talvez a 
última especialidade médica em que o profissional é levado a encarar o 
paciente como um ser integral e não como um indivíduo que apresenta um 
órgão ou uma função comprometidos. 
É tão cativante e apaixonante que, confesso aos senhores, nos últimos trinta 
e cinco anos constituiu-se na segunda paixão de minha vida, após minha 
família. 
É especialidade que exige constante aperfeiçoamento e que obriga o 
profissional a dedicar horas diárias ao estudo e pesquisa. Quando se imagina 
que temos o domínio do conhecimento, novos descobrimentos, novos 
paradigmas nos levam a repensar nossos modelos, reestruturá-los e 
recomeçar a pesquisar novos caminhos terapêuticos, sempre aperfeiçoando, 
sempre progredindo. (SEGALLA, José. Carta ao Ministro Carlos Alberto 
Menezes.) 
 
 
A proposta arquitetônica tem sua missão inicial uma arquitetura humanizada e 
sustentável para a utilização do edifício, em razão de tratar de pacientes passando 
por momentos psicológicos e físicos delicados, afastando a impressão de cenários 
desumanos e ocasionando um local mais receptivo. 
A presença da natureza traz um estimulo não só para os enfermos, bem como 
para os familiares e acompanhantes, o qual estão unido em combate a doença, 
reavivando a fé, a confiança e o otimismo na vida. 
Para tudo isso acontecer, é necessário que atender as normas técnicas, 
acrescentando a humanização bem como no tratamento, de maneira que o espaço 
destinado, tais como: as cores, a iluminação, a natureza e o aconchego do clima 
interno e externo. 
O Centro de Tratamento Oncológico origina-se para auxiliar os habitantes da 
cidade e da região com um tratamento particular e gratuito, a fim de que todos 
consigam alcançar o tratamento preferencialmente mais humanizado, fundamentando 
a ausência que atualmente acontece no município e região. 
88 
 
Considerando a relevância da humanização hospitalar e a importância de uma 
arquitetura agradável no decorrer durante a o tratamento de cura ao paciente, 
propiciando conforto, aconchego, comodidade, tranquilidade, descanso, bem-estar, 
aconchego, motivação, confiança, encorajamento, ânimo, aumento da autoestima, 
incentivo, dentre outras benefícios psicológicos, por intermédio da arquitetura 
concebida, transformando assim, mais adequado o conforto de seus usufruidores, 
sendo eles: pacientes, acompanhantes, funcionários ou até mesmo visitantes que 
passam pelo Centrode tratamento Oncológico. 
 
 
 
6.1.CONCEITO E PARTIDO 
 
Vida, vidas, esperança 
Sonho, sonho, sonhos, esperança 
E paz, paz, paz, esperança 
Outros tão iguais 
Corações a se entregar 
Recriando a vida 
 
Daniel 
 
Conforme o dicionário, o vocábulo esperança quer dizer: “confiar que algo bom 
acontecerá, que um desejo se torne realidade. Isso pode ser expressado atrás de 
uma palavra, um simples abraço, um carinho que você não espera receber, de 
amizades. 
Sempre temos que buscar a esperança nas pequenas coisas em nossa vida 
como por exemplo em uma borboleta. Sua vida começa em um ovo, depois passa a 
ser uma lagarta, após um tempo entra em um casulo e se transforma em uma linda 
borboleta que quando passa na frente das pessoas se torna a alegria, a esperança 
que tudo dará certo. 
 
 
 
 
 
89 
 
Figura 76: Borboleta azul 
 
Fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/fauna/noticia/2016/09/borboleta-azul-
vive-em-florestas-primarias-e-se-alimenta-de-frutas.html. Acesso em 15 de maio de 2019, às 18:55 
 
 Constantemente, diga-se, que sempre devemos ter a esperança mesmo que 
ela seja a menor chance, pois mesmo a lagarta quando passa para a fase de casulo 
luta para ninguém encontra-la e não acabar tirando a chance dela de se tornar linda 
borboleta. E também junto com a esperança temos o carinho que podemos obter nas 
pequenas coisas da vida. 
Baseado nisso, o projeto tem como conceito a esperança e o carinho, que será 
atribuída na arquitetura ao edifício e na maneira do tratamento, pretendendo que 
além disso, proporcionar a humanização. Dessa forma, foram, propositalmente, 
construídos diversos jardins e um borboletário que irão apoiar e levará a impressão 
de acolhimento por meio da natureza, uma maneira de salientar que existe vida fora 
daquele ambiente. 
Os ambientes foram analisados e pensados para terem vistas para os jardins 
com vasta visão para o externo, que dialogará com o ambiente interno, passando a 
ideia de paz, acolhimento, aconchego, carinho, esperança e abraço nos momentos 
complicados. 
O edifício terá a forma de um retângulo com uma abertura no centro com um 
jardim. Assim, os usuários se sentirão incentivados a viver e aproveitar o que existe 
fora daquele espaço. 
90 
 
 
6.2. ÁREA DE INTERVENÇÃO 
 
O Centro de Tratamento Oncológico foi elaborado para o município de Piraju, 
interior do estado de São Paulo, que está situado no sudoeste da capital do estado. 
 
Figura 77: Mapa de localização Piraju/SP 
 
Fonte: Google Maps, 2019. 
 
A escolha do tema surgiu a partir da observação da dificuldade de pacientes 
que realizam o tratamento oncológico e viajam até municípios distantes para a 
realização dos procedimentos. 
O desenvolvimento de um Centro de Tratamento Oncológico Humanizado e 
perto, possibilitaria um tratamento mais adequado, menos custoso e dolorido para o 
paciente que já está passando por um momento de grande sofrimento. Além disso, o 
Centro também facilitaria o acompanhamento da família, tão necessária ao enfermo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
91 
 
Figura 78: Bandeira de Piraju 
 
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Piraju. Disponível em: 
https://www.estanciadepiraju.sp.gov.br/estancia/brasao-e-bandeira. Acesso em 07 de maio de 2019, às 
17:35. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
92 
 
 
Figura 79: Brasão de Piraju 
 
Fonte: Prefeitura Municipal da Estância Turística de Piraju. Disponível em: 
https://www.estanciadepiraju.sp.gov.br/estancia/brasao-e-bandeira. Acesso em 07 de maio de 2019, às 
17:35. 
 
Simbologia do escudo: 
Escudo redondo tradicionalmente usado no Brasil. cortado, no 
primeiro o azul que representa o clima saudável, o céu sempre límpido e por 
analogia a crença religiosa dos munícipes. A segunda vermelha evidência a 
luta e a tenacidade de todos quantos filhos de Piraju ou por ela acolhidos se 
entregaram com ardor ao trabalho construtivo e honesto com o fito de elevar 
Piraju bem alto, no conceito nacional. O peixe de ouro é a própria 
denominação do Município, isto é, Piraju, que na língua Tupi significa peixe 
dourado. São Sebastião, o santo padroeiro do município, é simbolizado pelo 
capacete de prata armado de ouro em brocante com as setas de ouro em 
aspa. A coroa mural de ouro é o símbolo universal de emancipação política 
municipal. 
Os ramos de café frutados em cor natural põem em destaque a 
posição elevada do município de Piraju como produtor da preciosa fruta. No 
listel de prata sob o escudo, a data 1871 assinala o ano da criação do distrito 
de São Sebastião do Tijuco Preto. O ano em que o antigo distrito foi elevado 
a categoria de município é lembrado pela data 1880. A palavra Piraju é a 
própria denominação do município identificando também o escudo. (Tirado 
do Livro Atos do Poder Executivo nº 08 – pag. 293. Da Lei nº 254). 
 
A bandeira terá a seguinte descrição heráldica: 
“ De vermelho com um gironda de azul carregada de um peixe 
de amarelo voltado para o pé da bandeira.” 
93 
 
No primeiro o azul que representa o clima saudável, o céu sempre 
límpido e por analogia a crença religiosa dos munícipes. A segunda vermelha 
evidência a luta e a tenacidade de todos quantos filhos de Piraju ou por ela 
acolhidos se entregaram com ardor ao trabalho construtivo e honesto com o 
fito de elevar Piraju bem alto, no conceito nacional. O peixe de ouro é a 
própria denominação do Município, isto é, Piraju, que na língua Tupi significa 
peixe dourado. 
(PIRAJU, Governo de.) 
 
Piraju abrange uma área de 505,225 m², cuja 25,064 km² estão em perímetro 
urbano, às margens do Rio Paranapanema que corta a cidade, com clima subtropical. 
Segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), em 2010, sua população era de 29.728 habitantes. 
Surgiu em 1871, foi instituída a Freguesia “São Sebastião do Tijuco Preto, que 
pertencia ao município de São João Batista do Rio Verde, atualmente Itaporanga. 
Elevada à categoria de Vila, passou a ser município em 25 de abril de 1880, 
pela Lei Provincial 111, mas foi somente em 1891, que herdou o nome definitivo de 
“Piraju”, oriunda de “pira-yu” (peixe amarelo em tupi-guarani), em virtude da grande 
quantidade do peixe “dourado”, nas águas do rio Paranapanema. 
 
Figura 80: Limites de Piraju e região 
 
Fonte: Google Maps, 2019. 
 
 
94 
 
 
 
6.2.1. ANÁLISE DO ENTORNO 
 
 
As características e a tipologias da ocupação é mista, dispondo de áreas 
residências, serviços, comércios e áreas urbanizadas, como padaria, concessionária 
de veículos, concreteiras, depósitos, posto de combustíveis, hotéis, pousadas, 
sorveterias, entre outros. 
 
 
 Figura 81: Análise do local. 
 
 Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal 
 
 
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Figura 82: Análise do local. 
 
 
 Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 
96 
 
6.2.2. ANÁLISE DO LOCAL 
 
O terreno escolhido é bem de esquina e tem acesso por duas ruas, pela 
Avenida Vereador Milton Spínola e pela rua Jovem André Luís Sanches da Silva. 
Dispondo de 11.356,15 m², tem um desnível de mais ou menos 4 metros. 
Localizado próximo a 3 entradas da cidade, em uma região de área mista, 
calma e de fácil acesso e localização. 
 
Dados do lote: 
• Área do lote: 7.292,34 m² 
• Local: Avenida Vereador Milton Spínola com a Rua Jovem André Luís 
Sanches da Silva- Vila Cantizanni- Piraju/ SP 
• Taxa de Ocupação Máxima: 80% 
• Coeficiente de Aproveitamento: mínimo: 1/ máximo: 2 
• Taxa de Permeabilidade mínima: 20% 
• Uso do Solo: Zona Mista 
 
 
 
Figura 83: Limite do terreno. 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
97 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 84: Área do terreno. 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
 
Figura 85: Topografia do terreno. 
 
Fonte: Ana Elisa Porto Moreno. Arquivo pessoal. 
 
6.2.3. JUSTIFICATIVA

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