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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Licenciatura em Pedagogia A ESCOLA COMO RECONSTRUTORA DA SOCIEDADE MANAUS – AM 2019 FRANCISCA DA SILVA DE SOUZA FRANCISCA PATRICIA DE ARAÚJO IVANY MARQUES SEIXAS JOECY MARINHO FERREIRA MARCOS DOS SANTOS MORAES A ESCOLA COMO RECONSTRUTORA DA SOCIEDADE Trabalho apresentado à disciplina Prática Interdisciplinar: Escola e Sociedade, componente obrigatório do 3º semestre, do curso de Pedagogia (PED 2975/3) do Centro Universitário Leonardo da Vinci. Orientador (a): Marcos Paulo Duque Marinho MANAUS – AM 2019 3 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho surge mediante a necessidade de se buscar uma maior compreensão sobre a escola como reconstrutora da sociedade e tem como base duas Escolas Municipais Públicas: Creche Municipal Sonho Meu e Escola Municipal Balbina Mestrinho, ambas localizadas na BR 319 kM 13, Município de Careiro da Várzea. Tendo em vista, que a escola é a única instituição social que alcança todas as gerações, permitindo através de sua extensão social e de forma um pouco mais igualitária auxiliar na integração de cada indivíduo ao coletivo, oportunizando meios para que o mesmo se desenvolva intelectualmente e socialmente para estar melhorando a sua qualidade de vida. Diante disso, o professor precisa buscar formas de criar estratégias, dinamizar suas aulas, motivar os seus alunos há observarem, pesquisarem, dialogarem, questionarem e não deixarem de registrar o aprendizado. A partir dessa explanação, cabem as escolas, principalmente as públicas, o desafio de lidar com as realidades vivenciadas na atualidade em relação à formação e a instrução do sujeito, pois diferentemente do passado no qual a escola e os pais eram os únicos meios que o sujeito possuía para aprender, nos dias de hoje, no entanto a fonte do conhecimento encontra – se disponível em todas as partes, seja através das tecnologias da informação ou da comunicação em si. Entretanto, a escola precisa estar bem estruturada a fim de utilizar esses meios para aprimorar o ensino e compartilhar saberes, valores, buscando cada vez mais promover a inclusão, oportunizando o respeito às diversidades existentes, embora isso, não aconteça na realidade educacional pública. Para um maior esclarecimento sobre a escola como reconstrutora da sociedade, se fazem necessários os seguintes questionamentos: Qual o papel da escola e sua contribuição no contexto da sociedade? Diante da pouca estrutura oferecida, as escolas públicas são capazes de promover a transformação social nestes alunos, considerando as realidades vivenciadas pelos mesmos? 2 ESCOLA E SOCIEDADE As escolas públicas, nos dias de hoje, além da informação precisam formar cidadãos conscientes de sua realidade, sem perder a sua individualidade, auxiliando – os na construção de seus valores morais e sociais, no qual a escola busca extrapolar a mera transmissão de conteúdo e prepara seus alunos e alunas para a vida dentro e fora do âmbito escolar, possibilitando aos mesmos uma atitude crítica de inteligência, para compreender, julgar e se preciso ao atingir a vida adulta contribuir, intervindo positivamente nas situações enfrentadas no cotidiano da sociedade. Segundo Tardif (2002, p. 28), “[...] O saber é social por que é partilhado entre os professores, que se encontram nas mesmas condições de trabalho e sujeitos as mesmas estruturas e condicionamentos. Vale ressaltar que, escolas públicas são instituições nas quais abrangem a maioria do quantitativo de alunos existentes, e necessita de um olhar mais humanizado dos nossos governantes, tendo em vista, 4 como prioridade, oferecer escolas com mais estrutura, tanto na parte física, quanto didática e tecnológica, garantindo assim uma melhor qualidade no ensino e no aprendizado de educadores e educandos, disponibilizando novas formas de ensino – aprendizagem. Um dos aspectos há ser destacado referente à nossa pesquisa nas duas escolas municipais de Careiro da Várzea, Creche Sonho Meu e Balbina Mestrinho, é que, quando há união entre Gestão, Escola, Professores, Alunos, funcionários e Comunidade, as limitações e os problemas causados pela falta de estrutura, não impedem que estes profissionais que se encontram no âmbito escolar, com a desenvoltura e o jeitinho amazonense de ser, transformem estes desafios em motivações para oportunizar aos seus educandos um amanhã melhor através do ensino, oferecido aos mesmos com muito esforço e dedicação. Explicitar claramente o que representa a educação, a escola, o ensino, o papel do diretor e dos professores na promoção do processo educacional é fundamental para que se possa atuar de forma consistente no contexto educacional. Quando uma mesma fundamentação e entendimento são compartilhados por várias pessoas, empenhadas na mesma tarefa, elas passam a manifestar comportamentos convergentes e a adotar representações semelhantes sobre o seu trabalho, reforçando uns o trabalho dos outros e, dessa forma, construindo um processo educacional unitário. Mediante orientação por uma concepção comum de ver o universo educacional e atuando a partir de objetivos comuns, reconhecidos como valiosos por todos os que compartilham da mesma visão, a educação ganha efetividade. (LUCK, 2009, p. 24) 2.1 A ESCOLA INSTRUINDO E FORMANDO CIDADÃOS SOCIAIS Fonte: Francisca da Silva. 09. Out. 2019 Em meio a conteúdos formais, disciplinas obrigatórias, bem como entre outras incumbências, cabe a escola como reconstrutora da sociedade contribuir na instrução e formação de 5 cada sujeito - cidadão, afim de que os mesmos possam atuar na criação e no desenvolvimento de idéias para se solucionar dificuldades escolares e sociais. Para que haja essa contribuição é preciso pensar e re – pensar a realidade a fim de compreender os problemas que afetam o individual e o coletivo, sendo assim, aumenta a necessidade de se buscar soluções, pois, por sua vez, compreender o problema, não será por si só, suficiente para que possa ser solucionado, mais sim, a prática pedagógica adequada há ser aplicada. Para Vasconcellos (2002, p.98): [...] Educação escolar, é um sistemático e intencional processo de interação com a realidade, através do relacionamento humano, baseado no trabalho com o conhecimento e na organização da coletividade, cuja finalidade é colaborar na formação do educando em sua totalidade – consciência, caráter, cidadania, tendo como mediação fundamental o conhecimento que possibilite o compreender, o usufruir ou o transformar a realidade. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto, pudemos perceber que a escola reconstrutora da sociedade não é somente aquela que tem a melhor estrutura física, muito menos tecnológica e didática de última geração. No entanto, não há a intenção nesse trabalho desmerecer ou criticar as escolas que contam com estes tipos de ferramentas como apoio para o desenvolvimento da sua prática pedagógica. Concordamos que a escola que tem o acesso e a disponibilidade para inovações e mudanças como estas, podem ter mais facilidade para construir os seus conhecimentos, atitudes e valores indispensáveis no cotidiano escolar e no convívio em sociedade. Entretanto, este trabalho visa demonstrar a importância das escolas públicas como a Creche Municipal Sonho Meu e Balbina Mestrinho, bem como dos profissionais que fazem parte do cotidiano destes alunos, que muitas vezes se deparam com prédios sem a mínima estrutura e com salas super lotadas, sem o apoio necessário das autoridades com o auxilio de materiais didáticos e ferramentas tecnológicas, que mesmo diante de inúmeros desafios que se apresentam e da complexidade da realidade vivenciada, não desistem decom todo o empenho e dedicação extraordinária proporcionarem o melhor de si para os seus alunos, no qual todos os envolvidos lado a lado buscam caminhos da inclusão, do respeito à diversidade e assim desenvolver habilidades e conhecimentos por meio da educação. 6 REFERÊNCIAS LUCK, Heloisa. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba: Editora Positivo, 2009. TARDIF, Maurici. Saberes docentes e formação profissional. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2002. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: projeto de ensino – aprendizagem e projeto político – pedagógico. 10. Ed. São Paulo: Libertad, 2002.
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