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Avaliação Nutricional do paciente hospitalizado

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Avaliação Nutricional do 
paciente Hospitalizado
Estácio – Fisiopatologia e Dietoterapia I
Prof.ª Dr.ª Sheila Guimarães
Estado 
Nutricional
Hospitalização
Estado de Jejum na Hospitalização 
Doença de 
Base 
Jejum 
Adaptação 
PREJUDICADA!!!
Pacientes 
DESNUTRIÇÃO
Hospitalização X Jejum 
Prolongado (≥ 24h)
▪ Falta de energia;
▪ Fome;
▪  capacidade funcional
▪ ↑ Risco para desnutrição
Desnutrição Hospitalar
• Pode afetar adversamente a evolução clínica
de pacientes hospitalizados, aumentando seu
tempo de internação, incidência a infecções e
suas complicações.
(ASPEN, 2002)
DESNUTRIÇÃO
COMPLICAÇÕES INTERNAÇÃO MORTALIDADE
Prevalência no Brasil
IBRANUTRI, 2001
Prevalência no Brasil
• Estudo BRAINS:
– Brazilian Investigation of Nutritional
Status on hospitalized patients
– 19.222 pacientes internados
em 110 hospitais:
• Públicos: 39
• Privados: 56
• Mistos: 11
• Filantrópicos: 4
– Avaliação Nutritional em até
48h após-internação:
• ADULTOS (>18 anos): Av.
Subjetiva Globas (ASG)
• IDOSOS (> 60 anos): Mini
avaliação nutricional (MAN)
• Resultados nos ADULTOS:
– Total de Desnutrição: 24%
– Desnutrição MODERADA: 
18,3%
– Desnutrição GRAVE: 5,7%
• Resultados nos IDOSOS:
– Risco nutricional: 38,4%
– Desnutridos: 30,8%
Rev. Bras. Nutr. Clin, 2013; 28(4):255-63.
Processo de Assistência 
Nutricional
• Etapas:
1. Avaliação nutricional
2. Diagnóstico nutricional
3. Intervenção nutricional (planejamento e 
conduta)
4. Monitoração e reavaliação nutricionais
Etapas da 
Avaliação Nutricional Hospitalar
Processo de avaliação do estado nutricional
Dados pessoais
Condições socioeconômicas
História clínica
Avaliação dietética 
(consumo alimentar)
Avaliação antropométrica
Exame físico/clínico 
(semiologia nutricional)
Avaliação Laboratorial
Conduta nutricional
Diagnóstico nutricional
Medicamentos/suplementos 
nutricionais
Monitoramento 
nutricional
Anamnese nutricional
Dados pessoais
Condições socioeconômicas
História clínica
Exame físico/clínico 
(semiologia nutricional)
Medicamentos/suplementos 
nutricionais
1. Anamnese Clínica
• Peso usual e atual;
• Recente alteração de peso 
(correlacionar com o 
tempo);
• Comprometimento da 
mastigação e/ou 
deglutição;
• Anorexia e/ou diminuição 
do paladar;
• Distúrbios gastrintestinais 
recentes (náuseas, 
vômitos, diarréia, 
constipação, etc.);
• Capacidade para realização 
de atividades físicas.
2. Anamnese alimentar
• Recordatório de 24 horas;
• Registro alimentar;
• História alimentar;
• Questionário de frequência 
do consumo alimentar;
• Ingestão hídrica;
• Preferências e intolerâncias;
3. Exame Físico
• Detectar sinais e sintomas 
associados à desnutrição.
• é realizado de forma sistêmica e 
progressiva, da cabeça aos pés;
• Objetiva determinar as 
condições nutricionais do 
paciente. 
• São observados o tipo físico, a 
mobilidade e os sinais de 
depleção nutricional, tais como 
diminuição de tecido muscular e 
subcutâneo e perda de peso.
3.1 Massa muscular e tecido subcutâneo
• Na vigência de
desnutrição, observa-se
perda de massa
muscular nos músculos
quadríceps e deltóide.
• Perda de tecido
subcutâneo é visível na
face, tríceps, coxa e
cintura.
3.2 Atrofia da musculatura temporal
bilateral
• Demonstra que o
paciente parou de
mastigar ou deixou de
usar a mastigação como
fonte principal de
ingestão alimentar.
3.3 Perda da bola gordurosa de Bichart
• Relaciona-se com
redução prolongada da
reserva calórica,
excetuando-se os casos
de alteração unilateral.
• Como na sequela de
paralisia facial ou de
perda e dentição
3.4 Exame da Pele
• O exame da pele pode fornecer
informações excelentes acerca do
estado nutricional.
• Deve ser observada quanto a:
– Pigmentação
– Coloração anormal
– Contusões
– Lesões
– Edema.
• Deve-se também observar:
– temperatura,
– presença de lesão por pressão
– Turgor (hidratação)
– presença de feridas (má
cicatrização)
3.5 Icterícia
• impregnação de
pigmentos biliares na
pele e mucosa,
principalmente
esclerótica e sublingual,
conferindo uma
coloração amarelada
característica.
3.6 Unhas
• Normal:
– superfície é plana ou ligeiramente arredondada,
– bordas lisas e regulares.
• Unhas côncavas:
– podem indicar deficiência de ferro.
• Coiloníquia:
– termo que descreve unhas em formato de colher,
quebradiças e finas.
• Unhas de aparência irregular e mosqueada:
– podem refletir deficiências de vitaminas.
• Para verificar a circulação:
– as unhas devem ser apertadas delicadamente.
– se tornam brancas quando apertadas
– ao serem soltas retornam a cor rósea inicial.
– O tempo de retorno à coloração normal é
chamado enchimento capilar, o qual normalmente
é menor do que três segundos,
3.7 Língua
• Devem ser observadas:
– cor, fissuras, cortes, umidade, textura e simetria.
• CARACTERÍSTICA: quando esticada para fora da
cavidade oral, deve estar protusa simetricamente.
• SIMETRIA: anormalidades podem significar
problemas com o nervo craniano XII (hipoglosso),
que podem afetar a habilidade do paciente de
mastigar certos alimentos adequadamente.
• NORMAL: rosada e úmida, sem cortes ou fissuras, e
sua textura deve ser ligeiramente áspera, devido às
papilas gustativas.
• ATROFIA FILIFORME: as papilas se apresentam
enrugadas, e a língua lisa e escorregadia.
• GLOSSITE: vermelha, atrófica e dolorosa.
• Qualquer outra coloração (magenta, por exemplo)
pode significar distúrbio nutricional
3.7 Língua
3.8 Edema
• Refere-se ao acúmulo de
líquido nos tecidos
corporais.
• Na maior parte dos casos,
esse acúmulo de líquido
ocorre no espaço
extracelular, mas o edema
intracelular também ocorre
com certa frequência.
• Sinal de cacifo ou de godet
Edema localizado 
ou generalizado
INTENSIDADE DO EDEMA: 1 a 4+
3.8 Edema
3.8 Edema
3.8 Edema
Investigação de alteração abdominal
Abdome plano: 
– apresentando ligeira
depressão na parte
superior e uma ligeira
proeminência na
inferior.
Tipos de Abdome
Tipos de Abdome
Abdome globoso: 
▪ apresenta-se globalmente 
aumentado, aumento de 
aumento do diâmetro 
anteroposterior. 
▪ Causas: Gravidez avançada, 
ascite, obesidade, obstrução 
intestinal, tumores policísticos 
do ovário. 
▪ Ocorre nas distensões gasosas, 
há aumento em todas as 
direções, não alterando sua 
forma conforme a posição 
(Bevilacqua, 1991).
Abdome em avental:
– encontrado em pessoas obesas, 
sendo consequência do acúmulo de 
tecido gorduroso na parede 
abdominal, cai como um avental 
sobre as coxas do paciente
Abdome pendular: 
– estando o paciente de pé, as vísceras 
pressionam a parte inferior da parede 
abdominal produzindo uma protusão 
(fraqueza da musculatura abdominal). 
Flacidez do abdômen no período 
puerperal.
Tipos de Abdome
Abdome escavado: 
– percebe-se nitidamente 
que a parede 
abdominal está 
retraída. Pessoas muito 
emagrecidas. Privação 
de alimento por longo 
tempo. Perda de 
reserva calórica e baixa 
imunidade.
Tipos de Abdome
Avaliação dos movimentos peristálticos
Sistema Digestório
• Náusea
• Vômito
• Regurgitação
• Constipação
• Diarréia
• Flatulência
• Distensão abdominal
• Peristalse:
– pode ser encontrada:
• aumentada,
• Diminuída,
• Ausente.
Saúde intestinal: Escala de Bristol
“Aspecto das Fezes”
• Halitose: é o hálito desagradável ou “mau 
hálito”.:
– Cetônico: ocorre nas acidoses 
principalmente na cetoacidose diabética, 
e seu odor lembra o da acetona.
– Urêmico: ocorre nas insuficiências renais 
com grande retenção nitrogenada e seu 
odor lembra o da urina.
– Hepático: ocorre nas insuficiências 
hepáticas graves e seu cheiro é 
adocicado, lembrando maçã.
• Odinofagia: dor durante a deglutição dos 
alimentos. Acontece, sobretudo quando 
existe um processo inflamatório podendo ser 
infeccioso (herpes, candidíase etc.); ou 
químico (ingestão de cáusticos).
• Disfagia: dificuldade de 
deglutição e ou do trânsito dos 
alimentos pelo esôfago.
• Hematêmese
• Dispepsia: termo genérico
utilizado para descrever umdesconforto epigástrico após as
refeições.
• Epigastralgia: dor na “boca” do
estômago. Pirose: sensação de
dor em queimação na região
retroesternal podendo resultar de
qualquer estímulo irritativo
localizado no terço inferior do
esôfago (Reis, 2003).
Sistema Digestório
Sistema Cardio-respiratório
• Dispnéia: pode ser definida como
consciência de dificuldade
respiratória (Bevilacqua, 1991),
da necessidade de um esforço
respiratório aumentado.
• Hemoptise: é a eliminação
através da glote de sangue
procedente do aparelho
respiratório, podendo ser da
laringe, traquéia, brônquios, ou
pulmão.
• Gasometria: consiste na leitura
do pH e das pressões parciais de
O2 e CO2 em uma amostra de
sangue.
Gasometria (Exame Bioquímico)
• Conceitos fundamentais:
– Acidose: pH < 7,35
– Alcalose: pH > 7,45
• Distúrbio metabólico: 
– alteração do HCO3
• Distúrbio respiratório: 
– alteração da PaCO2
• Distúrbio misto: 2 ou 3 
alterações
• Hipóxia: 
– PaO2 < 60 mmHg e SaO2 < 92%
• Hiperóxia: 
– PaO2 > 100 mmHg
pH 7,35 – 7,45
PaO2 60 – 100 mmHg
PaCO2 35 – 45 mmHg
HCO3 22 – 26 mmHg
SaO2 > 92%
Parâmetros
Acidose Alcalose
Metabólica Respiratória Metabólica Respiratória
pH ↓ ↓ ↑ ↑
PCO2 N - ↓ ↑↑ N -↑ ↓↓
3.2. Ectoscopia
Alguns sinais físicos de deficiência nutricional
Sinais Deficiências
Cabelo
Alopecia
Quebradiços
Despigmentado
Ressecados
Arrancados com facilidade
Proteína, vit. A, zinco
Biotina (B7)
Zinco
Vit. E e A
Zinco
Pele
Dermatose pelagra
Lesões acneiformes
Ceratose folicular
Xerose (pele seca)
Equimoses
Petéquias intradérmicas
Eritema
Hiperpigmentação
Dermatite seborréica
Palidez
Dificuldade de cicatrização
Ac. Nicotínico (B6)
Vit. A
Vit. A
Vit. A, B7, ácido linoléico, 
zinco
Vit. C ou K
Vit. C ou K
Niacina (B6)
Niacina 
Riboflavina, B6, zinco
Fe, vit. B12, Folato (B9)
Vit. A, vit C e zinco
Face
Seborréia nasolabial
Edema de face (face em lua cheia)
Vit. B2
Ferro 
Olhos 
Palpebrite angular
Manchas de Bitot
Xerose conjuntival, xerose de córnea.
Xantelasma 
Cegueira noturna
Vit. B2
Vit. A
Vit. A
Vit. A, Zn
Lábios 
Estomatite angular
Queilose
Escaras de ângulo
Vit. B2, B3, B6
Vit. B2
Vit. B2
Gengiva
Esponjosa e sangrante Vit. C
Dentes 
Perda do esmalte
Má dentição, cárie dentária.
Flúor, Zn
Flúor
Língua 
Glossite
Atrofia e hipertrofia das papilas
Língua magenta
Língua escarlate e inflamada
Hipogeusia
VitB6, B9, vit. B12
B6, B9
Vit. B2 
B6
Zinco
Unhas Coiloníquia (forma de colher)
Quebradiças, rugosas.
Ferro
Sistema músculo 
esquelético
Atrofia muscular
Alargamento epifisário, persistência
da abertura da fontanela anterior,
perna em X.
Hemorragias músculo esqueléticas
Flacidez das panturrilhas
Vit. D, vit. B1, cálcio
Vit. D
B1
Sistema 
cardiovascular
Cardiomegalia, taquicardia Vit. B1
Sistema nervoso
Alterações psicomotoras,
Alterações sensitivas, fraqueza 
motora, Formigamento das mãos e 
pés.(parestesia)
Demência 
Vit. B1, B6, B12
B1
B1
Vit B12, B6, B1
Sistema 
gastrintestinal
Hepatoesplenomegalia
Diarréia
Kwashiorkor
B6 e zinco 
Extremidades 
Joelho valgo ou varo
Perda dos reflexos tendinosos
profundos dos membros inferiores
Vit. D
Vit. B1 e B2
Deficiência de Zinco
• Dermatite e queilite angular
Deficiência de Vitamina A
• Mancha de Bitot
Deficiência de vitamina C
• Escorbuto
Deficiência de Vitamina K
• Síndrome Hemorrágica
Deficiência de Niacina
• Pelagra
Deficiência de vitamina D e Cálcio
• Raquitismo
Sinais clínicas pelas UNHAS
• Sinais: Fracas – Deficiências e Causas: Ferro, cálcio, zinco,
silício
• Sinais: Manchas brancas – Deficiências e causas: Zinco e
Selênio
• Sinais: Amarelas – Deficiências e Causas: Distúrbios no
sistema linfático, infecção por fungos e diabetes.
• Alimentos Funcionais: Castanha do Pará, amêndoas, nozes,
aveia, cevada, vegetais verdes escuros, frutas em geral,
semente de linhaça, frutos do mar e carnes.
Queda de Cabelo
• Sinais: Queda e opaco –
Deficiências e Causas:
proteínas, biotina, vitamina D,
cobre, zinco, cálcio, ácido
pantotênico, magnésio, ferro.
• Alimentos Fucionais: Gema de
ovo, aveia, cevada, salsa,
carnes vermelhas, peixes, aves
e leguminosas.
Investigação de anemia
Coloração da pele – corada ou descorada
Região palmoplantares, conjuntival e labial
Investigação de desidratação
Várias causas – ingestão hídrica menor que a necessária, perda 
excessiva, vômitos, diarreia, fístula digestiva, sudorese e poliúria.
Como investigar:
• Solicitar que o paciente produza salivação;
• Brilho dos olhos;
• Umidade das mucosas gengival e 
conjuntival;
• Examinar o turgor da pele (pinçando). 
Quando desidratada a prega se desfaz 
lentamente;
4. Antropometria
4.1. Altura
A) No leito:
– Colocar o paciente em decúbito
dorsal (deitado de costas), o
mais reto possível, com o leito
em posição horizontal, fazer
marcas no lençol na altura do
topo da cabeça e da base do
pé. Medir o comprimento entre
as marcas com uma fita
métrica.
B) Método da chanfradura:
– Colocam-se os braços do
paciente estendidos em um
ângulo reto (900) com o corpo.
Mede-se à distância entre as
pontas dos dedos médios (3º
quirodáctilo) da mão esquerda
e da direita passando pela
chanfradura esternal (no nível
do segmento central da
incisura jugular). Este método
também pode ser adaptado
para o que chamamos de semi-
envergadura, neste caso a
leitura é feita somente com um
dos braços estendidos,
duplicando-se o resultado
(Lohman, 1988; Frank, 2002).
D) Altura do joelho:
– É feita com o paciente em
posição supina, formando
um ângulo de 90° com o
joelho e tornozelo.
– A régua (ou fita métrica)
deve ser posicionada no
nível da base do calcanhar
e a sua outra extremidade
deve ser localizada na
cabeça da fíbula (Chumlea,
1985).
• O resultado da aferição 
deve ser aplicado à 
fórmula a seguir:
4.1. Altura - estimativa
I = Idade (anos) AJ = Altura do joelho (cm)
4.1. Altura - estimativa
4.2. Peso corporal - Estimativa
B) Peso Teórico: C) Peso Ideal:
– É o peso definido como
meta para o tratamento
dietoterápico.
– O cálculo do peso ideal
pode ser feito pelo
índice de massa corporal
IMC:
PT = IMC (média) x (altura)2
Adultos = Média: 21,7
IMC ideal: 18,5 – 24,9 (OMS)
Idosos = 24,5
IMC ideal: 22 – 27 (Lipschitz, 1994.)
PI = IMC desejado x estatura (m2)
É utilizada em adultos a partir de 18 anos
de idade. Utiliza a relação (R) entre a
estatura (E) e o perímetro/circunferência de
pulso (PP). A partir do cálculo da
compleição pode se avaliar a estrutura
física do indivíduo.
Onde: R = E (cm)
PP(cm)
Estimativa de peso pela compleição corporal:
4.2. Peso corporal - Estimativa
 
ALTURA 
CM 
HOMENS ALTURA 
CM 
MULHERES 
Pequeno Médio Grande Pequeno Médio Grande 
155 50,0 53,6 58,2 142 41,8 45,0 49,5 
156 50,7 54,3 58,6 143 42,3 45,3 49,8 
157 51,4 55,0 59,5 144 42,8 45,6 50,1 
158 51,8 55,5 60,0 145 43,2 45,9 50,5 
159 52,2 56,0 60,5 146 43,7 46,6 51,2 
160 52,7 56,4 60,9 147 44,1 47,3 51,8 
161 53,2 56,8 61,5 148 44,6 47,7 52,3 
162 53,7 57,2 62,1 149 45,1 48,1 52,8 
163 54,1 57,7 62,7 150 45,5 48,6 53,2 
164 55,0 58,5 63,4 151 46,2 49,3 54,0 
165 55,9 59,5 64,1 152 46,8 50,0 54,5 
166 56,5 60,1 64,8 153 47,3 50,5 55,0 
167 57,1 60,7 65,6 154 47,8 51,0 55,5 
168 57,7 61,4 66,4 155 48,2 51,4 55,9 
169 58,6 62,3 67,5 156 48,9 52,3 56,6 
170 59,5 63,2 68,6 157 49,5 53,2 57,7 
171 60,1 63,8 69,2 158 50,0 53,6 58,9 
172 60,7 64,4 69,8 159 50,5 54,0 58,9 
173 51,4 65,0 70,5 160 50,9 54,5 59,5 
174 62,3 65,9 71,4 161 51,5 55,3 60,1 
175 63,2 66,8 72,3 162 52,1 56,1 60,7 
176 63,8 67,5 72,9 163 52,7 56,8 61,4 
177 64,4 68,2 73,5 164 53,6 57,7 62,3 
178 65,0 69,0 74,1 165 54,5 58,6 63,2 
179 65,9 69,9 75,3 166 55,1 59,2 63,8 
180 66,8 70,9 76,4 167 55,7 59,8 64,4 
181 67,4 71,7 77,1 168 56,4 60,5 65,0 
182 68,0 72,5 77,8 169 57,3 61,4 65,9 
183 68,6 73,2 78,6 170 58,2 62,2 66,8 
184 69,8 74,1 79,8 171 58,8 62,8 67,4 
185 70,9 75,0 80,9 172 59,4 63,4 68,0 
186 71,5 75,8 81,7 173 60,0 64,1 68,6 
187 72,1 76,6 82,5 174 60,9 65,0 69,8 
188 72,7 77,3 83,2 175 61,865,9 70,9 
189 73,3 78,0 83,6 176 62,4 66,5 71,7 
190 73,9 78,7 84,4 177 63,0 67,1 72,5 
191 74,5 79,5 85,0 178 63,6 67,7 73,2 
 179 64,5 68,6 74,1 
 180 65,5 69,5 75,0 
 181 66,1 70,1 75,6 
 182 66,5 70,7 76,2 
 183 67,3 71,4 76,8 
Fonte: Metropolitan Life Ensurance, 1985.
4.2. Peso corporal - Estimativa
Homem Peso = (0,98 x CPA) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) – 81,69 
Mulher Peso = (1,27 x CPA) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x DCSE) – 62,35 
CPA: circunferência da panturrilha (cm); AJ: altura do joelho (cm); CB: circunferência do braço (cm); DSE: 
dobra cutânea subescapular (mm) 
Fonte: CHUMLEA et al., 1988. 
4.2. Peso corporal - Estimativa
Peso corporal ajustado na
AMPUTAÇÃO:
Parte amputada
Proporção de peso (%)*
Média**
Mão 0,8
Antebraço 2,5
Braço até o ombro 5,8
Pé 1,7
Perna abaixo do joelho 7,0
Perna acima do joelho 11,0
Perna inteira 18,6
100 - % da amputação x Peso ideal para estatura
100
*Para amputações bilaterais, as porcentagens dobram.
**Média MARTINS; RIELLA, 2000; Brunnstrom, 1981;
Osterkamp, 1995).
4.2. Peso corporal - Estimativa
Estimativa de peso corporal em paciente com
edema
Edema Localização
*Total de peso a 
ser subtraído
Grau
Edema 
periférico
+ Tornozelo 1 kg Leve 1,0 kg
++ Joelho 3 a 4 kg Moderado 5,0 kg
+++ Base da 
coxa
5 a 6 kg Grave 10,0 kg
++++ Anasarca 10 a 12 kg Fonte: James, 1989 (adaptado).
Fonte: Materese, 1997, apud Isosaki, 2004; Martins, 1998. *Deve-se descontar do peso atual estes valores 
para obtenção do peso “seco” (Isosaki 2004)
4.2. Peso corporal - Estimativa
• Estimativa de peso de
acordo com a intensidade
da ascite.
Grau da ascite Peso a retirar
Leve 2,2 kg
Moderada 6,0 kg
Grave 14,0 kg
Fonte: James, 1989.
4.2. Peso corporal - Estimativa
4.2. Peso corporal – Avaliação do
risco nutricional
A) Peso Usual:
– o peso informado pelo
paciente, o mais recente,
no período anterior à
doença, quando o
indivíduo estava sadio.
Classificação
% Peso usual Grau de 
desnutrição
85 – 95 Leve
75 – 84 Moderada
0 - 74 Grave
% Peso Usual = Peso Atual x 100
Peso Usual
Fonte: Blackburn et al, 1977 (apud Bernard, 1986).
Porcentagem de mudança
ponderal recente:
% Mudança Ponderal recente = Peso Usual – Peso Atual X 100
Peso Usual
Perda ponderal importante (Blackburn et al, 1977; 
Bernard, 1986):
≥ 1 – 2% em uma semana
≥ 5% em um mês 
≥ 7,5% em três meses
≥ 10% em seis meses ou mais
Interpretação das alterações involuntárias do peso
Intervalo Perda ponderal 
significativa
Perda ponderal grave
1 semana 1 a 2% > 2%
1 mês 5% > 5%
3 meses 7,5% > 7,5%
6 meses 10% > 10%
4.3. Métodos para classificação do estado
nutricional
4.3. Métodos para classificação do estado
nutricional
Percentil de CB
4.3. Métodos para classificação do estado
nutricional
Percentil de CB para idosos
4.3. Métodos para classificação do estado
nutricional
Circunferência de Panturrilha
Percentil de DCT (mm)
4.3. Métodos para classificação do estado
nutricional
4.3. Métodos para classificação do estado
nutricional
Percentil de DCT para isdoso (mm)
4.3. Métodos para classificação do estado
nutricional
% adequação da Circunferência muscular do braço
4.3. Métodos para classificação do estado
nutricional
Percentil de Circunferência muscular do braço
4.3. Métodos para classificação do estado
nutricional
Percentil de Circunferência muscular do braço para idoso
Índice de Massa Corporal/IMC:
IMC = Peso (kg) /Altura (m)²
Índice de Massa Corporal/IMC:
IMC = Peso (kg) /Altura (m)²
5. Avaliação Bioquímica
5.1. Estado PROTÉICO – Proteínas viscerais
• Albumina: • Transferrina:
Níveis (g/dL) Grau de depleção
3,5 – 5,0 Normal
3,4 – 3,0 Desnut. Proteica LEVE
2,1 – 3,0
Desnut. Proteica 
MODERADA
 2,1
Desnut. Proteica 
GRAVE
Transferrina = (0,8 x CTLF) – 43
CTLF: capacidade total de ligação de 
ferro
Níveis (mg/dL) Grau de depleção
250 - 300 Normal
150 –200 Leve
100 –150 Moderado
< 100 Severo
Níveis (g/dL) Estado Nutricional
> 3,5 Normal (Nutrido)
3 – 3,5
Depleção proteica visceral LEVE
(Levemente desnutrido)
2,4 – 2,9
Depleção proteica visceral MODERADA
(Moderadamente desnutrido)
< 2,4
Depleção proteica visceral INTENSA
(Gravemente desnutrido)
Calixto-Lima L. & Reis, N. T., 2012.
• Pré-albumina: • Contagem linfocitária total 
(CLT):
5.1. Estado PROTÉICO – Proteínas viscerais
Níveis (mg/dL) Grau de depleção
20 Normal
10 –15 Leve
5 – 10 Moderado
< 5 grave
CLT = % de linfócitos x contagem leucocitária
100
Interpretação
Níveis de linfocitometria
(mm3)
Grau de depleção
1200 – 2000 Leve
800 – 1199 Moderado
< 800 grave
Fonte: Bernard, 1986.
5.1. . Estado PROTÉICO – Proteínas viscerais
PARÂMETROS QUE REFLETEM AS PROTEÍNAS VISCERAIS
Proteína Variação Normal Implicações e comentários
Albumina 3,5 a 5,0 g/dL
Meia-vida: 17 a 20 dias
REDUZIDA: doenças hepáticas, síndrome de má-absorção, 
nefropatias, ascite, queimaduras, hidratação excessiva e 
inflamação/infecção
AUMENTADA: desidratação
Pré-albumina 15 a 36 mg/dL
Meia-vida: 1,9 dia
REDUZIDA: doenças hepáticas, inflamação, nefropatias, ascite, 
queimaduras
AUMENTADA: síndrome nefrótica, doença renal crônica, gravidez e 
linfoma de Hodgkin
Proteína 
ligadora de 
retinol
3 a 6mg/dL
Meia-vida: 12h
REDUZIDA: pancreatite crônica, carcinoma, fibrose cística, má-
absorção intestinal, hepatopatias crônicas, deficiência de vit A.
AUMENTADA: insuficiência renal
Transferrina 188 a 341mg/dL
Meia-vida: 8 a 10 dias
REDUZIDA: infecções crônicas e neoplasias malignas
AUMENTADA: gravidez, uso de anticoncepcionais orais e hepatites 
virais
5.3. Dosagens urinárias
• Balanço Nitrogenado:
• Interpretação do resultado: 
– BN > 0 anabolismo
– BN = 0 nulo – neutro (manutenção)
– BN < 0 catabolismo
BN = g proteína ingerida – (g de uréia urinária de 24h)+ 4g
6,25 2,146
• Índice de creatinina (ICA):
– é a relação entre a excreção
urinária de creatinina em 24
horas de um adulto normal.
– É um método para
determinar o grau de
depleção da proteína
somática onde avalia a massa
muscular corporal.
Interpretação dos resultados 
obtidos
% ICA
Grau de 
depleção
> 90 Normal
80 - 90 Leve
60 - 80 Moderada
< 60 grave
5.3. Dosagens urinárias
ICA = Creatinina urinária de 24 h x 100
Coeficiente de creatinina ideal 
(ver tabela)
Excreção de Creatinina urinária por 
peso ideal
Altura 
(cm)
Homens (anos)
20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80-89
146 1258 1169 1079 985 896 807 718
148 1284 1193 1102 1006 915 824 733
150 1308 1215 1123 1025 932 839 747
152 1334 1240 1145 1045 951 856 762
154 1358 1262 1166 1064 968 872 775
156 1390 1291 1193 1089 990 892 793
158 1423 1322 1222 1115 1014 913 812
160 1452 1349 1246 1137 1035 932 829
162 1481 1376 1271 1160 1055 950 845
164 1510 1403 1296 1183 1076 969 862
166 1536 1427 1318 1203 1094 986 877
168 1565 1454 1343 1226 1115 1004 893
170 1598 1485 1372 1252 1139 1026 912
172 1632 1516 1401 1278 1163 1047 932
174 1666 1548 1430 1305 1187 1069 951
176 1699 1579 1458 1331 1211 1090 970
178 1738 1615 1491 1361 1238 1115 992
180 1781 1655 1529 1395 1269 1143 1017
182 1819 1690 1561 1425 1296 1167 1038
184 1855 1724 1592 1453 1322 1190 1059
186 1894 1759 1625 1483 1349 1215 1081
188 1932 1795 1658 1513 1377 1240 1103
190 1968 1829 1681 1542 1402 1263 1123
Altura 
(anos)
Mulheres (anos)
20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80-89
140 858 804 754 700 651 597 548
142 877 822 771 716 666 610 560
144 898 841 790 733 682 625 573
146 917 859 806 749 696 638 586
148 940 881 827 768 713 654 600
150 964 903 848 787 732 671 615
152 984 922 865 803 747 685 628
154 1003 940 882 819 761 698 640
156 1026 961 902 838 779 714 655
158 1049 983 922 856 796 730 670
160 1073 1006 944 877 815 747 686
162 1100 1031 968 899 835 766 703
164 1125 1054 990 919 854 783 719
166 1148 1076 1010 938 871 799 733
168 1173 1099 1032 958 890 817 749
170 1199 1124 1055 980 911 835 766
172 1224 1147 1077 1000 929 853 782
174 1253 1174 1102 1023 951 872 800176 1280 1199 1126 1045 972 891 817
178 1304 1223 1147 1065 990 908 833
180 1331 1248 1171 1087 1011 927 850
Fonte: Walser, 1987.
6. Índices Prognósticos
AVALIAÇÃO DO 
RISCO
FÓRMULA INTERPRETAÇÃO
Índice de Risco 
Nutricional
(1,519 x albumina) + (41,7 x %Peso ideal)
> 100 = nenhum risco
97,5 a 100 = baixo risco
83,5 a 97,5 = risco moderado
< 83,5 = risco grave
Índice de 
Prognóstico 
Nutricional
158 – 16,6 (albumina) – 0,78 (DCT (mm)) –
0,2 (transferrina) – 5,8 (hipersensibilidade 
cutânea tardia)
< 40 = normal
≥ 40 = comprometido
Índice nutricional e 
prognóstico 
inflamatório
Proteína C reatina X glicoproteína alfa1-
ácida
Pré-albumina X albumina
≤ 1 = nenhum risco
1 a 10 = baixo risco
11 a 20 = risco moderado
21 a 30 = risco grave
6. Índices Prognósticos (TRIAGEM)
7. Mini Nutritional Assessment
(MNA)
8. Avaliação Subjetiva Global
(ASG)

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