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AA2 - seminário III

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Disciplina: Seminário Integrador III 
Nome da Atividade: Atividade Avaliativa III 
Nome do aluno: Dayane Souza Xavier da Cruz 
Pólo: Nova Iguaçu Matrícula: 17213110415 
 
Resenha do artigo de Frederico Lustosa “Brasil: 200 anos de Estado; 200 anos de 
administração pública; 200 anos de reformas” 
 
O presente artigo retrata a história do Brasil do início do século XX, momento em que o 
país está saindo de um sistema patrimonialista para um sistema burocrático. Iniciando um 
processo de organização econômica que acarretará num profundo processo de reforma no 
sistema da administração pública. 
A primeira forma de Administração realizada por Portugal no Brasil foi elaborada por 
Dom João III em 1534, o que denominamos de Capitanias Hereditárias. Foi assim que 
teve início a colonização do Brasil. O território foi dividido em 15 faixas de terras doadas 
aos donatários e esses podiam explorar os seus recursos, mas ficavam encarregados de 
povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar, tudo isso com recursos 
particulares das próprias pessoas que recebiam as terras. Esse sistema fracassou devido à 
grande distância da metrópole, da falta de recursos e dos ataques indígenas e piratas. 
Após essa tentativa de fracassada de estabelecer as capitanias hereditárias, a coroa 
Portuguesa estabeleceu no Brasil o que denominaram de Governo Geral em 1549. Essa 
forma administrativa teve como característica a centralização administrativa da colônia, 
assim as capitanias hereditárias foram transformadas em capitanias gerais. O primeiro 
governador geral foi Tomé de Souza, que recebeu a missão de combater indígenas 
rebeldes, defender o território, procurar jazidas de ouro e prata, e também aumentar a 
produção agrícola. Nesse período começaram a surgir as câmaras municipais, que eram 
órgãos políticos compostos pelos “homens-bons”, que eram homens ricos, proprietários 
de terras que definiam os rumos políticos das cidades Brasileiras, já que as massas mais 
populares do Brasil não poderiam participar da vida pública nesta fase. O governo durou 
até a vinda da família real para o Brasil em 1808, apesar de algumas tentativas de divisão 
que ocorreram, primeiramente na Bahia e logo após no Rio de Janeiro, que durou de 1573 
a 1578. 
A primeira Carta Constitucional é datada de 1824, sendo a Constituição do Império. Antes 
da promulgação da Constituição de 1824, teve todo um contexto histórico que começa 
com a Assembleia Constituinte de 1822, onde uma de suas características era de seus 
membros serem eleitos pela forma indireta, pois na época o voto ainda se fazia desta 
forma e censitária. Foi instituído um novo poder, o poder moderador, aquele que estava 
nas mãos do Imperador, e com isto, ele detinha poderes amplos. Instituem-se durante este 
período o Conselho de Estado e o Senado como órgãos vitalícios. A promulgação da Carta 
Constitucional Imperial significou um passo decisivo para a independência do país, 
estando intimamente ligado com a ideia do Brasil se tornar uma nação independente. 
Houve, contudo uma colisão entre ideais liberais dos deputados que foram eleitos e fazia 
parte da Assembleia Constituinte com o autoritarismo da monarquia, motivo pelo qual o 
Imperador dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823. A pura demonstração do 
autoritarismo da monarquia foi demonstrada através da instituição do Poder Moderador, 
que era um quarto poder exercido pelo imperador. Entre as principais medidas dessa 
Constituição, destaca-se o fortalecimento do poder pessoal do imperador, com a criação 
do Poder Moderador, que estava acima dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
As províncias passam a ser governadas por presidentes nomeados pelo imperador e as 
eleições são indiretas e censitárias. O direito ao voto era concedido somente aos homens 
livres e proprietários, de acordo com seu nível de renda, fixado na quantia líquida anual 
de cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. Para ser eleito, o 
cidadão também tinha que comprovar renda mínima proporcional ao cargo pretendido, 
essa foi a Constituição com duração mais longa na história do país, num total de 65 anos. 
O capitalismo passava por uma de suas violentas crises de superprodução. Essas crises 
cíclicas do capitalismo eram o resultado da ausência de uma planificação, o que produzia 
a anarquia da produção social. As nações industriais com problemas de superprodução 
acirravam o imperialismo, super explorando as nações agrárias, restringindo os créditos 
e adotando uma política protecionista, sobretaxando as importações. 
Neste contexto o café conheceu uma nova e violenta crise de superprodução, de mercados 
e de preços nos primeiros anos da década de 30. Como o café era à base da economia 
nacional, a crise poderia provocar sérios problemas para outros setores econômicos, tais 
como a indústria e o comércio, o que seria desastroso. Era preciso salvar o Brasil dos 
efeitos da crise mundial de 1929. Era necessário evitar o colapso econômico do País. Para 
evitá-lo, o governo instituiu uma nova política cafeeira, visando o equilíbrio entre a oferta 
e a procura, a elevação dos preços e a contenção dos excessos de produção, pois a 
produção cafeeira do Brasil era superior à mundial. Para aplicar esta política, Vargas 
criou, em 1931, o CNC (Conselho Nacional do Café), que foi substituído em 1933 pelo 
DNC (Departamento Nacional do Café). Dentro desta nova política tornou-se 
fundamental destruir as milhares de sacas de café que estavam estocadas. O então 
ministro da Fazenda, Osvaldo Aranha, através de emissões e impostos sobre a exportação, 
iniciou a destruição do excedente do café através do fogo e da água. 
Proibiram-se novas plantações por um prazo de três anos e reduziram-se as despesas de 
produção através da redução dos salários e dos débitos dos fazendeiros em 50%. Por ter 
perdido o poder político e pelo fato de ter de se submeter às decisões econômicas do 
governo federal, as oligarquias cafeeiras se opuseram à política agrária da Era Vargas. 
Com toda a centralização de poder alcançada, o governo encontrou o pretexto de que 
precisava para desfechar um golpe de Estado que se deu em novembro de 1937, 
instituindo o chamado Estado Novo. 
Mantendo a política de proteção às matérias-primas exportadas, o governo lançou-se de 
maneira franca e direta no projeto desenvolvimentista, criando as bases necessárias da 
industrialização – a infra-estrutura de transporte, a oferta de energia elétrica e a produção 
de aço, matéria-prima básica para a indústria de bens duráveis. Vargas foi presidente do 
Brasil em dois períodos. O primeiro de 15 anos ininterruptos, de 1930 até 1945, e que se 
dividiu em 3 fases: de 1930 a 1934, como chefe do "Governo Provisório"; de 1934 até 
1937 como presidente da república do Governo Constitucional, tendo sido eleito 
presidente da república pela Assembleia Nacional Constituinte de 1934; e de 1937 a 1945. 
A Constituição de 1934 restabeleceu os direitos e garantias dos cidadãos, restaurou o 
Poder Legislativo e devolveu a autonomia dos estados. Não consentiu a volta dos mesmos 
níveis de descentralização que vigoravam na República Velha. Em 1935, foi criada a 
comissão mista de reforma econômico-financeira, que destacou uma subcomissão, que 
ficou conhecida como comissão Nabuco, para "estudar a possibilidade de um 
reajustamento dos quadros do serviço público civil" (Wahrlich, 1975:10). 
Em decorrência do seu trabalho, em 1936 foi promulgada a Lei no 284, de 28 de outubro, 
a chamadaLei do Reajustamento, que estabeleceu nova classificação de cargos, fixou 
normas básicas e criou o Conselho Federal do Serviço Público Civil. Como presidente-
ditador, enquanto durou o Estado Novo implantado após um golpe de estado. Assumindo 
o governo com poderes extraordinários, Vargas reforçou lentamente o seu poder pessoal 
até que, em novembro de 1937, instituiu uma ditadura fascista no Brasil. 
Essa concentração de poderes nas mãos de Vargas representou a destruição do poder das 
oligarquias estaduais, fundamental no esquema político da República Velha. A partir de 
1937, promoveu uma série de transformações no aparelho de Estado, tanto na morfologia, 
quanto na dinâmica de funcionamento. Nesse período foram criados inúmeros 
organismos especializados e empresas estatais. "Até 1939, haviam sido criadas 35 
agências estatais; entre 1940 e 1945 surgiram 21 agências, englobando empresas públicas, 
sociedades de economia mista e fundações" (Lima Júnior, 1998:8). Até 1930 existiam no 
Brasil 12 empresas públicas; de 1930 a 1945, foram criadas 13 novas empresas, sendo 10 
do setor produtivo, entre elas a Companhia Vale do Rio Doce, hoje uma gigante da 
mineração, e a Companhia Siderúrgica Nacional, ambas já privatizadas.

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