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TRABALHO DE HISTÓRIA DO DIREITO

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1- Aponte as principais características entre o sistema de common law (direito inglês) e o civil law.		
 O common law é um direito jurisprudencial, elaborado pelos juízes reais e mantidos graças à autoridade reconhecida aos precedentes judiciários. Com exceção ao período de sua formação, a lei não desempenha qualquer papel na evolução desse sistema jurídico. Esse direito teve pouca influência no direito romano, a sua legislação tem aspecto secundário e a codificação é quase desconhecida. Tem como principais caraterísticas o direito jurisprudencial, direito judiciário, pouca influência do direito romano, os costumes locais têm pouca importância, a sua lesgilação tem aspecto secundário e a codificação é quase desconhecida.
 Já o civil law, a sua jurisprudência desempenhou um papel secundário na formação e evolução dos direitos romanistas, o processo é só acessórionas concepções fundamentais dos direitos romanistas. Esse direito teve grande influência do direito erudito elaborado no fim da idade média com base no direito romano, a legislação torna-se progressivamente a principal fonte de direito sendo esses direitos codificados.
2- Explique o que é “patrimonialismo” e comente como ele afeta a vida política e jurídica do Brasil desde o período colonial.
 Usa-se se do patrimonialismo a confusão que se faz entre o poder público e privado. Foi essa aliança do poder aristocrático com as elites agrárias locais que permitiu construir um modelo de Estado calcado na defesa dos interesses de segmentos socais donos da propriedade e dos meios de produção, fato que ainda persiste neste século XXI.
 As raízes e evolução das instituições jurídicas brasileiras estão intimamente ligadas a um passado colonial patrimonialista e escravocrata, à dominação de uma elite agrária, à hegemonia ideológica de um liberalismo paradoxalmente conservador, e à submissão econômica dos Estados mais avançados.
3- Aponte quais as Ordenações Régias de Portugal que vigoraram no Brasil desde o período colonial.
Ordenações Reais compostas por Ordenações Afonsinas (1446), Ordenações Manuelinas (1521) e Ordenações Filipinas (1603), fruto da união das Ordenações Manuelinas com as leis extravagantes em vigência.
4- Quais as principais medidas jurídicas tomadas logo após a Independência? Comente sobre a criação dos cursos de direito da época .
Após a conquista da independência, uma das principais tarefas foi adotar o novo país de instituições fortes que garantam a unidade nacional e, ao mesmo tempo, permitam a construção de uma nação coesa e comprometida com o seu novo status. 
 Como uma das principais instituições que se fazem presentes é a jurídica, ocorreu a substituição paulatina das leis portuguesas no nosso ordenamento.
 Também foi mantido o filho mais ilustre da Metrópole no comando do novo governo. D. Pedro I assumiu o Império. Não ocorreu ruptura com o estado anterior de dominação. 
 Com a solidificação da Independência, havia a necessidade de formar o arcabouço jurídico do jovem País. Para isso, duas principais medidas foram tomadas: a criação de cursos jurídicos nacionais e a substituição das Ordenações Filipinas por nova legislação.
 Criou-se então em 11 de agosto de 1827, os cursos de direito no Brasil, com sede em Olinda e em SP. Esse ato foi importantíssimo, já que com a Independência perdeu-se o acesso a universidade de Coimbra, não mais disponível aos brasileiros durante a colonização.
 Para ingressar na faculdade de direito, era requisito que os alunos tivessem no mínimo quinze anos de idade, sendo submetidos a exame de francês, latim, retórica, filosofia e geometria.
5- Sobre as constituições brasileiras, aponte os principais pontos de cada uma a partir da sua criação ( se outorgada ou promulgada).
 Constituição de 1824: Constituição outorgada pelo poder monárquico, que institucionalizou a monarquia parlamentar; exacerbado individualismo econômico; governo centralizado com acentuado centralismo político; o voto era censitário, limitado aos homens livres, com renda superior a 100 mil réis, derivada de bens raiz, indústria, comércio ou emprego, excluído os menores de 25 anos, os filhos que vivessem na companhia dos pais, os criados de servir e os religiosos. A mulher, portanto, como em todo resto do mundo na época, não votavam; instituição de um quarto poder, denominado poder moderador que dava amplos poderes ao detentor do cargo máximo.
 Constituição de 1891: Promulgada; governo presidencialista; baseado no modelo americano, estabeleceu a República e a Federação. As províncias foram transformadas em Estados, com autonomia; adotou a tripartição de poderes; declaração de direitos individuais. Extinção da pena de morte e de banimento. Habeas Corpus alçado pelo plano constitucional. Fim do voto censitário; Estado laico, não adotava religião oficial; Rígida.
 Constituição de 1934: Promulgada; manteve Presidencialismo, República e Federação; extinguiu o bicameralismo e transformou o Senado em órgão de colaboração da Câmara; utilizou como base a Constituição de Weimar de 1919, implantando o chamado Estado Social; declarou direitos sociais, instituiu o voto feminino e trouxe o Mandado de Segurança e a Ação Popular para a esfera constitucional. 
 Constituição de 1937: Outorgada por Getúlio Vargas, após a dissolução da Câmara e do Senado; inspirada no fascismo, instituiu a ditadura do “Estado Novo”; reduziu a autonomia dos Estados-membros; centralizou poderes no Executivo, enfraquecendo o Legislativo e o Judiciário. No lugar do Senado foi criado o Conselho Federal; restringiu inúmeros direitos fundamentais e estabeleceu a pena de morte para crimes políticos.
 Constituição de 1946: Promulgada; restabeleceu o Estado Democrático; determinou a realização de eleições diretas para Presidente; adotou o bicameralismo, fazendo voltar o Senado; ampliou a autonomia dos Estados-membros; revigorou os direitos e garantias fundamentais.
 Constituição de 1967: Outorgada pelo Governo Militar; ( o Congresso Nacional foi convocado para aprovar o projeto apresentado pelo Presidente); alicerçada na Doutrina da Segurança Nacional; manteve Tripartição de Poderes e a Federação; concentrou as principais atribuições do Estado na esfera da União e no Executivo, que legislava por Decreto-lei; os direitos individuais especialmente os políticos, foram bastante reduzidos; o Ato Institucional n. 5, de 1968, enrijeceu a ditadura: autorizava o Presidente a suspender o Congresso Nacional, Assembleias Estaduais e as Câmaras dos Vereadores, assumindo suas atribuições.
 Constituição de 1988: Promulgada; foram mantidos o Presidencialismo e a República, no entanto, houve a visão de um plebiscito depois de 5 anos para discutir a mudança dos sistema e da forma de governo; os Municípios foram incluídos como entes da Federação de forma expressa; a declaração dos direitos foi bastante ampliada, com a inclusão de novos direitos individuais, sociais, difusos e de garantias para que sejam concretizados e respeitados.

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