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BONAVIDES 8 - Legalidade e legitimidade do poder político FICHAMENTO 3

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Nome: Letícia Bernardes de Lucena 
R.A. : 22002600
Turma: B/ Matutino/ Taguatinga Sul
Texto: BONAVIDES, Paulo. “8 - Legalidade e legitimidade do poder político”, em Ciência Política. 10ª edição. São Paulo: Malheiros, 2000.
	
	Segundo o autor Paulo Bonavides, a legalidade nos sistemas políticos basicamente traduz a noção de que todo poder estatal deverá atuar sempre de conformidade com as regras jurídicas vigentes. De acordo com esta definição, o funcionamento do regime e a autoridade investida nos governadores devem reger-se segundo as linhas-mestras traçadas pela Constituição, cujos preceitos são a base sobre a qual assenta tanto o exercício do poder como a competência dos órgãos estatais, ou seja, o poder legal representa por consequência o poder em harmonia. (BONAVIDES, 2000, pp. 1-2)
	A legitimidade será sempre o poder contido naquela constituição exercendo-se de conformidade com as crenças, valores e os princípios de determinada época e ideologia dominante, que acabam por presidirem à manifestação do consentimento e da obediência. Sendo assim a legitimidade é a legalidade acrescida de sua valoração. (BONAVIDES, 2000, pp.2)
	A legalidade nasceu do anseio de estabelecer na sociedade humana regras permanentes e válidas, e por isso é compreendida como a certeza que têm os governados de que a lei os protege, portanto nenhum mal poderá lhes advir do comportamento dos governantes. Será então segundo Montesquieu, sinônimo de liberdade. Sendo assim, o princípio de legalidade estabelece um governo da lei em substituição do governo dos homens. (BONAVIDES, 2000, pp. 2-3)
	Ao longo dos tempos, a legalidade e a legitimidade já sofreram diversas crises históricas, o autor parte das relações entre legalidade e legitimidade, cuja distinção na antiguidade romana e no direito Canônico não era importante, entretanto a partir de 1815, com o antagonismo que ocorreu na França monárquica entre a legitimidade histórica de uma dinastia restaurada e a legalidade vigente do Código Napoleônico, a crise entre esses dois tópicos se acentua e chega ao seu auge com a deposição de Carlos X, quando a tese de legalidade se impõe à da legitimidade. (BONAVIDES, 2000, p.4)
	O autor também faz menção a duas crises históricas consideráveis que vieram com o Manifesto de Marx e os desenvolvimentos ulteriores da teorização de Lênin, Trotsky e Lukács, onde a lei aparece agora degradada a instrumento da sociedade de classes, ou seja, serve-se dela como meio. (BONAVIDES, 2000, pp. 4-6)
	O autor aborda as questões filosóficas e sociológicas da legitimidade, tendo como ponto de partida à filosófica, onde a legitimidade compreende a prevalência de um direito sobre o outro, na qual a legitimidade de uma ordem política qualquer, há de variar consoante a tábua de valores estabelecidos subjetivamente, no entanto do ponto de vista sociológico, a legitimidade é o fundamento do poder numa determinada sociedade, do qual se julga se um poder deve ser obedecido ou não, o que implica numa teoria dominante do poder. (BONAVIDES, 2000, pp. 6-8)
	O autor também cita Max Weber e suas três formas básicas de manifestação da legitimidade que são: o poder racional ou legal, que cria em suas manifestações de legitimidade a ideia de competência, poder tradicional, cria a ideia de privilégio e o carismático, dilata a legitimação até onde alcance a missão do chefe, na medida de seus atributos carismáticos pessoais. (BONAVIDES, 2000, pp. 7-10)
	A posse do poder legal em termos de legitimidade requer sempre uma presunção de juridicidade, de exequibilidade e obediência condicional e de preenchimento de cláusulas gerais. De acordo com a doutrina de Hariou, ´´o princípio de legitimidade não é em si outra coisa senão o princípio da transmissão do poder conforme a lei, ele também alude que os governos são meros depositários de poder, cuja sede legítima se encontra na lei, na autoridade e na competência juridicamente definida. Em relação ao poder que emerge de crises e revoluções, a doutrina de Hariou conserva o mesmo caráter jurídico, no qual, de que uma vez estabelecidos, façam´´ a autoridade e a competência prevalecerem sobre o poder de dominação``.(BOANVIDES, 2000, pp. 10-12)
	A legitimidade abrange por último duas categorias de problemas distintos. O primeiro se relaciona com a necessidade e a finalidade mesma do poder político, pois se a existência do poder político se acha legitimada com rara ou nenhuma discrepância, se complica quando a questão versada, entra a ser a do exercício legítimo de poder. Atualmente essa legitimidade se encontra no povo, democracia, consentimento dos cidadãos e adesão dos governados. (BONAVIDES, 2000, p.12)
	O segundo problema é o de saber se todo governo é legal e legítimo ao mesmo tempo, pois, governos que nascem de revoluções, conspirações e golpe de estados, se abraçados pelo sentimento nacional de aprovação ao exercício do poder podem se tornar legais, ou seja, a legitimidade desses governos fundará com o tempo a nova legalidade. (BONAVIDES, 2000, pp.12-13)

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