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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pós-graduação em Direito Público: Constitucional, Administrativo e Tributário Resenha do Caso: “Tributação de taxas de performance” Nome Matrícula Trabalho da disciplina: Sistema Constitucional Tributário Tutor: Professora Eliane Conde Peixoto da Costa Neto Rio de Janeiro 2020 TÍTULO Tributação de taxas de performance REFERÊNCIA: BARON, David P. Tributação de taxas de performance. Stanford Graduate School of Business: Stanford, 2008. O estudo do caso em questão trata da reforma da lei tributária feita pelo Congresso Nacional Americano, que visava aumentar de 15% para 35% a taxa de imposto sobre os rendimentos dos sócios em empresas de participações privadas, empresas de capital de risco e para algumas parcerias no mercado imobiliário e em empresas de petróleo e gás. Este rendimento recebido pelos sócios é conhecido como “taxa de performance”. O caso apresenta a posição do Congresso que objetivava aumentar de 15% para 35% a taxa de imposto sobre os rendimentos dos sócios em empresas de participações privadas, empresas de capital de risco, dentre outras instituições. Os sócios dessas empresas recebem uma parte, geralmente 20%, chegando a 30% ou 40% em algumas empresas de elite, do ganho sobre os investimentos acima de uma marca alta predeterminada, com o restante sendo direcionado aos sócios e investidores externos. A taxa de 20% no empreendimento era, tipicamente, maior do que o investimento de capital próprio dos sócios, de modo que tal taxa não representa um retorno. Os juros econômicos eram conhecidos como taxa de performance. Historicamente, a taxa de performance foi tratada como um ganho em longo prazo e tributado conforme as taxas de 15% para o ganho de capital respectivo. A legislação aprovada pelo Congresso Americano, pelo contrário, trata a taxa de performance como uma receita comum, a qual é tributada em 35%. Charles Rangel (D-NY), o novo presidente do Comitê de Meios do Congresso, introduziu a principal legislação da reforma tributária, por meio da Lei de Redução e Reforma Tributária de 2007. O projeto de lei de US$796 bilhões (após 10 anos) previa a revogação permanente do AMT e uma redução da taxa de imposto sobre os lucros das empresas, de 35% para 30,5%.7 Para compensar a perda de receita, a lei tributaria a taxa de performance em 35% e iria impor uma sobretaxa de 4% aos rendimentos individuais superiores a US$ 150 mil e US$ 200 mil para casais com declaração conjunta. O Senado estava considerando um projeto de lei para aumentar o imposto sobre a taxa de performance para empresas de participação privada que abriram seu capital. A Blackstone escreveu ao senador John Kerry (D-MA) que o projeto em análise pelo Comitê de Finanças do Senado iria aumentar os impostos do Grupo em US$525 milhões por ano, enquanto os impostos dos sócios aumentaria em US$175 milhões, além de reduzir sua capitalização de mercado em US$10,5 bilhões. O Senador Kerry comparou “executivos de participações privadas com outros empresários que arriscam seu próprio capital e, portanto, merecem tratamento tributário especial”. O Senador Charles Schumer (D-NY) planejou introduzir um projeto de lei que aumentaria os impostos sobre todas as parcerias, não apenas para as que geram taxas de performance. Em uma votação que terminou em 88 a 5, o Senado aprovou seu próprio projeto fiscal, eliminando o ATM para 19 milhões de contribuintes, reduzindo seus impostos em US$51 milhões. O Senado, entretanto, se opôs a qualquer aumento de impostos e renunciou à regra de pagamento imediato. Vale ressaltar que a “taxa de performance” é arrecadada com base na margem de lucro de empresas de capitais e da alta performance no mercado. Essa nova proposta tributária gerou repercussão tanto de maneira positiva quanto negativa. 1
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