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DETERMINAÇÃO DO ÂNGULO DE REPOUSO E FLUXO DE PÓS Sumário INTRODUÇÃO 4 MATERIAIS 5 MÉTODOS 6 RESULTADOS 8 DISCUSSÃO 9 CONCLUSÃO 10 REFERÊNCIAS 11 INTRODUÇÃO A produção de pós em escala industrial envolve operações unitárias como mistura, transporte pneumático, alimentação através de funis, nesse sentido, as características de fluxo destes materiais torna-se questão relevante e pode influenciar fortemente a eficiência do processo industrial (Emery et al., 2009). Alguns pós são de fluxo livre, enquanto outros são coesivos e, portanto, não fluem tão facilmente sendo necessário recorrer à granulação para facilitar o fluxo e otimizar a produção em escala (Staniforth, 2005). A fluidez depende de vários fatores como morfologia, tamanho e distribuição das partículas, densidade, área e forças de superfície, umidade, presença de ativadores de fluxo, processo produtivo (Lavoie et al., 2002; Staniforth, 2005) e composição química (Schulze, 2006). A determinação das propriedades de fluxo de pós auxilia na projeção de equipamentos para armazenamento, transporte ou manipulação geral de sólidos a granel (Staniforth, 2005). Testes de fluidez também são necessários para comparar a fluxibilidade entre pós similares ou concorrentes, para determinar se um produto preenche as especificações do controle de qualidade, para modelar ou julgar processos em que a força ou a fluidez dos sólidos a granel desempenham um papel importante. Os pós são preparações farmacêuticas constituídas por fármacos por e adjuvantes pulvéreos que são misturados para produzir o produto final. Embora a forma farmacêutica pó para uso oral apresente vantagens, é pouco difundida no mercado. Podem ser classificados em pós a granel quando a mistura dos componentes pulvéreos é acondicionada em recipientes adequados e com boca larga e pós divididos que são formulações semelhantes aos pós a granel, porém acondicionados em doses unitárias (Summers, 2005). Os pós representam uma forma de administração direta ou destinam-se à obtenção de outras formas farmacêuticas (Thompson, 2006). Sua determinação é avaliação da capacidade de fluxo dos pós, resistência à movimentação – fricção mútua entre as partículas. Nesta técnica averígua-se a capacidade do fluxo de um pó, obtido experimentalmente com o pó fluindo por um funil, caindo livremente em um papel toalha com altura de 10 cm, em uma superfície plana. Onde terá a altura (h) e diâmetro do cone formado com a queda do pó (d), através destes dados é medido o ângulo, assim verificando a fluidez do pó. MATERIAIS · Garra pra suporte universal · Suporte universal; · Gral e pistilo; · Vidro de relógio; · Funil de vidro; · Pincel caneta · Espátula de metal; · Papel manteiga; · Régua; · Balança analítica; · Pisseta; · Álcool 70%; · Tamis · Papel toalha · Calculadora cientifica · Lactose 50g · Dióxido de Silício Coloidal – AEROSIL® 1% MÉTODOS O primeiro procedimento realizado foi à limpeza da bancada utilizando-se a pisseta com álcool 70%, assim evitando possíveis contaminações cruzadas que podem interferir no processo. Em sequência organizou-se adicionou-se a bancada suporte universal com a garra e o funil de vidro. Após adicionou-se o papel toalha como base para o escoamento dos pós, frisando a altura (h) de 10 cm do fundo do funil para o papel toalha. Foi pesado 50 gramas de lactose, em seguida foi triturada no gral e pistilo aos poucos para que seja triturado uniformemente, após a trituração concluída o pó foi tamisado. Em seguida foi-se adicionando ao funil aos poucos a lactose, em virtude de evitar o entupimento do funil. Após a queda total do pó em superfície lisa com o papel toalha foi medido com auxílio de régua a altura (h) do pó, em seguida foi medido o diâmetro do cone formado pelo pó. Foi realizado dois procedimentos, sendo o primeiro com somente a lactose 50g, posteriormente no segundo experimento foi adicionado o Dióxido de Silício Coloidal - AEROSIL® 1% completando com Lactose 50g q.s.p. Com todas as medidas tiradas, calculou-se o ângulo de repouso de cada mistura utilizando a seguinte fórmula: Em que: : é o ângulo de repouso da base; h: é a altura do acumulo de pó; r: é o raio da circunferência. Representação da formação cônica do pó. · Sem AEROSIL® h= 6,2 cm d1= 10,0 Média do diâmetro = 10,0+10,5 / 2 = 10,25 cm d2= 10,5 Para descobrir o raio (r) foi feito o seguinte cálculo: 10,25 / 2= 5,12 cm. Com os resultados obtidos foram feitos os seguintes cálculos para descobrir α: · Com AEROSIL® h= 4,9 cm d1= 10,2 Média do diâmetro = 10,2+11,5 / 2 = 15,95 cm d2= 11,5 Para descobrir o raio (r) foi feito o seguinte cálculo: 15,95 / 2= 7,97 cm. Com os resultados obtidos foram feitos os seguintes cálculos para descobrir α: RESULTADOS 1% x 50/100 = 0,5g de AEROSIL® - atua como espessante. 50g de lactose – 0,5g = 45g de lactose q.s.p · Foi encontrado os seguintes valores. · Experimento 1 - somente lactose Medida Resultado Altura – h 6,2 cm Diâmetro – d 10,25 cm Raio – r 5,2 Alfa – α 50,42º · Experimento 2 – Lactose com AEROSIL® Medida Resultado Altura – h 4,9 cm Diâmetro – d 15,95 cm Raio – r 7,97 Alfa – α 31,38º DISCUSSÃO O fluxo de pós é dado de acordo com o ângulo do triangulo formado pelo escoamento do pelo no funil de vidro, tendo em vista que a superfície de contato do pó é plana, obteve-se os resultados acima. De acordo com estes resultados verificamos que o pó de lactose se mostra com fluxo coeso, tendo um menor ângulo, logo é possível concluir que a fluidez do pó é prejudicada, devido as características físico-quimicas da Lactose. Tendo em vista quanto menor o ângulo mais a fluidez do pó, enquanto maior o ângulo pior é a fluidez do pó. Considerando a adição do dióxido de silício coloidal obteve-se uma maior fluidez do pó, pois esta substancia favorece o deslize do pó. Na tabela abaixo do autor Aulton (AULTON, 2005) concretiza a questão do ângulo com a fluidez do pó. CONCLUSÃO Com adição do AEROSIL® - 1% obtivemos uma melhor fluidez em relação do ângulo somente da lactose, respectivamente 31,38º, 50,42º. Sendo considerado o fluxo com AEROSIL® tolerável e somente com a lactose considerado muito fraco. REFERÊNCIAS AULTON, M.E. Delineamento de Formas Farmacêuticas. 2 ed. São Paulo: Artmed, 2005. EMERY, E. OLIVER, J. PUGSLEY, T. SHARMA, J. ZHOU, J. Flowability of moist pharmaceutical powders. Powder Technol. 2009, n 189, p.409-15. STANIFORTH, J. Fluxo de Pós. In: AULTON ME. Delineamento de formas farmacêuticas. São Paulo: Artmed, Cap. 14,p.208-221, 2005. SUMMERS, M. Pós e grânulos. In: AULTON ME. Delineamento de formas farmacêuticas. São Paulo: Artmed. 2005. p. 365-368. THOMPSON, J.E. A prática farmacêutica na manipulação de medicamentos. Porto Alegre: Artmed, 2006. ( 1 )
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