Buscar

revisão criminal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE SERRA DA MESA-FASEM 
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO 
 
 
ALEFE CARVALHO BORGES 
BRUNO BORGES 
CAIO LUIZ DE MELO NASCIMENTO 
CARLOS HENRIQUE DA SILVA FARIAS 
EDER ANTÔNIO DOS SANTOS SILVA 
VICTOR MAYCON DA SILVA MOREIRA 
 
 
 
 
 
VEDAÇÃO DA REVIÇÃO PRO SOCIETATE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
URUAÇU 
2020/1 
1. INTRODUÇÃO 
 A revisão criminal é um instituto jurídico que visa reavaliar o processo do 
acusado a fim de corrigir erros de julgamento e procedimental. No Brasil a revisão 
criminal somente pode realizada quando em benefício do réu, ou seja, quando após 
transito em julgado da sentença condenatória ou absolutória imprópria, nos casos 
previstos no Art. 621 do Código de Processo Penal. 
 Dessa forma, a revisão que tenha por objetivo prejudicar a situação do 
acusado não é admitida no ordenamento jurídico brasileiro. Esse tipo de revisão é a 
chamada revisio pro societate, que significa revisão em favor da sociedade, tem 
cabimento em decisões de mérito absolutórias quando a sentença for proferida em 
desacordo com a lei e/ou a verdade material dos fatos, em prejuízo da sociedade e 
da própria justiça. 
 Esse trabalho tem como objeto de estudo principal a revisio pro societate, 
tal tema é assunto controvertido na doutrina mundial, onde se discute a sua 
validade. 
 Portanto, com foco na doutrina nacional trazemos à luz os posicionamentos 
de doutrinadores nacionais e seus argumentos, sejam eles contra ou a favor dessa 
espécie de revisão criminal, e por fim, alguns julgados demonstrando como os 
tribunais brasileiros se posicionam acerca do tema. 
 
2. DA REVISÃO CRIMINAL 
A revisão criminal figura no ordenamento jurídico como ação autônoma de 
impugnação, sendo de competência originaria dos tribunais. Tem o objetivo de rever 
decisão condenatória ou absolutória impropria com transito em julgado, em 
decorrência de erro judicial. 
O Art. 621 do Código de Processo Penal elenca em rol taxativo os fatos que 
podem ensejar tal ação. 
Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida: 
I – quando a sentença condenatória for contraria ao texto expresso da lei 
penal ou à evidência dos autos; 
II – quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou 
documentos comprovadamente falsos; 
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do 
condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição 
especial da pena. 
Sendo assim, a revisão criminal será admitida quando entender-se que o réu 
foi condenado de forma injusta. 
No Brasil, somente será admitida a revisão criminal quando em benefício do 
réu, dessa forma o ordenamento jurídico brasileiro proíbe a revisão pro societate. Tal 
proibição encontra seu fundamento no Art. 5º, §2º da Constituição Federal de 1988, 
o qual admite que direitos e garantias oriundas de tratados internacionais em que o 
Brasil seja parte, concomitantemente ao Art. 8.4 do Pacto de San José da Costa 
Rica (Convenção americana de direitos Humanos) ratificado pelo Brasil em 1969. 
Aduz o referido diploma: 
Artigo 8º. Garantias judiciais 
[...] 
4. O acusado absolvido por sentença transitada em julgado não poderá ser 
submetido a novo processo pelos mesmos fatos. 
3. DA REVISÃO CRIMINAL PRO SOCIETATE 
A revisão criminal pro societate (em favor da sociedade) é aquela que tem 
cabimento quando os errores in iudicando ou in procedendo ocorrem em decisão de 
mérito absolutória transitada em julgado. Ela tem por objetivo a desconstituição da 
sentença favorável ao acusado, proferida em desacordo com a lei e/ou com a 
verdade material dos fatos, em prejuízo da sociedade e da própria justiça. 
Como já mencionado anteriormente, a revisão pro societate não é admitida no 
ordenamento jurídico brasileiro, contudo, de acordo com pesquisa realizada por 
Jorge Alberto Romeiro países como Alemanha (CPP atualizado em 1º de 1960); 
Alemanha Ocidental (CPP, par. 362); Noruega (CPP de 1º/07/1934, par. 415); Suíça 
(Lei Federal de Processo Penal, de 15/06/1934, art. 229, salvo os cantões de 
Nidwald, Valais, Vaud e Genève); Suécia (Lei Processual de 18/07/1942, posta em 
vigor em 1º/01/1948, capítulo 58, par. 3º); Hungria (CPP, de 1951, alterado em 1954 
e 1957, parágrafos 213 e 214); Iugoslávia (CPP de 1º/01/1954, par. 379); 
Tchecoslováquia (CPP de 1956 que vigorou até 1961); Áustria (CPP de 20/04/1960, 
par. 355); e, Rússia (CPP de 27/10/1960, arts. 373 e 380), admitem a revisão em 
prol da sociedade. 
Entretanto, a revisão pro societate é assunto controvertido na doutrina 
mundial, discutindo-se, portanto, a sua validade. 
4. POSICIONAMENTO DOUTRINÁRIO 
4.1. JULIO FABBRINI MIRABETE 
Mirabete posiciona-se como favorável à revisão em prol da sociedade haja 
vista que sob o ponto de vista da lógica e da busca da verdade material, judicial ou 
processual, a revisão não deveria ser admitida somente quando do interesse do 
acusado, mas também quando é favorável ao interesse da justiça, ou seja, quando 
após o trânsito em julgado da sentença absolutória, descobrirem-se provas da 
responsabilidade criminal do réu ou que as provas que motivaram sua absolvição ou 
extinção da punibilidade sejam atestadas como falsas. 
Aduz o referido autor: 
Sob um ponto de vista de lógica, a provocação dos tribunais depois de 
transitar em julgado a sentença deveria caber também ao Estado quando se 
verificasse injustiça da decisão que favoreceu o réu, como ocorre em várias 
legislações. 
Embora o instituto da vedação da revisio pro societate decorra de tratado 
internacional ratificado pelo Brasil, Mirabete defende que: 
Embora criada pela Constituição de 1891, a revisão criminal não se inclui 
mais entre os direitos e garantias individuais da Carta Magna vigente, mas 
está apenas prevista na lei processual. Nada impede, portanto, que seja ela 
abolida ou se institua também a revisão pro societate, como já se tem 
aventado. 
4.2. PEDRO LESSA 
Pedro Lessa posiciona favorável ao entendimento pro societate assim como o 
pro réu são muito relevantes dentro de um determinado processo, ele cita na sua 
obra ‘memorias jurisprudencial Pedro Lessa’ que. 
Desse modo, fica evidente que, nos termos da Constituição de 1891, 
/somente havia a revisão criminal pro reo, o que Pedro Lessa considerava 
uma mutilação do instituto científico, que deveria compreender também 
situações pro societate, nos casos de sentenças absolutórias ou em que as 
penas fossem muito brandas. 
4.3. EDGARD MAGALHÃES NORONHA 
A revisão criminal consiste em ação autônoma de impugnação, de acordo 
com Renato Marcão; para Fernando Capez (2019), trata-se de ação penal 
rescisória. Apesar da divergência doutrinária quanto à natureza jurídica da revisão 
criminal, temos que trata-se do reexame de um processo já transitado em julgado, 
para modificação de sentença judicial anterior em razão de: sentença penal 
condenatória contraria a texto legal, sentença condenatória contraria a provas 
constantes nos autos, sentença condenatória fundada em provas falsas, surgimento 
de provas que comprovem a inocência do condenado, ou quando surgirem provas 
que autorizem a minoração da pena. 
O ordenamento jurídico brasileiro adota, tradicionalmente, a revisão criminal 
pro reo, tendo em vista que não admite a revisão pro societate. A revisão pro 
societate objetiva a desconstrução da sentença favorável ao réu, em 
desconformidade com a lei ou provas materiais, prejudicando a sociedade. Para 
Renato Marcão (2019), ainda que de sentença judicial errônea decorra absolvição 
do acusado, não haverá revisão pro societate. 
De acordo com Edgard Magalhães Noronha (2002), a revisão criminal tem 
aplicabilidade quando utilizada em benefício do acusado, mesmo que a sentença 
aplicada não tenha sido severa o suficiente, para livrá-lo de decisão injusta. Isto é, a 
revisão criminal só existirá em benefício do réu. 
Segundo Noronha, a revisão pro societate ensejaria insegurança jurídica no 
quetange a coisa julgada, posto que ela “não pode estar a todo momento sujeita a 
reexames” (p. 506), pois, deste modo o interesse judicial correria risco em razão da 
instabilidade decisória. 
4.4. VICENTE GREGO FILHO 
Tendo em vista a realidade no âmbito processual penal, a revisão criminal 
que por sua vez é a desconstituição de uma sentença sendo que ao iniciar qualquer 
processo será caracterizada na origem nos tribunais, um grande anexo ao se dizer 
sobre a revisão criminal somente vai ser efetivamente aplicada quando for 
desfavorável ao réu. Inexiste dentro do ordenamento jurídico brasileiro a revisão pro 
societate, sendo plausível a ideia de que no processo que se dá a sentença trânsito 
em julgado primeiramente permitirá a revisão em prol dos direito do réu, que está 
sendo julgado, sendo contrária a ideia de que a decorrente revisão possa ser 
interposta a favor da sociedade. 
Isto é, a sentença condenatória pois, é que é recusável, admitindo-se, 
também, a revisão de sentença de absolvição impropria (...) porque tem conteúdo 
sancionatório: a aplicação da medida de segurança. (Greco Filho, 1991, pág. 387). 
Ao analisar essa doutrina. Somente existirá absolutamente a revisão a favor do réu, 
segundo Vicente Greco Filho “nem mesmo a extinção da punibilidade obtida com 
certidão de óbito falsa tem sido admitida como recidivem ou modificável após o 
prazo recursão respectivo”. Pois segundo os seus pensamentos, aberta as exceções 
poderia ser perigosa as aberturas nas quais permitiriam dentro da garantia de 
liberdade visto que não poderá ser admitida. 
5. PRECEDENTES E JURISPRUDÊNCIA 
5.1. HABEAS CORPUS N° 84.525 – MG 
RELATOR: CARLOS VELLOSO 
PROCESSO: HC 84525 MG 
ÓRGÃO JULGADOR: SEGUNDA TURMA - STF 
PARTES: Florismar Viana Barbosa, Artur Gonzaga da Costa, Superior Tribunal de 
Justiça. 
PUBLICAÇÃO: LEXSTF v. 27, n. 315, 2005, p. 405-409 DJ 03-12-2004 PP-00050 
EMENT VOL-02175-02 PP-00285 
JULGAMENTO: 16 de Novembro de 2004 
EMENTA 
PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. EXTINÇÃO DA 
PUNIBILIDADE AMPARADA EM CERTIDÃO DE ÓBITO FALSA. DECRETO QUE 
DETERMINA O DESARQUIVAMENTO DA AÇÃO PENAL. INOCORRÊNCIA DE 
REVISÃO PRO SOCIETATE E DE OFENSA À COISA JULGADA. 
FUNDAMENTAÇÃO. ART. 93, IX, DA CF. 
I. - A decisão que, com base em certidão de óbito falsa, julga extinta a 
punibilidade do réu pode ser revogada, dado que não gera coisa julgada 
em sentido estrito. 
II. Nos colegiados, os votos que acompanham o posicionamento do 
relator, sem tecer novas considerações, entendem-se terem adotado a 
mesma fundamentação. 
III. Acórdão devidamente fundamentado. 
IV. H.C. indeferido. 
 
5.2. RECURSO ESPECIAL N° 1.172.278 – GO ( 2009/0246886-9 ) 
RELATOR: MINISTRO JORGE MUSSI 
PROCESSO: REsp 1172278 GO 2009/0246886-9 
ÓRGÃO JULGADOR: QUINTA TURMA – STJ 
PUBLICAÇÃO: DJe 13/09/2010 
JULGAMENTO: 26 de Agosto de 2010 
EMENTA 
RECURSO ESPECIAL. CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA. CONDENAÇÃO PELO 
TRIBUNAL DO JÚRI. RETIFICAÇÃO DE DEPOIMENTO TESTEMUNHAL. 
REVISÃO CRIMINAL JULGADA PROCEDENTE. DETERMINAÇÃO DE NOVO 
JULGAMENTO PELO TRIBUNAL POPULAR. POSSIBILIDADE. RECURSO 
DESPROVIDO. 
1. Ao Tribunal do Júri, conforme expressa previsão constitucional, cabe o 
julgamento dos crimes dolosos contra a vida, sendo-lhe assegurada a soberania 
dos seus veredictos. 2. Por outro lado, o ordenamento jurídico assegura ao 
condenado, por qualquer espécie de delito, a possibilidade de ajuizar revisão 
criminal, nas hipóteses previstas no art. 621, do Código de Processo Penal. 
3. In casu, o recorrente foi condenado pelo delito de homicídio qualificado, tendo 
transitado em julgado a sentença. Com base na retificação de depoimento 
testemunhal, foi apresentada revisão criminal, em que se pleiteava a absolvição do 
requerente, por ausência de provas. 
4. Considerando-se que o Tribunal de Justiça julgou procedente a revisão criminal 
para determinar a realização de novo julgamento popular, com fundamento na 
soberania dos veredictos, não merece reparo o aresto objurgado por estar em 
consonância com julgado desta Corte Superior. 
5. Recurso desprovido. 
 
5.3. HABEAS CORPUS N° 104.998 – SP 
RELATOR: MINISTRO DIAS TOFFILI 
PROCESSO: HC 104998-SP 
ÓRGÃO JULGADOR: PRIMEIRA TURMA - STF 
PARTES: Ministro Dias TOFFILI, Ivanildo Canudo Soares, Marcelo Martins Ferreira 
e outros (A/S), Superior Tribunal de Justiça 
PUBLICAÇÃO: Dje-085 DIVULG 06-05-2011 PUBLIC 09-05-2011 EMENT VOL-
02517-01 PP-00083 
JULGAMENTO: 14 de Dezembro de 2010 
EMENTA 
EMENTA "HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. EXTINÇÃO DA 
PUNIBILIDADE AMPARADA EM CERTIDÃO DE ÓBITO FALSA. DECISÃO QUE 
RECONHECE A NULIDADE ABSOLUTA DO DECRETO E DETERMINA O 
PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO PENAL. INOCORRÊNCIA DE REVISÃO PRO 
SOCIETATE E DE OFENSA À COISA JULGADA. PRONÚNCIA. ALEGADA 
INEXISTÊNCIA DE PROVAS OU INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA EM 
RELAÇÃO A CORRÉU. INVIABILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS NA 
VIA ESTREITA DO WRIT CONSTITUCIONAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL 
INEXISTENTE. ORDEM DENEGADA. 
1. A decisão que, com base em certidão de óbito falsa, julga extinta a punibilidade 
do réu pode ser revogada, dado que não gera coisa julgada em sentido estrito. 
2. Não é o habeas corpus meio idôneo para o reexame aprofundado dos fatos e da 
prova, necessário, no caso, para a verificação da existência ou não de provas ou 
indícios suficientes à pronúncia do paciente por crimes de homicídios que lhe são 
imputados na denúncia. 
3. Habeas corpus denegado. 
 
5.4. HABEAS CORPUS N° 358.292 – SP ( 2016/0146054 – 3 ) 
RELATOR : MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA 
PROCESSO: HC 358292-SP 
ÓRGÃO JULGADOR: SEXTA TURMA – STJ 
PUBLICAÇÃO: Dje 01/09/2016 
JULGAMENTO: 23 de agosto de 2016 
EMENTA 
EXECUÇÃO PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO 
ESPECIAL. VIA INADEQUADA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. AUSÊNCIA DE 
CUMPRIMENTO INTEGRAL DA PENA. POSSIBILIDADE DE CORREÇÃO. FATO 
JURÍDICO INEXISTENTE. OFENSA A COISA JULGADA. INEXISTÊNCIA. WRIT 
NÃO CONEHCIDO. 
1. Por se tratar de habeas corpus substitutivo de recurso especial, inviável o 
seu conhecimento, devendo ser analisado, entretanto, a existência de 
ilegalidade flagrante. 
2. A decisão que julgou extinta a punibilidade de pra paciente, posteriormente 
revogada, baseou-se em um fato jurídico inexistente, qual seja, o 
cumprimento integral da pena; portanto pode ser revista, sem que tal 
caracterize ofensa à coisa julgada. 
3. Writ não conhecido. 
 
6. CONCLUSÃO 
Foi exposta no nosso trabalho a relevância de um instituto chamado de 
revisio pro societate, onde expomos o entendimento de varios doutrinadores 
favoravel e contrários a esse assunto, demonstramos a relevância desse recurso 
dentro de um processo para que seja garantida o devido processo legal. 
Podemos notar então que assim como o pro reu o pro societate deve estar 
sempre presente no processo penal, pois assim temos um processo mais justo e 
humanizado. 
Como foi notado expomos o entendimento doutrinario e também buscamos 
jurisprudencias para complemetar nosso trabalho e trazer um entendimento mais 
simples aos nossos colegas de classe e professora. 
 
 
 
7. REFERÊNCIAS 
 LESSA.Pedro. memorias jurisprudenciais ministro Pedro Lessa. Obra de 
brasilia 2007.pag 51 e 52 sobre pro societate. 
 MARCÃO, Renato. Curso de Processo Penal. 5º ed. São Paulo: SaraivaJur, 
2018. 
 NORONHA, Edgard Magalhçaes. Curso de Direito Processual Penal. 28 ed. 
São Paulo: Saraiva, 2002. 
 CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 5º Edição. São Paulo: 
SaraivaJur, 2019. 
 JUSBRASIL.HC 104998-SP. https://stf.jusbrasil.com.br/. Acesso 09/03. 
 JUSBRASIL. HC 409161- MS 2017/ 0178735-8. https://stj.jusbrasil.com.br/. 
Acesso 09/03. 
 JUSBRASIL.HC 84525 MG. https://stj.jusbrasil.com.br/. Acesso 09/03. 
 MIRABETE, Júlio Fabbrini. Processo penal - 18 ed. Rev. e atual. Até 
31/12/2005. 5 reimpr. - São Paulo: Atlas, 2007.pag 700. 
 JORGE Alberto Romero,Da Revisão, apud Geraldo Batista de Siqueira, et 
al, Revisão Criminal:Titularidade do Ministério Público, in Justitia 99/77, p. 76. 
 FILHO Grego Vicente. Obra sobre processo penal. Edição de 1991.

Outros materiais