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Agentes Infecciosos - Aula 1

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Prévia do material em texto

AGENTES INFECCIOSOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO
Núcleo de Educação a Distância - NEAD
ead.fametro.com.br
2
Agentes Infecciosos - Aula 1
APRESENTAÇÃO
Seja bem-vindo à disciplina Agentes Infecciosos! A metodologia adotada pela UNIFAMETRO na modalidade a distância conta 
com aulas ministradas no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle, 
favorecendo atividades colaborativas, aproximando professores e alunos 
distantes fisicamente. 
Para a melhor compreensão do assunto, é importante que, além da leitura 
desse conteúdo, você participe das atividades e tarefas propostas no 
cronograma e consulte dicas e complementos sugeridos no decorrer da 
disciplina. Este material também está disponível para impressão ou para 
download em formato pdf em ead.fametro.com.br. 
É importante ressaltar que, nessa metodologia, o seu compromisso com a 
aprendizagem é fundamental para que ela aconteça. Portanto, participe, 
lendo os textos antes de cada aula para interagir melhor nos momentos 
de comunicação virtual e presencial, nas discussões com os tutores, 
professores e colegas de curso. 
Bons estudos!
3
Agentes Infecciosos - Aula 1
PARA COMEÇO DE CONVERSA
SUGESTÕES
 A disciplina AGENTES INFECCIOSOS é dividida em 12 aulas, nas quais 
você encontrará o conteúdo, bem como conteúdos adicionais e sugestões 
de leituras. Ao longo do texto, você irá se deparar com vários ícones que irão 
ajudá-lo neste percurso em busca do conhecimento, tais como: 
 Esses ícones nortearão a sua leitura, oferecendo amplas possibilidades de 
aprofundamento. A linguagem dialógica aqui utilizada também irá aproximá-
lo das aulas ora apresentadas, levando-o à motivação e ao entendimento da 
disciplina. Esperamos, por meio da diagramação desse material, contribuir com 
sua interação plena com os conteúdos. Agora que já estamos “conectados”, 
mãos à obra!
SUGESTÕES PARA REFLETIR!
PARA LER
EXEMPLO
OBJETIVOS
ATENÇÃO!
4
Agentes Infecciosos - Aula 1
Essa unidade tem como 
Objetivos de Aprendizagem:
Conceitual: compreender a estrutura e as exigências 
nutricionais da célula bacteriana.
Procedimental: Utilizar, em variados contextos, o 
conhecimento sobre a morfologia, coloração e fisiologia 
na prática clínica.
Atitudinal: Ter habilidade para interpretar resultado 
microbiológicos de acordo com a coloração utilizada. 
da personalidade a partir de um referencial teórico.
PARA SUA REFLEXÃO
 Nas atividades do dia-a-dia nos deparamos com 
algumas questões de microbiologia, por exemplo: por 
que a carne não pode ficar mergulhada em água em 
temperatura ambiente para descongelar? Qual é a 
explicação científica?
TERMOS-CHAVE: Citologia. Morfologia. Fisiologia. 
Meio de Cultura.
Aula 1: Citologia e Fisiologia 
Bacteriana
5
Agentes Infecciosos - Aula 1
 Citologia Bacteriana
 As células evoluíram em dois tipos fundamentalmente distindos, 
eucarióticas e procarióticas, podendo ser diferenciadas com base em sua 
estrutura e na complexidade de sua organização. A primeira grande diferença 
é que os procariotos são unicelulares e os eucariotos podem ser uni ou 
multicelulares. A célula eucariótica possui um núcleo verdadeiro que contém 
múltiplos cromossomos, sendo circundado por uma membrana nuclear. 
Enquanto o nucleoide de uma célula procariótica consiste em uma única 
molécula circular de DNA (haploide) organizado frouxamente, desprovido 
de membrana nuclear. Além dos diferentes tipos de núcleos, as duas classes 
celulares distinguem-se por várias outras características: as células eucarióticas 
contêm organelas, como mitocôndrias e lisossomos, assim como ribossomos 
(80S), enquando os procariotos não contêm organelas e exibem ribossomos 
menores (70S). 
Estruturas das células microbianas.
 A maioria dos procariotos apresenta uma parede celular externa rígida 
contendo peptideoglicano, um polímero de aminoácidos e açúcares, como 
seu componente estrutural exclusivo. As células de eucariotos, ao contrário, 
não contêm peptideoglicano. Outra diferença é a membrana plasmática, rica 
em esteróis na célula eucariótica e ausente nos procariotos, com exceção de 
Mycoplasma e Ureaplasma que são desprovidos de parede. Bactérias, fungos, 
protozoários e helmintos são denominados de acordo com o sistema binomial 
6
Agentes Infecciosos - Aula 1
de Linneus, que emprega o gênero e espécie, ao passo que os vírus não são 
denominados dessa forma. Ex: Bacillus cereus ou B. Cereus, Staphylococcus 
aureus ou S. aureus, Escherichia coli ou E. Coli.
 Morfologia das células bacterianas
 As bactérias de 
importância médica 
são caracterizadas 
morfologicamente por: 
tamanho, forma e arranjo. 
Quanto ao tamanho elas 
podem variar de 0,3 por 
0,8 µm até 10 por 25 µm 
(um micrômetro -µm- 
corresponde a 10-6 em 
relação ao metro). 
 Há inúmeras espécies 
de bactérias, de formas 
variadas, que sob certas 
condições podem ser 
alteradas. A morfologia 
bacteriana pode ser 
classificada em: cocos, 
SAIBA MAIS!
TEXTO:
http://www.unirio.br/dmp/microbiologia/nutricao-integral/
aulas-teoricas/3-%20Caracteristicas%20Gerais%20das%20
Bacterias%20- Citologia-%2001-2017.pdf
SUGESTÕES
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Agentes Infecciosos - Aula 1
bacilos, espirilos, espiroquetas e vibriões. 
• Cocos: 
 São células geralmente arredondados, mas podem ser ovoides ou 
achatadas em um dos lados quando estão aderidas a outras células. Os cocos 
quando se dividem para se reproduzir podem permanecer unidos uns aos 
outros em arranjos denominados:
a) Diplococos: são os que permanecem em pares após a divisão.
a) Estreptococos: são aqueles que se dividem e permanecem ligados em forma 
de cadeia (forma de colar de contas).
b) Tétrades: são aqueles que se dividem em dois planos e permanecem em 
grupos de quatro. 
c) Sarcinas: são os que se dividem em três planos, permanecendo unidos em 
forma de cubo com oito bactérias.
d) Estafilococos: são aqueles que se dividem em múltiplos planos e formam 
cachos (forma de cacho de uva).
Arranjos de cocos vistos pelo microscópio eletrônico de varredura.
8
Agentes Infecciosos - Aula 1
• Bacilos: 
 Também conhecidos por bastonetes ou bastões são células cilíndricas 
ou em forma de bastão. Existem diferenças consideráveis em compimento 
e largura entre as várias espécies de bacilos. As porções terminais de alguns 
bacilos são quadradas, outras arredondadas e, ainda, outras são afiladas e 
pontiagudas.
Morfologia e arranjo bacteriano dos bacilos
• Vibriões: são células em bastão curvos, ou seja, em forma de vírgula.
• Espirilos: são células espiraladas ou helicoidais assemelhando-se a um saca 
rolha.
• Espiroquetas: são bactérias móveis helicoidais.
Outras formas bacterianas vistas pelo microscopio eletrônico de varredura.
9
Agentes Infecciosos - Aula 1
Existem modificações dessas três formas básicas 
(cocos, bacilos e espirilos), chamada de pleomórficas. 
O pleomorfismo é a alteração da forma básica da 
bactéria decorrente de contaminação da cultura, 
envelhecimento da cultura, entre outros fatores.
Estruturas Celulares Bacterianas
Parede bacteriana
 A parede celular bacteriana é uma estrutura complexa, semirrígida, 
responsável pela forma da célula. A parede celular circunda a frágil membrana 
plasmática (membrana citoplasmática), protegendo o interior da célula das 
alterações adversas no ambiente externo. A principal função da parede celular 
é prevenir a ruptura das células bacterianas quando a pressão da água dentro 
da célula é maior que fora dela. A parede celular é composta de uma rede 
macromolecular denominada peptideoglicano (também conhecida como 
mureína), que está presente isoladamente ou em combinação com outras 
substâncias. De acordo com a composição da parede celulas as bactérias 
10
Agentes Infecciosos - Aula 1
podem ser classificadas em Gram-positivas ou Gram-negativas. 
 
Parede celular de bactérias acidorresistentes
 As microbactérias, por exemplo de Mycobacterium tuberculosis (agente 
etiológico da tuberculose),apresentam uma parede celular incomum, com uma 
concentração elevada de lipídeos, especialmente os ácidos micólicos, que 
promovem resistência à descoloração por álcool-ácido, sendo denominadas 
acidorresistentes.
Membrana citoplasmática
 Localiza-se imediatamente abaixo da parede celular. A membrana 
citoplasmática é o local onde ocorre a atividade enzimática e o transporte de 
moléculas para dentro e para fora da célula. É muito mais seletiva à passagerm 
11
Agentes Infecciosos - Aula 1
de substâncias externas que a parede celular.
 
Estruturas externas a parede celular
 Glicocálice
 É um envoltório externo à membrana plasmática que ajuda a proteger a 
superfície celular contra lesões mecânicas e químicas. O glicocálice, quando 
mais denso e organizado é descrito como uma cápsula e contribui para a 
evasão do sistema imunológico.
 Flagelos 
 São apêndices filamentosos que servem para locomoção bacteriana. 
Existem quatro tipos de arranjos de flagelos, conforme demonstrado na figura 
abaixo:
 
Fímbrias e pilis
 São apêndices semelhantes a pêlos sendo mais curtos, mais retos e mais 
finos que os flagelos. A função das fímbrias é fixar a bactéria em superfícies 
inanimadas, células e tecidos vivos. Os pilis, normalmente, são mais longos que 
as fímbrias, havendo apenas um ou dois por célula. Os pilis unem-se as células 
bacterianas na preparação para transferência de DNA de uma célula para 
outra.
12
Agentes Infecciosos - Aula 1
Transferência de material genético de uma célula para outra (conjugação bacteriana).
Nucleoide
 Região do citoplasma bacteriano que contém uma única molécula 
circular longa de DNA de dupla fita, o cromossomo bacteriano.
Ribossomos
 Servem como locais de síntese proteica. São compostos de duas 
subunidades, cada qual consistindo de proteínas e de um tipo de RNA 
denominado ribossômico.
Esporos
 Estado fisiológico experimentado apenas por algumas bactérias Gram-
positivas (como espécies de Bacillus e Clostridium). São formados no interior 
da célula bacteriana e denominados endósporos. Morfologicamente são 
células desidratadas com paredes espessas e camadas adicionais, altamente 
resistentes ao calor, frio, dessecação ou agentes químicos.
Colorações Mais Utilizadas em Microbiologia
 Coloração de Gram
 A coloração de Gram é um passo importante na caracterização e 
classificação inicial das bactérias. Esse método permite que as bactérias sejam 
visualizadas no microscópio óptico e diferenciadas em dois principais grupos 
de bactérias: Gram-positivas e Gram-negativas. O método de coloração de 
Gram recebeu esse nome em homenagem ao patologista dinamarquês Hans 
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Agentes Infecciosos - Aula 1
Christian Joachim Gram. 
 A identificação de uma bactéria em Gram-positiva ou Gram-negativa 
é o primeiro direcionamento para a identificação. Este método permite que 
rapidamente levantemos uma hipótese diagnóstica, direcionando os testes e 
exames complementares.
 É um método rápido, prático e barato que utiliza os seguintes corantes, 
nesta ordem: 1. Cristal violeta, 2. Lugol, 3. Solução descorante contendo álcool 
e acetona ou apenas álcool, e 4. Fucsina. As bactérias Gram-positivas coram-
se de roxo com o cristal violeta e as Gram-negativas se coram em vermelho 
assumindo a cor do contra-corante, a fucsina.
 Coloração de Ziehl-Neelsen
 A coloração de Ziehl-Neelsen baseia-se na capacidade de algumas 
bactérias (micobactérias e actinomicetos) resistirem aos métodos comuns de 
coloração devido à composição altamente lipídica da parede celular. Após 
um processo de coloração especial à quente, uma vez coradas, não sofrem 
ação de descorantes fortes, como a solução de álcool-ácido. Desta forma, a 
fucsina de Ziehl cora todas as bactérias de vermelho, e após a descoloração 
com álcool-ácido, somente os bacilos álcool-ácido resistentes (B.A.A.R.) 
conservarão esta cor. Para facilitar a visualização cora-se o fundo com azul 
de metileno, estabelecendo-se um contraste nítido entre elementos celulares, 
outras bactérias (azuis) e os B.A.A.R (vermelhos).
SAIBA MAIS!
VÍDEO:
https://www.youtube.com/watch?v=oZ50aktmG6I
https://www.youtube.com/watch?v=09egn3CVYc8
SUGESTÕES
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Agentes Infecciosos - Aula 1
Fisiologia e Crescimento bacteriano
 O crescimento bacteriano requer fontes adequadas de energia e 
nutrientes, além de condições ambientais específicas que podem favorecer ou 
inibir o crescimento microbiano. Um aspecto importante para o crescimento é 
a oferta de água, pois favorece as reações bioquímicas da célula. Em seguida, 
apresentaremos os principais fatores envolvidos no metabolismo bacteriano.
Fontes de energia e carbono
 As bactérias de importância para a saúde humana são denominadas 
quimiorganotróficas. Isso significa que estes micro-organismos obtêm energia 
para o crescimento pela oxidação de compostos orgânicos e utilizam fontes 
de carbono também orgânicas. 
 Os nutrientes obtidos no ambiente são classificados em macronutrientes 
e micronutrientes, relacionando-se às quantidades necessárias para o 
metabolismo.
Metabolismo
 O metabolismo microbiano inicia-se no ambiente externo, quando as 
macromoléculas são catabolisadas em moléculas menores. Estas pequenas 
moléculas, resultantes do catabolismo, são transportadas para o interior da 
bactéria e podem ser utilizadas para a síntese (anabolismo) de componentes 
celulares.
Temperatura
 A temperatura ótima de crescimento é definida como a temperatura de 
incubação que possibilita o mais rápido crescimento durante o menor tempo 
de acordo com o período de geração de cada gênero bacteriano. Desta 
forma, as bactérias podem ser classificadas em:
1. Psicrófilas: 0ºC ou menos (12-30ºC)
2. Mesófilas: 25-40ªC
3. Termófilas: 45-60ºC
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Agentes Infecciosos - Aula 1
Oxigênio
 Quanto à utilização de oxigênio, os micro-organismos podem ser 
classificados em aeróbios, anaeróbios, microaerófilos e facultativos. São 
aeróbios quando necessitam de oxigênio, anaeróbios quando se desenvolvem 
na ausência de oxigênio e facultativos quando podem viver em condições 
aeróbias ou anaeróbias. Alguns autores incluem também os microaerófilos, 
quando o crescimento é melhor numa pressão reduzida de oxigênio e os 
aerotolerantes, que toleram o oxigênio.
pH
 A maioria dos micro-organismos que causam doença no homem crescem 
melhor em pH neutro (6,5-7,5). Porém, alguns gêneros bacterianos proliferam 
melhor em ambientes com pH mais baixo, como Lactobacillus, presentes no 
trato genital feminino e responsável pela acidez típica daquele sítio.
Halofilismo
 Micro-organismos halofílicos são aqueles que respondem de modo 
diferenciado à pressão osmótica e, portanto, são capazes de crescer em 
condições elevadas de sal, como as espécies de Vibrio. Aqueles que são 
parcialmente tolerantes são denominados halotolerantes, a exemplode 
Staphylococus aureus. Ambos são importantes para a saúde humana.
16
Agentes Infecciosos - Aula 1
Fases do crescimento bacteriano
 O crescimento bacterinao pode ser dividio em quatro fases:
1. Fase de latência (lag)
• Adaptação às novas condições;
• Reprogramação genética, síntese de enzimas e de outras moléculas.
2. Fase exponencial (log)
• Crescimento logarítmico e reprodução celular extremamente ativa.
• Fase utilizada para verificar a atividade metabólica das bactérias.
3. Fase estacionária
• Redução dos nutrientes, acúmulo de subprodutos e mudança de pH.
4. Fase de morte
• Redução drástica dos nutrientes e mudança de pH;
• Morte celular.
Fases do crescimento bacteriano
Isolamento de Bactérias no Laboratório
 O isolamento de micro-organismos é últil para identificação, realização 
de testes de sensibilidade e outros ensaios. O cultivo microbiano in vitro (no 
laboratório) permite verificar se um paciente está sofrendo um processo 
infeccioso ou se determinado produto alimentício está de acordo com as 
17
Agentes Infecciosos - Aula 1
normas de vigilância sanitária. O primeiro passopara o isolamento é o cultivo 
em meio de cultura apropriado.
Meio de cultura
 O meio de cultura é uma preparação química que possui nutrientes 
necessários para que os micro-organismos de determinada amostra (biológica 
ou não) se multipliquem, permitindo seu estudo, identificação e análise. Os 
principais componentes de um meio de cultura são fontes de carbono, energia 
(açúcares), nitrogênio, fósforo e sais minerais.
 Cada tipo de meio de cultura é indicado para uma função e um micro-
organismo específico: alguns visam nutrir e estimular o crescimento, enquanto 
outros inibem determinado grupo de organismo e até podem indicar uma via 
metabólica específica.
 Os meios de cultura são classificados de acordo com seu estado físico, 
podendo ser sólido, quando possui agentes solidificantes como o ágar, 
semissólido, quando a consistência de ágar é intermediária, ou líquido, quando 
não possui solidificantes, caracterizando-se como caldo.
 Conheça os principais meios de cultura utilizados na prática clínica:
Ágar Sangue – favorece o crescimento da maioria 
dos micro-organismos. A conservação dos eritrócitos 
íntegros favorece a percepção da hemólise, 
dividindo-se em α-hemólise, quando a hemólise é 
parcial, β-hemólise, quando a hemólise é total, e não-
hemolíticas (foto) quando os eritrócitos não são lisados. 
Este meio é particularmente útil para a diferenciação de espécies do gênero 
Streptococcus.
Ágar MacConkey – é um meio seletivo para bactérias Gram-
negativas e diferencial quanto a utilização da lactose como 
fonte de carbono. Bactérias que utilizam a lactose geram 
18
Agentes Infecciosos - Aula 1
colônias de cor rosa (foto). O meio é destinado à detecção, isolamento 
e contagem de coliformes e patógenos intestinais presentes na água, nos 
laticínios e em materiais biológicos.
Ágar Chocolate – destinado ao isolamento e cultivo de 
diversos micro-organismos, principalmente os fastidiosos (alta 
exigência nutricional) como Neisseria spp. e Haemophilus 
spp., micro-organismos de difícil crescimento em meios 
simples. É constituído de meio base e hemácias lisadas que 
conferem a cor marrom ao meio.
Ágar Cled – meio de cultura enriquecido, destinado ao 
isolamento e cultivo de micro-organismos, recomendado 
para amostras de urina. 
 
SAIBA MAIS!
TEXTO:
ht tp ://www.anv isa .gov.br/serv icosaude/manuais/
microbiologia/mod_4_2004.pdf
SUGESTÕES
19
Agentes Infecciosos - Aula 1
Básica 
MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K. S.; PFALLER, M. A.; Microbiologia médica. 6. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
NEVES, D. P. et al. Parasitologia humana. 12. ed. São Paulo: Atheneu, 2012.
TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. 
Complementar 
KONEMAN, E.W.; Diagnóstico microbiológico: texto e atlas colorido. 5. ed. Rio 
de Janeiro: MEDSI, 2001.
REY, L. Bases da parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2010. 
SANTOS, N. S. O.; ROMANOS, M. T. V.; WIGG, M. D.; Introdução à virologia 
humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
SIDRIM, J. J. C.; ROCHA, M. F. G.; Micologia médica à luz de autores 
contemporâneos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
VERMELHO, A. B.; Práticas de microbiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2006.
REFERÊNCIAS
20
Agentes Infecciosos - Aula 1
ANOTAÇÕES

Outros materiais