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AULA 11 O processo do aconselhamento Psicológico

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O processo do aconselhamento psicológico
Profª. Patrícia sierpinska
PSICÓLOGA
Entrevista inicial; Sequência; Término do processo;
O silêncio.
AULA 11
2019.2
Início da entrevista
O que você considera que seja importante na primeira sessão?
Início da entrevista
É importante manter um ambiente agradável onde o cliente sinta-se confortável e encorajado a falar sobre suas questões.
Postura do Conselheiro:
1. Reduzir a ansiedade do cliente para que este possa falar de si mesmo.
2. Evitar falar excessivamente, dando oportunidades para que o cliente se coloque.
3. Ouvir cuidadosamente o que o cliente fala, esforçando-se no sentindo de reconstruir internamente uma imagem do mundo dele, conforme ele o descreve.
4. Atentar-se para que a escolha dos tópicos feita pelo cliente permita uma visão interna das suas prioridades.
Pequenos detalhes importantes
Pontualidade		Cortesia			autonomia 
				discernimento
Estruturação da entrevista
A entrevista inicial deve proporcionar uma estrutura mínima ao processo de aconselhamento. 
A estruturação da entrevista é a maneira pela qual o PSICÓLOGO define a natureza, os limites, os papéis e as metas na relação de aconselhamento PSICOLÓGICO. 
Descrever o processo para o cliente, possibilita a redução da ansiedade, permitindo-lhe uma oportunidade para verificar suas expectativas. 
Limite de tempo
Confidencialidade do processo
Possibilidades e expectativas de mudanças no cliente
Utilização ou não de anotações, gravações e/ou filmagem das sessões
Duração da sessão
Estabelecer um limite de tempo é muito relativo, mas importante para uma organização na agenda do psicólogo.
Cada sessão deve ter duração de 45 à 50 minutos. Caso haja necessidade, estender até 1 hora.
A aceitação, pelo cliente, do limite de tempo é importante pois este tende a adiar o máximo que lhe é possível, a abordar o assunto que o trouxe de fato ao aconselhamento. Se não houver uma definição clara do limite de tempo das sessões, provavelmente o cliente se estenderá mais que o necessário.
Informes importantes
É importante informar ao cliente qual tipo de abordagem terapêutica será empregada no processo do aconselhamento psicológico.
Estabelecer um contrato formal, contendo honorários, horários, cláusulas quanto à faltas, etc.
Você pode provavelmente estar querendo saber como é que nós podemos começar a conversar um com o outro. Fique tranquilo, o que falarmos aqui ficará somente entre nós.
Iniciando a sessão
Se no início da entrevista o cliente não começar a falar, o terapeuta pode encorajá-lo verbalmente a começar falando sobre o que desejar.
Deve ser difícil pra você decidir por onde começar, mas sinta-se á vontade para ir em frente!
ABERTURA NÃO ESTRUTURADA
No início de uma entrevista, ou seja, no primeiro contato entre o terapeuta e o cliente, a abertura não estruturada pode servir de estratégia desde que se observem dois objetivos:
1. Dar ao cliente oportunidade para falar
2. Evitar determinar o tópico que o cliente “necessita’ discutir.
ABERTURA NÃO ESTRUTURADA
Alguns questionamentos que favorecem:
“- Você tem algumas coisas importantes sobre as quais gostaria de falar.”
“- Penso que você tem outras coisas que gostaria de falar, além das que já mencionou até agora.”
“ – Por favor, sinta-se à vontade para ir em frente e começar”.
“- Existe alguma coisa em particular de que você gostaria de falar?”
Desenvolvendo o aconselhamento
Clientes que começam com um bate-papo, uma conversa social, podem comentar sobre vários assuntos mas que Raramente são de fato a razão pela qual procuram o aconselhamento.
O terapeuta precisa ficar atento e não desenvolver uma conversa social, buscando ouvir com atenção, mas não devolvendo perguntas como forma de prolongar o assunto. É importante limitar-se até que o assunto esgote por si só.
Encorajando o cliente a escolher o tema
Após os contatos preliminares, apresentação e bate-papo, o cliente começa a dar indicações da direção em que quer seguir. Ou seja, começa a tocar na razão pela qual o trouxe.
Geralmente essa transição se segue a uma pausa na interação.
É importante que o orientador respeite essa pausa e esteja atento para que não seja muito longa, o que pode aumentar o nível de ansiedade do cliente. Caso aconteça, poderá empregar uma “abertura não estruturada”.
parafraseando
Parafrasear é repetir o pensamento principal ou sentimento expresso pelo cliente.
Isso denota que além de ser um ouvinte atento, o orientador também é atuante no processo.
Uma escuta sensível
Ao relatar as dificuldades e consequências experimentadas no processo terapêutico, Rogers (1983, p. 6) afirma:
constato [...] que ouvir traz consequências. Quando efetivamente ouço uma pessoa e os significados que lhe são importantes naquele momento, ouvindo não suas palavras, mas ela mesma, e quando lhe demonstro que ouvi seus significados pessoais e íntimos, muitas coisas acontecem. 
Uma escuta sensível
Para Amatuzzi (2001, p.68), ouvir efetivamente seria compreender o significado real atribuído pelo falante, o que ele quis dizer ao se expressar, ao invés de ficarmos presos às palavras pronunciadas, ao mero significado que “fica no nível das palavras, enquanto o significado pleno se prende a toda presença significante da pessoa. 
Ao terapeuta caberia, então, ouvir e responder não apenas as palavras do cliente no sentido semântico, mas a significação simbólica. Essa comunicação efetiva, que seria total e aberta, é compreendida como um movimento de “duas fases igualmente importantes: 
a primeira é expressar a emoção. 
A segunda é permanecer aberto e experienciar a resposta do outro.
Ruídos na comunicação
Em um de seus escritos, publicado em Tornar-se Pessoa, Rogers (Rogers, 1961/1997, p. 382) se referiu à estreita relação entre psicoterapia e problemas na comunicação:
Todo trabalho da psicoterapia se refere a uma falha na comunicação. A pessoa emocionalmente desadaptada, o ‘neurótico’, tem dificuldades, em primeiro lugar, porque rompeu a comunicação consigo próprio e, em segundo, porque, como resultado dessa ruptura, a comunicação com os outros se viu prejudicada. 
As sessões subsequentes
Uma vez estabelecida a confiança do cliente no orientador, as demais sessões ocorrem de forma tranquila.
o orientador não deve perder o foco, que sempre são as questões trazidas pelo cliente e acima de tudo, não enveredar num bate papo.
Conclusão da sessão 
A conclusão tem relação com aquilo que foi tratado.
Ao perceber que o tempo da sessão está terminando, não
é conveniente discutir novas informações.
Introduzir novos assuntos de forma inesperada pode criar uma situação delicada para o orientador.
Caso um novo assunto ocorra, sugere-se que este seja abordado na próxima sessão.
A exceção a essa regra se dá, caso o cliente apresente um problema urgente e imediato com o qual não é capaz de lidar sozinho.
Conclusão da sessão 
Na maioria das vezes, uma colocação breve e direta do orientador será suficiente para concluir a entrevista:
A sintetização também é uma forma eficaz de conclusão da sessão. Consiste em proporcionar ao cliente escutar o que disse. Baseia-se numa série de sentenças, através das quais o orientador agrupa os pontos mais importantes da entrevista de forma breve, direta e sem interpretação.
Parece que o nosso tempo por hoje está se esgotando.
Conclusão da sessão 
sintetização da entrevista como estratégia de conclusão 
Estamos chegando ao final da sessão, gostaria que você colocasse em poucas palavras o que captou desse encontro de hoje.
Pedir que o próprio cliente faça a síntese do que ocorreu durante a sessão.
Conclusão da sessão 
sintetização mútua
tanto o terapeuta como o cliente fornecem um feedback do que foi trabalhado. Geralmente essa estratégia é útil para ambos como forma de verificar o progresso do aconselhamento.
O silêncio
O silêncio é um grande ameaçador, tanto para o aconselhador como para o cliente pois denota a insegurança e ansiedade de ambos.
o silêncio também pode ser usado como técnica de aconselhamento.
Osilêncio torna-se uma técnica quando é usado para comunicar o desejo, por parte do orientador, de que o cliente assuma a responsabilidade na seleção dos temas.
O silêncio
Não existe nenhuma regra prática capaz de ajudar o orientador a saber quando permanecer calado e quando interromper o silêncio.
Exige-se nesses casos uma certa sensibilidade para julgar o que é melhor para cada situação particular.
Interpretação do silêncio do cliente:
Pode significar que esteja se examinando, procurando uma visão interior de si mesmo.
Pode significar que está precisando de um momento para absorver uma nova perspectiva para a solução de sua questão.
Pode significar que está considerando uma nova direção a ser assumida.
Pode significar que queira evitar um assunto.
O silêncio
O silêncio também pode ser usado para retardar o seguimento da sessão com o intuito de proporcionar ao cliente tempo para compreender seus sentimentos.
Prontidão para o encerramento do aconselhamento
Os sinais de prontidão incluem:
Mudanças positivas e definidas no comportamento do cliente;
Mudanças positivas e penetrantes no ânimo do cliente;
Melhor capacidade de lidar com a tensão;
Expressões claras de planos para o futuro;
Sensação de alívio e aumento de energia;
Respostas desejáveis à varias situações e desafios razoáveis.
COMO AVALIAR SE O CLIENTE ESTÁ PRONTO PARA O TÉRMINO DO PROCESSO
Sinais evidentes de que o cliente está pronto para finalizar o aconselhamento:
Relatos do cliente sobre as mudanças positivas que têm ocorrido;
Aquisição de maior autonomia sobre si mesmo;
Congruência entre a observação do terapeuta e as atitudes positivas, desenvolvidas pelo cliente;
PREPARANDO O CLIENTE PARA O TÉRMINO DO ACONSELHAMENTO
O terapeuta deve expressar seu apoio ao cliente, encorajando-o a manter as mudanças feitas;
A depender, pode-se sugerir uma sessão de acompanhamento para avaliar se o cliente tem sido ou não capaz de implementar seus objetivos com relativa eficácia;
Informar ao cliente que estará à disposição sempre que necessário;
Solicitar um feedback do cliente sobre o processo do aconselhamento.
Resistência ao término do aconselhamento
Para o cliente, o terapeuta pode representar:
Fonte de segurança;
A experiência de receber atenção e estima;
Aquele que proporciona sentimentos de alívio e restauração da esperança;
A descoberta de novas fontes potenciais e capacidades pessoais.
Resistência ao término do aconselhamento
por parte do cliente
Mesmo os clientes que fizeram grande progresso podem se sentir inseguros em avançar sem o apoio do terapeuta e podem tentar prolongar o aconselhamento além do necessário.
Resistência ao término do aconselhamento
por parte do terapeuta
Um terapeuta que experimente repetidamente sentimentos intensos de perda, ao terminar o aconselhamento com um cliente, deve buscar aconselhamento para clarificar e resolver sua resistência á separação.
FINALIZANDO O ACONSELHAMENTO
- diretrizes importantes - 
1. Estar consciente das necessidades e desejos do cliente.
Finalizar o aconselhamento provavelmente afetará de modo considerável o cliente. Por isso, é importante :
Conversar sobre o quê o término do aconselhamento significa;
 trabalhar junto com o cliente, sentimentos de dependência e necessidade de apoio.
FINALIZANDO O ACONSELHAMENTO
diretrizes importantes 
2. O terapeuta deve estar consciente das próprias necessidades e desejos.
O terapeuta deve finalizar a experiência por ele e pelo cliente. Por isso:
Algumas das próprias necessidades do terapeuta podem resistir ao término.
Ter consciência dessas necessidades pode ajudar a controlar essa resistência.
FINALIZANDO O ACONSELHAMENTO
- diretrizes importantes -
3. O terapeuta deve estar consciente de suas experiências anteriores de separação e de suas reações interiores a essas experiências.
Experiências de aconselhamento intensas, causam reações similares a separações anteriores.
Estar consciente desses sentimentos pode ajudar a lidar melhor com eles.
FINALIZANDO O ACONSELHAMENTO
- diretrizes importantes - 
4. Pedir ao cliente para dizer como se sente quanto ao término da experiência.
Finalizar a experiência é importante para o cliente.
Compartilhar experiências interiores relativas à finalização é uma parte essencial do processo de encerramento.
FINALIZANDO O ACONSELHAMENTO
- diretrizes importantes - 
5. Dizer ao cliente como se sente quanto a experiência do aconselhamento.
Aconselhamentos que se processam de forma intensa também podem causar momentos de excitação, ansiedade, confusão e tensão para o terapeuta.
Rever essas experiências ajudará o terapeuta e o cliente no trabalho de encerramento do processo.
Ao compartilhar seu aprendizado, o terapeuta proporciona ao cliente uma experiência reafirmadora.
FINALIZANDO O ACONSELHAMENTO
- diretrizes importantes -
6. Fazer uma revisão dos acontecimentos principais da experiência de aconselhamento.
Rever junto com o cliente os temas principais, as mudanças que se efetuaram e os momentos críticos, mostra o circuito total da experiência, ajudando o cliente a confirmar que o crescimento e a mudança fazem parte da vida.
Ver o EU no tempo, ajuda a originar o encerramento.
FINALIZANDO O ACONSELHAMENTO
- diretrizes importantes - 
7. Reconhecer as mudanças que o cliente efetuou.
Nunca é fácil, natural ou automático implementar mudanças ou usar novos comportamentos. Manter mudanças requer confirmação e encorajamento.
Fazer com que o cliente saiba que você reconhece as mudanças que ele fez e a tensão envolvida em efetuá-las encoraja-o a mantê-las após o final do processo de aconselhamento.
FINALIZANDO O ACONSELHAMENTO
- diretrizes importantes - 
8. Dizer ao cliente que sempre que precisar, pode procurá-lo, mesmo que seja para contar alguma novidade.
A experiência formal do aconselhamento pode acabar, mas a necessidade de atenção não.
Uma proposta sincera de acompanhamento é uma expressão importante de atenção que proporciona apoio, estimulando o cliente a continuar seu crescimento.
ENCAMINHAMENTO
Requer do terapeuta um reconhecimento sincero de que uma outra pessoa ou recurso pode ser mais útil ao cliente.
Ajudar os clientes a trabalhar a resistência é muitas vezes uma tarefa importante no processo de encaminhamento. A maioria das pessoas não aceita sua necessidade de ajuda especial e mesmo que concorde com a ideia de tratamento especial, ainda pode resistir.
Ao optar pelo encaminhamento o terapeuta deve contar pelo menos com uma sessão inteira para trabalhar as resistências do cliente.
encaminhamento
Quando o cliente não está fazendo progressos, o terapeuta deve determinar se o término do processo ou o encaminhamento é mais conveniente.
Nos casos onde o cliente está vivenciando uma tensão significativa, deve ser tentado o encaminhamento.
atividade
Assistir o filme “gênio indomável” e observar as cenas onde:
o cliente apresenta resistência no processo.
onde ocorre o silêncio e como você avalia esse silêncio.
Uma cena em que o terapeuta demonstra consideração positiva incondicional pelo cliente.
Sua impressão sobre o término do aconselhamento.
Referência bibliográfica
HACKNEY, Harold & NYE, Sherilyn. Aconselhamento: estratégias e objetivos. Cap. 4 e CAP. 5; EPU, São Paulo, 1977.
PATTERSON/EISENBERG. O processo de aconselhamento. Cap. 6; Martins Fontes, São Paulo, 1988. 
Schütz, Daiana Meregalli; Itaqui, Luciara Gervasio. O SILÊNCIO NA PSICOTERAPIA À LUZ DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA. Rev. Nufen: Phenom. Interd. | Belém, 8(1), 76-90, jan. – jul., 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912016000100006
MIRANDA, Carmen Silvia Nunes de. & FREIRE, José Célio. A comunicação terapêutica na abordagem centrada na pessoa. Arquivos Brasileiros de Psicologia; Rio de Janeiro, 64 (1): 78-94, 2012. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v64n1/v64n1a07.pdf>.

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