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ad2 educação e trabalho 2019

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Aluno (a): xxxxxxxxxxxxxxxx
Matricula: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Polo: Paracambi
Disciplina: Educação e Trabalho
Educação e Trabalho – Avaliação a Distância 2 (AD2) – 2019.2 
Questão 1: Na concepção de Ricardo Antunes (aula 5), o aumento do desemprego e das relações precarizadas do trabalho se intensificaram no contexto de refluxo do movimento operário. Segundo o autor, que mediações/elementos ajudam a compreender o enfraquecimento do movimento operário nos países de capitalismo de central? (3 pontos)
Pode-se constatar que a sociedade contemporânea presencia um cenário crítico, que atinge também os países capitalistas centrais. Paralelamente à globalização produtiva, a lógica do sistema produtor de mercadorias vem convertendo a concorrência e a busca da produtividade num processo destrutivo que tem gerado uma imensa sociedade dos excluídos e dos precarizados, que hoje atinge também os países do Norte. Até o Japão e o seu modelo toyotista, que introduziu o “emprego vitalício” para cerca de 25% de sua classe trabalhadora, hoje já ameaça extinguí-lo, para adequar-se à competitividade que reemerge do ocidente “toyotizado”
 Questão 2 Ricardo Antunes (aula 5) e Segnini (aula 6) sinalizam algumas mudanças ocorridas no mundo do trabalho em decorrência da reestruturação produtiva (mudança do modelo de produção taylorista/fordista para o modelo toyotista - também chamado de acumulação flexível), iniciada nos países capitalismo central no início da década de 1970. Com base nos referidos autores, cite algumas consequencias para o mundo do trabalho, ocasionadas pela reestruturação produtiva. (3 pontos) 
Começamos dizendo que neste período vivenciamos um quadro de crise estrutural do capital, que se abateu no conjunto das economias capitalistas a partir especialmente do início dos anos 70. Sua intensidade é tão profunda que levou o capital a desenvolver práticas materiais da destrutiva auto-reprodução ampliada possibilitando a visualização do espectro da destruição global, ao invés de aceitar as necessárias restrições positivas no interior da produção para satisfação das necessidades humanas (Mészáros, 1995)4 . Esta crise fez com que, entre tantas outras conseqüências, o capital implementasse um vastíssimo processo de reestruturação do capital, com vistas à recuperação do ciclo de reprodução do capital e que, como veremos mais adiante, afetou fortemente o mundo do trabalho. Um segundo elemento fundamental para o entendimento das causas do refluxo do movimento operário decorre do explosivo desmoronamento do Leste Europeu (e da quase totalidade dos países que tentaram uma transição socialista, com a ex-União Soviética à frente), propagando-se, no interior do mundo do trabalho, a falsa idéia do “fim do socialismo”.
O desemprego de trabalhadores, em decorrência do processo de reestruturação, acrescenta uma nova dimensão aos problemas sociais que marcam há muito o Brasil, até então, miséria, pobreza, não-acesso à educação e à saúde. Trata-se do desemprego de trabalhadores escolarizados como, por exemplo, ocorreu intensamente na última década com os bancários no país, categoria que vivenciou o desemprego de 600 mil trabalhadores (Segnini, 1999).
Questão 3: Na pesquisa realizada por Barbosa (2018), percebemos as mudanças produzidas na subjetividade humana em decorrência das transformações ocorridas no Brasil após a adoção da política neoliberal, iniciada no governo de Fernando Collor de Melo (1990- 1992) e intensificada nos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Os jovens de hoje, produto da atual “sociedade da descartabilidade”, é o segmento da população que mais sofreu (e sofre!) as conseqüências do aumento do desemprego, da violência e o agravamento das questões sociais, entre outras mudanças operadas na sociedade brasileira nas últimas décadas. Diante dessas considerações iniciais, responda as questões abaixo com base no referido autor:
 a) Identifique alguns comportamentos, atitudes e visão de mundo dos jovens pesquisados e como podem ser explicados a partir das mudanças econômicas, políticas e sociais ocorridas nas últimas décadas no Brasil. (3 pontos)
Os jovens participantes da pesquisa vivem as mazelas comuns enfrentadas pelos jovens de baixo poder aquisitivo e moradores das áreas de risco. Entre os 32 jovens pesquisados, 11 (34%) se encontravam em situação de desemprego. Dos estudantes inseridos no mercado de trabalho, 15 encontravam-se no mercado de trabalho formal (47%), com alguns direitos trabalhistas garantidos, ao passo que 6 (19%) exerciam atividades no mercado informal. Quanto à renda familiar, 21 jovens (65%) informaram ser composta entre 1 e 2 salários mínimos; 2 indicaram que era constituída por menos de um salário, enquanto 6 (18%) indicaram que correspondia entre 2 e 3 salários. Não obstante três estudantes não tenham informados sua renda familiar, os dados demonstram a degradação das condições objetivas de reprodução da existência intensificada nos últimos três anos em decorrência da (suposta) crise vivida no Estado do Rio de Janeiro. No aspecto social, a maioria convive com a violência no seu cotidiano, entre ela, a própria violação de direitos por parte do Estado. Por sentirem de forma imediata os efeitos do narcotráfico e do crime organizado, quantitativo significativo desses jovens circula pouco pela cidade, devido à espacialidade determinada não só pelo crescimento da violência e do narcotráfico no Rio de Janeiro, mas também por fatores de ordem econômica que ocasionam a desigual apropriação e circulação dos sujeitos das diferentes classes sociais da/na cidade. Para 60% dos jovens pesquisados, grande parte de seus momentos de lazer e de demais formas de socialização ocorrem no próprio bairro onde residem, com exceção da socialização promovida pela a escola e/ou o trabalho
 b) Qual a sua opinião sobre a ideia muito presente no senso comum de que “os jovens de hoje não querem nada”. (1 ponto)
A visão do mundo atual para os jovens que vieram de uma herança denominada “fordismo/taylorismo’, que nesta atual conjuntura tem como modelo o ‘Toyotismo’, tem sido avassalador. A crise alcança todas as classes sociais, e também todas as escolaridades. Acredito que esse “senso comum” seja um equívoco para justificar a falta de oportunidades e a crescente crise.
Como assinala Harvey (1999) e Sennett (2001), o futuro passa a ser descontado do presente pelos jovens, principalmente os das camadas populares, diante da perda de um sentido de futuro ao longo prazo, produzido pelas incertezas e inseguranças vivenciadas, tanto no mundo do trabalho, mediante a ameaça da demissão ou por empregos temporários, quanto em outros campos da vida social, como a morte prematura a que estão mais vulneráveis.

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