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Avaliação Nutricional do paciente Hospitalizado Estácio – Fisiopatologia e Dietoterapia I Prof.ª Dr.ª Sheila Guimarães Estado Nutricional Hospitalização Estado de Jejum na Hospitalização Doença de Base Jejum Adaptação PREJUDICADA!!! Pacientes DESNUTRIÇÃO Hospitalização X Jejum Prolongado (≥ 24h) ▪ Falta de energia; ▪ Fome; ▪ capacidade funcional ▪ ↑ Risco para desnutrição Desnutrição Hospitalar • Pode afetar adversamente a evolução clínica de pacientes hospitalizados, aumentando seu tempo de internação, incidência a infecções e suas complicações. (ASPEN, 2002) DESNUTRIÇÃO COMPLICAÇÕES INTERNAÇÃO MORTALIDADE Prevalência no Brasil IBRANUTRI, 2001 Prevalência no Brasil • Estudo BRAINS: – Brazilian Investigation of Nutritional Status on hospitalized patients – 19.222 pacientes internados em 110 hospitais: • Públicos: 39 • Privados: 56 • Mistos: 11 • Filantrópicos: 4 – Avaliação Nutritional em até 48h após-internação: • ADULTOS (>18 anos): Av. Subjetiva Globas (ASG) • IDOSOS (> 60 anos): Mini avaliação nutricional (MAN) • Resultados nos ADULTOS: – Total de Desnutrição: 24% – Desnutrição MODERADA: 18,3% – Desnutrição GRAVE: 5,7% • Resultados nos IDOSOS: – Risco nutricional: 38,4% – Desnutridos: 30,8% Rev. Bras. Nutr. Clin, 2013; 28(4):255-63. Processo de Assistência Nutricional • Etapas: 1. Avaliação nutricional 2. Diagnóstico nutricional 3. Intervenção nutricional (planejamento e conduta) 4. Monitoração e reavaliação nutricionais Etapas da Avaliação Nutricional Hospitalar Processo de avaliação do estado nutricional Dados pessoais Condições socioeconômicas História clínica Avaliação dietética (consumo alimentar) Avaliação antropométrica Exame físico/clínico (semiologia nutricional) Avaliação Laboratorial Conduta nutricional Diagnóstico nutricional Medicamentos/suplementos nutricionais Monitoramento nutricional Anamnese nutricional Dados pessoais Condições socioeconômicas História clínica Exame físico/clínico (semiologia nutricional) Medicamentos/suplementos nutricionais 1. Anamnese Clínica • Peso usual e atual; • Recente alteração de peso (correlacionar com o tempo); • Comprometimento da mastigação e/ou deglutição; • Anorexia e/ou diminuição do paladar; • Distúrbios gastrintestinais recentes (náuseas, vômitos, diarréia, constipação, etc.); • Capacidade para realização de atividades físicas. 2. Anamnese alimentar • Recordatório de 24 horas; • Registro alimentar; • História alimentar; • Questionário de frequência do consumo alimentar; • Ingestão hídrica; • Preferências e intolerâncias; 3. Exame Físico • Detectar sinais e sintomas associados à desnutrição. • é realizado de forma sistêmica e progressiva, da cabeça aos pés; • Objetiva determinar as condições nutricionais do paciente. • São observados o tipo físico, a mobilidade e os sinais de depleção nutricional, tais como diminuição de tecido muscular e subcutâneo e perda de peso. 3.1 Massa muscular e tecido subcutâneo • Na vigência de desnutrição, observa-se perda de massa muscular nos músculos quadríceps e deltóide. • Perda de tecido subcutâneo é visível na face, tríceps, coxa e cintura. 3.2 Atrofia da musculatura temporal bilateral • Demonstra que o paciente parou de mastigar ou deixou de usar a mastigação como fonte principal de ingestão alimentar. 3.3 Perda da bola gordurosa de Bichart • Relaciona-se com redução prolongada da reserva calórica, excetuando-se os casos de alteração unilateral. • Como na sequela de paralisia facial ou de perda e dentição 3.4 Exame da Pele • O exame da pele pode fornecer informações excelentes acerca do estado nutricional. • Deve ser observada quanto a: – Pigmentação – Coloração anormal – Contusões – Lesões – Edema. • Deve-se também observar: – temperatura, – presença de lesão por pressão – Turgor (hidratação) – presença de feridas (má cicatrização) 3.5 Icterícia • impregnação de pigmentos biliares na pele e mucosa, principalmente esclerótica e sublingual, conferindo uma coloração amarelada característica. 3.6 Unhas • Normal: – superfície é plana ou ligeiramente arredondada, – bordas lisas e regulares. • Unhas côncavas: – podem indicar deficiência de ferro. • Coiloníquia: – termo que descreve unhas em formato de colher, quebradiças e finas. • Unhas de aparência irregular e mosqueada: – podem refletir deficiências de vitaminas. • Para verificar a circulação: – as unhas devem ser apertadas delicadamente. – se tornam brancas quando apertadas – ao serem soltas retornam a cor rósea inicial. – O tempo de retorno à coloração normal é chamado enchimento capilar, o qual normalmente é menor do que três segundos, 3.7 Língua • Devem ser observadas: – cor, fissuras, cortes, umidade, textura e simetria. • CARACTERÍSTICA: quando esticada para fora da cavidade oral, deve estar protusa simetricamente. • SIMETRIA: anormalidades podem significar problemas com o nervo craniano XII (hipoglosso), que podem afetar a habilidade do paciente de mastigar certos alimentos adequadamente. • NORMAL: rosada e úmida, sem cortes ou fissuras, e sua textura deve ser ligeiramente áspera, devido às papilas gustativas. • ATROFIA FILIFORME: as papilas se apresentam enrugadas, e a língua lisa e escorregadia. • GLOSSITE: vermelha, atrófica e dolorosa. • Qualquer outra coloração (magenta, por exemplo) pode significar distúrbio nutricional 3.7 Língua 3.8 Edema • Refere-se ao acúmulo de líquido nos tecidos corporais. • Na maior parte dos casos, esse acúmulo de líquido ocorre no espaço extracelular, mas o edema intracelular também ocorre com certa frequência. • Sinal de cacifo ou de godet Edema localizado ou generalizado INTENSIDADE DO EDEMA: 1 a 4+ 3.8 Edema 3.8 Edema 3.8 Edema Investigação de alteração abdominal Abdome plano: – apresentando ligeira depressão na parte superior e uma ligeira proeminência na inferior. Tipos de Abdome Tipos de Abdome Abdome globoso: ▪ apresenta-se globalmente aumentado, aumento de aumento do diâmetro anteroposterior. ▪ Causas: Gravidez avançada, ascite, obesidade, obstrução intestinal, tumores policísticos do ovário. ▪ Ocorre nas distensões gasosas, há aumento em todas as direções, não alterando sua forma conforme a posição (Bevilacqua, 1991). Abdome em avental: – encontrado em pessoas obesas, sendo consequência do acúmulo de tecido gorduroso na parede abdominal, cai como um avental sobre as coxas do paciente Abdome pendular: – estando o paciente de pé, as vísceras pressionam a parte inferior da parede abdominal produzindo uma protusão (fraqueza da musculatura abdominal). Flacidez do abdômen no período puerperal. Tipos de Abdome Abdome escavado: – percebe-se nitidamente que a parede abdominal está retraída. Pessoas muito emagrecidas. Privação de alimento por longo tempo. Perda de reserva calórica e baixa imunidade. Tipos de Abdome Avaliação dos movimentos peristálticos Sistema Digestório • Náusea • Vômito • Regurgitação • Constipação • Diarréia • Flatulência • Distensão abdominal • Peristalse: – pode ser encontrada: • aumentada, • Diminuída, • Ausente. Saúde intestinal: Escala de Bristol “Aspecto das Fezes” • Halitose: é o hálito desagradável ou “mau hálito”.: – Cetônico: ocorre nas acidoses principalmente na cetoacidose diabética, e seu odor lembra o da acetona. – Urêmico: ocorre nas insuficiências renais com grande retenção nitrogenada e seu odor lembra o da urina. – Hepático: ocorre nas insuficiências hepáticas graves e seu cheiro é adocicado, lembrando maçã. • Odinofagia: dor durante a deglutição dos alimentos. Acontece, sobretudo quando existe um processo inflamatório podendo ser infeccioso (herpes, candidíase etc.); ou químico (ingestão de cáusticos). • Disfagia: dificuldade de deglutição e ou do trânsito dos alimentos pelo esôfago. • Hematêmese • Dispepsia: termo genérico utilizado para descrever umdesconforto epigástrico após as refeições. • Epigastralgia: dor na “boca” do estômago. Pirose: sensação de dor em queimação na região retroesternal podendo resultar de qualquer estímulo irritativo localizado no terço inferior do esôfago (Reis, 2003). Sistema Digestório Sistema Cardio-respiratório • Dispnéia: pode ser definida como consciência de dificuldade respiratória (Bevilacqua, 1991), da necessidade de um esforço respiratório aumentado. • Hemoptise: é a eliminação através da glote de sangue procedente do aparelho respiratório, podendo ser da laringe, traquéia, brônquios, ou pulmão. • Gasometria: consiste na leitura do pH e das pressões parciais de O2 e CO2 em uma amostra de sangue. Gasometria (Exame Bioquímico) • Conceitos fundamentais: – Acidose: pH < 7,35 – Alcalose: pH > 7,45 • Distúrbio metabólico: – alteração do HCO3 • Distúrbio respiratório: – alteração da PaCO2 • Distúrbio misto: 2 ou 3 alterações • Hipóxia: – PaO2 < 60 mmHg e SaO2 < 92% • Hiperóxia: – PaO2 > 100 mmHg pH 7,35 – 7,45 PaO2 60 – 100 mmHg PaCO2 35 – 45 mmHg HCO3 22 – 26 mmHg SaO2 > 92% Parâmetros Acidose Alcalose Metabólica Respiratória Metabólica Respiratória pH ↓ ↓ ↑ ↑ PCO2 N - ↓ ↑↑ N -↑ ↓↓ 3.2. Ectoscopia Alguns sinais físicos de deficiência nutricional Sinais Deficiências Cabelo Alopecia Quebradiços Despigmentado Ressecados Arrancados com facilidade Proteína, vit. A, zinco Biotina (B7) Zinco Vit. E e A Zinco Pele Dermatose pelagra Lesões acneiformes Ceratose folicular Xerose (pele seca) Equimoses Petéquias intradérmicas Eritema Hiperpigmentação Dermatite seborréica Palidez Dificuldade de cicatrização Ac. Nicotínico (B6) Vit. A Vit. A Vit. A, B7, ácido linoléico, zinco Vit. C ou K Vit. C ou K Niacina (B6) Niacina Riboflavina, B6, zinco Fe, vit. B12, Folato (B9) Vit. A, vit C e zinco Face Seborréia nasolabial Edema de face (face em lua cheia) Vit. B2 Ferro Olhos Palpebrite angular Manchas de Bitot Xerose conjuntival, xerose de córnea. Xantelasma Cegueira noturna Vit. B2 Vit. A Vit. A Vit. A, Zn Lábios Estomatite angular Queilose Escaras de ângulo Vit. B2, B3, B6 Vit. B2 Vit. B2 Gengiva Esponjosa e sangrante Vit. C Dentes Perda do esmalte Má dentição, cárie dentária. Flúor, Zn Flúor Língua Glossite Atrofia e hipertrofia das papilas Língua magenta Língua escarlate e inflamada Hipogeusia VitB6, B9, vit. B12 B6, B9 Vit. B2 B6 Zinco Unhas Coiloníquia (forma de colher) Quebradiças, rugosas. Ferro Sistema músculo esquelético Atrofia muscular Alargamento epifisário, persistência da abertura da fontanela anterior, perna em X. Hemorragias músculo esqueléticas Flacidez das panturrilhas Vit. D, vit. B1, cálcio Vit. D B1 Sistema cardiovascular Cardiomegalia, taquicardia Vit. B1 Sistema nervoso Alterações psicomotoras, Alterações sensitivas, fraqueza motora, Formigamento das mãos e pés.(parestesia) Demência Vit. B1, B6, B12 B1 B1 Vit B12, B6, B1 Sistema gastrintestinal Hepatoesplenomegalia Diarréia Kwashiorkor B6 e zinco Extremidades Joelho valgo ou varo Perda dos reflexos tendinosos profundos dos membros inferiores Vit. D Vit. B1 e B2 Deficiência de Zinco • Dermatite e queilite angular Deficiência de Vitamina A • Mancha de Bitot Deficiência de vitamina C • Escorbuto Deficiência de Vitamina K • Síndrome Hemorrágica Deficiência de Niacina • Pelagra Deficiência de vitamina D e Cálcio • Raquitismo Sinais clínicas pelas UNHAS • Sinais: Fracas – Deficiências e Causas: Ferro, cálcio, zinco, silício • Sinais: Manchas brancas – Deficiências e causas: Zinco e Selênio • Sinais: Amarelas – Deficiências e Causas: Distúrbios no sistema linfático, infecção por fungos e diabetes. • Alimentos Funcionais: Castanha do Pará, amêndoas, nozes, aveia, cevada, vegetais verdes escuros, frutas em geral, semente de linhaça, frutos do mar e carnes. Queda de Cabelo • Sinais: Queda e opaco – Deficiências e Causas: proteínas, biotina, vitamina D, cobre, zinco, cálcio, ácido pantotênico, magnésio, ferro. • Alimentos Fucionais: Gema de ovo, aveia, cevada, salsa, carnes vermelhas, peixes, aves e leguminosas. Investigação de anemia Coloração da pele – corada ou descorada Região palmoplantares, conjuntival e labial Investigação de desidratação Várias causas – ingestão hídrica menor que a necessária, perda excessiva, vômitos, diarreia, fístula digestiva, sudorese e poliúria. Como investigar: • Solicitar que o paciente produza salivação; • Brilho dos olhos; • Umidade das mucosas gengival e conjuntival; • Examinar o turgor da pele (pinçando). Quando desidratada a prega se desfaz lentamente; 4. Antropometria 4.1. Altura A) No leito: – Colocar o paciente em decúbito dorsal (deitado de costas), o mais reto possível, com o leito em posição horizontal, fazer marcas no lençol na altura do topo da cabeça e da base do pé. Medir o comprimento entre as marcas com uma fita métrica. B) Método da chanfradura: – Colocam-se os braços do paciente estendidos em um ângulo reto (900) com o corpo. Mede-se à distância entre as pontas dos dedos médios (3º quirodáctilo) da mão esquerda e da direita passando pela chanfradura esternal (no nível do segmento central da incisura jugular). Este método também pode ser adaptado para o que chamamos de semi- envergadura, neste caso a leitura é feita somente com um dos braços estendidos, duplicando-se o resultado (Lohman, 1988; Frank, 2002). D) Altura do joelho: – É feita com o paciente em posição supina, formando um ângulo de 90° com o joelho e tornozelo. – A régua (ou fita métrica) deve ser posicionada no nível da base do calcanhar e a sua outra extremidade deve ser localizada na cabeça da fíbula (Chumlea, 1985). • O resultado da aferição deve ser aplicado à fórmula a seguir: 4.1. Altura - estimativa I = Idade (anos) AJ = Altura do joelho (cm) 4.1. Altura - estimativa 4.2. Peso corporal - Estimativa B) Peso Teórico: C) Peso Ideal: – É o peso definido como meta para o tratamento dietoterápico. – O cálculo do peso ideal pode ser feito pelo índice de massa corporal IMC: PT = IMC (média) x (altura)2 Adultos = Média: 21,7 IMC ideal: 18,5 – 24,9 (OMS) Idosos = 24,5 IMC ideal: 22 – 27 (Lipschitz, 1994.) PI = IMC desejado x estatura (m2) É utilizada em adultos a partir de 18 anos de idade. Utiliza a relação (R) entre a estatura (E) e o perímetro/circunferência de pulso (PP). A partir do cálculo da compleição pode se avaliar a estrutura física do indivíduo. Onde: R = E (cm) PP(cm) Estimativa de peso pela compleição corporal: 4.2. Peso corporal - Estimativa ALTURA CM HOMENS ALTURA CM MULHERES Pequeno Médio Grande Pequeno Médio Grande 155 50,0 53,6 58,2 142 41,8 45,0 49,5 156 50,7 54,3 58,6 143 42,3 45,3 49,8 157 51,4 55,0 59,5 144 42,8 45,6 50,1 158 51,8 55,5 60,0 145 43,2 45,9 50,5 159 52,2 56,0 60,5 146 43,7 46,6 51,2 160 52,7 56,4 60,9 147 44,1 47,3 51,8 161 53,2 56,8 61,5 148 44,6 47,7 52,3 162 53,7 57,2 62,1 149 45,1 48,1 52,8 163 54,1 57,7 62,7 150 45,5 48,6 53,2 164 55,0 58,5 63,4 151 46,2 49,3 54,0 165 55,9 59,5 64,1 152 46,8 50,0 54,5 166 56,5 60,1 64,8 153 47,3 50,5 55,0 167 57,1 60,7 65,6 154 47,8 51,0 55,5 168 57,7 61,4 66,4 155 48,2 51,4 55,9 169 58,6 62,3 67,5 156 48,9 52,3 56,6 170 59,5 63,2 68,6 157 49,5 53,2 57,7 171 60,1 63,8 69,2 158 50,0 53,6 58,9 172 60,7 64,4 69,8 159 50,5 54,0 58,9 173 51,4 65,0 70,5 160 50,9 54,5 59,5 174 62,3 65,9 71,4 161 51,5 55,3 60,1 175 63,2 66,8 72,3 162 52,1 56,1 60,7 176 63,8 67,5 72,9 163 52,7 56,8 61,4 177 64,4 68,2 73,5 164 53,6 57,7 62,3 178 65,0 69,0 74,1 165 54,5 58,6 63,2 179 65,9 69,9 75,3 166 55,1 59,2 63,8 180 66,8 70,9 76,4 167 55,7 59,8 64,4 181 67,4 71,7 77,1 168 56,4 60,5 65,0 182 68,0 72,5 77,8 169 57,3 61,4 65,9 183 68,6 73,2 78,6 170 58,2 62,2 66,8 184 69,8 74,1 79,8 171 58,8 62,8 67,4 185 70,9 75,0 80,9 172 59,4 63,4 68,0 186 71,5 75,8 81,7 173 60,0 64,1 68,6 187 72,1 76,6 82,5 174 60,9 65,0 69,8 188 72,7 77,3 83,2 175 61,865,9 70,9 189 73,3 78,0 83,6 176 62,4 66,5 71,7 190 73,9 78,7 84,4 177 63,0 67,1 72,5 191 74,5 79,5 85,0 178 63,6 67,7 73,2 179 64,5 68,6 74,1 180 65,5 69,5 75,0 181 66,1 70,1 75,6 182 66,5 70,7 76,2 183 67,3 71,4 76,8 Fonte: Metropolitan Life Ensurance, 1985. 4.2. Peso corporal - Estimativa Homem Peso = (0,98 x CPA) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) – 81,69 Mulher Peso = (1,27 x CPA) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x DCSE) – 62,35 CPA: circunferência da panturrilha (cm); AJ: altura do joelho (cm); CB: circunferência do braço (cm); DSE: dobra cutânea subescapular (mm) Fonte: CHUMLEA et al., 1988. 4.2. Peso corporal - Estimativa Peso corporal ajustado na AMPUTAÇÃO: Parte amputada Proporção de peso (%)* Média** Mão 0,8 Antebraço 2,5 Braço até o ombro 5,8 Pé 1,7 Perna abaixo do joelho 7,0 Perna acima do joelho 11,0 Perna inteira 18,6 100 - % da amputação x Peso ideal para estatura 100 *Para amputações bilaterais, as porcentagens dobram. **Média MARTINS; RIELLA, 2000; Brunnstrom, 1981; Osterkamp, 1995). 4.2. Peso corporal - Estimativa Estimativa de peso corporal em paciente com edema Edema Localização *Total de peso a ser subtraído Grau Edema periférico + Tornozelo 1 kg Leve 1,0 kg ++ Joelho 3 a 4 kg Moderado 5,0 kg +++ Base da coxa 5 a 6 kg Grave 10,0 kg ++++ Anasarca 10 a 12 kg Fonte: James, 1989 (adaptado). Fonte: Materese, 1997, apud Isosaki, 2004; Martins, 1998. *Deve-se descontar do peso atual estes valores para obtenção do peso “seco” (Isosaki 2004) 4.2. Peso corporal - Estimativa • Estimativa de peso de acordo com a intensidade da ascite. Grau da ascite Peso a retirar Leve 2,2 kg Moderada 6,0 kg Grave 14,0 kg Fonte: James, 1989. 4.2. Peso corporal - Estimativa 4.2. Peso corporal – Avaliação do risco nutricional A) Peso Usual: – o peso informado pelo paciente, o mais recente, no período anterior à doença, quando o indivíduo estava sadio. Classificação % Peso usual Grau de desnutrição 85 – 95 Leve 75 – 84 Moderada 0 - 74 Grave % Peso Usual = Peso Atual x 100 Peso Usual Fonte: Blackburn et al, 1977 (apud Bernard, 1986). Porcentagem de mudança ponderal recente: % Mudança Ponderal recente = Peso Usual – Peso Atual X 100 Peso Usual Perda ponderal importante (Blackburn et al, 1977; Bernard, 1986): ≥ 1 – 2% em uma semana ≥ 5% em um mês ≥ 7,5% em três meses ≥ 10% em seis meses ou mais Interpretação das alterações involuntárias do peso Intervalo Perda ponderal significativa Perda ponderal grave 1 semana 1 a 2% > 2% 1 mês 5% > 5% 3 meses 7,5% > 7,5% 6 meses 10% > 10% 4.3. Métodos para classificação do estado nutricional 4.3. Métodos para classificação do estado nutricional Percentil de CB 4.3. Métodos para classificação do estado nutricional Percentil de CB para idosos 4.3. Métodos para classificação do estado nutricional Circunferência de Panturrilha Percentil de DCT (mm) 4.3. Métodos para classificação do estado nutricional 4.3. Métodos para classificação do estado nutricional Percentil de DCT para isdoso (mm) 4.3. Métodos para classificação do estado nutricional % adequação da Circunferência muscular do braço 4.3. Métodos para classificação do estado nutricional Percentil de Circunferência muscular do braço 4.3. Métodos para classificação do estado nutricional Percentil de Circunferência muscular do braço para idoso Índice de Massa Corporal/IMC: IMC = Peso (kg) /Altura (m)² Índice de Massa Corporal/IMC: IMC = Peso (kg) /Altura (m)² 5. Avaliação Bioquímica 5.1. Estado PROTÉICO – Proteínas viscerais • Albumina: • Transferrina: Níveis (g/dL) Grau de depleção 3,5 – 5,0 Normal 3,4 – 3,0 Desnut. Proteica LEVE 2,1 – 3,0 Desnut. Proteica MODERADA 2,1 Desnut. Proteica GRAVE Transferrina = (0,8 x CTLF) – 43 CTLF: capacidade total de ligação de ferro Níveis (mg/dL) Grau de depleção 250 - 300 Normal 150 –200 Leve 100 –150 Moderado < 100 Severo Níveis (g/dL) Estado Nutricional > 3,5 Normal (Nutrido) 3 – 3,5 Depleção proteica visceral LEVE (Levemente desnutrido) 2,4 – 2,9 Depleção proteica visceral MODERADA (Moderadamente desnutrido) < 2,4 Depleção proteica visceral INTENSA (Gravemente desnutrido) Calixto-Lima L. & Reis, N. T., 2012. • Pré-albumina: • Contagem linfocitária total (CLT): 5.1. Estado PROTÉICO – Proteínas viscerais Níveis (mg/dL) Grau de depleção 20 Normal 10 –15 Leve 5 – 10 Moderado < 5 grave CLT = % de linfócitos x contagem leucocitária 100 Interpretação Níveis de linfocitometria (mm3) Grau de depleção 1200 – 2000 Leve 800 – 1199 Moderado < 800 grave Fonte: Bernard, 1986. 5.1. . Estado PROTÉICO – Proteínas viscerais PARÂMETROS QUE REFLETEM AS PROTEÍNAS VISCERAIS Proteína Variação Normal Implicações e comentários Albumina 3,5 a 5,0 g/dL Meia-vida: 17 a 20 dias REDUZIDA: doenças hepáticas, síndrome de má-absorção, nefropatias, ascite, queimaduras, hidratação excessiva e inflamação/infecção AUMENTADA: desidratação Pré-albumina 15 a 36 mg/dL Meia-vida: 1,9 dia REDUZIDA: doenças hepáticas, inflamação, nefropatias, ascite, queimaduras AUMENTADA: síndrome nefrótica, doença renal crônica, gravidez e linfoma de Hodgkin Proteína ligadora de retinol 3 a 6mg/dL Meia-vida: 12h REDUZIDA: pancreatite crônica, carcinoma, fibrose cística, má- absorção intestinal, hepatopatias crônicas, deficiência de vit A. AUMENTADA: insuficiência renal Transferrina 188 a 341mg/dL Meia-vida: 8 a 10 dias REDUZIDA: infecções crônicas e neoplasias malignas AUMENTADA: gravidez, uso de anticoncepcionais orais e hepatites virais 5.3. Dosagens urinárias • Balanço Nitrogenado: • Interpretação do resultado: – BN > 0 anabolismo – BN = 0 nulo – neutro (manutenção) – BN < 0 catabolismo BN = g proteína ingerida – (g de uréia urinária de 24h)+ 4g 6,25 2,146 • Índice de creatinina (ICA): – é a relação entre a excreção urinária de creatinina em 24 horas de um adulto normal. – É um método para determinar o grau de depleção da proteína somática onde avalia a massa muscular corporal. Interpretação dos resultados obtidos % ICA Grau de depleção > 90 Normal 80 - 90 Leve 60 - 80 Moderada < 60 grave 5.3. Dosagens urinárias ICA = Creatinina urinária de 24 h x 100 Coeficiente de creatinina ideal (ver tabela) Excreção de Creatinina urinária por peso ideal Altura (cm) Homens (anos) 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80-89 146 1258 1169 1079 985 896 807 718 148 1284 1193 1102 1006 915 824 733 150 1308 1215 1123 1025 932 839 747 152 1334 1240 1145 1045 951 856 762 154 1358 1262 1166 1064 968 872 775 156 1390 1291 1193 1089 990 892 793 158 1423 1322 1222 1115 1014 913 812 160 1452 1349 1246 1137 1035 932 829 162 1481 1376 1271 1160 1055 950 845 164 1510 1403 1296 1183 1076 969 862 166 1536 1427 1318 1203 1094 986 877 168 1565 1454 1343 1226 1115 1004 893 170 1598 1485 1372 1252 1139 1026 912 172 1632 1516 1401 1278 1163 1047 932 174 1666 1548 1430 1305 1187 1069 951 176 1699 1579 1458 1331 1211 1090 970 178 1738 1615 1491 1361 1238 1115 992 180 1781 1655 1529 1395 1269 1143 1017 182 1819 1690 1561 1425 1296 1167 1038 184 1855 1724 1592 1453 1322 1190 1059 186 1894 1759 1625 1483 1349 1215 1081 188 1932 1795 1658 1513 1377 1240 1103 190 1968 1829 1681 1542 1402 1263 1123 Altura (anos) Mulheres (anos) 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80-89 140 858 804 754 700 651 597 548 142 877 822 771 716 666 610 560 144 898 841 790 733 682 625 573 146 917 859 806 749 696 638 586 148 940 881 827 768 713 654 600 150 964 903 848 787 732 671 615 152 984 922 865 803 747 685 628 154 1003 940 882 819 761 698 640 156 1026 961 902 838 779 714 655 158 1049 983 922 856 796 730 670 160 1073 1006 944 877 815 747 686 162 1100 1031 968 899 835 766 703 164 1125 1054 990 919 854 783 719 166 1148 1076 1010 938 871 799 733 168 1173 1099 1032 958 890 817 749 170 1199 1124 1055 980 911 835 766 172 1224 1147 1077 1000 929 853 782 174 1253 1174 1102 1023 951 872 800176 1280 1199 1126 1045 972 891 817 178 1304 1223 1147 1065 990 908 833 180 1331 1248 1171 1087 1011 927 850 Fonte: Walser, 1987. 6. Índices Prognósticos AVALIAÇÃO DO RISCO FÓRMULA INTERPRETAÇÃO Índice de Risco Nutricional (1,519 x albumina) + (41,7 x %Peso ideal) > 100 = nenhum risco 97,5 a 100 = baixo risco 83,5 a 97,5 = risco moderado < 83,5 = risco grave Índice de Prognóstico Nutricional 158 – 16,6 (albumina) – 0,78 (DCT (mm)) – 0,2 (transferrina) – 5,8 (hipersensibilidade cutânea tardia) < 40 = normal ≥ 40 = comprometido Índice nutricional e prognóstico inflamatório Proteína C reatina X glicoproteína alfa1- ácida Pré-albumina X albumina ≤ 1 = nenhum risco 1 a 10 = baixo risco 11 a 20 = risco moderado 21 a 30 = risco grave 6. Índices Prognósticos (TRIAGEM) 7. Mini Nutritional Assessment (MNA) 8. Avaliação Subjetiva Global (ASG)
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