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NUTRIÇÃO E TEORIA SOCIAL COGNITIVA

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NUTRIÇÃO E TEORIA SOCIAL COGNITIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CANOAS, 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NUTRIÇÃO E TEORIA SOCIAL COGNITIVA 
 
Trabalho de Nutrição e Teoria Social 
Cognitiva, apresentado ao Professor 
da disciplina de Psicologia da 
 
 
 
Prof° 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CANOAS, 2017 
Sumário 
1.Introdução .............................................................................................................. 4 
2.Objetivo .................................................................................................................. 5 
3.Métodos................................................................................................................... 6 
4.Desenvolvimento ................................................................................................... 7 
4.1.Hábitos alimentares x influência de grupos sociais ............................................... 7 
4.2.Atuação do nutricionista e a importância do conhecimento da psicologia.............7 
4.3.O que dizem os autores?.......................................................................................8 
5.Conclusão................................................................................................................9 
6.Referências............................................................................................................10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 Teoria Social Cognitiva: diz que a aquisição, manutenção e mudança de 
comportamento é resultado da interação de influências pessoais, comportamentais e 
ambientais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 OBJETIVO 
O objetivo do presente trabalho é mostrar a todos qual a relação entre a 
nutrição e a teoria social cognitiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 MÉTODOLOGIA 
Para desenvolver nosso trabalho, foi feito um levantamento bibliográfico de diversos 
autores, sobre aspectos da psicologia que podem ser aplicadas a educação e a 
intervenção alimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 DESENVOLVIMENTO 
4.1. Hábitos alimentares x influência de grupos sociais: 
 Hábitos alimentares variam de acordo com aspectos culturais, 
sociais, econômicas e regionais e novos fatores que vem afetando negativamente o 
comportamento alimentar são a jornada maior ou dupla de trabalho, menos tempo 
para preparações, facilidade dos industrializados, entre outros. 
 Motivados também por campanhas de marketing de grandes marcas, diversos 
grupos (crianças, jovens e adultos), são atraídos para hábitos alimentares 
não saudáveis. É comum em atendimento clínico encontrar jovens que para manter 
um bom relacionamento social frequentam famosos FastFoods e acreditam que só 
assim conseguem fazer parte do grupo de pessoas com que se identificam, não 
dispostos a deixar de frequentar estes locais. 
 O comportamento alimentar é construído ao longo da vida, iniciado pelos pais 
e sofrendo alterações de acordo com meio em que o indivíduo se encontra, ajudar a 
mudar o hábito alimentar é um dos papeis do nutricionista. Conforme dados 
do Vigitel Brasil (2015), mais da metade da população brasileira está acima do peso, 
sendo 52,3% com excesso de peso e 17% com diagnóstico de obesidade. Estes são 
dados preocupantes. 
 Assis & Nahas (1999), em sua revisão relataram que aproximadamente 75% 
dos pacientes não seguem as recomendações médicas relacionadas às mudanças 
no estilo de vida, como restrições alimentares, abandono do fumo e outros, quando 
se trata de exercícios físicos, 50% abandonam o programa após três a seis meses e 
na nutrição clínica, o abandono do tratamento chega a 50,6%, sendo a forma de 
prescrição da dieta o fator determinante na adesão ou abandono. 
 Os programas de educação alimentar através da teoria social cognitiva 
utilizam-se do foco nos sentimento e ações, influenciando a mudança de atitudes e 
pensamento social, visando à modificação cognitiva. Segundo Baldwin 
& Falciglia (1995), o nutricionista poderá ajudar o indivíduo no desenvolvimento 
pessoal de auto-eficácia, autocontrole e auto-avaliação, três aspectos críticos da 
mudança. São utilizados ainda outros modelos de programas de auxilio 
comportamental: modelo de autocontrole, que tem sido base para casos de 
obesidade, modelo de prevenção de recaída e modelo transteorético, também 
chamado de teoria de estado de mudanças, onde o indivíduo progride através de 
fases propostas. 
 
4.2. Atuação do nutricionista e a importância do conhecimento da psicologia: 
 A aplicação dos conhecimentos de psicologia colabora com o nutricionista, 
pois este se encontra em uma posição favorável para motivar a mudança nos 
hábitos alimentares do paciente. O processo de mudança não é tarefa fácil, pois o 
indivíduo pode até saber o que é correto comer, mas se sente muitas vezes, incapaz 
de fazê-lo. Então, se o profissional de nutrição tem a sensibilidade de captar quais 
são as razões que levam o paciente a ter determinado comportamento alimentar, 
pode com isto, ajudá-lo a lidar com as mudanças propostas. 
 Saber ouvir os relatos do paciente, e assim, conseguir identificar o que levou 
o paciente a chegar a determinada situação, seja ela de patologia ou apenas 
reeducação alimentar também é tarefa do nutricionista e com certeza irá ajudar no 
tratamento do paciente. 
 Em sua obra, Martins (1997) afirma que um dos objetivos que o profissional 
deve alcançar é aproximar-se do paciente e considerá-lo não só como um caso, mas 
como um ser humano, que necessita da sua ajuda e apoio, havendo no tratamento 
uma integração entre os aspectos científicos e humanos. 
 Conhecer a história de vida, suas heranças e hábitos alimentares, suas 
ocupações, disponibilidade de tempo, poder econômico, entre outros. São 
informações importantes que vão ajudar na hora de elaborar uma intervenção 
alimentar fazendo com que o nutricionista não crie algo impossível para o paciente. 
 Também compete ao nutricionista estar atento a outras patologias que o 
paciente possa vir a ter, porque algumas como a depressão e a ansiedade estão 
diretamente ligadas ao comportamento alimentar, e se o paciente não estiver 
fazendo tratamento para que as mesmas estejam controladas de nada adiantará 
uma intervenção alimentar, certamente o resultado não será positivo. 
 A mudança nos hábitos alimentares mudou muito do século XVII até os dias 
atuais, a cozinha vem perdendo espaço em relação às redes 
de FastFoods principalmente entre o público jovem e crianças, talvez por questão de 
status, moda, padrão, praticidade, rapidez e preço baixo, a obesidade é um reflexo 
dessa tendência. E cabe ao nutricionista a tarefa de mostrar que existem outras 
formas de se alimentar de maneira saudável sem ser excluído de um grupo de 
pessoas no caso do publico jovem, com o papel que a mídia exerce sobre as 
crianças. E mais uma vez a importância dos conhecimentos da psicologia entra em 
cena sendo fundamental para o trabalho do nutricionista porque os hábitos 
alimentares estão ligados aos aspectos sociais, econômicos, culturais e regionais. 
 
4.3 O que dizem os autores? 
 A motivação é o fator primordial para a prática de hábitos saudáveis, tanto em 
relação à alimentação quanto a atividade física regular. Destacam-se também a 
relevância de uma intervenção multiprofissional para a saúde física e psíquica do 
paciente, e a importância de programas de educação nutricional, segundo Chapman 
(1995), Monteiro (2004), Perez & Romano (2004), Cezarreto (2010), Santos (2010), 
Sharovsky (2004), Assis &Nahas (1999) e Souza (2005). 
 No entanto, segundo autores como Viana (2002) e Barreto (2002), é 
importante que a relação médico e paciente seja mais próxima, sendo necessário 
que o nutricionista entenda a profundidade do problema que está causando a 
desordem alimentar do paciente. Essa aproximação tambémé de extrema 
necessidade para que os pacientes compreendam a importância de seguir os 
hábitos saudáveis. Um bom atendimento se fundamenta em uma aliança terapêutica 
entre profissional e paciente, segundo os mesmos. 
 A alimentação está passando por uma modificação devido a vários fatores. 
Nos dias atuais, os indivíduos são seduzidos por tudo que possa facilitar o trabalho 
na cozinha. Há uma grande influência da urbanização, industrialização e 
globalização nesse processo. A sociedade de consumo se desenvolve a partir da 
generalização das relações de mercado, melhoria das condições de existência dos 
trabalhadores, transformações das relações de trabalho, evolução da forma de 
distribuição dos alimentos e marketing. A alimentação da humanidade está se 
tornando precária, com o crescimento de fastfoods, tornando mais comum o hábito 
de se alimentar irregularmente com falta de nutrientes e excesso de gorduras, 
segundo Oliveira (1996) e Abreu (2001). 
5 Conclusão 
Concluímos que últimas décadas a alimentação do ser humano está se 
modificando, por vários fatores como depressão, ansiedade, aspectos culturais e 
marketing. Por isso, os produtos industrializados e prontos tornam-se a opção de 
melhor escolha, e muitas vezes prejudicando a saúde dos indivíduos, que praticam 
um hábito alimentar irregularmente com falta de nutrientes e com excesso de 
gordura, sal e açúcar. 
É fundamental que nutricionista utilize em seus métodos a psicologia, para 
assim saber como lidar com cada pessoa, tornando o tratamento algo prazeroso e 
assim estabelecendo uma relação de confiança entre o paciente e o profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 REFERÊNCIAS 
ASSIS, Maria Alice Altenburg de and NAHAS, Markus VINÍCIUS. Aspectos 
motivacionais em programas de mudanças de comportamentos alimentar. Revisão 
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