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Anatomia patológica - resumo

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João Carlos Silveira dos Santos 
Graduado em tecnologia em radiologia pelo centro universitário Unifacvest 
 
Anatomia patológica 
 
 
Hipertrofia 
 A hipertrofia é um aumento do tamanho das células que resulta em aumento do tamanho 
do órgão. Em contraste, a hiperplasia é caracterizada por aumento do número de células devido 
à proliferação de células diferenciadas e substituição por células-tronco do tecido. A hipertrofia 
pura não existe células novas, apenas células maiores, contendo uma quantidade aumentada de 
proteínas estruturais e organelas. A hiperplasia é uma resposta adaptativa em células capazes 
de replicação, enquanto a hipertrofia ocorre quando as células possuem a capacidade limitada 
de se dividir. Ambas podem também ocorrer juntas, ambas resultam em órgão aumentado.
 
 A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica e é causada pelo aumento da demanda 
funcional ou por fatores de crescimento ou estimulação hormonal especifica. 
 Hipertrofia é o resultado do aumento de produção das proteínas celulares. 
 Durante a gravidez, o aumento fisiológico do útero ocorre como consequência da 
hipertrofia e hiperplasia do musculo liso. 
 Um exemplo de hipertrofia celular patológica é o aumento cardíaco que ocorre com a 
hipertensão ou doença da valva aórtica. 
 
Hiperplasia 
 Hiperplasia é um aumento do número de células em um órgão ou tecido, resultando 
geralmente em aumento da massa de um órgão ou tecido. 
 A hiperplasia ocorre se os tecidos contem populações celulares capazes de se dividir; 
ocorre simultaneamente com a hipertrofia e sempre em resposta ao mesmo estimulo. 
 A hiperplasia pode ser fisiológica ou patológica. Em ambas as situações, a proliferação 
celular é estimulada por fatores de crescimento que são produzidos por vários tipos celulares. 
 Os dois tipos de hiperplasia fisiológica são: (1) hiperplasia hormonal, o crescimento da 
mama durante a puberdade e gravidez. (2) hiperplasia compensatória, na qual cresce 
tecido residual após a remoção ou perda da porção de um órgão. 
 A maioria das formas de hiperplasia patológica é causada por estimulação excessiva 
hormonal ou por fatores do crescimento. 
É importante notar que, em todas essas situações, o processo hiperplásico permanece 
controlado; se os sinais que a iniciam cessam, a hiperplasia desaparece. 
 
 Atrofia 
 A diminuição do tamanho da célula, pela perda de substância celular, é conhecida como 
atrofia. Quando um número suficiente de células está envolvido, todo o tecido ou órgão diminui 
em tamanho, tornando-se atrófico. Deve ser enfatizado que, embora as células atróficas tenham 
sua função diminuída, elas não estão mortas. 
 As causas da atrofia incluem a diminuição da carga de trabalho (p. ex., a imobilização 
de um membro para permitir o reparo de uma fratura), a perda da inervação, a diminuição do 
suprimento sanguíneo, a nutrição inadequada, a perda da estimulação endócrina e o 
envelhecimento (atrofia senil). Embora alguns desses estímulos sejam fisiológicos (p. ex., a 
perda da estimulação hormonal na menopausa) e outros patológicos (p. ex., a desnervação), as 
alterações celulares fundamentais são idênticas. Elas representam uma retração da célula para 
um tamanho menor no qual a sobrevivência seja ainda possível; um novo equilíbrio é adquirido 
entre o tamanho da célula e a diminuição do suprimento sanguíneo, da nutrição ou da es-
timulação trófica. 
 Os mecanismos da atrofia consistem em uma combinação de síntese proteica diminuída 
e degradação proteica aumentada nas células. 
 
Metaplasia 
 Metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo celular adulto é substituído por 
outro tipo celular adulto. Nesse tipo de adaptação celular, uma célula sensível a determinado 
estresse é substituída por outro tipo celular mais capaz de suportar o ambiente hostil. 
 
Visão geral da lesão celular e morte celular 
A lesão celular ocorre quando as células são estressadas tão excessivamente que não são 
mais capazes de se adaptar ou quando são expostas a agentes lesivos ou são prejudicadas por 
anomalias intrínsecas. Os diferentes estímulos lesivos afetam muitas vias metabólicas e 
organelas celulares. A lesão pode progredir de um estágio reversível e culminar em morte 
celular. 
 Lesão celular reversível. Nos estágios iniciais ou nas formas leves de lesão, as 
alterações morfológicas e funcionais são reversíveis se o estímulo nocivo for removido. 
Nesse estágio, embora existam anomalias estruturais e funcionais significativas, a lesão 
ainda não progrediu para um dano severo à membrana e dissolução nuclear. 
 Morte celular. Com a persistência do dano, a lesão torna-se irreversível e, com o tempo, 
a célula não pode se recuperar e morre. Existem dois tipos de morte celular — necrose 
e apoptose — que diferem em suas morfologias, mecanismos e papéis na fisiologia e na 
doença. 
Enquanto a necrose constitui sempre um processo patológico, a apoptose auxilia muitas 
funções normais e não está necessariamente associada à lesão celular patológica. Além 
disso, a apoptose, em certos papéis fisiológicos, não desencadeia uma resposta inflamatória. 
 
Causas da lesão celular 
 As causas de lesão celular variam desde a violência física externa grosseira de um 
acidente automobilístico a anomalias internas sutis, como uma mutação genética causando 
perda de uma enzima vital que compromete a função metabólica normal. A maioria dos 
estímulos nocivos pode ser agrupada nas seguintes características gerais: 
Privação de oxigênio: A hipóxia é uma deficiência de oxigênio que causa lesão 
celular por reduzir a respiração oxidativa aeróbica. A hipóxia é uma causa extremamente 
importante e comum de lesão e morte celulares. As causas da hipóxia incluem a redução do 
fluxo sanguíneo. 
 Agentes químicos e drogas: Enorme número de substancias químicas que podem lesar 
as células é amplamente conhecido; mesmo substâncias inócuas, como glicose, o sal ou mesmo 
água, se absorvidas ou administradas em excesso podem perturbar o ambiente osmótico, 
resultando em lesão ou morte celular. 
Agentes infecciosos: Esses agentes variam desde vírus submicroscópicos a tênias 
grandes; entre eles estão as riquétsias, as bactérias, os fungos e os protozoários. 
Reações imunológicas: O sistema imune exerce função essencial na defesa contra 
micróbios infecciosos, mas as reações imunes podem também resultar em lesão à célula. 
 Agentes físicos: Os agentes físicos que causam lesão celular incluem traumatismos 
mecânicos, extremos de temperatura (queimaduras e frio profundo), alterações bruscas da 
pressão atmosférica, radiação e choque elétrico. 
Defeitos genéticos: Os defeitos genéticos causam lesão celular por causa da 
deficiência de proteínas funcionais, como os defeitos enzimáticos nos erros inatos do 
metabolismo ou a acumulação de DNA danificado ou proteínas anormalmente dobradas, 
ambos disparando a morte celular quando são irreparáveis. As variações genéticas podem 
influenciar também a susceptibilidade das células à lesão por substâncias químicas e outros 
insultos ambientais. 
 Desiquilíbrios nutricionais: os desequilíbrios nutricionais continuam a ser as 
principais causas de lesão nutricional. Tanto a falta como o excesso são importantes causas da 
lesão celular. 
Morfologia da lesão celular 
 Todos os estresses e influencias nocivas exercem seus efeitos, primeiro, em nível 
molecular ou bioquímico. A função celular pode ser perdida antes que ocorra a morte celular, 
e as alterações morfológicas na lesão (ou morte) celular surgem mais tarde. Há um período de 
tempo entre o estresse e as alterações morfológicas de lesão e morte celular. 
 Os desarranjos celulares da lesão reversível podem ser reparados e, se o estimulo cessa, 
a célula retorna à sua normalidade. Entretanto, a lesão persistente ou excessiva faz com que as 
células passem do nebuloso para ”ponto de não retorno” para lesão irreversível e mortecelular. 
 
Lesão reversível 
As duas características da lesão celular reversível podem ser reconhecidas com a 
microscopia óptica: tumefação celular e a degeneração gordurosa. A tumefação celular surge 
quando as células se tornam incapazes de manter a homeostasia iônica e líquida e é resultante 
da falha da bomba de íons dependente de energia na membrana plasmática. A degeneração 
gordurosa ocorre na lesão hipóxia e em várias formas de lesão metabólica ou tóxica. Ela é 
manifestada pelo surgimento de vacúolos lipídicos grandes no citoplasma. 
 
Necrose 
Necrose é o tipo de morte celular que está associado à perda da integridade da membrana 
e extravasamento dos conteúdos celulares, culminando na dissolução das células, resultante da 
ação degradativa de enzimas nas células lesadas letalmente. Os conteúdos celulares que 
escapam sempre iniciam uma reação local do hospedeiro, conhecida como inflamação, no 
intuito de eliminar as células mortas e iniciar o processo de reparo subsequente. As enzimas 
responsáveis pela digestão da célula são derivadas dos lisossomos das próprias células que estão 
morrendo ou dos lisossomos dos leucócitos que são recrutados como parte da reação 
inflamatória às células mortas. 
Morte celular ocorrida no organismo vivo seguida de fenômenos de autólise 
 
Causas da necrose 
1. Perda da permeabilidade da membrana; 
2. Liberação das enzimas lisossomais; 
3. Alteração do DNA 
4. Alteração da síntese proteica 
5. Acumulo de radicais livres; 
6. Depleção de ATP. 
 
Padrões de necrose tecidual 
 Existem vários padrões morfológicos distintos de necrose tecidual, os quais podem 
fornecer pistas sobre a causa básica. 
 A maioria desses tipos de necrose possui aparência macroscópica distinta; a necrose 
fibrinoide é detectada apenas por exame histológico. 
 
 A necrose de coagulação é a forma de necrose tecidual na qual a arquitetura básica dos 
tecidos mortos é preservada. 
 A necrose liquefativa é caracterizada é a digestão das células mortas, liberando seu 
conteúdo celular. 
 A necrose gangrenosa não é um padrão especifico de morte celular. 
 A necrose caseosa é encontrada mais frequentemente em focos de infecções 
tuberculosas. Degradação progressiva e irreversível feita por enzimas no tecido lesionado. 
 A necrose gordurosa é induzida pela ação de lipases, derivadas do pancreático ou de 
macrófagos lesados, que catalisam a liberação enzimática de ácidos graxos formando 
complexos com cálcio do líquido intersticial, produzindo sabões insolúveis de cálcio. 
 A necrose fibrinoide ocorre o deposito de imunocomplexos. 
 
Apoptose 
A apoptose é uma via de morte celular, induzida por um programa de suicídio 
estritamente regulado no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam 
seu próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas. Rapidamente, as células mortas e 
seus fragmentos são removidos antes que seus conteúdos extravasem e, por isso, a morte celular 
por essa via não induz uma reação inflamatória no hospedeiro. Mesmo se diferindo da necrose 
algumas vezes se coexistem, e a apoptose induzida por alguns estímulos patológicos progride 
para a necrose. 
É um processo ativo marcado pela autodigestão controlada dos 
constituintes celulares, devido à ativação de proteases endógenas 
 
Causas do apoptose 
 A apoptose em muitas vezes tem a funcionalidade de eliminar células potencialmente 
prejudiciais e células que tenham sobrevivido mais que sua utilidade, ou quando células são 
lesionadas de modo irreparável, principalmente quando a lesão afeta o DNA ou as proteínas da 
célula. 
 
Apoptose em situações fisiológicas 
A morte por apoptose é um fenômeno normal que funciona para eliminar as células que 
não são mais necessárias e para manter, nos tecidos, um número constante das várias 
populações celulares. É importante nas seguintes situações fisiológicas: 
 Destruição programada de células durante a embriogênese. 
 Involução de tecidos hormônios-dependentes sob privação de hormônio 
 Perda celular em populações celulares proliferativas 
 Morte de células que já tenham cumprido seu papel 
 Eliminação de linfócitos autorreativos potencialmente nocivos 
 Morte celular induzida por linfócitos T citotóxicos 
 
Apoptose em condições patológicas 
 A apoptose elimina células que estão geneticamente alteradas ou lesadas de modo 
irreparável, sem iniciar uma reação severa no hospedeiro, mantendo mínima a lesão tecidual. 
A morte por apoptose é responsável pela perda de células em vários estados patológicos: 
 Lesão de DNA 
 Acúmulo de proteínas anormalmente dobradas. 
 Lesão celular em certas infecções 
 Atrofia patológica no parênquima de órgãos após obstrução de ducto 
 
Mecanismos da apoptose 
 
A apoptose resulta da ativação de enzimas chamadas caspases. A ativação das caspases 
depende de um equilíbrio finamente sintonizado entre vias moleculares pró e antiapoptóticas. 
Duas vias distintas convergem para a ativação de caspase: via mitocondrial e via receptor de 
morte. 
 
Via mitocondrial (intrínseca) da apoptose 
As mitocôndrias contêm uma serie de proteínas que são capazes de induzir apoptose; 
essas proteínas incluem o citocromo c e outras proteínas que neutralizam inibidores endógenos 
do apoptose. A escolha entre a sobrevivência e a morte celular é determinada pela 
permeabilidade da mitocôndria. 
Quando as células são privadas de sobrevivência ou são expostas a agentes que lesam o 
DNA ou acumulam quantidades inadequadas de proteínas dobradas, um grupo de sensores é 
ativado. Eles ativam, por sua vez dois membros pró-apoptóticos das famílias chamadas Bax e 
Bak, que se inserem dentro da membrana mitocondrial, formando canais através dos quais o 
citocromo c e outras proteínas mitocondriais extravasam para o citosol. 
 O citocromo c, em conjunto com alguns cofatores, ativa a caspase 9. Outras proteínas 
que extravasam das mitocôndrias bloqueiam as atividades dos antagonistas das caspases, os 
quais funcionam como inibidores fisiológicos do apoptose. O resultado final é a ativação da 
cascata de caspases, levando, finalmente à fragmentação nuclear. 
 
Via receptor de morte do apoptose (extrínseca) 
 Muitas células expressam moléculas de superfície, chamadas receptores de morte, que 
disparam a apoptose. Os receptores de morte prototípicos são do tipo TNFI e Fas. O ligante de 
Fas (Fas-L) é uma proteína de membrana expressa, principalmente, em linfócitos T ativados. 
Quando essas células T reconhecem os alvos que expressam Fas, as moléculas são ligadas em 
reação cruzada pelo Fas-L e proteínas de ligação adaptativas via domínio de morte. Estas, por 
sua vez, recrutam e ativam a caspase 8. 
 A ativação combinada de ambas as vias lança um golpe letal para a célula. As proteínas 
celulares, notadamente um antagonista de caspase chamada FLIP, bloqueia a cascata de 
ativação das caspases dos receptores de morte. 
 A via receptora de morte está envolvida na eliminação de linfócitos autorreativos e na 
eliminação de células-alvo por alguns linfócitos T citotóxicos. 
 
Ativação e função das caspases 
 As vias mitocondrial e de receptor de morte levam à ativação de caspases 
desencadeantes, caspases 9 e 8, respectivamente. As formas ativas dessas enzimas são 
produzidas e clivam outra série de caspases chamadas de caspases executoras. Essas caspases 
ativadas clivam numerosos alvos, culminando na ativação das nucleases, que degradam as 
nucleoproteínas e o DNA. As caspases degradam também os componentes da matriz nuclear e 
do citoesqueleto, promovendo a fragmentação das células. 
 
Remoção de células apoptóticas 
 As células apoptóticas atraem os fagócitos produzindo sinais de “coma-me”. A 
fosfatidilserina é expresso no folheto externo da membrana, onde é reconhecido pelos 
macrófagos, levando à fagocitose das células apoptóticas. As células que estão morrendo por 
apoptosesecretam fatores solúveis que recrutam os fagócitos. 
 
Autofagia 
 A autofagia refere-se à digestão lisossômicas dos próprios componentes da célula. 
Constitui mecanismo de sobrevivência, em períodos de privação de nutrientes, de tal modo que 
a célula privada de alimento sobrevive ingerindo seu próprio conteúdo e recicla os conteúdos 
ingeridos para fornecer nutrientes e energia. 
 Com o tempo, a célula privada de nutrientes não perdurará canibalizando a si mesma; 
nesse estágio, a autofagia pode também sinalizar a morte celular por apoptose. 
 
Acúmulos intracelulares 
 Em algumas circunstancias, as células podem acumular quantidades anormais de várias 
substancias que podem ser inofensivas ou associadas com vários graus de lesão. A substância 
pode estar localizada no citoplasma, no interior das organelas ou no núcleo, e pode ser 
sintetizada pelas células afetadas ou produzida em qualquer outro lugar. 
 Existem quatro vias principais de acumulação intracelulares: 
 Remoção inadequada de uma substancia normal. 
 Acumulo de uma substancia endógena anormal resultante de defeitos adquiridos ou 
genéticos no seu dobramento. 
 Deficiência em degradar um metabólito devido a defeito herdados de uma enzima. 
 Depósitos e acumulo de uma substancia exógena anormal quando a célula não possui 
maquinaria enzimática para degradar a substancia nem a habilidade de transporta-la para 
outros locais. 
 
Degeneração gordurosa (esteatose) 
A degeneração gordurosa refere-se a qualquer acumulo anormal de triglicerídeos 
dentro das células do parênquima. 
 
Colesterol e ésteres do colesterol 
O metabolismo celular do colesterol é estreitamente regulado para assegurar a síntese 
normal de membranas celulares sem acumulo intracelular significativo. Entretanto, as células 
fagocíticas podem tornar-se sobrecarregadas de lipídios em vários processos patológicos 
diferentes. 
 
Xantoma 
 Acumulo de colesterol no interior dos macrófagos 
 
Colesterolose 
 Acumulo focal de células espumosas na lamina própria da vesícula biliar. 
 
Proteínas 
 Os acúmulos de proteína morfologicamente visíveis são muitos menos comuns que 
acúmulos de lipídios; podem ocorrer porque os excessos são apresentados ás células ou porque 
as células sintetizam quantidades excessivas. 
 
Glicogênio 
 Depósitos intracelulares excessivos de glicogênio estão associados a anormalidades no 
metabolismo da glicose ou do glicogênio. 
 
Pigmentos 
 Os pigmentos são substancias coloridas exógenas, se originados fora do corpo, como o 
carbono, ou endógenas, sintetizadas dentro do próprio corpo, como lipofuscina, melanina. 
 O pigmento exógeno mais comum é a carbono 
 A lipofuscina 
 A melanina 
 A hemossiderina 
 
Envelhecimento celular 
 Os indivíduos envelhecem porque suas células envelhecem. O envelhecimento tem 
consequências importantes para a saúde porque a idade constitui um dos fatores de risco 
independente mais fortes para muitas doenças crônicas, como o câncer, a doença de Alzheimer 
e a doença cardíaca isquêmica. 
 O envelhecimento celular é o resultado do declínio progressivo do tempo de vida e da 
capacidade funcional das células. Acredita-se que vários mecanismos sejam responsáveis pelo 
envelhecimento celular. 
 Lesão do DNA 
 Diminuição da replicação celular 
 Deficiência da homeostasia proteica.

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